quarta-feira, 15 de junho de 2011

VIOLÊNCIA NO CAMPO


Outro trabalhador é assassinado no Pará


Obede Loyla Souza foi assassinado próximo à sua residência no Acampamento Esperança, município de Pacajá, no Pará. Obede havia denunciado e discutido com um grupo que extraía madeira ilegalmente na região.

No dia 09/06/2011, por volta do meio dia, foi assassinado no Acampamento Esperança, município de Pacajá, Pará, o trabalhador rural OBEDE LOYLA SOUZA, 31 anos, casado, pai de três filhos, todos menores. Ao que tudo indica, Obede foi executado com um tiro de espingarda dentro do ouvido, a 500 metros de sua casa.

Seu corpo foi encontrado somente no sábado, dia 11, por volta das 14h, e levado para a cidade de Tucuruí, onde foi registrado o Boletim de Ocorrência Policial. Após seu corpo ter sido liberado para o sepultamento, já no cemitério, a Força Nacional chegou à região, suspendeu o enterro e levou o corpo para Belém para perícia. Na madrugada de hoje, 14 de junho, o corpo chegou de volta a Tucuruí, para sepultamento.

Ainda não se sabe exatamente o motivo que provocou o assassinato da vítima. Sabe-se somente que pelo mês de janeiro ou fevereiro, Obede teria discutido com alguém que representa na região o interesse de grandes madeireiros, pelo fato de estarem extraindo madeira de forma ilegal, principalmente castanheira, que é proibido por lei e por estarem deixando as estradas de acesso ao Acampamento Esperança e aos Assentamentos da região, intrafegáveis nesse período de chuvas. No dia do assassinato, pessoas viram uma camionete de cor preta com quatro homens entrando no Acampamento. Os vidros da camionete estavam abaixados. Quando perceberam que estavam sendo avistados, imediatamente suspenderam os vidros. A pessoa que os viu está assustada, pois acha que pode estar correndo perigo.

Na mesma época que Obede discutiu com essas pessoas ligadas a representantes dos grandes madeireiros da região, Francisco Evaristo, presidente do Projeto de Assentamento Barrageira e tesoureiro da Casa Familiar Rural de Tucuruí, também discutiu com eles pelo mesmo motivo.

Francisco afirma que há alguns dias um homem alto, moreno, com o corpo tatuado e em uma moto estava à sua procura no Assentamento Barrageira e que, por duas vezes, já foi avistado nas proximidades de sua residência, porém em nenhuma das vezes ele lá estava.

Francisco, assim como a pessoa que avistou os quatro homens na camionete no dia da execução do Obede, correm perigo de morte.

Fonte: CPT 
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sábado, 11 de junho de 2011

VENCERAM A DEMOCRACIA, O RESPEITO E A UNIDADE! VENCERAM TODOS OS BANCÁRIOS E BANCÁRIAS DO BANPARÁ!

 

 

Diante de mais de 50 funcionários do Banpará, considerando os credenciados e os que chegaram após o prazo do credenciamento, as entidades souberam corresponder aos anseios da categoria e um grande senso de responsabilidade, expresso na busca pelo diálogo e pela unidade, marcou o 3º Encontro dos Funcionários do Banpará ocorrido na manhã e início da tarde deste sábado, 11 de junho. Está garantida uma Minuta de Reivindicações à altura da enorme capacidade de luta da categoria bancária.


 

Os funcionários do Banpará participaram brilhantemente, construindo um debate saudável e democrático, apresentando propostas necessárias e viáveis que foram analisadas e melhoradas pelo conjunto do Encontro. Todas as propostas foram aprovadas, por unanimidade, pela plenária.

Importantes reivindicações da categoria estão presentes na Minuta como:

Salários: Promoção imediata em 2011, conforme está consignada no Relatório e Regulamento do GT Paritário, que trabalhou na etapa do enquadramento e progressão por antiguidade para todos em 2012; 

Aumento do Anuênio para R$ 50,00;

PLR linear para todos, incluindo os adoecidos que devem receber por todo o tempo em que estiverem afastados do trabalho;

Ajuda aluguel pelo tempo em que o empregado estiver no local, por interesse e a serviço do Banco;

Aumento de comissões para todos, retroativo a junho/2011; Isonomia de Direitos para todos os trabalhadores, em especial o direito a Licença Prêmio para os contratados após a extinção desse direito e também para os aposentados, sendo mantida até o término da relação contratual;

Saúde: pagamento de 75% de adicional de hora extra; contratação imediata de funcionários para as Unidades Bancárias deficitárias de funcionários; não obrigatoriedade de realização de sobreaviso; custeio, pelo Banpará, do tratamento das doenças do trabalho, inclusive para os empregados aposentados por invalidez, incluindo as terapias alternativas e também tratamentos psicológicos e psiquiátricos de vítimas em situações de violência organizacional e traumas pós-assalto, extensivo aos dependentes, quando for o caso;

Garantia de pagamento do Plano de Saúde UNIMED , aos antigos participantes do Plano CAFBEP/PAS, com os valores remanescentes do plano extinto e sua prestação de contas financeira e contábil. Publicidade do Contrato celebrado com a UNIMED, além da redução do custeio do Plano de Saúde UNIMED, que deverá incidir apenas sobre salário, anuênio e gratificação.

Segurança: Elaboração de programa de assistência psicológica e financeira, aos empregados e familiares, se for o caso, em situação de pós-assalto, com direito à indenização de todos os bens móveis subtraídos, em decorrência de assalto;
Promover e fortalecer a GESET, elevando-a à condição de órgão ligado à presidência do Banco;
Vedação da guarda das chaves dos cofres e das agências e PABS do Banco, pelos funcionários;

Organização do Movimento: Liberação dos delegados sindicais e dirigentes da AFBEPA, para participarem de reuniões, cursos, seminários, congressos, plenárias e onde seja necessária a sua presença, independentemente da anuência dos gestores; Liberação de 04 dirigentes para desempenharem trabalhos na AFBEPA;
Retorno da AFBEPA às mesas de negociação da Campanha Salarial;

Eleições diretas para todos os representantes dos funcionários nos comitês internos do Banpará, entre outras importantes reivindicações. 

Depois publicaremos a íntegra da Minuta aqui no nosso blog. 


Ações de Cumprimento na Justiça do Trabalho, demandada pelo Sindicato dos Bancários, para fazer cumprir:

Efetivação dos Funcionários na Função, que o Banco se obrigou a realizar em 90 dias da assinatura do ACT 2010/2011 e não o fez;

Implantação do Ponto Eletrônico e do Plano Odontológico;

Colocação nas agências de Cartões de Autográfos Digitalizados, dentre outros pontos, que perderão vigência em 31/08/2011.  

Moções de repúdio à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte; repúdio ao Novo Código Florestal; moção de apoio ao pedido de CPI das fraudes na ALEPA, solicitada pelo Dep. Edmilson Rodrigues - PSOL; e solidariedade aos bancários do PAB ALEPA e defesa do Banpará diante da tentativa de envolvimento nas denúncias de fraudes na ALEPA.

Colegas, é com alegria e muita disposição que afirmamos: temos uma ótima Minuta de Reivindicações, temos a unidade necessária para lutar e temos a força imensa da categoria. Estamos começando essa campanha salarial 2011/2012 com muita vontade de vencer, conquistar mais salário, mais direitos, mais saúde, segurança, mais qualidade de vida e valorização profissional!

Ao final do encontro, uma decisão de conjunto demonstrou o bom nível de unidade alcançado pelas entidades representativas dos funcionários. Dezenas de bancários presentes no Encontro assinaram e exigiram a impugnação do edital para a eleição de apenas um representante no Comitê Disciplinar lançado pelo Sindicato dos Bancários. Após várias ponderações contra e a favor, foi apresentada uma proposta de consenso, aprovada por unanimidade na plenária e a presidente do Sindicato dos Bancários Rosalina Amorim se comprometeu, diante de todos e todas, que o Sindicato, além de reconhecer, como consta no edital, o mais votado na eleição como o representante eleito na vaga colocada, indicará o segundo e o terceiro colocados na eleição como representantes efetivos e, na sequência, o quarto, quinto e sexto colocados na eleição como suplentes. Também ficou consensuado que haverá uma campanha unificada entre AFBEPA, Sindicato e Fetec/cn na categoria, no sentido de buscar garantir que os funcionários tenham os melhores candidatos para escolher seus legítimos representantes para comporem o Comitê Disciplinar.

 Estas duas fotos são do blog da articulação bancária 
que afirma ser o 6º e não o 3º Encontro dos Funcionários do Banpará.


Nós, da AFBEPA, parabenizamos os funcionários do Banpará e todos e todas que contribuiram com esse momento histórico, e saudamos a unidade conseguida, desejando que cresça, se fortaleça e se amplie cada vez mais. Vamos, juntos, conquistar o que é do nosso merecimento! Estamos prontos para a luta!

UNIDOS, SOMOS CADA VEZ 
MAIS FORTES!




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sexta-feira, 10 de junho de 2011

ESTÃO PISANDO NA DEMOCRACIA, ESTÃO ROUBANDO A FLOR DO NOSSO JARDIM, MAS NÓS NÃO TEMOS MEDO!

 
No caminho com Maiakóvski

"[...]
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
[...]"

Fragmento de Eduardo Alves da Costa:


Em resposta ao pedido de DEMOCRACIA no abaixo-assinado contendo mais de 700 assinaturas dos funcionários do Banpará, a direção do Sindicato, às vésperas do Encontro que aprovará a nova Minuta de Reivindicações, resolveu enfiar, goela abaixo dos funcionários, um edital de convocação para eleição no Comitê Disciplinar, de APENAS 1 REPRESENTANTE DOS FUNCIONÁRIOS, enquanto a direção do Sindicato vai IMPOR DOIS REPRESENTANTES do Sindicato.

Anteriormente, sempre houve eleições diretas para a escolha de todos os representantes dos funcionários para todos os comitês internos do Banpará. Os representante atuais, Kátia Furtado, Odinéa Gonçalves, Serra Freire e a suplente, Cristina Lagos, foram todos eleitos diretamente pelos funcionários.


A AFBEPA sempre buscou o diálogo. Ainda em março a Presidente em exercício Cristina Quadros esteve em reunião com a presidente do Sindicato e vários diretores e nunca houve uma resposta da direção do Sindicato sobre as questões pautadas, dentre elas, o pedido de respeito aos direitos da categoria, de ELEGER TODOS OS SEUS REPRESENTANTES nos comitês internos do Banpará. 

Recentemente, a AFBEPA demonstrou, no ato de entrega do abaixo-assinado com mais de 700 assinaturas de bancários do Banpará, e da carta-denúncia dos sindicalistas, que defende o direito sagrado ao voto direto, que defende a DEMOCRACIA. E a resposta da direção sindical foi um panfleto contendo mais inverdades e calúnias contra os bancários do Banpará e a direção da AFBEPA.

Se a direção do Sindicato tem tanta legitimidade, porque não colocar seus candidatos para disputar, no voto, em condições de igualdade com todos os funcionários? Porque privilegiar os que são ligados politicamente ao Sindicato e impedir que todos passem pelo único crivo verdadeiro, real, legítimo, que é a eleição direta?



Quem tem MEDO DA DEMOCRACIA esconde o medo de não ter a legitimidade que afirma ter. Mas o que esperar de uma direção sindical que, de acordo com suas conveniências, rasga o Estatuto do Sindicato dos Bancários para fazer valer, na força, seus interesses político-partidários? 

Vejam o que diz o Estatuto do Sindicato, quando determina que o Sindicato deve eleger os representantes dos funcionários nas empresas:

"CAPÍTULO VII

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS


Art. 115 – O Sindicato estimulará a organização por local de trabalho, especialmente através das eleições dos delegados sindicais, dos representantes dos empregados nas empresas e da organização das comissões de empresa."




É lamentável que nosso Sindicato retroceda, agora, aos tempos levyanos onde não o diálogo e o Estatuto, mas a força e o autoritarismo eram a prática. Infelizmente, agora está sendo assim.



Esta AFBEPA manterá sua postura democrática, independente, de coragem e luta para defender, sempre, os interesses, direitos e conquistas dos bancários e bancárias do Banpará e seguirá firme na luta por DEMOCRACIA inteira, e não pela metade, ou muito menos, apenas um terço de democracia.





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quarta-feira, 8 de junho de 2011

SOBRE A REUNIÃO COM A DIRETORIA DO BANPARÁ



Foi positiva a reunião entre AFBEPA e Direção do Banpará ocorrida no dia 06 de junho, segunda-feira passada. Presentes a Diretora Administrativa Márcia Miranda, acompanhada de assessor, e a Presidente da AFBEPA, Cristina Quadros, acompanhada de assessoras. A Diretora Administrativa apreciou toda a extensa pauta, se posicionou diante de todas as questões levantadas e se comprometeu em analisar cada item.

A AFBEPA organizou a reunião em três blocos, assim ordenados:


Bloco 1

EFETIVAÇÃO. A AFBEPA levou dois casos de colegas que já estão, há mais de um ano, desempenhando determinadas funções e ainda não foram efetivados. A DIRAD afirmou que o banco está efetivando a cada dois meses e se comprometeu em verificar e regularizar a situação.


DIFICULDADES NO SOBREAVISO. A AFBEPA levou três casos de colegas do interior que não podem realizar o sobreaviso da forma como o Banco está exigindo, inclusive ressaltando o aspecto legal, na CLT, onde está claro que o funcionário não é obrigado a fazer o sobreaviso. A AFBEPA solicitou que o banco flexibilize a regra, considerando as exceções levantadas, e libere os três funcionários do sobreaviso, ajustando as situações nestes casos específicos. A DIRAD se comprometeu em analisar o pedido e buscar resolver caso a caso as situações apresentadas.


AJUDA-ALUGUEL PARA OS GERENTES PELO TEMPO EM QUE O FUNCIONÁRIO PERMANECER NO LOCAL, A SERVIÇO DO BANCO. Diante dessa reivindicação, a DIRAD afirmou que o rodízio está sendo realizado e que, portanto, não seria necessário aumentar o prazo da ajuda-aluguel. A AFBEPA afirmou que há colegas gerentes que estão além do prazo de dois anos na função e perderam a ajuda-aluguel. A DIRAD se comprometeu em levantar um relatório sobre a situação e buscará realizar o rodízio, regularizando cada caso. A AFBEPA sugere que lutemos para incluir esse item na Minuta de Reivindicações da nossa Campanha Salarial.


ENGENHEIROS CIVIS DO BANPARÁ – DESVIOS DE FUNÇÃO.
A DIRAD afirmou que desconhece essa irregularidade e a AFBEPA reafirmou que tal problema já havia sido tratado em reunião anterior com o advogado assessor da DIRAD e que ainda não foi regularizada a situação dos engenheiros civis que continuam realizando atribuições de engenheiros elétricos e mecânicos. A DIRAD informou que já há providências para contratação, através de concurso público, de engenheiros elétricos. A AFBEPA considera que o Banco deve também abrir vaga em concurso público para engenheiros mecânicos e regularizar a situação no setor.


VIAGEM AO INTERIOR / REGIÃO NORDESTE. A AFBEPA relatou as dificuldades observadas em recente viagem à região nordeste do Pará e a DIRAD se comprometeu em analisar as situações levantadas.


ABUSIVIDADE NO CUSTEIO DO PLANO DE SAÚDE UNIMED. A DIRAD revelou que o problema surgiu no ACT que aprovou a contratação de um novo plano de saúde, onde está determinado que o desconto na mensalidade se dará sobre a remuneração. A DIRAD ressaltou, também, que foi instituído um limite de R$ 150,00 por cada dependente. Mesmo assim, a AFBEPA mantém as reivindicações de que sejam devolvidos os valores descontados do pagamento atrasado do sobreaviso quando ainda nem havia o plano Unimed e de que o custeio incida apenas sobre três itens da remuneração, que são as verbas fixas: salário, anuênio e gratificação. Temos que lutar por isso nesta Campanha Salarial 2011.


PCS – EVOLUÇÃO EM 2011 / RETORNO DA AFBEPA AO GT PCS. A DIRAD reafirmou que o Relatório do PCS está praticamente concluído e se comprometeu em compartilhar o documento com a AFBEPA. Colocou que o GT definiu que o critério para promoção por merecimento, de dois em dois anos, será o mérito, avaliado a partir das metas, e que a promoção por antiguidade será de quatro em quatro anos, de acordo com a mudança unilateral feita pelo Banpará na gestão anterior.

Esta AFBEPA avalia que é urgente que a categoria se aproprie desse debate, tenha conhecimento do processo e do que está sendo elaborado, já em fase final, e lute pelo que for melhor para os funcionários. Infelizmente, a partir do momento em que a direção do Sindicato excluiu a AFBEPA do GT PCS, a categoria não mais teve nenhuma informação sobre essa importante conquista da luta dos bancários. Mais um ponto de luta nesta Campanha Salarial.


DESTINAÇÃO PATRIMÔNIO REMANESCENTE CAFBEP/PAS. A AFBEPA defende a realização de uma Assembléia para decisão conjunta: Funcionalismo e Banco, acerca da destinação do saldo remanescente quando se der a extinção do plano CAFBEP/PAS. A DIRAD se comprometeu em estudar a solicitação e dar um retorno sobre este ponto, quando estiver em curso a extinção, já que, segundo informe da CAFBEP, divulgado no Banco, ainda não está extinto o plano. Na avaliação da AFBEPA, o processo de extinção já está bastante avançado e como o plano se sustentava a partir de um fundo criado em regime de co-participação, a prestação de contas e a decisão conjunta: funcionários antigos participantes e a empresa, maior patrocinadora, é fundamental para a transparência.
Temos que lutar por esta questão também!


CONCORRÊNCIA PARA TODOS OS CARGOS. A DIRAD afirmou que estão ocorrendo concorrências para todos os cargos no Banpará. Relatou diversos casos nos quais participaram funcionários de diferentes regiões do estado e afirmou que as concorrências são democráticas e rigorosas quanto aos métodos e critérios para escolha, mas que todos têm tido oportunidades dentro do Banco. A AFBEPA levantou alguns casos em que há cargos vagos e há funcionários desejando participar das concorrências. Um dos casos, para o cargo de Gerente de Atendimento em Barcarena, a DIRAD confirmou a observação da AFBEPA e, imediatamente, determinou a abertura de concorrência para o cargo em questão.


Bloco 2


REESTRUTURAÇÃO DO BANCO, RECLASSIFICAÇÃO DAS AGÊNCIAS E COMISSÕES. A AFBEPA manifestou sua visão critica acerca da reclassificação das agências, da forma como está sendo pensado o modelo de gestão que congela desigualdades quando compara agências tão diferentes em todos os aspectos, inclusive quanto aos clientes e público alvo; e reiterou o pedido de aumento das comissões de tesoureiros, caixas e coordenadores de postos. A DIRAD confirmou a notícia veiculada de que em 180 dias serão aumentadas outras comissões, mas não entrou em detalhes. A AFBEPA insiste em saber: quais comissões serão aumentadas e para quanto, e sobretudo pauta a questão do aumento dos nossos salários, prioridade para nossas vidas. Nesta Campanha Salarial teremos que lutar por essas questões também!


DEFESA DO BANPARÁ. A AFBEPA colocou toda a luta em defesa do Banpará, enquanto banco público estadual, que é uma missão estatutária da Associação, além da defesa dos interesses, conquistas e direitos do funcionalismo, no sentido de pedir ao Banco transparência quanto às medidas que estão sendo tomadas para cumprir as solicitações do MP acerca da apuração das denúncias de desvios de verbas públicas e fraudes na ALEPA. A Presidente em exercício da AFBEPA Cristina Quadros colocou a importância da Sessão Especial em Defesa do Banpará, solicitada pelo Dep. Edmilson Rodrigues – PSOL, a pedido da AFBEPA, a importância do contato com os Deputados Federais Jean Willis – PSOL e Protógenes Queiroz – PCdoB, ambos membros da Comissão Externa da Câmara que acompanham as apurações das denúncias da ALEPA, e a recente reunião com o Secretário de Governo, Sérgio Leão, intermediada pela Senadora Marinor Brito – PSOL, onde a defesa do Banpará também foi pauta principal.


Bloco 3 


PARTICIPAÇÃO INDEPENDENTE DA AFBEPA NAS MESAS DE NEGOCIAÇÃO DA CAMPANHA SALARIAL, ELEIÇÃO DIRETA PARA TODOS OS REPRESENTANTES DOS FUNCIONÁRIOS NOS COMITÊS INTERNOS DO BANCO. Em sintonia com o Presidente do Banpará que, na primeira reunião com a AFBEPA, ressaltou a legitimidade da presença da Associação na mesa de negociação da Campanha Salarial, como, aliás, sempre ocorreu, e em consonância com a posição do governo estadual, manifestada pelo Secretário de Governo de que há legitimidade no pedido dos funcionários para que a AFBEPA componha, de forma independente, a mesa de negociação da Campanha Salarial, a DIRAD também não vê problemas quanto à participação da AFBEPA nas reuniões e, inclusive, concorda que se as entidades sentarem juntas – AFBEPA e SINDICATO com o Banco, será melhor para otimizar as agendas e as demandas. A AFBEPA concorda com essa visão. Por isso, solicita que em todas as mesas o Banco convide a todas as entidades. A AFBEPA estará presente, jamais impondo condição ou exigindo a exclusão de qualquer outra entidade, pois entendemos que é necessário o diálogo respeitoso em qualquer circunstância.

A solicitação da AFBEPA é para que, a exemplo de outros bancos e, mesmo no Banpará, do que já ocorre no Conselho de Administração, o Banco inclua em seu Regulamento e Estatuto o reconhecimento da legitimidade da AFBEPA nas mesas de negociação da Campanha Salarial e as eleições diretas para todos os representantes de funcionários em todos os comitês internos do Banco. A DIRAD se comprometeu em cuidar do assunto e retornar uma posição à AFBEPA.


2ª LIBERAÇÃO PARA A AFBEPA – VICE-PRESIDENTE. O crescimento das demandas da AFBEPA exigem que também a vice-presidente seja liberada para cuidar dos assuntos, das lutas gerais e da defesa dos interesses, direitos e conquistas da categoria. Hoje, a rotina na AFBEPA é bastante pesada, tendo a presidente, a única liberada, tarefas que se iniciam às 8h, com visitas aos locais de trabalho, reuniões, mobilizações, campanhas, e seguem durante a tarde, com despachos internos na sede da AFBEPA, quando, normalmente às 18h se iniciam as reuniões com setores do Banco, ou reuniões gerais, uma vez que só após o horário do expediente, os bancários podem dirigir-se à Associação. Por esse motivo, foi solicitado em recente reunião ampliada da Diretoria, a liberação de mais um diretor, no caso a vice-presidência. Considerando que o Sindicato possui 4 diretores liberados no Banpará e que a Fetec possui 2 diretores liberados no Banpará, nada mais justo que a AFBEPA, que tem aumentado muito seu trabalho na categoria, também tenha sua vice-presidente liberada, além da presidente.
A DIRAD ficou de analisar a solicitação e dar uma posição para a AFBEPA.

Nova reunião será marcada até o final de junho, por solicitação da AFBEPA.



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sábado, 4 de junho de 2011

QUERO VOTAR! DIRETAS JÁ NO BANPARÁ!

 Concentração na AFBEPA, de manhã cedo, 
bancários e sindicalistas na luta por democracia


BANCÁRIOS, AFBEPA E SINDICALISTAS DE LUTA  ENTREGAM ABAIXO-ASSINADO E CARTA-DENÚNCIA AO VICE-PRESIDENTE E DIRETORES DO SINDICATO DOS BANCÁRIOS.

Nesta sexta-feira, 3 de junho, pela manhã, uma Comissão formada por bancários do Banpará, diretores da AFBEPA e de alguns sindicatos de luta, dirigiram-se à sede do Sindicato dos Bancários para a entrega do ABAIXO-ASSINADO DOS FUNCIONÁRIOS DO BANPARÁ, com mais de 700 assinaturas, reivindicando o legítimo e democrático direito do voto direto para a escolha de seus representantes  em todos os comitês internos do Banpará, e entrega também da CARTA-DENÚNCIA DOS SINDICALISTAS se solidarizando com a luta por democracia dos bancários e repudiando a conduta autoritária da atual direção sindical.

O ato simbólico de entrega do ABAIXO-ASSINADO e da CARTA-DENÚNCIA foi registrado em fotos e vídeo e será amplamente divulgado na categoria bancária e para a sociedade paraense. O objetivo é mostrar o que não deve ser feito por quem diz representar os trabalhadores, mas se utiliza da entidade para legislar em causa própria e trair a vontade da categoria.


Por volta das 9h30, a Comissão chegou à sede do Sindicato e a Presidente em exercício da AFBEPA, Cristina Quadros, pediu para falar com a presidente do Sindicato, Rosalina Amorim, que não se encontrava na entidade. O diretor jurídico do Sindicato dos Bancários, Sandro Matos, dirigiu-se até a recepção e, ali mesmo, orientou a Comissão a encontrar o vice-presidente do Sindicato, Sérgio Trindade, que estava em reunião com seu grupo partidário no auditório do Sindicato. A Comissão decidiu ir até o vice-presidente, mas antes avisou ao diretor jurídico que voltaria para que ele também recebesse os documentos.
Chegando ao auditório, a Comissão foi recebida pelo vice-presidente Sérgio Trindade, o Secretário Geral, Alan Rodrigues, e mais alguns diretores do Sindicato que se encontravam na referida reunião.


A Presidente em exercício da AFBEPA iniciou sua fala lembrando que em março deste ano houve uma reunião solicitada pela AFBEPA, da qual participou o vice-presidente, quando foi colocada a necessidade de o Sindicato recuar de sua postura autoritária e respeitar a vontade democrática da categoria “permitindo” as eleições diretas para todos os representantes dos funcionários em todos os comitês internos do Banco. Naquele momento, relembrou Cristina Quadros, a presidente do Sindicato pediu um prazo para conversar com sua diretoria e se comprometeu em chamar nova reunião para até o final da primeira quinzena de abril, o que, infelizmente, nunca ocorreu. Ao final da primeira quinzena de abril, um grupo de mais de 50 bancários decidiu abrir a Campanha “QUERO VOTAR! DIRETAS JÁ NO BANPARÁ!” para fazer valer a vontade e o direito democrático dos bancários ao voto direto, o que a direção sindical está negando à categoria.


DIREÇÃO SINDICAL, MAIS UMA VEZ, PISA NO ESTATUTO DA ENTIDADE.

Cristina Quadros apresentou, em seguida, os vários dirigentes sindicais presentes ao ato como o presidente da AEBA, sindicalistas do SINTEPP, SINTSEP, SINDETRAN, SINDTIFES, dirigentes da RESISTÊNCIA URBANA, INSTERSINDICAL NACIONAL, FÓRUM ESTADUAL DE LUTAS, dentre outros, e ressaltou para o vice-presidente do Sindicato dos Bancários a reivindicação expressa no ABAIXO-ASSINADO e na CARTA-DENÚNCIA, postados em nossa página da "Campanha Quero Votar", inclusive resgatando o que está posto no Estatuto do Sindicato dos Bancários onde é expressamente determinado no seu Art. 115 – O Sindicato estimulará a organização por local de trabalho, especialmente através das eleições dos delegados sindicais, dos representantes dos empregados nas empresas e da organização das comissões de empresa.” (grifos nossos).

Diante da Comissão de bancários e dirigentes da AFBEPA, AEBA e demais sindicatos, o vice-presidente do Sindicato dos Bancários expressou discordância em relação à posição do grupo político da presidente do Sindicato. Segundo reiteradas manifestações dos membros do grupo do vice-presidente, eles consideram que o Sindicato não deve indicar todos os representantes dos funcionários para os comitês internos do Banpará, mas apenas um por cada comitê deveria ser eleito entre os funcionários, enquanto o Sindicato indicaria os dois outros representantes, já que, segundo eles, o Sindicato tem representatividade para indicar representantes dos funcionários. Ainda segundo os membros do grupo político do vice-presidente do Sindicato, esta posição está publicada no blog que possuem. 



QUEREMOS DEMOCRACIA INTEIRA E NÃO PELA METADE, OU PIOR, APENAS UM TERÇO DE DEMOCRACIA.

 Vice-presidente e secretário geral do Sindicato dos Bancários, 
colocando a posição de seu grupo.


A AFBEPA e os bancários do Banpará querem democracia inteira e não pela metade, ou pior, democracia de apenas um terço. Também ficam as perguntas: se a direção sindical tem representatividade na categoria, porque impedir a democracia? Por que não “permitir” o voto direto? Por que precisam impor representantes, ao invés de lançar seus candidatos nas eleições e deixar que a categoria escolha quem lhes represente? De toda forma, o grupo político do vice-presidente se comprometeu a pautar o tema na próxima reunião da diretoria do Sindicato, segunda-feira, 06 de junho.



A HISTÓRIA E A INQUESTIONÁVEL VERDADE: ELEIÇÃO DIRETA FOI DECISÃO UNÂNIME DOS FUNCIONÁRIOS NO ENCONTRO DA MINUTA E NA ASSEMBLÉIA DA CAMPANHA SALARIAL.

 Kátia Furtado resgatando a história e a verdade dos fatos


A Presidente licenciada da AFBEPA, Kátia Furtado, presente no ato, fez questão de resgatar toda a verdade histórica desde o Encontro que definiu a Minuta de Reivindicações da Campanha Salarial 2010, quando houve uma decisão unânime sobre as eleições diretas para todos os representantes dos funcionários nos comitês internos do Banpará e quando, em meio a ultima assembléia da Campanha Salarial 2010, ela, Kátia Furtado, levantou-se, dirigiu-se até a mesa coordenada pela presidente do Sindicato, Rosalina Amorim e pela representante da Fetec/cn Vera Paoloni, e perguntou se estavam garantidas as eleições para todos os representantes dos funcionários nos comitês do Banpará, como havia sido definido no Encontro da Minuta, e a presidente do Sindicato respondeu que sim, diante de todos, respondeu que haveria, sim, eleições para todos os representantes dos funcionários nos comitês internos do Banpará. No entanto, quando o texto do ACT foi revelado pela AFBEPA, o que se viu foi que a presidente do Sindicato dos Bancários não honrou sua palavra.



SINDICALISTAS DE LUTA PEDEM RESPEITO, BOM SENSO E DIÁLOGO.

 Marcos Soares, do Fórum Estadual de Lutas e Sílvio Kanner, da AEBA.

O Presidente da AEBA, Sílvio Kanner contribuiu com o ato ressaltando que é necessário respeitar o Estatuto do Sindicato e a história, que registra que sempre houve eleições para os comitês no Banpará. Ressaltou que no Banco da Amazônia os bancários também estão cansados da imposição do Sindicato e que a democracia deveria ser a base das relações sindicais na categoria bancária.

O Coordenador do Fórum Estadual de Lutas, Marcos Soares, se manifestou em nome dos demais dirigentes sindicais de outras categorias que se encontravam no ato, solicitando bom senso dos dirigentes sindicais para que não se jogue por terra o histórico democrático de luta que desde a década de 80 os sindicalistas têm construído e que agora é preciso ser resgatado em respeito aos trabalhadores. Marcos Soares pediu diálogo entre os grupos.



DIRETOR JURÍDICO DO SINDICATO SE NEGOU A RECEBER DOCUMENTO QUE FOI, BUROCRATICAMENTE, PROTOCOLADO.

Sandro Matos, diretor jurídico do Sindicato se negou a receber o documento, 
que foi protocolado pela funcionária da secretaria.

Em seguida, a Comissão retornou à recepção do Sindicato e a Presidente em exercício da AFBEPA perguntou se a presidente do Sindicato já havia chegado, visto que já era 10h30. A atendente na recepção disse que a presidente não havia ainda chegado e chamou o diretor jurídico novamente, que se dirigiu à recepção e se negou a receber o documento, pedindo, burocraticamente, que a funcionária da secretaria do Sindicato protocolasse a entrega dos documentos.



COMISSÃO QUER SABER SE A CUT CONCORDA COM A CONDUTA AUTORITÁRIA DA DIREÇÃO DO SINDICATO DOS BANCÁRIOS.

Funcionária da CUT protocola a entrega dos documentos, 
já que não havia nenhum dirigente da CUT Pará na sede da Central.


Ao final do ato no Sindicato dos Bancários, a Comissão dirigiu-se à sede estadual da CUT, à qual o Sindicato dos Bancários é filiado, e levou os mesmos documentos, questionando se a CUT concorda com conduta autoritária da direção do Sindicato dos Bancários. Infelizmente não havia sequer um dirigente da CUT na sede e uma funcionária atendeu a Comissão e protocolou a entrega dos documentos, se comprometendo em retornar uma posição à Comissão composta pelos bancários do Banpará, direção da AFBEPA, e demais sindicalistas presentes.



MUITO OBRIGADO AOS SINDICATOS DE LUTA DE OUTRAS CATEGORIAS!

A AFBEPA, em nome de todos os bancários e bancárias do Banpará agradece, imensamente, a presença de sindicalistas de luta de outros sindicatos que realmente atuam na defesa dos interesses, direitos e conquistas de suas categorias. Sabemos que todos estão em suas agendas específicas como os servidores da UFPA – SINDTIFES – que estão em greve, os trabalhadores em educação pública – SINTEPP – que também estão se organizando para enfrentar mais uma greve, ao que tudo indica; os servidores públicos federais – SINTSEP – que também estão em período de grandes mobilizações, e todos os que apoiaram e apóiam a luta dos bancários do Banpará. A presença de todos demonstra que há luz no fim do túnel que ainda é possível construir um sindicalismo verdadeiro, coerente, participativo e democrático, onde os trabalhadores se sentem realmente representados porque decidem os rumos da luta e do Sindicato. Infelizmente, essa não é a realidade no nosso Sindicato dos Bancários onde até assembléia na calçada tivemos que realizar porque a direção trancou e lacrou os portões.


TODOS E TODAS AO ENCONTRO DOS FUNCIONÁRIOS DO BANPARÁ DIA 11 DE JUNHO!

MAS, ONDE SERÁ O LOCAL DO ENCONTRO?

É hora de começar a organizar nossa luta, nossa Campanha Salarial 2011! Todos ao Encontro do Banpará, dia 11 de junho, sábado. Aliás, quando será que a direção sindical tornará público o local do Encontro? Porque o local não está postado no site? Quem sabe onde será o Encontro do dia 11 de junho? Falta apenas uma semana e o local ainda não está publicado.

Atualização: no dia 6 de junho, o local do encontro foi publicado - colégio Sophos, na Av. José Malcher.
Hora: 9h.



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quinta-feira, 2 de junho de 2011

SOBRE A RECLASSIFICAÇÃO E O AUMENTO DAS COMISSÕES

É PRECISO AGIR COM EQUIDADE

Há muito tempo, os bancários que exercem funções comissionadas no Banpará aguardam, com certa ansiedade, que a Direção do Banco corrija as suas comissões, por serem, historicamente, as menores do sistema financeiro nacional. Claro que nossa luta maior tem que ser sempre por mais salário, pela evolução no PCS, pelos índices, pela reposição das perdas, por aumento do piso, porque salário é o que a gente leva pra vida toda, inclusive na aposentadoria, quando a gente mais precisa de dinheiro pra cuidar da saúde.

Em 2007,  constava na Minuta de Reivindicações dos Trabalhadores, além da solicitação de implantação do PCS, a correção das comissões, pois estavam muito defasadas, não remunerando mais as várias atribuições desempenhadas. Porém, naquele momento, o que se dizia é que essa questão seria tratada no âmbito do Plano de Cargos e Salários.

Finalmente se tornou realidade o aumento de algumas comissões. No entanto, o conteúdo das Portarias publicadas pela direção do Banco, em 31/05/2011, não fizeram justiça à maioria dos bancários do Banpará porque não reconheceram, para a maioria, a dedicação e o trabalho despendido em prol do crescimento do Banco.

Há injustiças tanto com relação à reclassificação das agências quanto com relação ao aumento das comissões, inclusive porque estão entrelaçados. Quanto à reclassificação das agências foram considerados critérios como a margem de contribuição financeira, o saldo médio de aplicações e o saldo médio de captações, ou seja, considerou-se apenas a produtividade de cada unidade bancária, em uma dimensão meramente quantitativa, pois as agências com mais tempo de atuação e as que detêm as contas do Estado, como Ag. Palácio, que detém a conta do Tribunal de Justiça do Estado e da ALEPA; e Ag. Senador Lemos que trabalha com a Conta Única, estarão sempre melhores cotadas e reclassificadas, levando seus gestores a ganharem as maiores comissões, definidas na tabela constante da portaria 064/2011, onde foram reclassificadas no nível especial.
Outras agências, como Pedreira, reclassificada no nível III, e Cidade Nova, reclassificada no nível IV, ambas praticamente com o mesmo tempo de existência,  mais ou menos quatro anos, não possuem o mesmo potencial de mercado para captar e, conseqüentemente, não poderão oferecer grandes aplicações e contribuições financeiras ao Banco, mas seus administradores são tão comprometidos e possuem as mesmas atribuições que nas demais agências. Também as agências D. Eliseu, Óbidos, Rondon, Oriximiná, entre outras, que obtiveram a reclassificação no nível IV, porque também padecem de clientes potenciais e, igualmente, padecem das contas do governo, para essas sobraram as mais baixas reclassificações e, por conseguinte, as mais baixas comissões. Esse tipo de política congela injustiças e dificulta a migração interna e o crescimento das pessoas dentro da empresa, já que, piorando a situação, foi informado que só haverá rodízio de gerentes entre as agências de mesma classe, o que não motiva e nem trata com equidade os grandes profissionais e as valorosas pessoas que o Banpará possui como empregados comissionados.

Outra abertura perigosa é que, futuramente, se comece a criar um ambiente onde, partindo de avaliações unicamente baseadas em premissas financeiras, as agências hoje reclassificadas no nível IV sejam consideradas prejudiciais, com conseqüências desastrosas para o Banco. Tal política contraria completamente a dimensão social que possui um banco como o Banpará, um dos únicos destinados a cumprir um papel estratégico no desenvolvimento com inclusão social no estado.
PROPOSTAS DA AFBEPA

No caso das várias funções gerenciais que foram reclassificadas e tiveram as suas comissões corrigidas, é imperioso que a administração do Banco nivele todas as comissões, em todas as agências, pelo maior valor de cada função, e estabeleça um plus de acordo com a produção de cada agência, já que o Banco quer premiar as agências com maior produtividade.

No caso da reclassificação das agências, é necessário que o Banco reveja os critérios de reclassificação buscando adotar outros patamares que não apenas os financeiros e evitando comparações entre agências com públicos e clientes tão distintos. Dessa forma, o Banco poderia descobrir e valorizar a enorme importância de uma agência que, mesmo não tendo o governo ou a ALEPA como clientes, garante, em sua cidade, a preferência pelo Banpará, por seu atendimento especial aos clientes do município.

Além de observar as discrepâncias na reclassificação das agências, queremos, também, reivindicar o aumento imediato das comissões dos tesoureiros e caixas, e o aumento da quebra de caixa, como medidas de justiça.

AUMENTO DAS COMISSÕES DOS TESOUREIROS 

Desde a reestruturação ocorrida nos Bancos, que propiciou a entrada de novas máquinas e novos equipamentos, os empregados que assumem as funções de tesoureiros passaram a suportar maior sobrecarga de trabalho, inclusive com extrapolação de jornada em momentos de grande movimentação, muitas vezes sem a devida e necessária contraprestação por esses serviços.

Dentre as atuais atribuições dos tesoureiros, pesam o abastecimento de cash's colocados em salas de auto-atendimento; recepção e conferência de dinheiro vindo nos carros fortes; prestação de informações para os órgãos da matriz; entrega e recebimento de numerário aos caixas, durante o expediente das agências; retirada de cartões magnéticos de clientes retidos no cash, durante o expediente; retirada de posições de movimentação do dia dos caixas e cash's; efetivação das provisões de valores junto ao órgão da matriz são alguns exemplos que podemos citar.

Hoje temos vários colegas tesoureiros já adoecidos, outros estão adoecendo, uns estão se tratando, mas os valores do salário não têm garantido um bom tratamento com a necessária compra de medicamentos para o retorno às condições normais de saúde. Falta qualidade de vida por falta de melhor remuneração. Portanto, voltar o olhar para corrigir essas distorções e cuidar da condição humana e social desses trabalhadores torna-se meta fundamental para uma empresa que deseja crescer com a cooperação cada vez mais dedicada de seus funcionários.

AUMENTO DAS COMISSÕES DOS CAIXAS E DA QUEBRA DE CAIXA

Os caixas lidam diretamente com o público, estão mais suscetíveis às fraudes, submetidos à insuficiente segurança das agências, quase sempre superlotadas. A sobrecarga de trabalho propicia que os caixas estejam mais expostos a erros. A pressão do atendimento ao público se soma às exigências do Banco aumentando muito o nível de stress dos caixas que exercem, de longe, a função mais de ponta de toda a empresa. Esses são os trabalhadores que deveriam receber mais investimentos em capacitação para o atendimento e, em contrapartida, um aumento substancial nas comissões, que deveriam estar mais próximas dos valores do coordenador de caixa, ultrapassando, no mínimo, o valor de mil reais; como também deveria ser aumentado o valor da quebra de caixa, para no mínimo, quinhentos reais.

Voltamos a afirmar que nossa luta maior é por MAIS SALÁRIO e, nesse sentido, conclamamos a todos os bancários e bancárias do Banpará a somar nessa campanha salarial para conquistarmos a EVOLUÇÃO NO PCS EM 2011 e o AUMENTO DO NOSSO PISO SALARIAL que, se antes era 5% acima do piso da Fenaban, desde o ano passado, está apenas igualado ao piso da Fenaban.

Todos e todas ao Encontro dos Funcionários do Banpará 
no dia 11 de junho!


EM TEMPO: Está confirmada a reunião da AFBEPA com a direção do Banpará para a próxima segunda-feira, dia 6 de junho, às 14h.



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