Depois de inúmeras denúncias sobre o caos que está tomando conta das Agências do Banpará, o Governador Hélder Barbalho fez um pronunciamento estarrecedor em suas redes sociais na noite de ontem, 6, afrontando e zombando do funcionalismo do Banco e da população.
O Governador Hélder Barbalho banalizou tudo o que os bancários e bancárias do Banpará vêm enfrentando e fazendo diariamente, como se desconhecesse essa realidade que a muito vem sendo mostrada e denunciada. Pior!! Para ele os únicos que estão sendo desrespeitados são os beneficiários dos programas sociais, os funcionários (as) do Banco são nada, ninguém.
A sua fala, não enfrenta os reais problemas, apenas dá como "solução" a ampliação do calendário de pagamento; coloca os funcionários (as) para trabalhar aos sábados, retirando um dos poucos dias de descanso que esses trabalhadores têm para se recuperar de uma semana exaustiva e expõe mais gente para ficar frente à frente com as multidões e o vírus assassino.
O Governador tripudia em cima dos colegas do Banco que estão se contaminando e perdendo saúde, por estarem na linha de frente prestando esse atendimento, a essas famílias necessitadas desse auxílio. Há colegas doentes, em UTIs, intubados, afastados, certos queridos se foram e os que continuam trabalhando recebem essa fala de desvalorização e desrespeito do Governo do Estado, que sequer mencionou algum reconhecimento por esse funcionalismo realizar um trabalho tão cheio de Valor como esse, em condições precaríssimas de trabalho.
Caso o senhor, Governador, não saiba, mas acreditamos que saiba, temos que lhe escrever, os funcionários e funcionárias do Banpará estão fazendo mais de 12h de jornada de trabalho para fazer o pagamento de um crédito que aumenta a popularidade do seu Governo, dando visibilidade ao seu Mandato e não há reconhecimento nenhum à quem está na linha de frente, os funcionários (as)!
Os empregados (as) do Banpará estão em condições semelhantes à escravidão, extrapolando sua jornada e, em muitos casos, sem ganhar as horas extras, enfrentando multidões revoltadas, que já quebraram porta, e com palavrões nos ofendem.
ESTAMOS EXAUSTOS DE SERMOS TRATADOS COMO MÁQUINAS OU COISAS!
A Agência Augusto Montenegro, ontem, fechou quase às 21h. Às 18h e 45min ainda estava lotada do lado de dentro e com fila do lado de fora!
Em Capitão Poço, a Agência foi invadida, as vidas dos colegas ameaçadas. Em Marabá, os beneficiários chamaram a imprensa e descreveram como "humilhação" o que estavam passando.
Enquanto isso, o senhor vem à Público informar que colocará mais pessoas para informar nas filas? Que pessoas são essas? Se há agência funcionando com 3 funcionários e até com apenas 1 (um) atendente como é o caso da agência telégrafo?
Na Matriz, nossa retaguarda, temos Setores inteiros sendo flagelados pela Covid?
Contratação de pessoal não é um mero capricho! É NECESSIDADE.
Um sistema tecnológico que funcione! Que tenha o mínino de suporte para os clientes acessarem É um IMPERATIVO!
É preciso urgentemente uma GESTÃO DE PESSOAS QUE SE IMPORTE COM GENTE, UMA DIRETORIA ADMINISTRATIVA QUE AUXILIE A PONTA, NOS DÊ APOIO E OS DEVIDOS CUIDADOS.
A GESTÃO COMERCIAL E DE DESENVOLVIMENTO TEM DE PENSAR A ORGANIZAÇÃO E LOGÍSTICA DESSES PAGAMENTOS, COMO LUGARES GRANDES E VENTILADOS, PROVIDOS COM ÁGUA, CAFÉ E BISCOITOS, POIS OS ESPAÇOS FÍSICOS DO BANPARÁ NÃO FORAM PREPARADOS PARA RECEBEREM COM ACONCHEGO MULTIDÕES. AINDA, ENCAMINHAR CARTAS AOS ENDEREÇOS INFORMADO DATAS DE PAGAMENTOS, SEM RISCO, SEM EXPOSIÇÃO, MAS COM CUIDADO E RESPEITO!
Hoje, quarta-feira, 7 de abril. Os funcionários (as) do Banpará acordaram com choro entalado nas suas gargantas. Com esse desrespeito atravessado e rasgando o peito. O Senhor conseguiu piorar uma situação e não reconhecer tudo que o Funcionalismo está passando. A sua fala foi decepcionante! E não resolverá o problema que a população enfrenta diariamente.
SUA EXCELÊNCIA, O SENHOR GOVERNADOR, ESTÁ LIDANDO COM SERES HUMANOS, GENTE, QUE SOFRE COM ESSE CENÁRIO DE DESLEIXO PELA VIDA.
Queremos Respeito e Valorização!
A DIREÇÃO DA AFBEPA
ASSESSORIA DE IMPRENSA