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| Belém do Pará vista de cima. (Fonte: Reprodução/Internet) |
406 anos de história de uma cidade que respira lendas, imaginários coletivos, que respira junto com a gente. Quem de nós não cresceu ouvindo um conto sobre a moça do táxi que saia pelas ruas no dia do seu aniversário para rodar a cidade? Quem nunca ouviu a história sobre o Igarapé das Almas e a porca do Reduto? Crescemos sabendo respeitar Belém por ser Belém, nossa casa e nosso lar e todo encanto que nela exista, sendo natural ou sobrenatural.
Quando falamos de Belém, lembramos de nossas próprias histórias vividas pelas ruas da cidade. Nossa memória se volta para o saudosismo, uma infância bem vivida, brincada e compartilhada em algum canto da Morena Cidade, essa que já foi maltratada, desprezada e esquecida pelos seus governantes, mas que renasce todo outubro com a fé dos filhos de Nazinha invadindo a cidade.
Cidade de povo acolhedor, que abraça o gringo, sulista ou nordestino, te oferece uma cuia de tacacá bem quente num sol escaldante e te pega pelo calor, calor de gente, de cheiro de patchuli. Belém é única. Quem se vai, sempre olha pra trás com carinho.
Se tu vens do Interior, vem com sonhos nas bagagens e aqui fazes da tua vida um novo capítulo. Belém que ainda precisa de infraestrutura, principalmente, pra dar conta desse mar de gente. E, vai crescendo conforme a gente, quem viu a instalação da Estação das Docas, hoje, aprecia o lindo pôr do sol que lá faz.
Belém do açaí do grosso, do médio ou do fino, que adora rodar o carimbó, embalar o amor ao som das marcantes, mas que também é casa de todo e qualquer ritmo. Belém é mais sentida do que explicada, é história viva, traz em suas páginas sangue cabano, memórias de um povo que nunca deve ser esquecido!
Os igarapés que, aqui existiam, deram lugar a um trânsito estressante e desorganizado, Belém virou cidade grande, mas ainda vive aos moldes da era da borracha. Que a gente lute por ti como os cabanos lutaram, para que os governantes sejam mais decentes e cuidadosos com todos da nossa gente!
Parabéns, Belém, pelos seus 406 anos!
Desejamos que te tratem bem, que preservem tuas memórias e
cuidem da tua gente. Muitos te amam e te querem bem!
A DIREÇÃO DA AFBEPA
ASSESSORIA DE IMPRENSA
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