quarta-feira, 28 de abril de 2021

ENTENDA A CONJUNTURA QUE ENVOLVE OS TRABALHOS DE COMBATE AO CORONAVÍRUS E A INSEGURANÇA DO RETORNO DO GRUPO DE RISCO AO MEIO AMBIENTE LABORAL.

No Brasil, o cenário mais próximo de esperança e retorno à normalidade é estimado para 384 dias, ou seja, um pouco mais de um ano, é quando o país, provavelmente, atingirá a imunidade de rebanho, segundo o que afirma uma projeção do site Time to Herd, que acompanha a escalada da vacinação contra covid-19 no mundo. Ainda de acordo com eles, para que essa imunidade ocorra é preciso que 70% da população esteja vacinada.

Já para o Diretor da SBim (Sociedade Brasileira de Imunizações), Renato Kfouri, em entrevista ao Estadão e ao UOL, “mesmo nos casos de imunidade de rebanho por vacina, o porcentual ideal de pessoas imunizadas para evitar novos surtos é de 90% a 95%”, afirma Kfouri                

No Pará, de acordo com o vacinômetro divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), a vacinação dos grupos prioritários da primeira fase do plano estadual está distante de ser concluída: apenas 20,42% da população idosa foi vacinada com a segunda dose da vacina, e apenas 17,57% da população indígena e 0,42% da população quilombola foram vacinados com a segunda dose.

O Consórcio de veículos de imprensa, a partir de dados das Secretarias Estaduais de Saúde, informa que o Pará vacinou apenas 12,03% da sua população total.

 Além disso, a média diária de vacinação no país é de 0,32%. A vacinação no Brasil ainda anda a passos de tartaruga e, para alguns especialistas, ela não traz nenhuma garantia de ser o fim de todo esse pesadelo, pois elas não representam 100% de eficácia contra as novas variantes. 

Um triste exemplo foi o que aconteceu em Manaus, segundo o Dr. Drauzio Varrela, em junho de 2020, o grupo da doutora Ester Sabino, da USP, calculou que mais de 60% dos habitantes de Manaus apresentavam anticorpos contra o vírus, sinal de que ele infectara a maior parte dos manauaras. Muitos acharam que a imunidade coletiva fora alcançada. Em janeiro deste ano (2021), Manaus assistiu a uma onda ainda mais devastadora. A variante P.1 foi responsável por 100% dos casos.

“Por surgirem ao acaso, as mutações num país desigual como o nosso poderão produzir cepas virais resistentes às vacinas. Essa situação exigirá novos imunizantes e campanhas periódicas, como as da gripe. ”  Afirma, Dr. Drauzio.

De acordo com a Universidade de Brasília, a CoronaVac tem somente 50% eficácia contra a variante de Manaus.  E, segundo um novo estudo divulgado pelo Instituto Butantan, dia 13 de abril, a eficácia desta vacina pode aumentar de 50,7% para 62,3% quando o intervalo entre as doses é maior, de 21 a 28 dias. Atualmente, o intervalo é de 14 a 28 dias entre as duas doses da CoronaVac. 

Todo cenário projetado pela ciência, que deve ter sua credibilidade devidamente reforçada em tempos como esses, gera insegurança para o retorno do grupo de risco.  São pessoas com suas saúdes fragilizadas e que devem continuar se resguardando mesmo após a vacinação. 

Colocar essas pessoas dentro de um Local de Trabalho e de uma “suposta” normalidade, é irresponsabilidade, visto que há muitas aglomerações e falta de distanciamento, não houve a vacinação dos demais bancários, que continuam sendo linha de frente durante todo esse tempo, assim, o retorno presencial é algo insustentável.

 Sobre isso, o Dr. Drauzio Varella explica o seguinte: Imagine alguém não vacinado que entre em contato com apenas um amigo. Se, ao receber uma vacina com 90% de eficácia, ele se reunir com dez amigos, correrá risco igual ao da fase pré-imunização.

Portanto, vê-se que não há condições para o retorno de pessoas que tem comorbidades, sob pena de expô-las a um mal desnecessário.

Que o Banpará faça a sua parte e dê a todos o teletrabalho. 


A DIREÇÃO DA AFBEPA

ASSESSORIA DE IMPRENSA

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