quinta-feira, 30 de setembro de 2010
O CANDIDATO DOMINGOS JUVENIL TAMBÉM ASSINA CARTA-COMPROMISSO EM DEFESA DO BANPARÁ E DO FUNCIONALISMO
e o candidato Domingos Juvenil, do PMDB.
O candidato Domingos Juvenil, do PMDB, que também é Presidente da Assembléia Legislativa do Estado, assinalou sua concordância com as questões colocadas na carta-compromisso elaborada pela AFBEPA. Afirmou o candidato, que o Banpará é um instrumento importantíssimo do desenvolvimento econômico para superação da miséria que aflige grande parte do nosso povo. Ressaltou ainda que, enquanto presidente da ALEPA, tem mantido, firmemente, a folha de pessoal daquela Casa de Leis no Banpará, apesar de ter recebido muitas propostas em sentido contrário. Firmando seu compromisso com o fortalecimento do Banpará e a defesa das causas do funcionalismo, o candidato Domingos juvenil assinou o documento.
CLEBER RABELO, DO PSTU, TAMBÉM ASSINA CARTA-COMPROMISSO COM A DEFESA DO BANPARÁ E DOS BANCÁRIOS E BANCÁRIAS
Também hoje, o candidato ao governo estadual, Cleber Rabelo, dirigente sindical da categoria dos trabalhadores na construção civil, recebeu e assinou a carta-compromisso da AFBEPA em defesa do Banpará e do funcionalismo. Cleber afirmou que sua concepção de banco público está em total concordância com o que coloca o documento da AFBEPA e que, já conhecendo a luta da Associação, sentia-se muito à vontade para assinar os compromissos ali colocados.
TRÊS, DOS CINCO CANDIDATOS JÁ ASSINARAM A CARTA-COMPROMISSO DA AFBEPA.
Até agora, três, dos cinco candidatos ao governo estadual já assinaram a carta-compromisso com a defesa do Banpará e do funcionalismo. A carta-compromisso foi elaborada pela AFBEPA e afirma o crescimento, a ampliação e fortalecimento do banco e a firme defesa dos direitos e conquistas dos bancários e bancárias. Além de Domingos Juvenil e Cleber Rabelo, que assinaram hoje, também Fernando Carneiro, do PSOL já assinou a carta na semana passada.
CANDIDATO SIMÃO JATENE AINDA ASSINARÁ, GARANTE COORDENAÇÃO DE CAMPANHA. ASSESSORIA DA CANDIDATA ANA JÚLIA AINDA NÃO DEU RETORNO.
Hoje, seria feita a entrega da carta ao candidato Simão Jatene que, por atrasos nas agendas de campanha, ainda não recebeu o documento da AFBEPA.
Ainda na semana passada a presidenta da AFBEPA entregou a documento à coordenação de campanha do candidato. Foi combinado que a entrega e o registro em foto seria feito em um comício no domingo, não foi possível porque o candidato teria solicitado uma breve conversa com os representantes da AFBEPA. Foi marcada então uma agenda para quarta-feira, que também não se realizou e, finalmente, hoje, quinta-feira, novamente não foi possível. Porém, apesar dos "furos" da agenda, a assessoria do candidato tem explicado as impossibilidades e marcado nova agenda, que será acertada amanhã. Torcemos que desta vez seja pra valer!
A assessoria da candidata Ana Júlia ainda não retornou aos insistentes pedidos da AFBEPA para que fosse marcado um encontro de entrega da carta-compromisso. Continuaremos insistindo porque a defesa do banco e dos bancários é a principal missão estatutária da AFBEPA.
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100% DE GREVE NA CAPITAL. CRESCE MUITO A ADESÃO NO INTERIOR.
GREVE NO BANPARÁ: 100% DE AGÊNCIAS E POSTOS PARADOS NA CAPITAL
Em Belém a adesão à greve foi total nas agências e postos de atendimento. A matriz do banco funcionou parcialmente, mas a adesão é progressiva. No interior do Estado, a adesão está aumentando neste segundo dia de greve. Algumas agências que não haviam paralisado ontém, já estão fechadas hoje. Até o final da tarde, publicaremos uma parcial aqui no blog.
CARTA-COMPROMISSO AOS CANDIDATOS AO GOVERNO ESTADUAL
Hoje, às 19h30, o candidato Simão Jatene, do PSDB, receberá a Carta-Compromisso da AFBEPA em defesa do Banpará e do funcionalismo.
Já recebeu e assinou o documento o candidato Fernando Carneiro, do PSOL. O candidato Cleber, do PSTU também receberá hoje, às 15h, a carta-compromisso da AFBEPA.
Das assessorias dos candidatos Domingos Juvenil, PMDB, e Ana Júlia, PT, ainda não obtivemos resposta. Conseguimos contatos com pessoas muito próximas aos candidatos, mas, mesmo assim, ainda não nos concederam a possibilidade de um momento de encontro para entrega da carta-compromisso.
Por determinação da lei eleitoral, hoje é o último dia para publicação das imagens dos candidatos, logo, caso não tenhamos resposta alguma das assessorias dos dois candidatos, Juvenil e Ana Júlia, infelizmente não mais poderemos publicar, a partir de amanhã, as fotos da entrega do documento neste blog. Continuaremos insistindo nos contatos, torcendo para obter respostas.
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terça-feira, 28 de setembro de 2010
NO BANPARÁ, ATÉ AGORA, NÃO HÁ AVANÇOS NA PAUTA ECONÔMICA
A partir do dia 29 de setembro, é GREVE POR TEMPO INDETERMINADO!
Os bancários e bancárias do Banpará já definiram sua pauta fundamental nesta Campanha Salarial e sem negociar essa pauta, não há retorno ao trabalho. A greve é um direito legítimo e legal, garantido na Constituição Federal e os trabalhadores vão mantê-la, até que o banco e o sindicato pautem e decidam pelo que é o fundamental para nossas vidas. Chega de enrolação! Basta de propaganda enganosa. Não há ainda avanços na negociação com o Banpará. Nós vamos garantir essa greve e fazer valer nosso direito de lutar por:
LICENÇA PRÊMIO PARA TODOS!
REEMBOLSO DOS 20% DOS NOSSOS SALÁRIOS, DOADOS AO BANCO EM 1998, POR ONZE MESES!
PCS: EVOLUÇÃO POR MERECIMENTO EM 2011!
REGULARIZAÇÃO E PAGAMENTO DAS PENDÊNCIAS DO SOBREAVISO!
COMPENSAÇÃO FINANCEIRA PELA NÃO IMPLANTAÇÃO DO PONTO ELETRÔNICO!
AJUDA ALUGUEL PARA O TEMPO QUE O BANCÁRIO PERMANECER NA LOCALIDADE!
INDENIZAÇÃO DE TODOS OS BENS MÓVEIS SUBTRAÍDOS E RESSARCIMENTO DE TODOS OS PREJUÍZOS MATERIAIS, ALÉM DE TODA ASSISTÊNCIA AOS BANCÁRIOS E SEUS FAMILIARES VITIMADOS NOS ASSALTOS.
ELEIÇÃO, PELOS FUNCIONÁRIOS, DOS SEUS REPRESENTANTES NOS COMITÊS TRABALHISTA, DISCIPLINAR E CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO!
11% DE REAJUSTE, E NÃO MENOS QUE ISSO, NO BANPARÁ!
URGENTE RESOLUÇÃO DAS PENDÊNCIAS RELATIVAS AO NOVO PLANO DE SAÚDE E AO PLANO CAFBEP/PAS.
UNIDOS SOMOS FORTES!!!
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HOJE, ASSEMBLÉIA DOS BANCÁRIOS, 18h, NO SINDICATO
Todos e todas lá, organizando a greve e a luta por mais conquistas nesta Campanha Salarial 2010/2011.
Pontos URGENTES a serem tratados na mesa de negociação com o Banpará:
RESOLUÇÕES PARA O PLANO DE SAÚDE UNIMED, no que tange às seguintes questões previstas no novo regulamento:
Renúncia total, por quê?
Autorização para extinção do plano CAFBEP/PAS, sem que haja uma assembléia de esclarecimentos e prestação de contas, de modo a dar a segurança necessária aos associados;
Destinação do saldo remanescente do plano CAFBEP/PAS, que deve ser definida pela categoria, após os devidos esclarecimentos do patrocinador;
Custeio do novo plano que, segundo consta no documento de adesão, o valor mensal é variável já que entram no custeio itens como hora extra, sobreaviso, auxílio creche babá, além de outros;
Vigência de vinte e quatro meses do novo plano, e depois?
Proteção aos funcionários do Banpará contra a inadimplência da UNIMED, como ocorreu em Alenquer, onde os funcionários não estão podendo utilizar o novo plano porque a UNIMED não paga o hospital Santo Antônio há mais ou menos 6 (seis ) meses. Para a AFBEPA, é necessário que o Banpará disponha no novo regulamento, que em caso de não atendimento dos empregados do banco, por falta de pagamento da UNIMED a algum contratado, o bancário possa realizar o atendimento, custeado pelo banco, sem prejuízo das ações devidas contra a UNIMED. O fundamental é que o banco se responsabilize pelo atendimento em saúde de seus funcionários.
MINUTA ESPECÍFICA DO BANPARÁ, no que diz respeito aos pontos que foram modificados na Minuta de Reivindicações pela direção do sindicato e que, portanto, estão em desacordo com o que foi aprovado no Encontro dos Funcionários do Banpará:
Ponto eletrônico; que o encontro decidiu pelo aditamento do acordo com compensação financeira aos funcionários pela espera da instalação dos equipamentos;
Eleição pelos funcionários dos seus representantes nos comitês trabalhista, disciplinar, conselho de administração;
Liberação da presidenta da AFBEPA, que deve ser retirada da Minuta porque já existe e não foi revogada, como também não foi discutida e deliberada na conferência.
Além destes, outros pontos deliberados em assembléia extraordinária autoconvocada dos funcionários do Banpará devem constar da negociação com o banco:
Presença da AFBEPA nas mesas de negociação, o que foi deliberado pelos funcionários do Banpará em assembléia extraordinária autoconvocada, na forma do Estatuto, e está sendo descumprido pelo sindicato.
Principais reivindicações dos funcionários:
Licença prêmio para todos os funcionários;
Reembolso dos 20% doados por ocasião da capitalização;
PCS - evolução na carreira, com a efetivação da promoção por merecimento em janeiro de 2011;
Imediato pagamento das pendências do sobreaviso.
UNIDOS SOMOS FORTES!
FERNANDO CARNEIRO FOI O PRIMEIRO A RECEBER E ASSINAR A CARTA-COMPROMISSO EM DEFESA DO BANPARÁ E DE SEUS FUNCIONÁRIOS
Fernando Carneiro, do PSOL foi o primeiro candidato a governador a receber e assinar a carta-compromisso da AFBEPA pela manutenção e fortalecimento do Banpará enquanto banco público estadual.
O encontro entre a AFBEPA e o candidato aconteceu na sede do PSOL, no sábado, 25, às 18h. Estavam presentes a Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado, sua vice, Cristina Quadros e o bancário e delegado sindical Wilson Leão, acompanhado de sua esposa.
Kátia Furtado fez uma breve apresentação do documento, ressaltando a importância da manutenção e fortalecimento do banco estadual, especialmente para que ele possa vir a cumprir seu papel de agente do desenvolvimento econômico, com inclusão e justiça social, contemplando as milhares de famílias carentes de nosso Estado. Assinalou, também, a necessidade de valorização e diálogo com os funcionários e funcionárias que têm tido seus salários golpeados desde os anos 90 e até hoje não sentiram ainda, no bolso, um verdadeiro resgate do seu antigo padrão de vida, enquanto categoria bancária. Cristina Quadros e Wilson Leão complementaram o raciocínio, sempre no mesmo sentido.
Fernando Carneiro escutou atentamente as palavras de Kátia, Cristina e Wilson, e manifestou total concordância com o que foi colocado. Pontuou sua história e compromisso na defesa da luta dos trabalhadores e trabalhadoras e ressaltou que em sua visão, e na visão de seu partido, o diálogo respeitoso é sempre o melhor caminho para governar negociando e incluindo as demandas da classe trabalhadora.
Fernando Carneiro assinalou ainda que concorda também com a visão de banco estadual apresentada pelo documento, quando aposta no Banpará enquanto poderoso agente de inclusão econômica e social, principalmente dos segmentos mais carentes de nosso Estado. Para ele, o modelo de governar tendo como foco principal os grandes projetos já demonstrou sua ineficiência e ineficácia para combater a miséria e todos os males que dela advém, como a violência inclusive. Citando exemplos como Tucuruí e os projetos da Vale, Fernando Carneiro ressaltou que a maior parte dos “lucros” gerados por estes grandes projetos, não ficam no Pará e muito menos ajudam a resolver todos os problemas que estes mesmo projetos trazem, como o inchaço das pequenas cidades sem infraestrutura para receber os milhares de brasileiros de outros estados vizinhos que para cá vêm, em busca de trabalho e renda.
Após a proveitosa conversa, Fernando Carneiro selou sua assinatura na carta-compromisso, que está à disposição de todos e todas na AFBEPA.
AGENDA
A entrega da carta-compromisso ao candidato Simão Jatene, que estava marcada para ocorrer no último domingo, 26 em um comício na Pedreira, não aconteceu porque o candidato preferiu receber o documento em uma reunião específica, para poder conversar com a direção da AFBEPA. Esta reunião deverá ocorrer na próxima quarta-feira, 30, quando então o candidato Simão Jatene manifestará sua opinião acerca dos caminhos para o Banpará.
As agendas com os demais candidatos e candidata estão sendo acertadas com suas assessorias e coordenações de campanha. A AFBEPA fará o possível e o impossível para que todos os candidatos e candidata recebam e assinem a carta-compromisso em defesa do Banpará e de seus funcionários e funcionárias.
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sábado, 25 de setembro de 2010
MAIS UMA VEZ, A DIREÇÃO DO SINDICATO DISSE NÃO ÀS REIVINDICAÇÕES DA CATEGORIA
É interessante observar essa necessidade de catalogar o caráter de cada assembléia. Em uma, não se pode votar, porque é apenas "informativa"; em outra, se pode votar, mas apenas o que está bem definido no edital de convocação: a negociação com a FENABAN e o indicativo de greve para o dia 29, "esquecendo", a direção do sindicato, que é responsável por duas mesas locais de negociação: com o Banco da Amazônia e com o Banpará; na próxima assembléia, se poderá apenas organizar o que já está votado, porque será "organizativa". Por que complicar tanto, limitar tanto, sufocar tanto a vontade da categoria?
MAS NÃO ACABOU AÍ... MAIS DE 100 BANCÁRIOS E BANCÁRIAS DO BANPARÁ, INSATISFEITOS, ARRANCARAM UMA REUNIÃO ESPECÍFICA COM A DIREÇÃO DO SINDICATO
Após a assembléia relâmpago, os empregados dos outros bancos se retiraram do sindicato, mas os bancários e bancárias do Banpará, insatisfeitos com parte da Minuta de Reivindicações, em desacordo com o que foi aprovado no Encontro, com o processo de negociação e a ausência da AFBEPA nas rodadas com o banco, e com a constante impossibilidade de conversar com a diretoria do sindicato, reivindicaram uma conversa específica, naquele momento, e permaneceram no ginásio, até que foram convidados ao auditório para iniciarem uma reunião.
O auditório ficou lotado dezenas de bancários ficaram em pé, pelas laterais e próximos à porta de entrada. Eram cerca de 100 bancários reivindicando aquele momento, conquistado à custa de abaixo-assinado, assembléias autoconvocadas, presença no sindicato, enfim, as diversas formas que os bancários do Banpará usaram para que pudessem ser ouvidos pela direção do sindicato. Ali, diante das pessoas, de carne, osso e alma, foi impossível para a direção do sindicato fugir mais uma vez e negar esse direito aos trabalhadores.
Ao início da reunião, os bancários e bancárias do Banpará fizeram várias intervenções trazendo diversos pontos ao debate, dentre eles: os desacordos da Minuta de Reivindicações, a exclusão da AFBEPA nas mesas de negociação com o banco e os problemas com o novo plano de saúde. "Nós não estamos discutindo a legalidade. Sabemos que o sindicato nos representa legalmente, mas aqui a legitimidade maior é da nossa Associação, que defende nossos interesses. Há divergências na minuta e não há avanços, como o sindicato anuncia o tempo todo!" pontuou um bancário. "Vocês estão vendo aqui que nós estamos insatisfeitos! Nós queremos a nossa Associação na mesa! Nós queremos uma pessoa nossa lá, que traga pra gente o que está acontecendo de verdade!" desabafou uma bancária. "Estou emocionada, me desculpem, mas nós já ficamos do lado de fora nos portões, aguentamos muito desrespeito, e agora conseguimos estar aqui para falar! Nós exigimos respeito à categoria! A AFBEPA tem que estar na mesa, como sempre esteve nos anos anteriores!" manifestou outra bancária, referindo-se à primeira assembléia autoconvocada, quando a direção do sindicato fechou e lacrou os portões, impedindo a categoria de entrar no sindicato. E assim foram as dezenas de intervenções dos bancários. A direção do sindicato escutava, calada.
Kátia Furtado pediu a palavra e relembrou desde o abaixo-assinado com 240 assinaturas quando foi solicitado que o sindicato convocasse uma assembléia do Banpará e nada foi feito. Relembrou da força da categoria que ali estava bem representada, que não desiste de lutar por seus direitos, pontuou os ítens da Minuta que estão em desacordo com o que foi aprovado no Encontro, principalmente a eleição dos representantes dos funcionários nos Comitês Trabalhista, Disciplinar e Conselho de Administração, e acerca do Ponto Eletrônico, quando, após o debate que foi feito no Encontro decidiu-se pelo aditamento ao acordo neste ítem, e pela compensação financeira aos trabalhadores que estão fazendo as horas extras sem o devido controle e pagamento pela extrapolação da jornada.
Kátia também colocou os problemas relativos ao Plano de Saúde como renúncia total, vigência de 24 meses, custeio que incide sobre horas extras, sobreaviso, ajuda-aluguel e auxílio creche babá, entre outras verbas de natureza não salarial, o que torna de difícil controle para o trabalhador o desconto mensal variável do plano de saúde no contracheque, além da destinação do saldo remanescente do plano CAFBEP/PAS e, por fim, Kátia pediu bom senso ao sindicato, pediu o fim dessa retaliação que a AFBEPA tem sofrido e lembrou que divergir, pensar diferente é um direito legítimo de qualquer pessoa ou grupo de pessoas, mas que é a categoria quem tem que decidir o melhor e não a direção do sindicato ou da AFBEPA.
Outros bancários e bancárias se manifestaram, todos no mesmo sentido, todos pedindo a participação da AFBEPA na mesa de negociação com o Banpará, como sempre ocorreu, até 2009.
DIRETORES DO SINDICATO LANÇAM CRÍTICAS CONTRA A AFBEPA
Em seguida, os diretores do sindicato iniciaram suas falas. De um modo geral, havia uma crítica a este blog que, na opinião dos diretores do sindicato, é ofensivo a eles. Houve diretor e diretora que afirmou que o blog da AFBEPA usa palavras de baixo calão contra o sindicato e que há inverdades sendo publicadas. Os diretores do sindicato afirmaram que todos os pontos colocados pelos bancários constavam da Minuta de Reivindicações, que já estava modificada, o que deu a entender que haveria uma outra Minuta sendo negociada, diferente da que estava publicada no site. Disseram, também, que uma das condições para que a AFBEPA pudesse compor a mesa de negociação com o Banpará é que não deveria haver conflitos. Afirmaram, ainda, que o fato de a AFBEPA ter movido uma ação contra o sindicato, no episódio em que o banco modificou, unilateralmente, o regulamento do PCS alterando o interstício de dois, para quatro anos, para promoção por merecimento, e a AFBEPA fez oposição à modificação, por isso entrando com ação judicial contra o acordo assinado entre o banco e o sindicato, que permitiu a modificação, que essa ação da AFBEPA, defendendo o legítimo regulamento e os funcionários do Banpará, impedia a Associação de sentar na mesa de negociação com o banco.
Novamente os bancários do Banpará se manifestaram afirmando que não poderia haver um pensamento único, que as divergências são normais e que devem ser respeitadas, e que cabe à categoria escolher as melhores propostas quando há divergências; esclareceram ao sindicato que a ação da AFBEPA foi decidida por um grupo de bancários muito maior que a diretoria da AFBEPA; afirmaram que as críticas, mesmo se fossem verdadeiras, não poderiam servir de pretexto para a exclusão da AFBEPA das mesas de negociação, reiteraram o pedido para que um representante da AFBEPA estivesse nas mesas de negociação, e voltaram a afirmar que a Minuta publicada no site não estava de acordo com o que foi aprovado no Encontro.
OS REAIS MOTIVOS DA RETALIAÇÃO, FINALMENTE, APARECERAM?
A longa reunião se estendia até que, em determinado momento, a advogada do sindicato dos bancários, Dra. Mary Cohen, presente desde o início da reunião, pediu a palavra e disse que além do problema do blog, e da ação da AFBEPA contra o sindicato (já citada), havia uma outra ação da pessoa Kátia Furtado, enquanto candidata a presidenta pela Chapa 2, contra o sindicato dos bancários, questionando a legitimidade dessa diretoria. Então, se ela movia uma ação contra essa diretoria como poderia sentar-se com a diretoria na mesa de negociação do Banpará, perguntou a advogada. Afirmou, ainda, a advogada, que essas arestas deveriam ser aparadas, e não conseguiu concluir sua fala porque os bancários e bancárias, inconformados, começaram a perguntar se era mesmo esse o motivo da retaliação e disseram que não deveria haver essa confusão.
O bancário do Banpará, JK, estudante de direito, pediu a palavra e manifestou sua discordância com a tese da advogada do sindicato, dizendo que a AFBEPA, e os funcionários do Banpará, não poderiam ser prejudicados porque a pessoa, candidata a presidente da Chapa 2, Kátia Furtado, decidiu exercer seu direito constitucional de questionar, na justiça, um processo eleitoral eivado de irregularidades. "Independente disso, ela é a presidenta da nossa Associação, que merece respeito, e nós confiamos nela! Ela não pode ser retaliada por exercer um direito que lhe cabe" ressaltou o bancário, que cobrou da diretoria do sindicato a separação entre as questões partidárias e políticas, e as questões da luta sindical e da luta dos bancários do Banpará e lembrou que a eleição para o sindicato já havia acabado, que era preciso superar isso.
Em seguida, o advogado da AFBEPA, Dr. Paulo Galhardo, complementou o raciocínio observando a necessidade de sermos impessoais nesse processo e de sabermos ter a maturidade de respeitar as diferenças sem que usemos um poder de caneta, burocrático, para barrar uma vontade tão significativa e expressiva da categoria, que é o manifesto desejo de ser representada na mesa de negociação por sua Associação.
Todos os bancários e bancárias presentes ficaram bastante indignados diante da explicação da advogada.
PRESIDENTE DO SINDICATO DIZ NÃO À VONTADE DA CATEGORIA
O clima estava tenso. Alguns bancários começaram a se irritar com a falta de sensibilidade da diretoria do sindicato que permanecia endurecida diante das legítimas reivindicações da categoria. Os bancários queriam uma solução e a diretoria do sindicato apenas se limitava a criticar a AFBEPA. Finalmente, a presidente do sindicato, Rosalina Amorim, disse que não seria possível a AFBEPA compor a mesa de negociação, sem dar qualquer explicação além do que já havia sido colocado.
Neste momento, por volta das 22h30, já cansados e bastante frustrados, os bancários e bancárias do Banpará se retiraram em sinal de protesto pela dureza da direção do sindicato. Viraram as costas e foram embora, enquanto a direção do sindicato permaneceu calada, colada à mesa do auditório, impassível, surda e muda.
"Vocês dizem que as pessoas estão em primeiro lugar, mas eu como pessoa, aqui estou destroçado. Uma decepção!" Desabafou um bancário, rasgando o crachá de votação do sindicato na frente da diretoria.
A AFBEPA MANTÉM-SE FIRME, NO CAMINHO CORRETO DA DEFESA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANPARÁ
A AFBEPA, que sempre buscou o diálogo, que procurou, diversas vezes, a direção do sindicato para conversar, como foi divulgado aqui mesmo neste blog, que elogiou a direção do sindicato sempre que essa direção demonstrou algum interesse pela defesa real da categoria, o que também foi divulgado aqui neste blog, a AFBEPA lamenta muito que a dureza, o sectarismo e o burocratismo tenham impedido a direção do sindicato de ver, ouvir e sentir a vontade dos bancários e bancárias. A AFBEPA reitera, ainda, que jamais deixará de cumprir sua missão estatutária de defesa dos interesses, direitos e conquistas dos funcionários do Banpará, e da defesa do próprio banco enquanto banco público estadual, e que não aceita, de modo algum, retaliação aos funcionários e à sua Associação que sempre soube, e sabe, se posicionar para fazer valer os direitos dos bancários e bancárias.
Finalmente, a diretoria da AFBEPA e todos os bancários e bancárias do Banpará que têm estado no sindicato, buscando o diálogo, e todos os que, por algum motivo não têm podido estar, mas acreditam na liberdade e na democracia como valores fundamentais, crêem e afirmam o dinamismo da vida, na qual tudo passa, principalmente o poder. E diante da vida, que é muito maior, o que ficam são mais os atos do que as palavras, que se vão ao vento. O que marca uma gestão, a imagem de uma pessoa, uma liderança é o que ela faz, ou deixa de fazer, em nome de seus representados. A verdade, com o tempo, sempre vêm à tona e mostra, claramente, o quanto cada um somou, ou subtraiu, para a maioria. Se até o poder ditatorial dos militares, que nós lutamos tanto para derrubar, caiu e hoje estão sendo revelados os crimes cometidos, imaginem uma gestão sindical, ou um governo, ou qualquer outro poder constituído democraticamente, que tem tempo e hora para acabar...
"Saibamos, bancários e bancárias do Banpará, perseverar no caminho do bem, da justiça e do bom senso, jamais renunciando ao direito de lutar. Tenhamos fé! Novas estratégias serão construídas por todos nós, juntos, unidos e cada vez mais fortes! A vida é sempre um recomeço e nunca devemos abrir mão da felicidade e de lutar pela nossa dignidade e por uma vida cada vez melhor!" Afirmou Kátia Furtado, nesta noite de 24 de setembro de 2010.
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sexta-feira, 24 de setembro de 2010
AFBEPA ENTREGARÁ, A TODOS OS CANDIDATOS E CANDIDATA, UMA CARTA-COMPROMISSO PELO FORTALECIMENTO DO BANPARÁ
"QUEREMOS O BANPARÁ PÚBLICO, ESTADUAL, FORTALECIDO, CADA VEZ MAIOR E MAIS PRESENTE NA VIDA DO POVO PARAENSE. QUEREMOS OS FUNCIONÁRIOS VALORIZADOS, QUALIFICADOS, E TENDO SEMPRE RESPEITADOS OS SEUS DIREITOS CONQUISTADOS."
Assim conclui a carta-compromisso elaborada pela AFBEPA e funcionárias e funcionários do Banpará, que será entregue a todos os candidatos e candidata ao governo do estado, ainda neste primeiro turno das eleições.
Na semana passada, a AFBEPA solicitou via e-mail, diretamente nos sites dos candidatos, espaço em suas agendas, para fazer a entrega da carta-compromisso. As assessorias dos candidatos Simão Jatene e Fernando Carneiro retornaram rapidamente ao pedido da AFBEPA. Os demais candidatos e candidata, foram novamente contatados através de pessoas ligadas às suas coordenações de campanhas.
SIMÃO JATENE E FERNANDO CARNEIRO JÁ TÊM DATA E HORA PARA RECEBER A CARTA-COMPROMISSO DOS FUNCIONÁRIOS DO BANPARÁ
O candidato Simão Jatene receberá a carta-compromisso da AFBEPA neste próximo domingo, a noite, em uma agenda pública. O candidato Fernando Carneiro receberá o documento neste próximo sábado, a tarde, em seu comitê. As agendas com os demais candidatos serão igualmente divulgadas aqui no blog, tão logo sejam marcadas. O importante é que o futuro governador, ou governadora, se comprometa com a defesa e o fortalecimento do Banpará enquanto banco público e estadual, cada vez maior e mais inserido na vida do povo paraense, realizando sua grande missão de ser um forte agente do desenvolvimento com inclusão e justiça social.
Acompanhe, aqui no blog, a repercussão da entrega da carta-compromisso em defesa do Banpará, a todos os candidatos e candidata ao governo estadual, e vamos, sempre, lutar juntos, unidos e fortes pelo engrandecimento do nosso Banpará, e pela valorização da nossa vida, do nosso trabalho enquanto bancários e bancárias.
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quinta-feira, 23 de setembro de 2010
INDICATIVO DE GREVE A PARTIR DO DIA 29
Bancos propõem reajuste de 4,29%. Bancários vão à greve a partir do dia 29.
Depois de exatos 30 dias de negociações, a Fenaban rejeitou nesta quinta-feira 22 de setembro a pauta de reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários 2010, como o reajuste de 11%. Os bancos apresentaram apenas a proposta de reposição da inflação dos últimos 12 meses, que é de 4,29% segundo o INPC. O Comando Nacional considera essa postura dos bancos um desrespeito aos bancários e orienta os sindicatos a reforçarem a convocação das assembleias do 28, para a deflagração da greve nacional por tempo indeterminado a partir do dia 29.
"O que os bancos estão fazendo é uma provocação aos bancários. A economia está crescendo como nunca, o lucro dos bancos aumentou em média 32% no primeiro semestre e eles oferecem apenas a reposição da inflação", critica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. "Com essa posição, os bancos não estão apostando no diálogo e sim na greve."
Os representantes dos bancos disseram na negociação desta quarta-feira que "o reajuste salarial de 11% é exageradamente alto". Sobre a PLR, só informaram que pretendem aplicar a mesma fórmula do ano passado. E sobre a valorização dos pisos não apresentaram nada.O Comando Nacional reafirmou as reivindicações da categoria e deixou claro que, além dos avanços econômicos (como aumento real de salário, melhoria na PLR e elevação dos pisos), os bancários exigem melhores condições de trabalho e preservação da saúde, principalmente o fim das metas abusivas e do assédio moral, além de medidas que preservem o emprego e protejam a vida.
O Comando Nacional encaminhará documento à Fenaban, reafirmando a pauta de reivindicações da categoria e dando prazo até segunda-feira 27 de setembro para apresentação de nova proposta que possa ser apreciada nas assembleias do dia 28.
O que os bancários reivindicam:
●11% de reajuste salarial.
●Piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para escriturário (salário mínimo do Dieese), R$ 2.913 para caixas, R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro gerente.
●PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos.
●Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá.
●Previdência complementar em todos os bancos.
●Proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança.
●Medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas, reversão das terceirizações e fim da precarização dos correspondentes bancários.
●Mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público.
●Planos de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos.
Fonte: Contraf/CUT
NO BANPARÁ, A NEGOCIAÇÃO AINDA ESTÁ LENTA.
Embora a avaliação da atual direção sindical é a de que há avanços nas três rodadas de negociação com o Banpará, a direção da AFBEPA e a grande maioria dos bancários e bancárias do banco não tem a mesma avaliação.
Nas duas primeiras rodadas foram negociadas as cláusulas sociais, especialmente as que dizem respeito à saúde e qualificação. Após a segunda rodada, o Sindicato informou que a terceira rodada já trataria da pauta econômica. O mesmo afirmou a presidente do Sindicato na assembléia "informativa" do dia 17. Porém, não foi o que ocorreu. No relatório da terceira rodada de negociação, o que se lê, no site do sindicato, é bem diferente do que o título afirma. Infelizmente, não há ainda avanços significativos do ponto de vista da pauta econômica. O único ponto apresentado, pelo que está relatado no texto do sindicato, foi a licença prêmio e o banco não respondeu, mas disse que tratará na próxima reunião. Os demais ítens já estavam negociados. Não houve avanços, portanto.
A pergunta que a AFBEPA faz é a mesma que a ampla maioria dos bancários está fazendo: por que afirmar que há avanços, quando o principal sequer foi negociado?
Pontos URGENTES a serem tratados na mesa de negociação com o Banpará:
RESOLUÇÕES PARA O PLANO DE SAÚDE UNIMED, no que tange às seguintes questões previstas no novo regulamento:
Renúncia total, por quê?
Autorização para extinção do plano CAFBEP/PAS, sem que haja uma assembléia de esclarecimentos e prestação de contas, de modo a dar a segurança necessária aos associados;
Destinação do saldo remanescente do plano CAFBEP/PAS, que deve ser definida pela categoria, após os devidos esclarecimentos do patrocinador;
Custeio do novo plano que, segundo consta no documento de adesão, o valor mensal é variável já que entram no custeio itens como hora extra, sobreaviso, auxílio creche babá, além de outros;
Vigência de vinte e quatro meses do novo plano, e depois?
Proteção aos funcionários do Banpará contra a inadimplência da UNIMED, como ocorreu em Alenquer, onde os funcionários não estão podendo utilizar o novo plano porque a UNIMED não paga o hospital Santo Antônio há mais ou menos 6 (seis ) meses. Para a AFBEPA, é necessário que o Banpará disponha no novo regulamento, que em caso de não atendimento dos empregados do banco, por falta de pagamento da UNIMED a algum contratado, o bancário possa realizar o atendimento, custeado pelo banco, sem prejuízo das ações devidas contra a UNIMED. O fundamental é que o banco se responsabilize pelo atendimento em saúde de seus funcionários.
MINUTA ESPECÍFICA DO BANPARÁ, no que diz respeito aos pontos que foram modificados na Minuta de Reivindicações pela direção do sindicato e que, portanto, estão em desacordo com o que foi aprovado no Encontro dos Funcionários do Banpará:
Ponto eletrônico; que o encontro decidiu pelo aditamento do acordo com compensação financeira aos funcionários pela espera da instalação dos equipamentos;
Eleição pelos funcionários dos seus representantes nos comitês trabalhista, disciplinar, conselho de administração;
Liberação da presidenta da AFBEPA, que deve ser retirada da Minuta porque já existe e não foi revogada, como também não foi discutida e deliberada na conferência.
Além destes, outros pontos deliberados em assembléia extraordinária autoconvocada dos funcionários do Banpará devem constar da negociação com o banco:
Presença da AFBEPA nas mesas de negociação, o que foi deliberado pelos funcionários do Banpará em assembléia extraordinária autoconvocada, na forma do Estatuto, e está sendo descumprido pelo sindicato.
Principais reivindicações dos funcionários:
Licença prêmio para todos os funcionários;
Reembolso dos 20% doados por ocasião da capitalização;
PCS - evolução na carreira, com a efetivação da promoção por merecimento em janeiro de 2011;
Imediato pagamento das pendências do sobreaviso.
UNIDOS SOMOS FORTES!
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quarta-feira, 22 de setembro de 2010
ASSEMBLÉIA SERÁ NA SEXTA, DIA 24, 18h. TODOS E TODAS LÁ!
Finalmente, saiu o edital de convocação para que ocorra a assembléia extraordinária deliberativa da Campanha Salarial na próxima sexta-feira, dia 24 de setembro. O que chama a atenção é que o Edital restringe a pauta em apenas dois pontos: proposta da FENABAN e paralisação a partir do dia 29 de setembro. Ou seja, o debate sobre a negociação que não avança com o Banpará e a própria campanha salarial dos bancários e bancárias do banco do estado, está excluído da pauta.
A AFBEPA está encontrando as formas políticas e jurídicas de garantir a plena participação dos bancários do Banpará na assembléia em todos os seus aspectos, inclusive o de poder deliberar sobre sua campanha salarial e a negociação acerca da Minuta de Reivindicações.
Uma pergunta pertinente: POR QUE O SINDICATO EXCLUIU A NEGOCIAÇÃO COM O BANPARÁ DA PAUTA DA ASSEMBLÉIA?
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Pará e Amapá, inscrito no CNPJ/MF sob o nº 04985164/0001-76, Registro sindical nº MTIC 21816, por sua presidente abaixo assinada, convoca todos os empregados em estabelecimentos bancários públicos e privados, sócios e não sócios, dos Estados do Pará e Amapá – base territorial deste sindicato, para a assembléia geral extraordinária que se realizará dia 24/09/2010, às 18:30h, em primeira convocação, e às 19h, em segunda e última convocação, no endereço à Rua 28 de Setembro, nº 1210, Bairro do Reduto, Belém-PA, para discussão e deliberação acerca da seguinte ordem do dia:
1. Avaliação e deliberação sobre a proposta apresentada pela FENABAN;
2. Deliberação acerca de paralisação por prazo indeterminado a partir da 00h00 do dia 29 de setembro de 2010.
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GERENTE SEQUESTRADO É INDENIZADO EM 500 MIL NA BAHIA
A Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado, está elaborando sua monografia de conclusão de curso de especialização em Direito do Trabalho pela LFG. Em meio as suas pesquisas garimpou este texto publicado em um boletim on line, específico da área. A informação traz maravilhosa contribuição ao debate sobre (IN)SEGURANÇA, preocupação constante da AFBEPA porque, infelizmente, é quase rotina na vida dos bancários e bancárias. A decisão judicial cria uma importante jurisprudência que protege a categoria. Leiam e reflitam.
Publicações on-line • Jurídico news
TST. Gerente de banco sequestrado por assaltantes é indenizado em R$ 500 mil
9 de setembro de 2010
Um gerente do Banco do Brasil, sequestrado após deixar o trabalho na agência de Itabuna (BA), vai receber indenização por danos morais no valor de R$ 500 mil. A condenação do banco por danos morais foi mantida pela Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que rejeitou (não conheceu) seu recurso, quanto a esse aspecto.
O sequestro aconteceu em 17 de janeiro de 2000, por volta das 20h, enquanto o gerente se dirigia para casa. Ele foi rendido e mantido em cárcere privado, junto com a irmã e a sobrinha de cinco anos, até a abertura da agência na manhã do dia seguinte. Durante esse período, as vítimas foram alvos de todo tipo de intimidação e de terrorismo psicológico, como a ameaça contra os pais do gerente, que, segundo os bandidos, estariam sendo monitorados por outros integrantes em outra cidade.
No dia seguinte, ele foi obrigado a se dirigir à agência do banco e retirar o dinheiro do cofre, cerca de R$ 134 mil, e entregar aos bandidos, que ainda mantinham a irmã e sobrinha presas em lugar desconhecido.
Ao condenar o banco por danos morais, o Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (BA) argumentou que “o sofrimento, o desespero, a dor que atingiu o reclamante, assim como os seus familiares, dentre eles, sua sobrinha de apenas cinco anos de idade, poderiam ter sido evitados se o banco tivesse implementado normas eficazes de segurança, o que não ocorreu”.
Para o TRT, cumpriria ao Banco do Brasil implantar essas normas, “principalmente em relação aos empregados que possuem as chaves e que têm conhecimento do segredo dos cofres, alvos preferenciais dos criminosos”. A omissão do banco teria causado “graves problemas psicológicos” ao trabalhador, que passou “a sofrer de transtorno de estresse pós-traumático com sintomas de depressão, descontrole, instabilidade, insegurança e perda de identidade pessoal, conforme demonstram os relatórios e o laudo pericial.”
O Tribunal Regional da Bahia ressaltou que, mesmo após sofrer na mão dos bandidos, o gerente ainda teve que se submeter a um interrogatório no banco, em virtude da instauração de inquérito administrativo para apurar o fato de ele não ter alertado a polícia, mesmo estando com a irmã e a sobrinha ainda em poder dos bandidos, quando esteve na agência para pegar o dinheiro no cofre. Elas, inclusive, só foram liberadas no final da manhã. Além disso, após o assalto, o gerente ainda foi designado para trabalhar como caixa, “sem possuir, contudo, condições físicas e psicológicas para tanto”.
Além da condenação por danos morais, o TRT condenou o Banco do Brasil ao pagamento de indenização por danos materiais, para cobrir as despesas médicas e hospitalares do trabalhador. Além disso, o banco terá que pagar ao gerente, até que ele complete 65 anos de idade, a diferença entre o valor da aposentadoria por invalidez, aos 47 anos, decorrente dos traumas físicos e psíquicos adquiridos após o seqüestro, e o salário que ele receberia se ainda estivesse na ativa.
Inconformado com o julgamento, o Banco do Brasil interpôs recurso de revista no Tribunal Superior do Trabalho. Em sua defesa, o banco questionou a obrigação de conceder segurança individual aos empregados, visto que a segurança pública deveria ser obrigatoriedade do Estado. Além dos mais, solicitou que, caso fosse mantida a indenização por danos morais, que houvesse uma redução no valor, considerado elevado pela instituição.
A ministra Maria de Assis Calsing, relatora do processo na Quarta Turma, ao rejeitar o recurso do banco, não vislumbrou nenhuma violação dos dispositivos legais apontados pela defesa na decisão do TRT. Ela salientou que, quanto ao valor da indenização por danos morais, a matéria em discussão é eminentemente interpretativa, combatível tão somente por meio de divergência de teses jurídicas. (RR—119800-89.2004.5.05.0463)
Link. http://juridiconews.publicacoesonline.com.br/?p=4154 , acessado em 21 de Set.2010.
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