A Associação dos Funcionários do Banco do Estado do Pará segue firme em sua jornada pelo interior para escutar de perto quem mantém o Banco vivo, mesmo diante dos desafios mais severos e difíceis.
Após a primeira etapa do “AFBEPA na Estrada”, nossa equipe percorreu novos caminhos e esteve em Oeiras do Pará, Pau D'Arco, Floresta do Araguaia, Conceição do Araguaia, Salinópolis, Quatipuru, Primavera, Capanema e Santa Luzia do Pará.
A principal reclamação dos colegas gira em torno de uma questão estrutural que se repete em quase todas as regiões: o número reduzido de funcionários (as). Há agências com apenas três pessoas para dar conta de todo o atendimento e trabalhos de Retaguarda – e isso em dias comuns. Em datas de pagamento, a situação se agrava drasticamente, levando ao esgotamento físico e emocional das equipes.
As histórias se acumulam e revelam um cenário que exige resposta urgente:
1)Agências operando com equipes mínimas, sem possibilidade de pausa para o almoço;
2)Prédios com infraestrutura precária: infiltrações, mofos e goteiras constantes, como na unidade de Oeiras, onde o teto já não suporta a chuva e o cheiro de umidade toma conta do ambiente;
3)Problemas nos sistemas tecnológicos e no processo de digitalização, que acabam gerando pendências e sobrecarregando ainda mais os trabalhadores;
4)Nobreaks com baterias arriadas, comprometendo a estabilidade dos serviços;
5)Fachadas deterioradas, que comprometem a imagem institucional do Banco perante a população.
6)A situação do plano de saúde também preocupa. Além da exigência absurda de solicitação prévia para reembolsos — como se fosse possível prever uma emergência médica com 15 dias de antecedência —, os valores restituídos não cobrem os custos reais de consultas e exames, trazendo insegurança aos funcionários e suas famílias.
Em uma das unidades, os próprios trabalhadores (as) destacaram: "Estamos fazendo o impossível com quase nada." O sentimento de sobrecarga é coletivo, mas o espírito de compromisso com o atendimento à população ainda sustenta o trabalho diário. Isso, no entanto, não pode justificar o descaso com as condições mínimas de trabalho.
A AFBEPA encerra hoje sua rota pelo Baixo Tocantins, mas a estrada continua. Novos Municípios serão visitados no Nordeste e Sul do Estado nos próximos dias. Continuamos firmes no propósito de estar ao lado de cada colega, ouvindo, documentando e cobrando soluções.
A presença da AFBEPA não é apenas institucional. É um ato de respeito e solidariedade. Estar perto é a única forma de viver, de fato, a realidade de quem faz o Banpará acontecer, todos os dias, em cada canto do nosso Pará.
Seguimos juntos. Seguimos fortes. Seguimos com coragem.
UNIDOS SOMOS FORTES
A DIREÇÃO DA AFBEPA
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