quinta-feira, 8 de outubro de 2009

AFBEPA DEFENDE, NO BANPARÁ, NO MÍNIMO 7% DE REAJUSTE E O ABONO DAS FALTAS.

Os bancos foram o setor que mais lucrou no último período, apesar da crise. Só no primeiro semestre o lucro estourou em R$19,3 bilhões, segundo dados da Contraf/CUT. Este lucro só foi possível pela incansável força de trabalho dos bancários e bancárias.

"O salário mínimo vai ser corrigido em nove por cento, em janeiro. O bolsa-família ganhou dez por cento. A Empresa Brasileira de Correios concedeu nove por cento. Inúmeras categorias de trabalhadores têm conseguido reajustes em torno de dez por cento...", disse o Senador Paulo Paim em discurso na tribuna do Senado, reproduzido pelo site da Contraf/CUT e pelo nosso blog.

PODERÍAMOS ARRANCAR ATÉ 7% EM MAIS UMA SEMANA DE GREVE
Em nossa avaliação, a greve teria força para arrancar da Fenaban, em uma semana, a proposta de 7% de reajuste. É certo que o Banco do Brasil está apontando fechamento de acordo, porém na Caixa Econômica ainda há pendências a serem resolvidas. Nos bancos estaduais e regionais a negociação está lenta. E a greve nacional, crescente ou, no mínimo, consolidada, estabilizada, ainda sem baixas.

6% de reajuste, sendo apenas 1,5% de aumento real, vindo dos banqueiros, ainda é rebaixado e insuficiente.

REPOSIÇÃO DAS FALTAS É IMORAL E FERE, DE MORTE, O DIREITO DE GREVE E A SAÚDE DO TRABALHADOR!
Na realidade, todos sabemos, os bancários e bancárias já vivem a rotina da extrapolação de jornada. O que deveria ser uma excessão, há muito, virou regra. E, na maioria das vezes, sem o devido pagamento das horas extras. O sistema de fiscalização e controle do cumprimento da jornada é insuficiente ou até ausente, como no Banpará, onde ainda lutamos pela implantação do ponto eletrônico. Os bancários e bancárias trabalham, feito máquinas de metas e lucros, à mercê dos banqueiros e direções de bancos. No Banpará, um bancário comissionado chega a trabalhar por 10h ou 12h diárias.

Por isso, consideramos que, além do rebaixado reajuste de 6%, o mais grave é a proposta de reposição das faltas que fere, de morte, o direito legal e legítimo de greve e a saúde do trabalhador. Se os banqueiros e direções de bancos reconheceram a greve ao negociarem com o comando, e a própria justiça negou ou derrubou os interditos proibitórios que pipocaram em todo o país, como aceitar agora a reposição dos dias parados, que é a negação de uma greve vitoriosa, a negação do direito à saúde, a negação da dignidade? Como aceitar que os bancários sejam punidos por exercerem um direito legal e legítimo, garantido pela constituição e e votado nas assembléias em todo o país?

Em nossa avaliação, a reposição dos dias parados é imoral e vergonhosa, contra os bancários e bancárias.

A AFBEPA defende, no mínimo, 7% de reajuste no Banpará e abono dos dias parados. É uma questão de dignidade, de honra e de princípios!


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2 comentários:

Anônimo disse...

CONCORDO. repor os dias parados é um absurdo! É uma greve vitoriosa! É um direito nosso! Pq temos que aceitar essa humilhação? Essa punição?
Quanto ao reajuste, teríamos que manter os 10%, mas será que nossos colegas seguram por mais tempo nossa greve no Banpará? Acho que 7%, embora seja pouco, é o mínimo aceitável pra sair da greve.

Anônimo disse...

Colegas, agora é hora de fortalecermos mais ainda nossa greve. Achei ruim esses 6%. Repor os dias parados? Não. Errado. A greve é um direito nosso. Temos que ter a cabeça erguida, colegas. 7%? mas a proposta inicial era 10%. Não sei se nossa greve segura por muito tempo, como colocou o colega acima. Realmente, a pressão está demais. Talvez 7% seja o mínimo mesmo. Mas repor os dias parados seria muita humilhação!