sábado, 25 de fevereiro de 2023

TERRORISMO PRATICADO POR ASSALTANTES DE BANCOS CONTRA FUNCIONÁRIOS DO BANPARÁ

Cinto de dinamite posto na cintura do bancário.

Não bastasse o assalto ocorrido contra a vida do gerente geral do Banpará Capanema, no dia 3 de setembro de 2020 que, até hoje, está afastado do trabalho e em tratamento (clique aqui pra ler), na manhã do dia 15, infelizmente, para as vidas de outros funcionários, o fato se repetiu. Bandidos entraram sem serem convidados na casa do tesoureiro do Banpará Santa Maria, quando a sua esposa abriu o portão para sair, eles a renderam.

Daí em diante, talvez por já conhecerem a rotina do bancário, como de costume, o colega, gerente geral junto com outro que trabalha na Agência Santa Maria, ao chegar para buscar o tesoureiro, foram rendidos também.

Desse momento em diante iniciaram as agressões verbais, as torturas psicológicas e a coação moral por meio da utilização de cintos de dinamite. Isso mesmo, DINAMITE!!!! Que foram colocados nas cinturas dos funcionários gerente geral e o tesoureiro.

Esses artefatos explosivos acionados por controle remoto serviram para que os bancários fossem até a agência pegar o dinheiro para entregá-lo aos assaltantes, que não satisfeitos com a ação terrorista executada sobre as vidas dos funcionários, ainda sequestraram a esposa do tesoureiro, que só foi solta após a concretização do assalto.

A presidenta da Afbepa dialogou com os colegas sobre a situação vivida por eles e ficou horrorizada com mais um assalto nessa modalidade, sendo que esse é o segundo naquela região e o mesmo modo de agir dos bandidos.

Para piorar, a administração do Banpará atua de forma diminuta para ajudar os trabalhadores, sendo a única ajuda recebida por eles foi dada pela assistente social. Não houve até agora a assistência de um médico e de um psicólogo para os bancários e suas famílias, e nem o acompanhamento e assistência de um advogado no dia do assalto, pois eles tiveram que ficar sozinhos, até altas horas da noite, quando convocados pela autoridade policial para prestarem depoimentos, sem qualquer respeito ao que tinham passado durante as primeiras horas da manhã.

O pactuado em nosso Acordo Coletivo reza que os colegas deveriam ter essa assistência jurídica.

Eis trecho da cláusula:

CLÁUSULA 33. DA SEGURANÇA BANCÁRIA  - PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

(...)

PARÁGRAFO TERCEIRO. Nas hipóteses de convocação de empregado pelo Poder Judiciário ou Autoridade Policial, para prestar depoimento,  esclarecimentos ou participar de diligências, acerca de assalto ou sequestro, e desde que decorrentes da atividade bancária, o Banpará garantirá o acompanhamento do mesmo por advogado e profissional da área de Segurança e Medicina do Trabalho. (meus grifos)

(...)

O pacto foi feito e aceito pelo Banpará, mas ele descumpre o que assina, nos momentos mais difíceis que o seu trabalhador vive, onde a sua vida fica a mercê de um clique, o Banco parece não estar nem aí.

A Afbepa lamenta é repudia essa omissão e desamparo!! E, a nosso ver, isso sempre é assim, principalmente quando o trabalhador(a) entrega o dinheiro para salvar a sua Vida.

Assim, sem advogado, os bancários foram humilhados e tratados como bandidos pela autoridade policial, que parece não saber lidar com gente (imagina como tratam os criminosos!!!!!). 

As ações dos bandidos foram realizadas no carro do gerente geral, que após o assalto achou em seu carro mais explosivos. Imediatamente ele informou o Chefe de Segurança do Banpará para que visse e mandasse retirar esse material do seu carro, mas não houve resposta, então ele chamou a polícia que retirou e era explosivo.

A Afbepa quer muito que as atitudes mudem, que pensem também na segurança da vida, tanto para prevenir quanto para remediar. Os trabalhadores(as) pedem socorro!!!

Material explosivo retirado do carro do gerente geral.


UNIDOS SOMOS FORTES
A DIREÇÃO DA AFBEPA

3 comentários:

Tiago Estácio disse...

Com surpresa, e certa indignação, leio nessa nota que 'não houve resposta' do Chefe 'de Segurança', que é esse que vos escreve, após ter recebido informação sobre explosivos no carro do funcionário.
A título de esclarecimento, sai imediatamente para o município de Santa Maria, tão logo fui informado sobre o sinistro.
Acompanhei os funcionários na agência, conversei, acompanhei todo o depoimento do colega Coordenador de Tesouraria, sem ter sequer almoçado.
Quando retornei, já em casa, quase as onze da noite, no MESMO INSTANTE em que fui informado sobre o explosivo encontrado, entrei em contato com o Delegado, e informei ao Gerente Geral que o material seria recolhido no manhã seguinte, solicitando que me fornecesse o seu endereço e repassando orientações.
Inclusive, após ler essa nota, liguei ao Gerente Geral, que me disse que não teria sido essa a informação repassada a AFBEPA.
Então, se não foi o Gerente Geral, proprietário do veículo, quem o fez?
E mais: eu, da mesma forma, ASSOCIADO da AFBEPA, me sinto, nesse momento, completamente não representado pela Associação, que poderia, com uma ligação, esclarecer os fatos que foram divulgados, inclusive com registros.
Se o propósito é INFORMAR, que o faça com RESPONSABILIDADE, RESPEITO e CAUTELA, que, aliás nunca me faltaram.
Aliás, CAUTELA e CANJA DE GALINHA não fazem mal a ninguém.
Se, a partir desse 'esclarecimento, corroborado com as alegações do próprio funcionario, vítima, acharem por bem fazer uma retratação, seria prudente. Se não, o solicitarei formalmente a Associação, através de correspondência. Até porque, para defender um colega, não é preciso faltar com respeito com outro.

Anônimo disse...

Nossa vida nesse banco se resume a um email com uma nota de pesar e pronto. É isto!

AFBEPA disse...

Sr. Tiago, a matéria não lhe faltou com respeito… o que foi dito é o que nos foi informado pela vítima, o bancário da Agência Santa Maria, exatamente explicitado no blog: que após o bombardeio de perguntas repetidas pelo delegado ao bancário, até tarde da noite, ele ao retornar para sua casa percebeu o material explosivo e lhe ligou para retirar o material, mas não houve atitude, o que fez ele ligar para a polícia ir retirar esse artefato bélico. Talvez, V.Sa. tenha ligado para Polícia, mas faltou comunicação entre o senhor e o bancário, pois, segundo a vítima, ele mesmo quem ligou para a autoridade policial retirar o material explosivo.

A Afbepa expôs o ocorrido, sem tendenciar em nada, pois isso é importante para esclarecer a nossa categoria.

Sobre a sua atuação, os trabalhadores(as) acompanham e lhe são gratos por isso. Infelizmente, o foco do Banpará é o Patrimônio, não há política de amparo e cuidados. O mínimo é realizado por assistentes sociais.