quinta-feira, 27 de junho de 2019

Associação dos Funcionários do Banpará questiona decisão do Banco sobre adesão à Greve Geral


Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado, na Greve Geral 

A AFBEPA lamenta a decisão do Banpará de dar tratamento diferenciado para os bancários e bancárias, que aderiram à Greve Geral do último dia 14 de Junho. Nas agências onde houve piquete, na Matriz Nazaré e Matriz Presidente Vargas, a direção abonou a falta, mas nas demais agências e postos houve compensação com banco de horas. “O Banco deveria dar abono de falta para todos os funcionários que aderiram à paralisação e não compensar com um banco de horas, o que é prejudicial aos nossos colegas”, ressalta a presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado. 
Bancários e bancárias do Banpará em greve

A presidenta da entidade frisa também que a paralisação do dia 14 teve, como principal objetivo, protestar contra a proposta governamental de Reforma da Previdência, que não beneficia nem os funcionários, nem os diretores do Banco, que também vão se aposentar. “E tem mais. O Banpará cumpre as suas obrigações sociais com a Previdência, com o INSS. Ao passo que muitas instituições bancárias privadas não recolhem contribuição previdenciária dos seus funcionários”, destaca.



Segundo dados divulgados pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, só o Banco Itaú teve no ano de 2018 um lucro aproximado de R$21 bilhões, mas deve à Previdência mais de R$111,8 milhões. E o Bradesco, um dos principais incentivadores da Reforma da Previdência, encerrou 2018 com lucro de cerca de R$15 bilhões, mas deve o montante de R$575 milhões ao INSS.



Ainda com relação à Greve Geral, o Sindicato da categoria ingressou com ação na Justiça do Trabalho para que todos os trabalhadores sejam beneficiados pelo abono da falta do dia 14 de Junho.

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