Sabe aquela dor de cabeça que nenhum analgésico consegue resolver? É desse jeito que ficam os(as) funcionários(as) do Banpará com essa rotina do sistema que não presta. Vão-se anos, meses, dias, minutos e nada dos problemas se resolverem. Entra e sai presidente e diretor de tecnologia, mas esse serviço continua imprestável para sustentar as demandas do Banco.
O maior algoz dos sistemas é o SPA Caixa, que quando não funciona, está lento.
Desde os primeiros dias de 2024, a Afbepa tem recebido uma enxurrada de reclamações quanto às falhas, erros e travamento das plataformas do Banco.
Em algumas unidades, esses problemas já perduram por cerca de uma semana, causando transtornos para clientes e estresse entre os funcionários. “Isso já ultrapassou os limites. É um completo absurdo ter que lidar com isso diariamente. A agência já abre com esse problema e ficamos de mãos atadas, sem poder fazer nada, apenas aturar as constantes reclamações”, disse um dos funcionários.
Enquanto os dirigentes do Banpará não buscam outras alternativas para essa dor de cabeça crônica, o Banco vai ficando a cada dia mais debilitado, com clientes migrando para outras instituições bancárias. Aliás, ninguém merece ficar horas e horas sentado numa cadeira ou em pé, principalmente quando se tem uma certa idade, sem nenhuma solução plausível para que o sistema volte à normalidade.
Ontem, 10, por exemplo, na agência Belém Centro, vários idosos ficaram horas esperando e não tiveram suas demandas atendidas por causa da inoperância do sistema. “É um absurdo, pois, acompanhando a rotina de outros Bancos as falhas podem até acontecer, mas não nessa frequência como acontece no Banpará. Não temos para quem pedir ajuda, a não ser para a Afbepa”, afirma um colega.
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| Idosos aguardam cansados para serem atendidos. |
Temos relatos também das unidades Nazaré, Capanema, Tucuruí, Soure, Bragança, Belém Centro, Breu Branco, Bujaru, entre outros locais. “Tem dias que entramos no modo ‘frio’, pois só recebemos os estresses. Essa é uma forma que muitos encontram para não adoecer mentalmente, pois se o Banco não está preocupado em resolver isso, não podemos fazer nada”, acrescenta outro funcionário.
Sistema jabuti
O cenário desfavorável para o Banpará chegou a tal ponto que a população passou a apelidar essa situação como: "sistema jabuti", em alusão ao animal ser lento em tudo que faz. Contudo, a Associação ressalta que, em algumas ocasiões, a falta do sistema nem se compara ao jabuti, pois, mesmo movendo-se lentamente, o animal avança, enquanto, por vezes, o sistema permanece completamente inerte.
“Quando dá problema sempre tem essa piadinha. Precisamos de uma intervenção urgente, pois esses sistemas não prestam. A gente se estressa, pois ficamos tentando contornar a situação, contudo é um cabo de guerra que a gente sempre sai perdendo. É lamentável tudo o que está ocorrendo, pois trata-se do nosso trabalho, no qual temos grande carinho, mas essa questão não muda”, declara uma bancária.
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| Agência lotada por causa da falta de sistema. |
Cadê o investimento?
Mais de um ano se passou desde que o Banpará se comprometeu a investir na área tecnológica da instituição. Essa informação foi compartilhada diante dos olhares de dezenas de gestores durante o Encontro dos Administradores retrasado, que aconteceu em dezembro de 2022. No entanto, não há notícias sobre o cumprimento do que foi acordado naquele evento, pelos menos a Afbepa não recebeu nenhuma.
A Afbepa continuará, como sempre faz, atenta a essa questão, acompanhando de perto, denunciando e cobrando providências da Direção do Banpará. O objetivo é que os problemas tecnológicos sejam de fato resolvidos e que haja um mínimo de comunicação entre a área responsável e os funcionários(as) das agências e Postos de Atendimento Bancário (PAB's) do Banpará.
A Associação ressalta, ainda, que, não só hoje, mas todas as vezes que recebe as reclamações, procura, imediatamente, os diretores do Banpará. “Não podem nem dizer que não sabem, pois todos estão cientes de tudo que acontece nas agências. Acompanhei ontem a situação da agência Nazaré e Belém Centro pessoalmente e foi preocupante a irresponsabilidade, pois vários idosos com rostos cansados estavam sentados ou em pé aguardando por horas atendimento”, revela a presidente da Afbepa, Kátia Furtado.
Desta forma, a Associação luta para que essa situação dos sistemas seja resolvida definitivamente. Reforçamos o apelo à direção do Banpará para que seja diagnosticado o problema e corrigido com urgência. Além disso, a Afbepa solicita agilidade na comunicação da área tecnológica com os funcionários das agências e PAB’s, com o fim de fornecer informações claras sobre os motivos das falhas.
Texto: Assessoria de Comunicação.
UNIDOS SOMOS FORTES
A DIREÇÃO DA AFBEPA
