domingo, 25 de outubro de 2009

PRESSÃO DA GREVE AMPLIA CONQUISTAS SOCIAIS

Crédito: Seeb Rio de Janeiro
Seeb Rio de Janeiro Além do aumento real e melhoria da PLR, a pressão da greve nacional dos bancários arrancou várias conquistas sociais, como a ampliação da licença-maternidade para 180 dias, a isonomia de direitos para homoafetivos e avanços na igualdade de oportunidades. Esses direitos estão garantidos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2009/2010, assinada entre a Contraf-CUT e as entidades sindicais com a Fenaban. São importantes conquistas que fortalecem a luta da classe trabalhadora contra as discriminações no trabalho e na sociedade.

Essas questões foram destacadas pela Comissão de Gênero, Raça e Orientação Sexual da Contraf-CUT (CGROS), que se reuniu na última quarta-feira, dia 21, em São Paulo, para avaliar a Campanha Nacional 2009. "Quando tratamos de inclusão de setores historicamente discriminados na sociedade, buscamos distribuição de renda, acesso ao emprego, isonomia de tratamento e isto não só no plano econômico como também político e social porque queremos o fortalecimento da democracia", afirma Deise Recoaro, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT.

Ampliação da licença-maternidade para seis meses

Nos últimos anos, o movimento sindical intensificou campanhas em torno do tema e teve atendido a reivindicação de ampliar a licença-maternidade de quatro para seis meses, passando a ser uma cláusula na convenção coletiva. "Esta é uma conquista não só das mulheres como da sociedade, e em especial, das crianças. Isto porque falamos das futuras gerações e na criação de condições para o desenvolvimento de homens e mulheres mais saudáveis no futuro", declara Juvândia Moreira, secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Para a ampliação, o banco deve fazer adesão ao Programa Empresa Cidadã, instituído pela Lei nº 11.770, de 9 de setembro de 2008 e também, solicitação escrita da empregada até o final do primeiro mês após o parto. As bancárias que já estão em licença-maternidade têm prazo de 30 dias, isto é, até 17 de novembro para manifestar opção junto ao banco, independente da sua adesão ao programa.

"A ampliação da licença maternidade é uma conquista da sociedade, pois tratamos dos cuidados e da saúde dos filhos que devem ser responsabilidade de todos, porém sabemos que nos primeiros seis meses de vida a presença da mãe é imprescindível", ressalta Rosane Alaby, diretora do Sindicato dos Bancários de Brasília.

Para Rosana Meira, diretora do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, também é um dever social dar garantias e proteção para que essas mulheres exerçam seus papéis sem prejuízos em suas carreiras profissionais.

Isonomia para homoafetivos

Pela primeira vez, foi incluída uma cláusula na convenção coletiva que assegura a isonomia de direitos para homoafetivos, que prevê a extensão do plano de saúde a parceiros do mesmo sexo em todos os bancos.

Para Maria Izabel da Silva, diretora da Fetec/SP, os casais homoafetivos conquistaram finalmente o direito de serem tratados ou tratadas da mesma forma que os casais heterossexuais. "Significa que o bancário ou a bancária que é feliz com alguém do mesmo sexo e construiu uma vida inteira juntos ou juntas, possa ter garantias e direitos como assistência médica para seu companheiro ou companheira da mesma forma que um casal hetero de relacionamento estável possui", afirma Bel. Ela completa: "isso dá mais tranqüilidade ao trabalhador ou trabalhadora que tem as mesmas responsabilidades e deveres dos demais, mas que sofrem com o preconceito e as discriminações por sua orientação sexual".

Igualdade de oportunidades

O acordo com os bancos traz novos avanços. Estão incluídas as diretrizes do Programa de Valorização da Diversidade, construído a partir do Mapa da Diversidade, onde consta, por exemplo, a democratização do acesso à população negra nos bancos e o encarreiramento das mulheres que somam quase metade da categoria. "Isto é fruto de uma longa jornada de lutas do movimento sindical, da qual as mulheres foram as verdadeiras protagonistas" aponta Denise Falkenberg, diretora da Federação dos Bancários do RS.

"Temos que dar maior dinâmica na mesa temática de Igualdade de Oportunidades, pois foi onde tudo começou", destaca Eliane Cútis, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo."Esperamos que todo esforço feito na construção do mapa da Diversidade serva de exemplo para outros setores na luta contra a discriminação de gênero e raça", salienta Deise Recoaro. Está contemplado na cláusula o debate e formulações em torno do programa de capacitação e inclusão da pessoa com deficiência da Febraban.

"Na construção da campanha, as cláusulas sociais sempre tiveram o espaço destacado para as formulações de propostas para proporcionar um ambiente de trabalho mais humano, seguro, saudável e democrático", lembra Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. "Com a força da mobilização da categoria, as conquistas vieram, mostrando que é o caminho para uma vida melhor", conclui.


Fonte: Contraf-CUT





NO BNB, GREVE JÁ DURA 33 DIAS

Crédito: Seec Pernambuco
Seec Pernambuco Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) seguem para seu 33º dia de greve forte e coesa nesta segunda-feira, 26. De braços cruzados, aguardam o resultado da negociação entre a CFNBNB/Contraf-CUT - Comissão Nacional dos Funcionários e a direção do banco, que acontece às 15 horas no Passaré, em Fortaleza.

"Manter a greve é a melhor forma de pressionar o banco para avançar, principalmente se o movimento é forte", avalia Tomaz Aquino, coordenador da comissão. Ele veio ao Recife participar da assembleia desta sexta para esclarecer os colegas pernambucanos sobre as pespectivas das negociações.

Tomaz, entretanto, não acredita que se possa avançar significativamente na PLR. O banco alega limitações orçamentárias impostas pelo Dest - Departamento de Controle das Estatais, do Ministério do Planejamento para justificar a trava de 9% do lucro líquido para tal fim. Considera mais factível o BNB ceder na extensão da licença-prêmio para todos os funcionários, uma vez que o Ceará obteve na Justiça a manutenção do benefício.

A última proposta do banco, na quinta-feira passada, se restringiu a um abono de R$ 500, a ser pago no próximo dia 29. Assim, a recomendação da assembleia é de que se fortaleça a greve nesta segunda, para mostrar para o banco que ainda há fôlego, apesar da greve longa.

Por conta da reunião em Fortaleza, a assembleia desta segunda será às 19 horas, de modo a permitir avaliar eventuais novas propostas.

Até agora, somente o Ceará saiu da greve, há cerca de uma semana.
Fruto de manobra suja do BNB, que pressionou gerentes e comissionados a comparecer à assembleia para votar pelo retorno ao trabalho. Aqui em Pernambuco e nas demais bases de autuação do banco, a estratégia furou.


Fonte: Ivaldo Bezerra-Lumen - Seec Pernambuco/ Contraf-CUT




BANCÁRIOS DO BANESE BUSCAM APOIO PARA RESOLVER IMPASSE

A direção do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE) buscou o apoio do deputado federal Eduardo Amorim (PSC) para tentar uma saída para o impasse entre os baneseanos e o Banco do Estado de Sergipe (Banese). O encontro aconteceu nesta sexta-feira (23), no Centro de Convenções de Sergipe, onde ele estava participando da II Jornada Sindical dos Enfermeiros do Estado de Sergipe - SEESE.

A presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Flávia Brasileiro, foi quem intermediou o encontro. Os baneseanos têm uma pauta específica de reivindicações e esperam que o Banco avance um pouco mais para acabar com a greve que já dura 30 dias. Teve início no dia 24 de setembro.

"Por conta da intransigência da direção do Banese, aos poucos os colegas foram aderindo ao movimento. Na capital são 20 agências, todas paradas, algumas funcionando precariamente. Desde 2007 estamos discutindo uma pauta de reivindicações, mas o banco se recusa a assinar o acordo complementar coletivo. Por conta disso, já sofremos algumas perdas", explica Ivânia Pereira, diretora do Sindicato.

São 38 cláusulas, mas nós elegemos 18 para negociar inicialmente. São 10 sociais, sem nenhum impacto financeiro, e 8 com custos. Dessas, destacamos três que têm maior prioridade no momento: auxílio-moradia; Ajuda de custo para funcionários que trabalham no interior; e Reajuste das comissões dos caixas e compensadores. O Sindicato pediu 30%, porque no início do ano o banco reajustou as gratificações entre 35% e 102% e os caixas e compensadores ficaram de fora, mas o banco só deu 10%.

"A história do nosso país foi feita de exploração. Mais do que nunca está na hora de os brasileiros conduzirem com dignidade os destinos do Brasil. Política é o lugar de quem pensa de forma coletiva, dos abnegados e dos que querem ajudar. Eu quero ser útil e defender uma causa nobre", disse o deputado.

"Esse impasse já dura um mês. Eles reconhecem que está ocorrendo prejuízo até de imagem do banco. A Justiça negou a decretação da abusividade da greve, mas o banco pediu para o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) rever a decisão de ilegalidade", informa Luiz Alves (Lula).

"A gente tem de lutar por melhores condições de trabalho. Não podemos jamais cruzar os braços e se acomodar diante das dificuldades. Entendo que vocês não estão exigindo absurdo, estão pedindo o mínimo", reconheceu Eduardo Amorim, que ficou de marcar uma reunião com o presidente do banco, Saumíneo Nascimento.


Fonte: Seeb Sergip / Contraf-CUT





sexta-feira, 23 de outubro de 2009

ESTRANHO SILÊNCIO

Por ofício, e-mail e telefone, a direção da AFBEPA vem tentando buscar informação, junto ao Sindicato dos Bancários, sobre a data para o fechamento da redação final das cláusulas do ACT 2009/2010, assim como a data da assinatura do acordo.


REGULAMENTAÇÃO DO ACT
A redação final precisa estar acompanhada da regulamentação que determina prazos, penalidades e multas.
É bom lembrar que foi por falta de regulamentação que ítens importantes do nosso acordo passado, como ponto eletrônico e plano de saúde, não foram cumpridos.
Felizmente, salvamos o PCS na assembléia que decidiu pela ação de cumprimento. Agora temos a tutela antecipada que determina que o PCS deverá ser implantado em janeiro de 2010, com efeito retroativo a 18 de maio de 2009.
Porque aprendemos com os erros passados, devemos regulamentar este acordo.


A PARTICIPAÇÃO DA AFBEPA
Por decisão da assembléia, a AFBEPA esteve presente contribuindo em todos os momentos da Campanha Salarial, na mobilização, na garantia da efetividade da greve, na contribuição nas assembléias e nas rodadas de negociação com a direção do Banpará. Também no momento da redação final e da regulamentação do ACT se faz naturalmente necessária a contribuição da AFBEPA.


NENHUM RETORNO
A direção da AFBEPA estranha o silêncio da direção do Sindicato sobre um tema tão importante para os bancários e bancárias do Banpará.
A direção do Sindicato não respondeu ao ofício da AFBEPA e não tem atendido às inúmeras ligações que têm sido feitas.
Ressaltamos que não está em questão qualquer divergência política, mas sim um legítimo interesse da categoria e o trato de instituição para instituição precisa ser respeitado.



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FORÇAS DA FÉ, DA UNIÃO, DA LUTA, DA ALEGRIA SEMPRE VENCEM!


Vejam aí os colegas de Marabá que vestiram a camisa,
como a maioria, em defesa do nosso direito.
O click foi feito na Campanha Salarial.
Valeu e valerá sempre, colegas!
Um forte abraço da AFBEPA!



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FORÇA DA GREVE DOS BANCÁRIOS GARANTE CAMPANHA VITORIOSA E MAIS CONQUISTAS

Crédito: Augusto Coelho/Seeb DF
Augusto Coelho/Seeb DF "Os bancários acabam de dar mais uma grande demonstração de sua organização, de sua determinação de luta e de sua percepção de que sua força para conquistar direitos reside na capacidade de juntar todos esses atributos com a unidade de ação. Foi isso que permitiu aos bancários mais uma campanha vitoriosa, que serve de exemplo a todos os trabalhadores brasileiros. E por isso todos os bancários e bancárias estão de parabéns."

Assim o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, avalia o resultado da campanha nacional, que acrescentou novas conquistas à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2009/2010, assinada com a Fenaban no dia 19 de outubro. A greve continua no BNB e no Banese.

Com a maior greve da categoria em mais de duas décadas, que parou 7.200 agências de bancos públicos e privados nos 26 Estados e no Distrito Federal, os bancários obtiveram conquistas importantes na campanha nacional: aumento real pelo sexto ano consecutivo em todas as verbas salariais, a melhor PLR desde a sua implantação em 1995, a abertura de 15 mil novos postos de trabalho no Banco do Brasil e na Caixa, licença-maternidade de 180 dias em todos os bancos, inclusão pela primeira vez na Convenção Coletiva de programa de reabilitação profissional, instalação de comitês de ética para combater o assédio moral no BB e na Caixa, além de outros importantes avanços nas cláusulas sociais, como na igualdade de oportunidades, o reconhecimento dos direitos legais nas relações homoafetivas e a reativação das comissões para discutir saúde e segurança bancária.
(...)

Os próximos desafios


É por causa da unidade nacional, do esforço permanente pelo fortalecimento da organização e do exercício da participação democrática que os bancários são a única categoria profissional com múltiplas empresas que possuem uma única Convenção Coletiva de Trabalho, que garante os mesmos direitos a todos os trabalhadores de todos os bancos, públicos e privados, em todo o país.

"Foi assim que a categoria bancária obteve todas as suas conquistas através da história", lembra o presidente da Contraf-CUT. "Mas apesar do êxito de mais uma campanha, restam ainda muitas coisas a conquistar, que passarão pelas negociações permanentes banco a banco, como o fim do assédio moral e das metas abusivas, a garantia de emprego nos processos de fusão, a contratação de mais bancários para diminuir a carga de trabalho e melhorar o atendimento à população, mais segurança contra assaltos, previdência complementar e igualdade de oportunidades para todos. O nosso desafio agora é mantermos a unidade, aperfeiçoarmos a organização e partirmos em busca de novas conquistas."

Leia mais em Contraf-CUT




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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

REDUÇÃO DO DESEMPREGO AINDA NÃO INDICA RECUPERAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO, DIZ IBGE

A redução da taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país na passagem de agosto para setembro não representa uma recuperação do mercado de trabalho, mas pode estar relacionada ao aumento no número de vagas que geralmente ocorre no fim do ano. A avaliação é do gerente da Pesquisa Mensal de Emprego, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo.

De acordo com ele, trata-se de um movimento sazonal. Azeredo destacou que, entre janeiro e setembro de 2009, o número de ocupados aumentou 0,8% em relação ao verificado no mesmo período do ano anterior. O percentual é bastante inferior ao aumento observado entre janeiro e setembro de 2008 na comparação com o igual período de 2007, que foi de 3,5%.

"Esse cenário mostra claramente que não temos ainda uma recuperação e sim uma estabilização. Esse comportamento de entrada no mercado de trabalho, responsável pela taxa de ocupação, é sazonal. Geralmente nesta época a gente tem um processo de aumento de circulação de mercadoria, de produção em função do fim do ano, um aumento do contingente de ocupados no comércio, com a elevação do consumo principalmente em função do recebimento do décimo terceiro salário. Enfim, toda uma característica de preparação para o escoamento da produção principalmente no último mês do ano”, explicou.

Conforme o levantamento, a população ocupada totalizou 21,5 milhões de pessoas em setembro. Esse volume representou uma alta de 0,4% na comparação com os dados de agosto e de 0,6% em relação aos de setembro de 2008, movimentos considerados de estabilidade pelo IBGE. Já o contingente de desocupados somou 1,8 milhão de pessoas, com alta de 4,8% na passagem de um mês para outro, e de 1,3% em relação ao ano anterior.

O gerente da PME destacou ainda que o levantamento trouxe uma boa notícia para o trabalhador no que diz respeito ao poder de compra. O rendimento médio dos ocupados aumentou 0,6% em relação ao de agosto e chegou a R$ 1.346,70 em setembro. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o crescimento apurado foi de 1,9%. De acordo com Cimar Azeredo, esse movimento se deve, em grande parte, ao "aumento do salário mínimo no período, já que boa parte da população tem seus salários indexados a ele”.

Para ele, um fator preocupante apontado na pesquisa é a redução de 0,3% no número de empregos com carteira assinada, acompanhada de um aumento de 2,0 % no emprego sem carteira assinada de agosto para setembro.


“Esse dado é preocupante porque revela uma redução na qualidade do emprego, à medida que a carteira traz a garantia de folga semanal, pelo menos um salário mínimo, férias, seguro-desemprego, entre outros. Quando a gente vê esse cenário se desfazendo, [isso] se torna um pouco preocupante”, acrescentou.


Fonte: Agência Brasil
No site do SEEB/PA-AP



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BANCÁRIOS DO BANESE REJEITAM PROPOSTA DO BANCO E CONTINUAM EM GREVE

Os baneseanos rejeitaram em assembleia nesta quarta 21, a proposta do Banco do Estado de Sergipe - Banese -, apresentada na audiência de conciliação realizada ontem, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O Banco não concordou com o pedido de 3% para avançar na proposta de 6% da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), só concordando com a reparação dos 10% na comissão dos caixas, que, num realinhamento das comissões no início deste ano, ficaram de fora dos reajustes.

Durante a audiência, o presidente do Banese, Saumíneo Nascimento, comprometeu-se em assinar o acordo complementar das cláusulas que já são praticadas pelo banco, e as demais continuarão sendo discutidas. Aceitou também a proposta da Fenaban, inclusive, já depositou o salário dos baneseanos na terça 20 com o reajuste de 6%, mas os baneseanos rejeitaram a proposta.
O Sindicato dos bancários de Sergipe e o Banese receberam um prazo de dez dias para analisarem os itens da pauta específica, que serão apresentados na nova audiência marcada para o dia 9 de novembro, às 9h30.

Não havendo acordo, será instaurado o dissídio coletivo.
"Além dos 3% a mais que não foi aceito pelo presidente do banco, pedimos a ajuda de transporte para os funcionários que trabalham no interior, que o banco só paga até Maruim ou Itaporanga, dependendo da rota.

O presidente sinalou aceitar nos moldes que são praticados no Banco do Nordeste. Falamos também do PCS. Como ponto importante, o Banese aceitou a assinatura do acordo coletivo de trabalho complementar do que já é praticado. A gente também pediu que fosse feito um reajuste na comissão dos caixas que é a menor praticada no Estado", informa José Souza, presidente do Sindicato dos Bancários.
"A proposta apresentada é decorrente da nossa luta de 28 dias de greve, mas é decepcionante a gente conseguir uma proposta apenas para os caixas. Entendo que a gente deve buscar uma melhor proposta.

A direção do Sindicato está preparada para implementar o que for decidido nesta assembleia", disse o secretário geral do Sindicato dos bancários de Sergipe, Luiz Alves (Lula).
"Ele (Saumíneo) não deu nenhum reajuste aos caixas, apenas corrigiu uma distorção que eles criaram quando 'realinharam' as comissões e deixaram os caixas e compensadores de fora. Nós fizemos esta semana um esforço enorme procurando juristas, políticos, para que Saumíneo recuperasse o poder de presidente. Eu fiquei, mais uma vez, decepcionada", afirma Ivânia Pereira, diretora do Sindicato. "Infelizmente, o atual presidente do Banese não tem poder de decisão. É triste chegar aqui depois de 28 dias e ter uma proposta aquém do que os baneseanos anseiam", lamentou José Américo, diretor da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe - FEEB/SE. "O Banese não é feito só de caixas. Vamos mostrar amanhã que não concordamos com essa proposta", retrucou um funcionário durante a assembleia.

Saumíneo Nascimento alegou que não tinha condições de dar nenhum aumento a mais por conta do pagamento de R$ 1,5 milhão que o Banese teve de pagar, agora no dia 20, aos funcionários que tiveram as comissões de mais de dez anos retiradas pela direção anterior, assim que assumiu a Presidência, em 2007. "Esse desembolso ocorreu por conta da teimosia da direção do Banese, por insistir num erro administrativo", afirma José Souza.

Por Edivânia Freire - Seeb/SE
Fonte: Contraf/CUT


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MAGNIFICAT

Fernando Pessoa


Quando é que passará esta noite interna, o universo,
E eu, a minha alma, terei o meu dia?
Quando é que eu despertarei de estar acordado?
Não sei. O sol brilha alto,
Impossível fitar.
As estrelas pestanejam frio,
Impossíveis de contar.
O coração pulsa alheio,
Impossível de escutar.
(...)
Sorri, dormindo minha alma!
Sorri, minha alma, será dia!
(trechos)




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EVANDRO, NA PAZ DE DEUS


Nosso colega Evandro Cabral Ramos, 51 anos, casado e pai de família, lotado na Agência Ananindeua, trabalhando no auto-atendimento, foi encontrado morto, esta manhã. Evandro, que era diabético, tinha se submetido, recentemente, a uma cirurgia. A causa da morte ainda não foi definida.

Pessoa doce, humilde e gentil, sempre será lembrado por seu sorriso aberto e fraterno na Ag. Ananindeua e deixará grandes saudades entre todos os colegas do banco.

Evandro era nosso associado. A AFBEPA sente muito e se solidariza com a família e os colegas da Ag. Ananindeua nesta hora tão difícil, lembrando sempre que o retorno ao Pai é o caminho de luz e amor que o recesso da vida material nos aponta como alento.

Está sendo velado na capela do Golden Pax, Av. Lomas Valentino próximo à Duque. O enterro sairá amanhã, às 10h. Estejamos todos unidos em oração por Evandro e seus familiares.