segunda-feira, 28 de novembro de 2011

ASSINADO NOSSO ACT 2011/2012



Às 12:30h desta segunda-feira, 28 de novembro, foi assinado o ACT 2011/2012 do Banpará. Estavam presentes as Entidades Sindicais que assinam legalmente o Acordo e, como testemunha a AFBEPA. O que foi firmado é considerado pela grande maioria da categoria bancária, como um dos melhores acordos do Brasil.

Esta Associação entende que a Licença Prêmio de 5 dias para gozo, para as pessoas que completam 30 anos de Banco, como também os novos funcionários contratados após janeiro/94 que não  usufruíam mais esse direito, conforme prevê o Regulamento de Pessoal do Banpará, foi um dos ítens mais importantes do que foi acordado.

A promoção no PCS por merecimento em janeiro/2012, para todos que aderiram ao Plano em janeiro/2010, também foi uma vitória dos trabalhadores.

Outra importante definição desse acordo foi o tempo das promoções, que será de 2 anos por merecimento, com critérios que ainda serão estabelecidos pelo Grupo de Trabalho Paritário, a ser eleito pelo funcionalismo, além do tempo de 3 anos para as promoções por antiguidade, para todos, portanto, sem limites de vagas.

Os tickets alimentações extras e a 13º cesta alimentação, graças a Deus e a nossa luta, será concedida aos afastados por doenças de qualquer natureza e aos acidentados, até 36 meses, contados a partir do 15ª dia do afastamento e, também, aos aposentados por invalidez, pelo período de 30 meses, contados do dia da concessão da aposentadoria.

Ficou celebrado também que o Banpará, quando comprovado, indenizará aos funcionários, a integralidade dos bens móveis subtraídos em assaltos . E, caso o funcionário não possua prova documental de propriedade do bem, valerá o BO-Boletim de Ocorrência, registrado na Delegacia de Polícia, que deve conter as especificações detalhadas do bem, limitada a indenização por empregado, independentemente do quantitativo roubado, à quantia total de R$ 100,00 (cem reais).

O auxílio academia de R$ 50,00, valerá desde novembro/2011, e os valores serão reembolsados aos funcionários, após a apresentação do recibo.

A AFBEPA, enfatizou ao Banco, na pessoa do Presidente em exercício, Sr. Carlos Braselino e à DIRAD, Márcia Maués, que esperava que o Acordado em mesa no dia 29/09/2011, fosse cumprido, conforme permissão da categoria em assembléia, no entanto, as ressalvas feitas em Ata, em reunião com o Banco, pela Presidenta do Sindicato, garantem aos trabalhadores, outro caminho. Apontou também que há uma grande dívida social do Banpará com os seus trabalhadores, que não é apenas dessa gestão, mas de gestões anteriores. O funcionalismo do Banco amargou durante quse duas décadas perdas salariais, oriundas de políticas governamentais, como o reajuste zero, Plano de Cargos e Salários Congelados, e redução salarial de quase um ano.

Hoje, muitos dos trabalhadores do Banpará, não vêem os seus tickets alimentações que estão nas mãos de agiotas. Os trabalhadores aposentados, estão em dificílima situação por falta de salário para viverem, enfim, são vários problemas que são de responsabilidade social do Banpará, enquanto empresa.

A ABEPA solicitou que essa direção se debruçe sobre esses problemas, pois o ser humano e a sua dignidade, precisam estar no centro das decisões, e que essa situação de endividamento vivida por grande parte dos trabalhadores seja melhorada.

Os avanços que foram conquistados pelos funcionários do Banpará, nessa Campanha Salarial foram importantes e frutos da nossa luta.

Que o nosso empenho por melhorar cada vez mais as nossas condições de trabalho e de vida, nos levem a nos envolver mais com as nossas lutas. A continuidade do Grupo Paritário de Trabalho para a elaboração dos critérios qualitativos para promoção por merecimento, se trata de uma conquista relevante para o funcionalismo, que deve cobrar e acompanhar os trabalhos desse Grupo,sendo que os nossos  representantes serão eleitos diretamente.

Agora é manter as mobilizações e buscar o que o Banco descumpriu dentro dos meios cabíveis.
 
UNIDOS SOMOS FORTES!




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ESTÁ SENDO ASSINADO O ACT 2011/2012 DO BANPARÁ

Kátia Furtado e Cristina Quadros representam a AFBEPA na mesa de assinatura do ACT. 
A Associação assinará como testemunha. A foto foi postada no facebook da representante da fetec/cn Vera Paoloni.


Neste momento está sendo assinado o ACT 2011/2012, conforme autorizado por unanimidade na última assembléia pelos bancários e bancárias do Banpará.

O Acordo traz importantes conquistas para a categoria e é considerado o melhor acordo firmado em todo o país.
Alguns dos avanços:

Nosso reajuste será de 10%, enquanto o da Fenaban será de 9%.
 
20% de aumento no tíquete e cesta, passará de R$752,76 para R$903,30;

38,51% de aumento na quebra de caixa, de R$ 180,00 passará para R$250,00;

16,33% de aumento no anuênio;

Licença prêmio para todos.

10% de aumento em todas as demais verbas como as gratificações de função e demais comissões;

Tíquete alimentação extra de R$ 3.200,00, linear a todos os empregados, sendo R$1.200,00 antes do Círio, R$1.000,00 em Dezembro/2011 e R$1.000,00 em Março/2012;

PLR: Aplica-se a regra da FENABAN com majoração da parcela adicional em 2%; antecipação de R$ 1.000,00 ate o dia 05/10/2011, aguardando redação da Fenaban sobre o pagamento da PLR;

PCS:O Banco concederá promoção por merecimento em Janeiro de 2012 a todos os empregados enquadrados em Janeiro/2010, concedendo um nível (5%) na tabela salarial;

Será adotado o critério temporal de 02 (dois) anos por merecimento e de 03 (três) anos por antiguidade para todos;
Manutenção do Grupo Paritário do PCS para discussão dos critérios qualitativos para a promoção por merecimento;

Valorização das pessoas com 20 anos ou mais de empresa, que deixaram de ser promovidas durante 16 anos;

e as demais conquistas, já publicados em nosso Blog.


O BANCO NÃO INCLUIU NO ACT E NÃO CUMPRIU TRÊS PONTOS DO ACORDO:

1) Os pisos salariais de cargos de nível médio, fundamental e superior deveriam ser reajustados em 12%, conforme acordo da Fenaban, mantendo-se o interstício de 5% em cada nível da tabela do PCS;

2) O Banco se comprometeu com a revisão e reajuste de até 10% em todas as comissões em novembro;

3) A comissão dos tesoureiros deveria ter sido reajustada em setembro de 2011, observado o nível de classificação das agências, em valores de R$1.532,00 a R$2.451,00.

Sobre estes três pontos, a assembléia de funcionáiros do Banpará determinou que o Sindicato ingresse com ações judiciais para buscar garantir as três conquistas e também determinou que as entidades realizem campanhas de mobilização para lutar e pressionar o Banco a cumprir estes três pontos do acordo.




NENHUM DIREITO A MENOS!


UNIDOS SOMOS FORTES!








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PLEBISCITO: PARÁ UNIDO OU DIVIDIDO?



UM PLEBISCITO PODE DIVIDIR O PARÁ 

Os eleitores do Pará vão às urnas no dia 11 de dezembro para decidir, por meio de um plebiscito, se querem a divisão do Estado em dois ou três territórios diferentes

Na votação, cerca de 4,6 milhões de eleitores paraenses vão decidir se o Pará vai se desmembrar e dar origem aos Estados de Tapajós (oeste do Pará) e Carajás (sul do Pará). 
Dependendo do resultado da votação, podem ser criados mais um ou dois estados e, nesse último caso, o Pará remanescente da divisão ficaria com 17% de sua atual extensão territorial. 


VOCÊ PODE VOTAR SIM OU NÃO PARA AS DUAS PERGUNTAS, MAS TAMBÉM PODE VOTAR SIM PARA UMA PERGUNTA E NÃO PARA OUTRA. 
Na urna eletrônica eles terão de responder as seguintes perguntas: 
1) Você á favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado do Tapajós?; e 
2) Você á favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado do Carajás? 
Os números 55 e 77 corresponderão à manifestação positiva ou negativa às duas perguntas apresentadas na urna eletrônica. Desde setembro, a população têm acesso às campanhas informativas (do TSE) e publicitárias (das frentes pró e contra). 


A DECISÃO FINAL É DO CONGRESSO NACIONAL
Mesmo diante do resultado do plebiscito, a criação ou não dos futuros Estados depende do Congresso Nacional, que terá a palavra final. A criação de Tapajós e Carajás depende da edição de lei complementar, conforme a Constituição Federal de 1988. 


O VOTO É OBRIGATÓRIO
O STF (Supremo Tribunal Federal) definiu no dia 24 de agosto que toda a população do Pará deve ser ouvida no plebiscito sobre a divisão de sua área para a criação de Tapajós e Carajás, e não só a parcela dos cidadãos que poderá integrar os novos Estados
O supremo entendeu que todos que hoje vivem no Pará serão diretamente afetados com a possível criação dos novos Estados e, portanto, devem se pronunciar. 
No dia da consulta popular, os votantes deverão comparecer às suas respectivas seções eleitorais das 8h às 17h. Quem não comparecer terá de justificar a ausência nos 60 dias seguintes ao da votação. 


O SEPARATISMO É UM DESEJO DOS QUE VIERAM DE FORA
O modelo de ocupação da Amazônia, sobretudo no sul do Pará, mas também nas demais regiões, se deu através de políticas de atração de latifundiários e empresários que, em grande parte, grilaram as terras da região com a anuência do Estado. Também foram atraídas populações que para cá se deslocaram buscando emprego nas obras de grandes projetos. Na década de 70, os governos militares chegaram a criar campanhas publicitárias apelativas, com falsas promessas de prosperidade, o que gerou uma ocupação desordenada e devastadora de grande parte da floresta. Não havia a menor preocupação ambiental ou mesmo com a qualidade de vida das populações que para cá vieram.
 
O desejo do separatismo é capitaneado por uma elite econômica nova e poderosa, que veio de outros estados do Brasil e quer gerir os recursos minerais e a forte agropecuária da região, mas ganhou espaço entre a população pelo sentimento de abandono político e isolamento territorial da capital, Belém.
Será a primeira vez que, no Brasil, um plebiscito vai decidir sobre a criação de novos Estados.


A AFBEPA ESCLARECENDO O DEBATE
A partir de hoje, estaremos publicando diversos textos elucidativos sobre o tema, no sentido de ajudar a compreender os prós e os contras de uma possível divisão do Pará. As frentes já estão formadas e em plena campanha eleitoral. Vários parlamentares, lideranças de movimentos sociais, sindicatos e associações estão se manifestando e o mais importante é que cada um de nós, eleitor, possa decidir o que for melhor para a maioria, para o Pará.

Ainda nesta semana estaremos tentando uma entrevista com a direção do Banpará sobre o tema. Várias questões pedem algumas respostas, tais como: qual seria a nova configuração do Banpará com a criação de novos estados em locais onde há agências do Banco? Como ficariam os funcionários alocados nesses municípios? As políticas de fomento hoje existentes para todos os municípios do Estado, seriam concentradas apenas no que restaria do Estado do Pará? dentre outras questões. 

Pedimos que todos os colegas que tenham perguntas a serem feitas à direção do Banpará, postem como comentários que podem, ou não, ser anônimos. As perguntas serão colocadas na entrevista que faremos com a direção do Banco e serão respondidas aqui no nosso blog.

Um grande abraço a todos e todas, paraenses de nascimento ou de coração, e boa campanha, bons esclarecimentos. Votemos com a consciência ativa e lúcida.

UNIDOS SOMOS FORTES!





Fonte: Jornal Folha de São Paulo, com redação da AFBEPA.
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PLEBISCITO: ALGUMAS IMAGENS DAS CAMPANHAS





  















PLEBISCITO: "NINGUÉM DIVIDE O PARÁ"

Abaixo, uma intervenção do Dep. Edmilson Rodrigues - PSOL, contrário à divisão do Pará, em sessão especial realizada na ALEPA. Ao final do post, uma postagem muito compartilhada no facebook, contrária à divisão do estado. 

Continuaremos postando mais textos esclarecedores sobre o tema e também uma entrevista com a direção do Banpará sobre a situação do Banco e seus funcionários diante de uma possível divisão do Pará. Leia, avalie e comente.
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NINGUÉM DIVIDE O PARÁ

“É verdade que o povo do Pará sente o abandono, mas tem gente querendo faturar em cima desse abandono”, disse o deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) ao criticar a emancipação das regiões do Carajás e do Tapajós, durante sessão especial promovida pela Assembleia Legislativa do Pará, na manhã desta quinta-feira, 15. O auditório João Batista estava lotado de representações políticas e sociais pró e contra a divisão.

“O povo vai viver dias piores com a divisão porque o recurso público vai servir para atender mais mordomia e corrupção, enquanto vai continuar faltando remédio e professor para a população. É não e não”, criticou Edmilson, que complementou a frase com o slogan da campanha antidivisão.

Durante a sessão, o líder do PSOL destacou que a divisão do território paraense interessa muito mais a outros Estados. Ele lembrou que o deputado federal Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) foi quem propôs o plebiscito (para criação dos novos Estados a partir do Pará) e a Assembleia Legislativa de Goiás foi que entrou na justiça para que somente as populações das regiões propensas à emancipação pudessem votar, excluindo do plebiscito o restante dos paraenses. Edmilson também rebateu alguns argumentos do bloco político que defende a divisão do Estado. "Há muito interesse externo em esquartejar o Estado".

Edmilson destacou que o Pará é quarto na balança comercial do país, onde apenas 2,5 milhões do total de 7,5 milhões de habitantes vivem com R$ 2,00 por dia, ou seja, o mesmo valor com que os Estados Unidos mantém cada cabeça de gado.

O psolista também rebateu os argumentos de que o Pará remanescente e os dois novos estados, se a divisão for concretizada, terão o Fundo de Participação do Estado (FPE) ampliado. "Como se faz essa matemática? Vamos dividir o Pará para entrar mais dinheiro? De onde (o dinheiro) vai sair? Só se for pra quem quiser continuar acreditando em Papai Noel. Serão R$ 5 bilhões, segundo o Ipea, para implantar novos palácios nos Estados", destacou.

"Os que defendem a divisão dizem que o Pará vai virar uma Suíça. Serão seis senadores com mais carros oficiais, mais privilégios, planos de saúde para a família toda, assessores, mais 16 deputados federais, mais 24 deputados estaduais. será uma maravilha para as empreiteiras!", criticou. "Nem economicamente, socialmente, culturalmente se justifica retalhar o Pará. É uma incoerência. O Pará não sairá o mesmo após esse plebiscito porque todos concordam que a administração pública precisa melhorar em todo o Pará. Não vamos deixar que a fragmentação do Pará ocorra. É não e não!"


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Do professor de História da UFPA, Dr. Aldrin Moura Figueiredo, uma postagem que ficou muito famosa e foi centenas de vezes compartilhada no facebook, contra a divisão do Pará. Leia e comente.

"Vamos sugerir que o Dep. Giovanni Corrêa Queiroz vá tentar dividir o Estado dele que é Minas Gerais; o Senador Mozarildo Cavalcanti que vá dividir o Estado dele que é Roraima; o dep Asdrúbal Mendes Bentes que vá dividir o Estado dele que é o Amazonas; o dep. Zé Geraldo que vá tentar dividir o Estado dele que é o Espírito Santo; o dep. José da Cruz Marinho que vá dividir ainda mais o Estado dele que é o Tocantins; e o dep. Antônio Carlos Peixoto De Magalhães Neto que vá dividir a Bahia, que é o Estado dele. Por que será que estão enchendo o saco aqui? Será que estão corridos dos Estados deles? DIA 11, voto 55, NÃO.... QUE BUSQUEM CARGOS PROS SEUS CABOS ELEITORAIS NOS ESTADOS DELES."








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PLEBISCITO: OS QUE DEFENDEM SIM PARA O TAPAJÓS

Abaixo, você lê um texto publicado no site da campanha Sim Tapajós, de autoria de Tibério Allogio.

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Argumentos para o Estado do Tapajós

A discussão sobre a divisão do Pará e a criação dos Estados do Tapajós e Carajás, já despertou todo tipo de animosidade, mas mesmo assim, ela permanece distante da compreensão dos movimentos populares e da população de modo geral.

É um debate que segue restrito à academia e as “elites político empresariais”, ainda basicamente “engessado” na questão de uma suposta “viabilidade econômica”, o tema preferido das oligarquias anti separatistas para negar a necessidade da redivisão territorial do Pará.

Mas com o Plebiscito já batendo as nossas portas, torna-se urgente tirar essa discussão do “economicismo” dos círculos políticos empresarias, para finalmente descer ao nível que interessa de verdade: o povo, que em ultima analise, é quem irá decidir.

Portanto torna-se fundamental nos municionarmos melhor com argumentos e sentimentos que saibam alimentar adequadamente mentes e corações do povo tapajônico. 

Hora de redescobrir e trabalhar os conceitos que originaram os sentimentos separatistas do Tapajós, principalmente temas como o da Identidade social e o sentido de pertencimento de um povo.

Na sua concepção originária, o termo Comunidade, indicava a seguinte conotação: “A totalidade de quem possui algo em comum”.

O elemento indispensável para a existência de uma Comunidade é o sentido de pertencer ao território. Mas o território, por si só, não constitui a Comunidade. 

Ela só se caracteriza como tal, quando no território, existem grupos humanos que desenvolvem atividades e sentimentos comuns.

Ou seja, uma comunidade só existe quando pessoas e/ou populações interagem dentro de uma área geográfica definida, e desenvolvem entre elas, uma ou mais ligações suplementares.

É um sentimento de pertencimento (pertencer a algo significa fazer parte do todo), onde os confins territoriais pressupõem a existência do grupo e sua segurança emotiva frente ao externo. È o chamado senso de Identificação, ou seja, a sensação de estar no lugar certo, de ser aceito pelo outro e de se sacrificar pelo bem comum.

A existência histórica desses pressupostos na região tapajônica legitimam, por si só, a reivindicação da autonomia político administrativa por seus habitantes.

Por isso, a reivindicação no Tapajós do estabelecimento de um sistema territorial com confins administrativos definidos, no qual interagem indivíduos e grupos, com sua vida, suas necessidades, atividades e uso dos recursos disponíveis.

Mas porque num mundo globalizado, cujos confins tendem a desaparecer, acutizam-se cada vez mais sentimentos de identificação?

Analisando historicamente as diferentes formas de organização territorial, percebe-se que as mudanças mais marcantes são a dimensão territorial cada vez maior, ao lado das mudanças qualitativas.

Se a primeira forma de vida em comum foi a Aldeia, que vinculava os seus componentes por afinidades familiares e na tradição do cultivo da terra e da pequena criação.

Já a vida na Cidade, representa um salto para a economia e uma organização social mais complexa.

Na comunidade tradicional, o sistema de relações (parentesco, amizades, trabalho), se desenvolve dentro de áreas geográficas restritas. O desenvolvimento urbano, pelo contrario, acrescenta as possibilidades interativas dos indivíduos e impulsiona relações sociais mais seletivas.

É na cidade onde as relações são mais especializadas, que percebemos a diferença entre a Comunidade e a Sociedade. Ainda mais nas Metrópoles, Estados, e Nações, cuja finalidade organizativa é o desenvolvimento das atividades econômicas em uma escala territorial ainda mais ampla.

Os aspectos negativos do crescimento da sociedade urbanizada, a concentração de sua organização político administrativa em pólos cada vez mais distantes, faz com que as pessoas percam o sentido de identidade, e venham a desenvolver uma reaproximação com os valores das comunidades locais.

A existência de movimentos para a criação de novos estados, de regionalização e municipalização, são manifestações universais que apontam para a descentralização do poder e uma maior participação das comunidades locais na vida política de uma nação.

Ou seja, uma visão mais aprimorada da comunidade territorial, com a finalidade de atingir formas de integração, que garantam participação, autonomia e autogestão política administrativa.

A reivindicação da criação do Estado do Tapajós representa tudo isso.

A região tapajônica já desenvolveu seus vínculos sociais econômicos e territoriais. Já viveu e experimentou, em sua própria pele, os aspectos negativos da Centralização Política Administrativa com o Estado do Pará e sua capital Belém. Ou seja, já se tornou madura para a sua emancipação político territorial.

Mas para alcançar a plenitude de sua emancipação, os tapajônicos terão que conquistar o Poder Político, que só poderá se concretizar com a criação do Estado do Tapajós.

Aqui enfrentamos o outro “cavalo de batalha” dos anti separatistas, que parecem adorar a associação do poder político com os aspectos moralmente piores e negativos. Quando se treta do poder dos outros, claro, pois do deles, não querem abrir mão.

Mas isso é falta de argumentos, papo furado, pois em qualquer sociedade existem políticos que perseguem o poder por fins escusos (olhem o próprio Pará!).

Meus amigos, o Poder serve e é importante! Pois todas as mudanças (grandes e pequenas) giram entorno da questão do poder.

Vote SIM à criação do Estado do Tapajós!

Por Tiberio Allogio.
 
 
 
Fonte: site Sim Tapajós.



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PLEBISCITO: OS QUE DEFENDEM SIM PARA CARAJÁS

Abaixo, você lê matéria publicada no jornal O Diário do Pará com o Dep. Estadual João Salame, da Frente pela divisão por Carajás. Leia, avalie e comente.

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"SIM: A favor da divisão por Carajás



O Pará dividido será mais forte. Como explicar essa teoria? É a maratona diária que o presidente da Frente pela Criação do Estado do Carajás, deputado estadual João Salame Neto, 49 anos (PPS), percorre por todas as regiões paraenses para tentar convencer os indecisos sobre como votar no plebiscito de 11 de dezembro e também modificar os que estão convencidos do contrário. A frente é denominada Por um Pará mais Forte. João Salame é paraense. Jornalista e empresário, casado e pai de três filhos, reside em Marabá e exerce o segundo mandato como deputado estadual - e é um dos mais árduos defensores da criação do Estado do Carajás: “Estou absolutamente convencido de que não há motivo para votar contra a divisão. A divisão vai fortalecer as três regiões, Pará remanescente, Carajás e Tapajós”, assegura o parlamentar, alegando, entre outros aspectos , que os recursos destinados ao Pará aumentarão para todos os municípios, e que reduzindo o território será mais viável administrar as políticas públicas. Veja a seguir a entrevista concedida ao DIÁRIO:

P: Sabemos que a maior parte do eleitorado que vai votar no plebiscito reside no nordeste paraense. Como convencer essa massa de que a divisão não será prejudicial para o Estado-mãe, como o senhor defende?R: Se após os estudos que estão sendo realizados pelo IPEA se chegar à conclusão de que a criação dos Estados do Tapajós e Carajás será prejudicial ao povo paraense, eu mesmo mudo minha opinião. Mas eu estou absolutamente convencido de que não há motivo para votar contra a divisão. A divisão vai fortalecer as três regiões, Pará remanescente, Carajás e Tapajós.

P: Como uma divisão pode ser benéfica?R: O debate até agora foi mal conduzido. O que deve prevalecer nos debates é a eficiência das políticas públicas e se há recursos para implantar essas políticas. Com o Pará atualmente como está, há condições de o Estado ser presente em todas as regiões? Já criando três governos, teremos muito mais possibilidade de essas políticas chegarem às três regiões. E teremos mais dinheiro para enfrentar esse desafio, que é enorme. Há muita hipocrisia no debate.

P: De que forma?R: Leva-se em consideração a fronteira, mas fronteira é invisível. O povo não come fronteira.

P: Mas define a arrecadação, não é?R: Sim, neste caso define a atuação do Estado. Mas o importante é que todos continuaremos a ser brasileiros.

P: O senhor também sempre comenta que o debate das frentes contrárias à divisão é hipócrita quando se refere ao aumento do número de cargos políticos com a criação dos dois Estados...R: Sim, isto é pura hipocrisia. Serão apenas mais 36 cargos políticos, mais dois governadores, dois vices e uns sete conselheiros de contas para cada Estado. Em compensação, terão mais cerca de cinco mil professores, três mil médicos, quatro mil policiais, e é claro que a sociedade é quem ganha com isso. Só para ter uma ideia, no sul do Estado atualmente há um policial para cada 787 habitantes. Em Belém, essa proporção é de um policial para cada 217 habitantes. O governo do Pará já gasta com pessoal o limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O governador Simão Jatene tem boa vontade, mas se aumentar o número de servidores, incorre em crime de responsabilidade fiscal. Essa situação é muito difícil de resolver com o Estado deste tamanho. Vou citar um exemplo: a região do Bico do Papagaio no início dos anos 1980 era a mais violenta do País. Com a criação do Tocantins, o Estado chegou e a situação mudou. Atualmente há médicos, professores, policiais no local. O Estado se faz presente. O Tocantins continua pobre, mas ninguém lá pensa em voltar a ser o que era.

P: O senhor alega que haverá mais recursos com a divisão. De que forma? Como se faz esta equação?R: Em agosto, o Idesp concluiu estudo revelador sobre os três Estados. Uma das principais revelações é o Fundo de Participação dos Estados (FPE). Em 2010, o FPE do Pará, já sem o Fundeb, atingiu R$ 2.3 bilhões. Acre e Amapá, as duas menores federações da Amazônia, receberam R$ 1.3 bilhões cada. Se dividir, ficarão três Estados. Então, levando em consideração o FPE do Acre, por exemplo, que é o mais baixo, teríamos R$ 3,9 bilhões para Pará, Tapajós e Carajás. Aparentemente, o Pará perderia R$ 1 bilhão, mas levando em consideração o custo e investimento no sul do Estado em 2010, que foi de R$ 1.5 bilhões, deixaria também de ter este gasto e aí teria mais dinheiro para investir no Pará remanescente. É uma conta simples, lógica. Outro aspecto do estudo do Idesp aponta que a arrecadação do ICMS aumentará em R$ 130 milhões ao ano somente na capital. Para todo o Pará, a capacidade de investimento para 2011 é de R$ 200 milhões. Aumentará em quatro vezes mais, o que significa muito mais poder de investimento. Ananindeua terá R$ 28 milhões a mais por ano, Castanhal, R$ 11 milhões, só pra citar os maiores municípios.

P: É esse o argumento mais forte que as frentes usam na campanha na mídia?R: Sim, é um argumento muito forte. O povo não é burro. Entende o que significa ter mais dinheiro para investimentos públicos. É uma questão de reengenharia, de equação, que significa poder público mais próximo para investir. Tenho convicção de que quem defende o sim pelo Carajás e pelo Tapajós não muda de posição. Mas o contrário pode. Todos sabem que as experiências de divisão no Brasil deram certo. No Tocantins há seis mil quilômetros de rodovia pavimentada, onde não havia sequer um antes da criação deste Estado. O PNAD aponta que 96% dos lares do Tocantins têm água encanada. No sul do Pará, há municípios cuja distribuidora é a Saneatins. Não conseguimos garantir nem água encanada pra população. Goiás é um exemplo de Estado que perdeu um pedaço de território para formar o Tocantins. Na época era a 14ª economia do País, hoje é a 9ª. Mato Grosso e Mato Grosso do Sul também estão melhores que antes da divisão. O Mato Grosso não queria dividir, assim como a população da região nordeste paraense. Hoje é um Estado bem mais rico. E o Amapá continua pobre, mas ninguém lá quer voltar a ser Pará.

P: Já há também projeto de lei no Congresso Nacional para recriação do território do Marajó. O que o senhor acha disso?R: Tudo que significar mais proximidade com o poder eu sou a favor. O Pará que vai restar ainda será maior que São Paulo, que o Paraná. O que vai prevalecer é a capacidade de industrialização, de gestão dos portos, como Espadarte, em Curuçá, em Barcarena. E neste aspecto, como Marabá não tem por onde escoar sua produção, terá que usar os portos paraenses.

P: Os custos da criação de novos Estados representam entraves no convencimento dos eleitores para criação de Carajás e Tapajós?R: Esta argumentação também é falsa. O governo do Pará gastou em 2010 R$ 650 milhões para manter a máquina administrativa no Tapajós e R$ 800 milhões no Carajás. Vamos ter no máximo 50 homens públicos nestas duas regiões. Gasto com médicos, professores, policiais é investimento. Eu estou convicto de que o plebiscito será favorável à criação dos novos estados, que o povo paraense vai compreender a necessidade da implantação do Tapajós e Carajás e que na eleição de 2014 já haverá eleição para os novos governos dos dois novos Estados.

P: Muitos alegam que a divisão defendida vai beneficiar grupos da elite pecuária e industrial de Carajás. É certo que grandes empresários que se instalaram nessa região estão atuando fortemente pela divisão...R: Isto é apenas meia verdade. É certo que a elite também quer o Estado do Carajás. Porém, quem mais precisa do Estado presente na região é a população pobre, classe média. A elite põe os filhos para estudar na capital, em outros Estados. Quando precisa de atendimento de saúde também transfere para outras cidades. Há municípios no sul que não têm médico, delegado, promotor, polícia, não têm presença do poder público. É isso que queremos mudar. O debate sobre o plebiscito no Pará tem que ser democrático, legítimo, manifestar pontos de vistas e não transformar as três regiões em inimigas."







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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

AFBEPA EM ALERTA!

Recebemos denúncias de que a direção do Banpará estaria fazendo remanejamentos de caixas sem consultar e combinar com os funcionários. Segundo as denúncias, as movimentações estariam desconsiderando aspectos importantes tais como: a proximidade da residência do funcionário ao local de trabalho, os custos com deslocamento e o próprio desgaste físico do funcionário ao ter que transitar para locais distantes quando, antes, estava trabalhando mais próximo de sua residência.

Acreditamos que o diálogo é sempre necessário e importante e quando altera as vidas das pessoas, torna-se fundamental. A AFBEPA estará pautando em breve esse tema com a Sudep, na certeza de encontrar uma solução que resolva as dificuldades já criadas e também que impeça qualquer novo problema nesse sentido.




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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

CAPANEMA PAROU UMA HORA. A AGENDA DE MOBILIZAÇÕES CONTINUA. ACT BANPARÁ: NENHUM DIREITO A MENOS!




A AFBEPA e o Sindicato estiveram hoje, 24/11, realizando com os colegas a paralisação da Ag. Capanema e, na volta, estiveram em Castanhal, no local onde havia ocorrido o encontro da diretoria comercial com os gerentes da região nordeste do estado, infelizmente, não foi possível conversar com os bancários em Castanhal porque a reunião já havia terminado.

Em Capanema a paralisação foi de uma hora, quando foi feito um debate de esclarecimentos sobre o desfecho da Minuta proposta pela direção do Banpará. 

Há um grande inconformismo e insatisfação dos funcionários, com a postura adotada pela direção do Banco em não honrar o acordo estabelecido em mesa de negociação no dia 29/09, e que retirou os trabalhadores da greve, principalmente no que tange ao reajuste das comissões. 

Foi dito pelo pessoal que, daqui pra frente, nós só podemos sair de uma greve, depois que o Banco assinar o que for firmado. Por culpa da direção do Banpará, há uma quebra da relação de confiança.

A agenda de mobilizações prossegue e tende a crescer. Novas estratégias serão construídas pelos funcionários e as entidades. Não nos conformaremos, jamais!

- Reajuste de todas as comissões em novembro de 2011!

- Reajuste na comissão dos tesoureiros, observado o nível de classificação da agência, em valores de R$1.532,00 a R$2.451,00, retroativo a setembro de 2011!

 
- Reajuste de 12%, no piso, para todos!



ACT 2011/2012: Nenhum direito a menos!

UNIDOS SOMOS FORTES!




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LUTA DOS BANCÁRIOS DO BANPARÁ REPERCUTE NA ALEPA - DEP. EDMILSON APRESENTA REQUERIMENTO

Ontem, da tribuna da Assembléia Legislativa, o Dep. Edmilson Rodrigues - PSOL, o mesmo que solicitou a sessão especial em defesa do Banpará ocorrida naquela Casa de Leis e que nos ajudou articulando os deputados do governo para uma conversa no sentido de reabrir a mesa de negociações com o Banco na Campanha Salarial, manifestou-se em solidariedade à luta dos bancários e bancárias do Banpará, citando a AFBEPA. O Deputado se comprometeu em tentar retomar aquela conversa com os líderes do governo e da bancada na ALEPA para pressionar a direção do Banco a cumpriro que foi negociado com as entidades e votado em assembléia no dia 29 de setembro. Muito obrigado, Dep. Edmilson Rodrigues!




Leia, o requerimento:

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"Senhor Presidente,
Senhores Deputados,
Senhoras Deputadas,

Os bancários do Banco do Estado do Pará (Banpará) tem uma longa trajetória de luta. Por muitas vezes se mobilizaram em favor da sobrevivência da instituição, patrimônio de todos os paraenses, como banco público. Da mesma forma, a cada ano, estes trabalhadores não abrem mão de lutar por melhorias em suas condições salariais e laborais, recorrendo, quando se esgotam os demais instrumentos de pressão, à greve e a outras formas de mobilização social. Foi o que ocorreu no presente ano, quando a categoria precisou cruzar os braços para assegurar conquistas na mesa de negociação.

Ocorre que a atual diretoria do Banpará não quer cumprir três pontos fundamentais dentro os negociados e firmados na mesa, dia 29 de setembro de 2011, em uma reunião que durou mais de 7h. Numa clara postura de rompimento unilateral do diálogo, a diretoria do banco busca suprimir conquistas que correspondem a direitos adquiridos pela categoria.

 Segundo informações da combativa Associação dos Funcionários do Banpará (AFBEPA), os itens do Acordo Coletivo que estão no centro da polêmica são os seguintes:

1) REAJUSTE NO PISO/PERCENTUAL DE 12%

O banco garantiria o que fosse mais benéfico quanto ao percentual de reajuste, que é o reajuste de 12% da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). No entanto, o Banco só quer dar esse reajuste de 12% no primeiro nível da tabela do PCS para os cargos de técnico bancário e fundamental. Nos demais níveis da tabela do PCS e para o nível superior, o Banco quer aplicar o percentual de 10%. Isso causaria uma injustiça para a grande maioria, já que muitos estão perto da aposentadoria, e uma distorção na tabela do PCS, desvalorizando os funcionários nas promoções seguintes.

A ABEPA exige o Banco cumpra o que foi acordado e firmado em mesa de negociação e garanta o reajuste no que for mais benéfico de 12% em todos os cargos e níveis da tabela.


2) REAJUSTE DAS COMISSÕES DOS TESOUREIROS

O banco se comprometeu, em mesa de negociação e também em ofício 0109/2011 - PRESI, enviado ao Sindicato no dia 26 de setembro, que seria dado o reajuste nas comissões dos tesoureiros em valores que variam de R$ 1.532,00 a R$ 2.451,00 de acordo com a classificação das agências. Agora, o Banco nega que tenha assumido esse compromisso, esquecendo que esse foi um ítem fundamental da proposta apresentada pelo Banco e firmada com as entidades para a saída da greve. A AFBEPA reivindica que o Banco garanta a palavra dada e pague o reajuste dos tesoureiros retroativo a setembro de 2011, data base da categoria.

3) REAJUSTE DAS DEMAIS COMISSÕES

O Banco se comprometeu em revisar e reajustar todas as demais comissões no prazo da portaria, ou seja, até novembro de 2011. Porém, o Banco, agora, nega que tenha se comprometido com esse ponto de grande relevância para o funcionalismo. É bom deixar claro que, se o ítem do reajuste das comissões não tivesse ficado resolvido, provavelmente, o resultado da votação daquela assembléia do dia 29 de setembro, teria sido outro, e nem a AFBEPA teria defendido um acordo que não contemplasse todos os demais funcionários comissionados. Essa é uma questão de honra e consta da Minuta de Reivindicações dos Bancários do Banpará. Logo, a palavra firmada pelo Banco deve ser respeitada também no tocante a esta importante demanda trabalhista.

Neste sentido e nos termos regimentais, REQUEIRO que este Poder encaminhe expediente à diretoria do Banco do Estado do Pará (Banpará) solicitando que sejam cumpridas todas as cláusulas acordadas com a categoria em reunião realizada em 29 de setembro do corrente, em particular no tocante ao reajuste do piso no percentual de 12%, ao reajuste das comissões dos tesoureiros e ao reajuste das demais comissões.

Que do inteiro teor deste Requerimento seja dado ciência à Diretoria do Banco do Estado do Pará, à Associação dos Funcionários do Banpará (AFBEPA) e ao Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá.


Palácio Cabanagem, 23 de novembro de 2011.



EDMILSON RODRIGUES
DEPUTADO ESTADUAL - PSOL





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