sexta-feira, 15 de junho de 2012

BANCO É CONDENADO POR TRANSPORTE IRREGULAR DE VALORES


Infelizmente, no Banpará, temos recebido várias denúncias de transportes irregulares de valores sendo realizados por funcionários, principalmente nas unidades do interior do Estado. A posição da Justiça é clara: este é um é ato ilícito. É urgente a comunicação às autoridades competentes para que os direitos dos bancários sejam respeitados aqui no Pará.

A denúncia e vitória judicial ocorreu no Amazonas.

Com a palavra o Sindicato do Pará: cadê as denúncias ou ações para proteger as vidas dos bancários do Pará?

O QUE DIZ A CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Veja decisão abaixo. De acordo com posição do Tribunal Superior do Trabalho, trata-se de infração à Constituição Federal, Artigo 7º, XXII e ao Artigo 3º da Lei 7.103/83:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;

O QUE DETERMINA O ARTIGO 3º DA LEI 7.102/83:
Art. 3º A vigilância ostensiva e o transporte de valores serão executados: (Redação dada pela Lei 9.017, de 1995).

I - por empresa especializada contratada; ou (Redação dada pela Lei 9.017 , de 1995).

II - pelo próprio estabelecimento financeiro, desde que organizado e preparado para tal fim, com pessoal próprio, aprovado em curso de formação de vigilante autorizado pelo Ministério da Justiça e cujo sistema de segurança tenha parecer favorável à sua aprovação emitido pelo Ministério da Justiça. (Redação dada pela Lei 9.017 , de 1995).


TST CONDENA BRADESCO POR OBRIGAR GERENTE A FAZER TRANSPORTE DE VALORES

A Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) condenou por unanimidade o Bradesco a indenizar em R$ 150 mil por danos morais um gerente administrativo obrigado a transportar, de barco, malotes de dinheiro entre cidades ribeirinhas da Amazônia. A decisão reestabeleceu sentença da 1ª Vara do Trabalho de Parintins (AM), reformando decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR).

Segundo seu relato, o gerente, à época em que exercia a função de gerente geral da agência de Nhamundá (AM), com frequência transportava valores por meio de voadeiras, pequenas embarcações de alumínio com motor de popa, entre aquela cidade e Parintins e Terra Santa, acompanhado de escolta da Polícia Militar. Ingressou com ação trabalhista pedindo dano moral sob o argumento de que essa situação teria lhe causado abalo psicológico.

O juiz de primeiro grau acolheu os argumentos do empregado e condenou o Bradesco ao pagamento de R$ 150 mil pelos danos morais causados. Porém o Regional reformou a sentença e excluiu a condenação, com o entendimento de que o empregado não havia noticiado nenhum caso de tentativa de assalto, e que o fato de o transporte contar com escolta policial demonstraria o cuidado do banco com sua integridade física.

Para o TRT, o simples receio de ser assaltado não poderia justificar a indenização por dano moral, pois a situação a que o gerente era submetido se equipararia a diversas profissões que oferecem risco.

Ao recorrer ao TST, o bancário insistiu que a Constituição da República veda a prática que exponha o trabalhador a riscos, e a Lei nº 7.102/1983 exige capacitação específica para o transporte de valores.

O relator do recurso do bancário ao TST, ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, observou que o transporte de valores impõe aos bancos determinadas condutas previstas em legislação específica, que, no caso, foram descumpridas pelo Bradesco, incorrendo em ato ilícito.

Ao contrário do Regional, o ministro considerou que a presença da escolta policial "revela a exata dimensão da insegurança da atividade de transporte de valores pela via fluvial na região". Para ele, a conduta do banco, que "se valeu de seu poder de mando para desviar o gerente de função, obrigando-o a desempenhar tarefas além das suas responsabilidades e expor sua integridade considerável de risco", demonstrou "desprezo pela dignidade humana".

Vieira de Mello salientou ainda em seu voto que o TST tem entendido, de forma reiterada, que a prática comum dos bancos de atribuir a seus empregados a tarefa de transporte de valores entre agencias bancárias gera o dano moral por violação ao artigo 7º, inciso XXII, da Constituição e 3º da Lei 7.102/83.

Fonte: TST




*

BANPARÁ LANÇA EDITAL PARA CONCURSO PÚBLICO

Conforme noticiado no site do Governo do Estado, a Agência Pará de Notícias, já está na internet o Edital 001/2012, no qual o presidente do Banpará convoca Concurso Público para provimento de apenas treze vagas de nível médio para algumas agências do interior do Estado e duas vagas para nível superior, na capital, nos cargos de Médico do Trabalho e Engenheiro Eletricista. Está prevista, também, a formação de cadastro de reserva, na capital e interior, no nível médio. No nível superior, o Edital forma cadastro de reserva para o cargo de Engenheiro Agrônomo, na capital.


A empresa responsável pelo certame é a ESPP CONCURSOS, empresa vencedora do Pregão Eletrônico 022/2012.


Considerados quatro polos, assim estão distribuídas as vagas para os cargos de nível médio:


Polo I - Belém e Região das Ilhas - 1 vaga para Afuá, e formação de cadastro de reserva para: Belém, Abaetetuba, Anajás, Breves, Barcarena, Cametá, Moju e Salvaterra. A prova será realizadas em Belém.


Polo II - Castanhal - Nenhuma vaga. Apenas formação de cadastro de reserva para: Bragança, Bujaru, Capanema, Capitão Poço, Castanhal, Concórdia do Pará, Garrafão do Norte, Ipixuna, Maracanã, Paragominas, Primavera, Salinas, Santa Izabel, Santo Antônio do Tauá, São Caetano de Odivelas, São João de Pirabas, Tailândia, Tomé-Açú, Tracuateua, Vigia e Viseu. Neste polo o Banco prospecta a criação de unidade e formação de cadastro de reserva em Marapanin. A prova será realizada em Castanhal.


Polo III - Marabá - 8 vagas, contemplando 1 vaga para cada um desses municípios: Água Azul do Norte, Canaã dos Carajás, Eldorado dos Carajás, Marabá, Parauapebas, Redenção, Rondon do Pará e Xinguara
Há também a formação de cadastro de reserva para: Abel Figueiredo, Brejo Grande do Araguaia,Conceição do Araguaia, D. Eliseu, Floresta do Araguaia, Goianésia, Itupiranga, Sapucaia e Tucuruí. A prova será realizada em Marabá.


Polo IV - Santarém - 4 vagas, assim distribuídas: Itaituba, Juruti, Óbidos e Santarém. Formação de cadastro de reserva para: Alenquer, Altamira, Anapu, Monte Alegre, Oriximiná e Terra Santa. Neste polo, o Banco prospecta criação de unidades e formação de cadastro de reserva em Curuá e Vitória do Xingu. A prova será realizada em Santarém.


***


Sabemos que a necessidade de contratação é centenas de vezes maior que a anunciada pelo Banco: apenas 13 vagas para técnico bancário e duas vagas para nível superior. Sentimos falta da abertura de vaga para psicólogo, compromisso firmado pela diretoria administrativa com as entidades, e grande necessidade dos funcionários, especialmente agora, com a implantação das metas e o aumento da pressão e do assédio.


A sobrecarga de trabalho, a sobrejornada como rotina e os desvios de função apontam a necessidade de muito mais contratos de pessoas para dar conta das inúmeras tarefas postas para o crescimento e fortalecimento do Banpará. Por isso os bancários e bancárias reivindicaram, na última campanha salarial, a contratação de 300 novos funcionários através de concurso público.


Vamos lutar para que o Banco convoque muito mais trabalhadores do que as vagas oferecidas, já que o Edital determina a formação de cadastro de reserva para a maioria dos municípios.


De todo modo, a decisão é bem-vinda e atende, ainda que parcialmente, a reivindicação da AFBEPA e dos funcionários. Que sejam bem elaboradas as provas, que sejam bem preparados os candidatos, e que entrem no Banco com vontade de trabalhar, ajudar o Banpará a crescer e com a consciência para lutar por nossos direitos, interesses e conquistas. Bom concurso público para todos e todas!


UNIDOS SOMOS FORTES!




ATUALIZAÇÃO EM 18 DE JUNHO, SEGUNDA-FEIRA - Na sexta-feira última,15 de junho, o Banpará retificou o item 12.6 do Edital do Concurso Público, aumentando o teto de vagas para Belém, criando uma exceção à regra. Para ler na íntegra, clique aqui. O item ficou com esta redação:



"12.6. Para os municípios em que há apenas formação  de cadastro de reserva, serão eliminados os candidatos em posições superiores a 15º colocação, à exceção de Belém e Região Metropolitana, onde serão eliminados os candidatos que forem classificados em posições superiores a 300ª colocação, observada, em qualquer caso, a reserva de vaga para candidatos com deficiência e respeitados os empates na última posição.


Belém, 14 de junho de 2012.
Augusto Sérgio Amorim da Costa
Diretor Presidente"










*

quinta-feira, 14 de junho de 2012

BELÉM NAS MÃOS DO POVO - BANCÁRIOS PROPÕE QUE FUNDO VER-O-SOL SEJA ADMINISTRADO PELO BANPARÁ

Kátia Furtado entregando ao pré-candidato Edmilson Rodrigues - PSOL, 
documento que propõe diretrizes para o Banco do Povo. Dentre as propostas, 
foco na economia solidária e administração financeira pelo Banpará. 
O documento foi muito bem recebido.


Kátia Furtado, Presidenta da AFBEPA, foi convidada a integrar um grande movimento de reconstrução de Belém, assim denominado "Belém nas Mãos do Povo". Um movimento apartidário, no qual estão presentes várias lideranças sindicais como o Presidente do Sindifisco, Charles Alcântara; personalidades públicas, como o desenhista João Bastos; celebridades, como a estilista e ex-bbb Mirla Prado, e artistas como Alba Maria, Pedrinho Callado e Adilson Alcântara.


Este importante movimento realizou um grande Seminário no Hotel Sagres dia 17 de abril e ontem, 13 de junho, no Rancho, realizou uma Plenária para recolher propostas para Belém. Tanto no Seminário quanto na Plenária, esteve presente o pré-candidato que, por unanimidade, os membros do Movimento Belém nas Mãos do Povo consideram o melhor na disputa que se avizinha para a Prefeitura de Belém: Edmilson Rodrigues - PSOL.


Para Kátia Furtado, a AFBEPA e todo o funcionalismo do Banpará trata-se de uma grande honra o convite e a responsabilidade de ajudar a construir caminhos de retomada da nossa capital aos interesses do povo porque, da forma como tem sido administrada há cerca de oito anos, Belém está praticamente destruída. Todos e todas que amamos Belém, estamos juntos nessa tarefa de reconstruir nossa cidade. "Belém é linda e merece ser bem cuidada! Nossa gente carece de um governo que olhe para quem mais precisa! Tenho fé que venceremos!" emocionada, falou Kátia Furtado, sobre o Movimento Belém nas Mãos do Povo.


Na Plenária de ontem, no Rancho, representando um grupo de bancários e bancárias chamados a contribuir,  Kátia entregou ao pré-candidato e à coordenação do Movimento, um documento com algumas diretrizes e propostas para o Fundo Ver-o-Sol, mais conhecido como Banco do Povo.


ECONOMIA SOLIDÁRIA E FORTALECIMENTO DO BANPARÁ
Dentre as propostas, o foco na economia solidária e o trabalho com o Banpará. No documento, os bancários e bancárias que assinam, a maioria do Banpará, mas também há bancários do Banco da Amazônia e da Caixa, entenderam a importância de o nosso Banco estadual passar a administrar, financeiramente, o Fundo Ver-o-Sol, isso para fortalecer cada vez mais o Banpará, uma linha de defesa aprovada no Seminário em Defesa do Fortalecimento do Banpará.


O documento foi muito bem recebido e será incorporado às outras dezenas de propostas do Movimento Belém nas Mãos do Povo, assim como dos demais grupos, partidos políticos etc, que enviarão propostas ao pré-candidato Edmilson Rodrigues.


Estaremos mantendo os bancários e bancárias do Banpará sempre bem informados sobre os passos de reconstrução de Belém através do Movimento Belém nas Mãos do Povo. A participação é aberta a todos que desejem ajudar. Podem comentar aqui ou entrar em contato com a Kátia Furtado.


Também, na luta por Belém, 
UNIDOS SOMOS FORTES!








*

terça-feira, 12 de junho de 2012

AS CLÁUSULAS DO ACT NÃO CUMPRIDAS PELO BANCO

Nesta CARTA ABERTA solicitamos, em caráter de urgência, reunião com as entidades e com o Banco sobre todas as Cláusulas não cumpridas do ACT 2011/2012.


Lamentavelmente não foram apenas o Ponto Eletrônico (Cláusula 24ª) e o Plano Odontológico (Cláusula 27ª), que já estão sendo cobrados em Ação de Cumprimento, as únicas cláusulas descumpridas pelo Banpará no ACT 2011/2012.

Abaixo, registramos também as demais cláusulas que ainda não foram cumpridas do Acordo Coletivo de Trabalho, e que precisam ser denunciadas às autoridades competentes: cláusulas 11ª, 12ª, 16ª, 20ª, 22ª, 23ª, 28ª e VIGÉSIMA OITAVA da parte IV, além da Cláusula 5ª, objeto de outra Ação de Cumprimento (junto com os outros dois pontos que o Banco não incluiu no ACT, embora negociados em mesa).

Confira cada cláusula parcial ou totalmente descumprida:



CLÁUSULAS NÃO CUMPRIDAS QUE PRECISAM SER COBRADAS

TRANSPORTE IRREGULAR DE NUMERÁRIO
O que diz o ACT


Este problema ainda não está resolvido e a segurança dos bancários e bancárias ainda está muito exposta quanto a este item. Temos várias denúncias de situações nas quais os colegas ainda estão transportando irregularmente valores, principalmente no interior. Inclusive temos conhecimento de ação na Justiça, por esse motivo.

Há informações de colegas que apontam o 'interbancário' como uma política que fragiliza a segurança. Esperamos que a direção do Banpará reavalie essa política com os bancários de agências e PABS, que realmente vivenciam a rotina atribulada do atendimento direto ao cliente, do manuseio do numerário, da venda de produtos e serviços etc.


(IN)SEGURANÇA BANCÁRIA
O que diz o ACT


Com os cortes de verbas e os desmontes das Áreas de Segurança e Saúde, o que se viu foi a ausência do Banco em muitas situações de violência contra bancários e familiares. Infelizmente houve descumprimento do ACT neste item: depoimentos de colegas, filhos e cônjuge, à Polícia Civil, sem a devida e necessária presença de advogados do Banco, houve colegas indiretamente atingidos que não tiveram a CAT preenchida, houve bancários e familiares que não tiveram o pronto-atendimento médico e psicológico no local onde vivem, e tiveram que se deslocar para Belém, mesmo sob o impacto do forte trauma, ao invés do Banco ir até o município onde ocorreu o sinistro e garantir o custo de todas as despesas médicas, psicológicas e terapêuticas. 


PLR – PARCELA ADICIONAL
O que diz o ACT (regra local)





O que diz a regra da CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO (regra nacional) – FENABAN
Cláusula 1ª
II – PARCELA ADICIONAL
O valor desta parcela será determinado pela divisão linear da importância equivalente a 2% (dois por cento) do lucro líquido do exercício de 2011, pelo número total de empregados elegíveis de acordo com as regras desta convenção, em partes iguais, até o limite individual de R$ 2.800,00 (dois mil e oitocentos reais).

Ressaltamos essa cláusula porque, na verdade, não chegamos a ganhar o percentual de 4% da parcela adicional, justamente por haver um teto negociado na mesa da Fenaban que limita esse ganho. Da forma como foi assinada a Convenção Coletiva 2011/2012, tem-se o não cumprimento legal do Banpará dos 4%, onde a distribuição foi apenas de 2,67% da parcela adicional, do que foi acordado, uma vez que a limitação estipulada no âmbito nacional de R$ 2.800,00 foi observada pelo Banco.

Portanto, precisamos lutar para que os 4% sejam cumpridos da seguinte forma: o Banpará deve manter o dobro da parcela adicional e também deve instituir o dobro do limite. Aí sim, estes 4% de parcela adicional da PLR serão reais!


BANCO DE PERMUTAS
O que diz o ACT
Não temos conhecimento de que o Banco criou o Banco de Permutas na intranet.




SENHA ELETRÔNICA E CARTÕES DE AUTÓGRAFO DIGITALIZADO
O que diz o ACT

Tanto a cláusula que trata da implantação da senha eletrônica, como a cláusula dos cartões de autógrafos digitalizados, não foram concluídas dentro do prazo estipulado, 31/05/2012. 




DEMOCRATIZAÇÃO DA INTERNET - ACESSO AO BLOG DA AFBEPA
O que diz o ACT


A maioria dos bancários e bancárias ainda não tem acesso ao blog da AFBEPA, o canal e veículo da informação entre a Associação e os funcionários. O Blog da AFBEPA teve seu link disponibilizado na intranet do Banco até meados de 2010, quando por ordem da então diretora administrativa, o link foi bloqueado. No último ACT ficou firmada a realização de um estudo para permitir o acesso ao Blog da AFBEPA, o que, até hoje, não foi feito. O Blog recebe mais de 200 acessos diários e achamos injusto que os funcionários não possam acessá-lo do local de trabalho, uma vez que as postagens são de total interesse dos trabalhadores.




SALDO CAFBEP/PAS
O que diz o ACT
PARTE IV – CLÁUSULAS DO ACORDO 2010/2011 MANTIDAS:






Não há informação por parte do Banco de como estão os trâmites para a liquidação e extinção do antigo Plano de Saúde. Mas esta Associação jamais esquecerá que há dinheiro nosso nesse fundo e que ele deve retornar em forma de benefícios para a categoria. A AFBEPA continua defendendo que seja revertido em pagamento de mensalidades dos participantes no novo Plano de Saúde Unimed, e, que, sobretudo, haja uma assembléia de prestação de contas antes da extinção do antigo Plano.



CLÁUSULAS NÃO CUMPRIDAS, JÁ COBRADAS EM AÇÃO DE CUMPRIMENTO

PONTO ELETRÔNICO
O que diz o ACT
Cláusula não cumprida e a categoria já decidiu ajuizar Ação de Cumprimento.



PLANO ODONTOLÓGICO
O que diz o ACT




Cláusula não cumprida e a categoria já decidiu ajuizar Ação de Cumprimento.




CLÁUSULA OBJETO DE OUTRA AÇÃO DE CUMPRIMENTO

REAJUSTES
 O que diz o ACT















No reajuste dos salários, a direção do Banpará, após três dias de uma greve intensa e forte, convencionou 10% de reajuste salarial em mesa de negociação, com a promessa de que aplicaria o mais benéfico indíce que fosse ajustado nacionalmente, entretanto, quando o indíce de reajuste de 12% foi aplicado nos pisos da FENABAN, e de 9% nas demais parcelas salariais como: gratificações, anuênio, tiquete, quebra de caixa etc, o Banpará,  desregrando a Tabela do Plano de Cargos e Salários vigente na empresa, seguiu apenas o reajuste de 12% nos pisos iniciais de Técnico Bancário e Nível Fundamental. Nos cargos de nível superior manteve o reajuste de 10%, o que implicou numa grande distorção do Plano, que necessitará ser corrigida.




É importante termos conhecimento que os salários da maior parte dos Bancos que negociam na mesa da FENABAN é composto de pisos, os bancários que trabalham nesses Bancos Privados, não possuem Plano de Cargos e Salários, é um anseio da categoria bancária de Banco Privado mas, até hoje, ainda não houve sensibilidade e concordância dos banqueiros, para valorizar a vida dos seus trabalhadores através de um Plano de Cargos e Salários.
No Banpará, que ratifica a Convenção Coletiva de TrabalhoNacional, foi mais conveniente aplicar o reajuste rebaixado nos salários da tabela do plano de cargos e salários, do que aplicar igualmente o reajuste mais benéfico de 12% em todos os cargos e níveis da Tabela.
Neste caso, é preciso e necessário que a CONTRAF/CUT, para buscar preservar os salários dos trabalhadores que tem Plano de Cargos e Salários, observe na contratação da Convenção, a aplicação igualitária do maior reajuste, pois, em 2011, o Banpará que tinha uma Tabela Salarial que mantinha um percentual de 5% entre os níveis salariais, após a CCT FENABAN 2011/2012, esse indíce foi rebaixado para 3%.


***


Dia 23 de junho teremos o Encontro dos Bancários do Banpará e precisamos definir a nova Minuta de Reivindicações. Basta de pautar novamente o que já está conquistado! O que é cláusula do ACT tem que ser cumprido pelo Banco, mesmo que seja por força judicial.


Dessa forma, estamos garantindo as conquistas e valorizando nossa luta. Na próxima Minuta, novos pontos devem ser conquistados. Sua participação para essa definição é fundamental! Vamos todos e todas ao Encontro dos Bancários do Banpará!


UNIDOS SOMOS FORTES!





*




CORRIGIDO O AC164

A boa notícia é que foi corrigido o AC164 e a medida de proteção incluirá a todos os bancários e bancárias. Felizmente, nenhum colega estará diretamente exposto quanto ao porte das chaves das unidades de trabalho. A responsabilidade, que é do 'dono do negócio', será repassada à empresa de segurança e não mais aos trabalhadores.


Parabenizamos ao Banco pela correção de rumo, assim como retribuímos, honrados, às inúmeras mensagens de agradecimento à esta AFBEPA que não fez mais que sua obrigação estatutária: lutar em defesa dos funcionários e do Banpará. Ficamos imensamente felizes quando o desfecho de uma justa e correta reivindicação é marcado pelo bom senso. Todos ganham.


Que as demais pendências quanto à proteção das vidas, da saúde e a garantia dos direitos dos bancários e bancárias, como o devido pagamento das horas extras, a urgente contratação de mais 300 funcionários através de concurso público, a priorização e o cumprimento de todo o Acordo Coletivo de Trabalho, dentre outras, recebam a mesma atenção e sejam, da mesma forma, resolvidas.


Aos nossos colegas, bancários e bancárias, fica a confirmação sempre reforçada de que é na luta e na união que garantimos nossos direitos, interesses e conquistas. Se os colegas tivessem se calado e aceitado o AC164, mesmo contendo sérios riscos para a segurança, não teríamos, hoje, essa vitória que é boa para todos: bancários e Banco. Contem sempre com esta AFBEPA. Nos comuniquem os problemas e estaremos juntos, de mãos dadas, para resolvê-los. Agradecemos e retribuímos a confiança com compromisso de classe, seriedade e trabalho incansável.


UNIDOS SOMOS FORTES!






*

terça-feira, 5 de junho de 2012

SEGURANÇA E AC164 - SE A MEDIDA É BOA, TEM QUE VALER PARA TODOS

O cuidado com as vidas, a prevenção, a tecnologia e a estratégia em segurança tem sido frequente demanda desta AFBEPA ao Banco. Estamos cada vez mais preocupados com a total situação de insegurança a que estão expostos os bancários e seus familiares. Lamentavelmente, ontem mesmo, em São Paulo, um bancário de Banco privado foi feito refém e assassinado em meio a um assalto bancário, na modalidade 'sapatinho'.


No Banpará, graças a Deus, ainda não temos registros de óbitos, mas o 'sapatinho' tem sido a modalidade preferida das quadrilhas que pesquisam as vidas e as rotinas dos bancários e bancárias, e planejam os sequestros para assaltar as agências e postos.


Diante disso, esta AFBEPA priorizou o pedido de retirada das chaves das mãos dos bancários e o repasse da atribuição de abrir e fechar as agências às empresas de segurança, além da contratação de mais guardas para as unidades.


> Vale lembrar que, em 2010, a direção do Sindicato dizia que um dos grandes "avanços, avanços e mais avanços" da negociação naquela Campanha Salarial era uma cláusula que determinava a contratação de empresa de segurança para abrir e fechar as unidades do Banco. Quando o texto do ACT foi colocado no site, meses depois do Acordo ter sido assinado, nada dessa cláusula. Havia apenas a previsão de um estudo. A categoria foi enganada também nesse ponto (pra não lembrar dos 3,3% de reajuste e outras balelas).


No dia 31 de maio a direção do Banpará soltou o Aviso Circular 164. Não entraremos no mérito deste AC, para não expor detalhes que não podem ser publicados, mas queremos, de pronto, deixar claro que a boa medida está incompleta e nega a principal preocupação quanto à segurança. Se a medida é boa e se a intenção é proteger, tem que servir para todos!


Por isso a AFBEPA enviou ao presidente do Banpará o ofício 012/2012 manifestando tempestiva posição acerca do AC164. Os contratos com as empresas de segurança devem cobrir o serviço completo de modo a isentar todos os bancários e bancárias da exposição que tem sido a guarda das chaves. Como sempre temos afirmado, o risco do negócio é do 'dono' do negócio, e não dos bancários e bancárias.


A orientação da AFBEPA é para que os bancários se neguem sempre a guardar as chaves das agências e postos. Enviem comunicado ao Banco, com cópia para esta AFBEPA e para o Sindicato. 


Sejamos firmes na defesa de nossas vidas, de nossos direitos, porque quem já passou pelo terror do sequestro, tendo sua família sob a mira de revolveres de bandidos, sabe que nada vale esse sofrimento. Esta AFBEPA está agindo em defesa da categoria. Não se calem! Façam a coisa certa: falem NÃO diante de um comando errado, que venha a prejudicar suas vidas e de sua família. E nos comunique.


UNIDOS SOMOS FORTES!






*

NOTA DE PESAR E LUTO



É com pesar que informamos o falecimento da mãe da funcionária e ex-diretora administrativa do Banpará, Silvânia Valente Mendes, que hoje está cedida à administração indireta do governo estadual. Lamentamos a perda e nos solidarizamos com a colega neste momento difícil. O corpo está sendo velado na Capela dos Capuchinhos.


Que Deus ampare a família e amigos e, sobretudo, acolha, em sua Paz, a mãe de Silvânia.






*

segunda-feira, 4 de junho de 2012

CADÊ A AÇÃO DE CUMPRIMENTO DO PONTO ELETRÔNICO?

A Assembléia dos Bancários e Bancárias do Banpará decidiu e cadê a Ação de Cumprimento do Ponto Eletrônico e dos demais pontos descumpridos do ACT 2011/2012?


O Ponto Eletrônico é uma conquista de quatro Acordos sendo reiteradamente descumprida pelo Banco sem nunca ter sido cobrada pelo Sindicato. Pela quinta vez o Banco solenemente descumpriu o ACT e não implantou o Ponto Eletrônico, conforme já anunciado pela Diretora Administrativa do Banpará em reunião ainda no começo do ano,quando ela disse com todas as letras que o Banco não iria implantar em todas as unidades, mas começaria pela Matriz e por algumas agências, sem dizer quais agências.


Sempre afirmamos que a maior necessidade do Ponto Eletrônico nunca foi na Matriz, mas nas agências, onde a sobrejornada está ocorrendo como rotina e, muitas vezes, nem é devidamente remunerada.


SÃO CINCO ANOS DE DESCUMPRIMENTO
Após quatro anos de descumprimento, o prazo decidido para implantação do Ponto Eletrônico era janeiro de 2012. O Banco solicitou o adiamento para maio de 2012. O Sindicato aceitou, sem nenhuma compensação para a categoria.


Novamente o Banco pediu o adiamento para agosto de 2012. No ofício, o Banco pediu, também, o adiamento do prazo para a implantação do Plano Odontológico e a anuência do Sindicato para a implantação do Banco de Horas. A AFBEPA disse: vamos convocar uma assembléia para a que a categoria decida. A decisão da maioria na assembléia foi não, não e não. Os bancários e bancárias escolheram defender suas conquistas e direitos.


O DESCUMPRIMENTO FOI ANUNCIADO NO COMEÇO DO ANO. A AÇÃO DE CUMPRIMENTO DEVERIA ESTAR PRONTA.
Se a diretora do Banpará avisou ainda no começo do ano que o Banpará iria descumprir o ACT, claro que a Ação de Cumprimento deveria estar pronta! A pedra estava mais que cantada. Dia 29 ocorreu a assembléia, dia 31 o Banco não cumpriu o Acordo, dia 1 de junho, sexta-feira, o Sindicato deveria estar ajuizando a Ação de Cumprimento. 


Hoje é segunda-feira, dia 4. Quando a Ação será ajuizada? Por essa perda de tempo, temos perdido conquistas. Tempo não se perde, principalmente quando o que está em jogo são as vidas dos bancários e bancárias.


É preciso agir tempestivamente em prol dos direitos da categoria!


Queremos, com urgência, a Ação de Cumprimento do Ponto Eletrônico e dos demais pontos não cumpridos no ACT 2011/2012.


UNIDOS SOMOS FORTES!






*



CONFERÊNCIA ESTADUAL DOS BANCÁRIOS - A SUBORDINAÇÃO À LÓGICA NACIONAL

A Conferência Regional se caracteriza por ser um espaço de subordinação da realidade local às decisões da Conferência Nacional. Há pouco tempo e espaço para os debates. Todas as questões específicas dos Bancos locais, Banpará e Basa, são remetidas aos Encontros específicos destes bancos. Sequer uma estratégia de luta para a Campanha Salarial é debatida e sinalizada. Resultado: acaba sendo uma grande reunião de bancários apenas para eleger os delegados à Conferência Nacional, onde as cartas são todas marcadas e apenas se confirmam as reivindicações, a estratégia e a tática previamente definidas.


Evidente que nacionalizar a Campanha Salarial é uma grande conquista, mas isso não significa abrir mão de debater a realidade local e construir, com a categoria bancária no Pará, uma estratégia de organização da luta. Essa ausência revela uma incapacidade da atual direção sindical em pautar e dirigir a luta da categoria aqui no estado.


Enquanto isso, a realidade, como um rolo compressor, atropela a categoria. Metas abusivas, assédio moral, adoecimentos, sobrejornada como rotina, burla dos direitos trabalhistas, horas extras que, muitas vezes, nem são devidamente remuneradas, insegurança bancária, assaltos, sequestros, estresse, medos, traumas, esse é o mais puro e fiel retrato de uma categoria que, além de tudo, está majoritariamente endividada, para tentar manter um padrão de vida após vinte anos de perdas brutais no salário.


Por isso, por tanta pressão, tantas perdas, tantas mazelas, por isso a categoria, quando chamada por suas entidades, responde e fortalece a luta. Mas, lamentavelmente, encontra uma direção que ainda negocia por baixo. 


Com a força da categoria, a direção do movimento sindical bancário deveria ousar mais! Tem poder para isso.


ÍNDICE NOVAMENTE REBAIXADO
Ano passado a Conferência dos Bancários do Pará aprovou um índice de reajuste de 25%. Quando chegou à Conferência Nacional, os próprios delegados eleitos negociaram o índice e já foi levado à plenária o índice de 20%. 


A maioria da plenária votou um índice bem abaixo disso, de 12,8%, segundo a direção nacional da Contraf/Cut, de reposição da inflação, à época projetada em 7,5%, mais um ganho real de 5%, rapidamente consumido pela alta da inflação do período seguinte. Ou seja, esse ganho real, na real, não é sentido no bolso. 


Mas mesmo que se quisesse ficar em 12,8% de reajuste, não se poderia começar a negociar nos 12,8% porque todo mundo sabe que numa negociação sempre se perde. Ou seja, quem quer 12,8% precisa começar a negociar a partir de 20%, no mínimo. O resultado, mesmo com a força da greve, é que o reajuste salarial da categoria foi de apenas 9% na mesa da Fenaban. Na mesa do Banpará, foi de 10%.


Este ano a Oposição Sindicato Livre defendeu o reajuste de 25%, considerando inflação do período mais as perdas históricas dos últimos vinte anos. Ainda é um reajuste insuficiente para dar conta das perdas, mas,  começando a negociar em 25%, certamente chegaríamos a um índice bem acima do que é negociado a nível nacional. O movimento tem força para isso, os bancos têm muita gordura para queimar. O tempo não é de timidez, mas de ousadia.


A direção do Sindicato defendeu o índice de 15%. Quando se começa a negociar com base em 15%, o reajuste será de quanto? 10%, ou algo assim, não muito diferente do que foi o ano passado. Mas, vejam bem: estamos falando do setor mais rico e que mais cresce, até na crise: os Bancos. 


É bom ressaltar que a categoria bancária entra em Campanha Salarial juntamente com outras categorias como Correios e Petroleiros e que, em termos de luta geral das classes trabalhadoras, arrancar maiores índices na mesa da Fenaban também puxaria para cima as negociações dessas e outras categorias. Poder e espaço pra isso, a direção nacional tem. O problema é se limitar a olhar a realidade e a conjuntura a partir de uma visão partidária, de governo. Aí perdem os trabalhadores.


O ATRELAMENTO DE SEMPRE
Aqui no Pará conhecemos bem essa situação, pois quando o Partido dos Trabalhadores estava no governo, a direção do Sindicato, totalmente atrelada, submeteu toda a negociação da Campanha Salarial aos interesses de seu partido no governo. Por isso, na época, retiraram a AFBEPA da mesa de negociação. Hoje fazem o mesmo com a AEBA. 


Em 2010, chegaram a publicar quatro relatórios de negociações de campanhas salariais como "avanços, avanços, avanços e mais avanços". Era tragicômico. Resultado disso: em 2010 os bancários do Banpará tiveram um dos piores acordos de toda a história das campanhas salariais e, ainda assim, quase que totalmente descumprido.


COM INDEPENDÊNCIA E CORAGEM, GANHA A CATEGORIA.
Bem diferente foi em 2011, quando a categoria decidiu, no Encontro dos Bancários do Banpará, o retorno da AFBEPA à mesa de negociações e conseguimos inverter a lógica de negociação da pauta: primeiro as cláusulas econômicas. 


A forte greve da categoria e a inversão da pauta fizeram com que o Banco viesse para o melhor Acordo de toda a história do Banpará. A direção do Banco não honrou a palavra empenhada na negociação e não incluiu três pontos firmados no texto do Acordo. 


A presidenta da AFBEPA, na segunda-feira após a assembléia que retirou a categoria da greve, esteve na SUDEP cobrando o texto do Acordo, mas o que ouvia do Banco é que apenas o Sindicato poderia requisitar o texto. Kátia Furtado cobrou bastante das diretoras do Sindicato que fossem à SUDEP pegar o texto do Acordo, mas, infelizmente, isso demorou cerca de um mês, o que deu tempo ao Banco de redigir um texto não fiel à mesa de negociação em muitos itens. O ACT só foi assinado em novembro e faltando conquistas.


A ex-senadora Marinor Brito - PSOL, uma grande apoiadora das nossas lutas, 
faz sua saudação aos bancários e bancárias da Conferência Estadual.
Também estiveram presentes os petistas Dep. Federal 
Cláudio Puty e Vereadora Milene Lauande.


DELEGADOS E DELEGADAS
Ficaram confusos os critérios de delegação à Conferência Nacional. Tradicionalmente, e pelo número de filiados na base, o Pará tem direito a 15 delegados e delegadas. Dessas 15 vagas, segundo afirmação do diretor sindical Sandro, logo ao início da Conferência, apenas a presidente do Sindicato é delegada nata. Ora, o correto, então, é que 14 vagas fossem colocadas para votação. No entanto, apenas 9 vagas foram colocadas à disposição dos bancários e bancárias na Conferência. O que foi feito com as 4 vagas? Quem irá representar o Pará sem ter sido eleito para isso?


Onde ganha e quando dirige a luta, a oposição arranca mais conquistas 
para os bancários e bancárias. Vide AFBEPA e AEBA.


A chapa da Oposição Sindicato Livre, composta por bancários e bancárias de todos os Bancos públicos, elegeu 3 delegados à Conferência Nacional.


ENCONTRO DO BANPARÁ - 23 de junho.
Agende-se. Será no dia 23 de junho o Encontro dos Bancários do Banpará, em local ainda a ser definido. Vamos fazer uma avaliação dos itens não cumpridos no ACT e ver quais as principais demandas para este ano.


Ajude a construir a Minuta de Reivindicações desta Campanha Salarial. Comente aqui no blog e, sobretudo, venha para o Encontro. Sua participação é fundamental!
Vamos construir, juntos, a mais forte e bela Campanha Salarial de todos os tempo no Banpará!


UNIDOS SOMOS FORTES!






*

sexta-feira, 1 de junho de 2012

CONFERÊNCIA DOS BANCÁRIOS DO PARÁ


CAMPANHA SALARIAL - É HORA DE VIRAR O JOGO!

Estamos iniciando mais uma Campanha Salarial. É um momento fundamental para nossas vidas, porque durante o ano inteiro trabalhamos arduamente para os recordes de lucros dos bancos, mas as direções de bancos e os banqueiros não se importam com nossas vidas, saúde, segurança, condições de trabalho e salários dignos.
Somos uma categoria de trabalhadores adoecidos, assediados moralmente, altamente estressados e vítimas da insegurança bancária.  Infelizmente bancário é uma profissão de risco e nem a segurança pública e nem as direções de Bancos e banqueiros estão preocupados em defender nossas vidas, ao contrário, o que vemos são cortes brutais em investimentos nas áreas de segurança e saúde dos Bancos.
Nos últimos vinte anos temos perdido salário e poder de compra. Para manter o mínimo padrão qualitativo nas vidas de nossas famílias, estamos cada vez mais nos endividando e comprometendo nosso futuro. Após a aposentadoria, o que nos espera é um cenário desolador, onde, em muitos casos, sequer temos condições de pagar os remédios e planos de saúde, já que não podemos contar, efetivamente, com a saúde pública.

NO BANPARÁ – ARBITRARIEDADES E BURLA DE DIREITOS TRABALHISTAS

No Banpará o quadro é de recrudescimento da pressão sobre os bancários. A atual direção tenta impor o medo com os injustos descomissionamentos e as demissões sumárias e arbitrárias. Está se intensificando a implantação das metas e o nível de sobrecarga, o estresse e os adoecimentos aumentam a cada dia. As horas extras não estão sendo devidamente pagas. Ao contrário, a direção do Banco está pagando mais uma consultoria para ensiná-la a cortar verbas, não nas diárias e salários dos diretores, e sim nas condições de trabalho, alimentação, segurança, saúde e direitos dos trabalhadores. Na última campanha salarial, a diretoria do Banpará não incluiu, no Acordo Coletivo de Trabalho, três pontos negociados em mesa e aprovados em assembléia que tirou a categoria de uam grande greve: reajuste imediato dos tesoureiros, reajuste de todas as comissões até novembro de 2011, melhor reajuste salarial (no caso, o da Fenaban, de 12%, que no Banpará teria que ser em todos os cargos e níveis por conta da tabela do PCS).


NA AMAZÔNIA, QUEREMOS INVESTIMENTOS QUE ELEVEM A CONDIÇÃO DE VIDA!

Nós, bancários da região amazônica, assistimos aos investimentos do setor financeiro, público e privado, em projetos que usurpam as riquezas naturais da Amazônia, destruindo a floresta e seus povos, matando a vida. Assim tem sido desde sempre e assim é, hoje, com a construção das usinas hidrelétricas de Belo Monte, Santo Antônio, Jirau e a futura hidrelétrica do Tapajós, obras do governo federal sendo financiadas com recursos do BNDES, que paga por um tipo de desenvolvimento criminoso contra a nossa terra, contra a nossa gente. Somos bancários e bancárias da Amazônia e queremos que nossos Bancos públicos financiem projetos que elevem a qualidade de vida da nossa população mais carente. Queremos que nossos governos determinem que os Bancos privados invistam para incluir e não excluir, construir e não destruir, melhorar e não piorar.


UNIDADE PARA MUDAR!
Não há saída isolada. A única possibilidade de superação dessa realidade desumana e desumanizante está na capacidade das classes trabalhadoras unificarem suas lutas e clamarem, conjuntamente, por um outro mundo onde não o lucro, não o capital, mas a vida seja mais importante! Em países da Europa, nos Estados Unidos e no Oriente Médio a reação das classes trabalhadoras à receita dos organismos financeiros internacionais para a crise tem sido de rebeldia. Os bancários e todas as categorias de trabalhadores estão ocupando espaços de poder, praças, ruas, bolsas de valores, para dizer em alto e bom som: “não vamos continuar pagando o preço de uma crise criada pelos banqueiros e empresários! Eles, que criaram a crise é quem têm que pagar por ela!”

Os trabalhadores brasileiros também estão dando respostas. No serviço público federal há um crescente movimento grevista. Recentemente, a presidenta Dilma privatizou a previdência dos servidores públicos federais, além de importantes aeroportos brasileiros. A receita das privatizações e do corte de investimentos vem sendo mantida pelo governo federal, que diminuiu em R$ 55 bilhões, o orçamento de 2012, especialmente nas áreas sociais, em saúde e educação.

Clamamos para que, enquanto trabalhadores e trabalhadoras do ramo financeiro, saibamos responder à altura dos desafios postos e da responsabilidade que a realidade nos coloca, porque somos nós que estamos movemos a roda da história neste momento. Precisamos mudar, mudar para melhor, abalar o poder constituído, especialmente no nosso setor, o setor financeiro, o que mais lucra, o que nunca perde. Nosso papel, diante do clamor social por um outro mundo, é decisivo. Esse deve ser o espírito da Campanha Salarial 2012/2013.


ALGUMAS PROPOSTAS PARA SOMAR

1) Formação de movimentos específicos de diálogo e pressão junto ao governo federal, deputados federais e senadores, no sentido de APROVAREM A CONVENÇÃO 158 DA OIT;

2) Construção de MESAS DE NEGOCIAÇÃO UNIFICADAS das Centrais Sindicais, Sindicatos e Associações com direções de Bancos e governos estaduais e federal, nesta Campanha Salarial;

3) PISO, segundo o salário mínimo do Diesse, de R$ 2.350,00;

4) Recomposição das PERDAS SALARIAIS dos últimos vinte anos;

5) Inclusão das tabelas de PCS, nos Bancos em que há, quando da definição de ÍNDICE DE REAJUSTE;

6) Exclusão do limitador do percentual de PLR adicional;

7) INCORPORAÇÃO DA COMISSÃO ao salário, em cinco anos de exercício;

8) Construção de uma linha nacional de ação de DEFESA DOS BANCOS ESTADUAIS, assim como a recriação dos Bancos estaduais extintos na era privatista tucana, onde os partidos de esquerda assumiram os governos estaduais nas eleições 2010.

9) Negociação para que, já a partir deste ano, sejam feitos maiores e melhores investimentos em SEGURANÇA, com a garantia do acompanhamento dos trabalhos pelas entidades representativas dos trabalhadores;

10) Obrigação, em casos de assaltos e tentativas de assaltos a bancos, ‘sapatinho’ e ‘vapor’, de CUSTEIO INTEGRAL DOS TRATAMENTOS, enquanto perdurarem, incluindo ajuda de custo, diárias e deslocamento, a todas as vítimas, bancários e seus familiares;

11) INDENIZAÇÃO DE TODOS OS BENS MÓVEIS subtraídos aos bancários vítimas e seus familiares, por ocasião de assaltos a bancos;

12) Obrigação aos bancos, no prazo de 180 dias, de realizarem estudos sobre quais os motivos das PRINCIPAIS DOENÇAS que acometem os trabalhadores bancários e implantação de política de prevenção. 


7ª Conferência dos Bancários do Pará. Belém, 2 de junho de 2012. 





*