Como são muitas ações, e postagens, o Balanço ficou longo, assim, é interessante que você leia calmamente, mês a mês, e nem precisa ser só de uma vez; até porque clicando nas palavras em vermelho, que são links, você pode ler as postagens originais aqui no Blog, que registraram os fatos quando eles estavam acontecendo.
O que estamos te propondo é uma rápida, mas nem tanto, viagem a este ano que ainda nem acabou, mas que deixou muitas marcas, positivas e negativas em nossas vidas, e muitas lutas futuras serão travadas por 2012.
Assim, lendo, lembrando, revisitando os fatos, vamos aprendendo mais e mais com eles e reconstruindo nosso futuro, com os erros e acertos do passado.
Boa leitura. Vá com calma, mas clique nos links e leia tudo, de quantas vezes você precisar.
BALANÇO 2012 AFBEPA
Começamos 2012 lutando pelos pontos que o Banco excluiu da redação do ACT 2011/2012, lembram?
1) Reajuste de 12% aplicado em toda a tabela do PCS;
2) Reajuste das comissões dos tesoureiros na data base;
3) Reajuste, até novembro de 2011, de todas as comissões.
Logo nos primeiros dias, houve também a denúncia, feita por esta AFBEPA, da dispensa injustificada de grande parte dos nossos colegas ajudantes vinculados à APPD; e, ainda no comecinho de janeiro, intensos boatos sobre precificação do Banpará nos atiçaram nesse permanente rio de defesa do Banco público estadual: "Nenhum governo tem legitimidade suficiente pra privatizar um patrimônio público. Ter sido eleito pelo povo, não significa ter carta branca para vender o que é do povo." Assim iniciava nossa postagem de 16 de janeiro de 2012 - O Banpará é um patrimônio do Povo e soberania do Estado.
Os pedidos de contratações via concurso público e as denúncias desta AFBEPA relativas à sobrecarga de trabalho foram inúmeras, desde o início do ano. Leia aqui.
A primeira de várias tristes denúncias de assaltos ao Banpará, com trágicas repercussões nas vidas dos bancários e bancárias, ocorreu ainda em janeiro: sapatinho em Tailândia. E nós, da AFBEPA, intensificamos a defesa de um instrumento válido e fundamental para a garantia da vida: o direito de recusa. Em março, viriam a ser vitimados o colega Macildson e sua família, com o sapatinho no PAB Salinas. Em abril, o coordenador, e sua família, com o sapatinho do PAB Água Azul do Norte. No dia 1 de maio, foram dinamitadas as Agências do Banpará e do Basa de Eldorado dos Carajás.
Os dois primeiros ofícios, dentre outros vários, em seguida, cobraram irregularidades trabalhistas cometidas pelo Banco contra os bancários, e se posicionaram contrários à absurda obrigação do sobreaviso, que colocava sob risco as vidas dos funcionários. Leia aqui e aqui.
FEVEREIRO
No dia 10 de fevereiro, uma sexta-feira, ocorreram as eleições para representantes dos funcionários nos comitês internos do Banpará. Quem lembra de como era antes? Eram bionicamente indicados pelo Sindicato e foi preciso a AFBEPA e os funcionários realizarem uma intensa campanha de denúncia dessa conduta autoritária, para garantir nosso direito de escolher nossos representantes em todos os comitês. A mais votada, em toda a eleição, foi Kátia Furtado, que agradeceu a confiança aos bancários e bancárias.
Ainda em fevereiro de 2012, repercutimos, parabenizando os bancários e bancárias, a publicação do lucro do Banco referente a 2011: mais de R$124 milhões.
MARÇO
Em março, importantes denúncias de sobrecarga de trabalho e desrespeito às leis trabalhistas com o recrudescimento de uma política de corte de despesas na qual até o devido pagamento das horas extras foi ilegalmente negado. Essa foi uma das primeiras denúncias de tantas outras que vieram em seguida.
No dia 29 de março, uma quinta-feira, foi realizado um Ato de Repúdio às arbitrariedades e injustiças da direção do Banpará contra os funcionários. Um, demitido sem justa causa, vários exonerados de suas funções sem explicação alguma. Exigimos respeito!
ABRIL
No dia 5 de abril, quinta-feira, paralisamos pacificamente, o dia inteiro, a Agência Cidade Nova, protestando contra a demissão sem processo administrativo disciplinar feita pelo Banco contra um bancário daquela unidade. Logo em seguida, denunciamos a medida jurídica autoritária do Banco que entrou com ação de interdito proibitório ameaçando multar a AFBEPA, pelo caso.
Diante de todo esse quadro aterrador procuramos os líderes de bancadas na ALEPA, pedindo ajuda para que a diretoria do Banco recuasse nos tantos ataques à AFBEPA e demais entidades.
No dia 12 de abril, perguntamos, em postagem aqui no Blog, sobre o repasse de R$ 60 milhões do Banpará ao governo do Estado. "O repasse foi feito como? Verba carimbada para programas de inclusão social, verba selada para aplicação em saneamento básico, saúde, educação, melhoria dos serviços públicos? Onde está este dinheiro e em quê está sendo aplicado? O Banpará tem essa informação? O governo do Estado, de forma transparente, disponibiliza essa informação?" Até hoje, nenhuma resposta.
Isso é gestão? Com esse título e a imagem de um espelho quebrado, essa postagem aqui no Blog listava e criticava duramente todas as posturas ditatoriais da diretoria do Banpará, até abril de 2012.
No dia 17 de abril, mais um vigoroso Ato público, desta vez em frente à Ag. Palácio, e nova visita à ALEPA, para conversa com parlamentares.
MAIO
No dia 11 de maio, outro grande Ato público na Matriz, cobrando as arbitrariedades, os desrespeitos diante de nova demissão sem justa causa e, dessa vez, contra a decisão do comitê disciplinar.
Uma importante vitória no jurídico: AFBEPA ganha ação de incorporação de comissão no caso de um bancário cujo pagamento da comissão sofreu um pequeno interregno, mas, mesmo assim, a justiça considerou e acatou o pedido de incorporação da comissão ao salário. Em segunda instância, o Tribunal confirmou a decisão da Vara.
Em 15 de maio, postamos denúncias de bancários que foram impedidos de votar para escolher os delegados sindicais de suas unidades de trabalho. Segundo as denúncias, encaminhadas em documentos elaborados pelos próprios bancários, houve manipulação de informação e mais estranhas ocorrências nas eleições coordenadas pelo Sindicato, que, pasmem, apresentou conduta antissindical.
No dia 19 de maio ocorreu o Seminário em Defesa do Fortalecimento do Banpará. Clicando aqui, você lê a Carta pelo Fortalecimento do Banpará.
No dia 28 de maio, a Assembléia dos Bancários do Banpará decidiu, por maioria, manter as conquistas do ACT 2011/2012 e cobrar judicialmente do Banco, em Ação de Cumprimento, a instalação do Ponto Eletrônico e outras cláusulas descumpridas, que a AFBEPA levantou e publicou aqui no Blog.
JUNHO
Internamente, obtivemos, em junho, mais uma vitória com a correção do AC 164, que expunha as vidas de alguns colegas no interior. Após denúncia e cobrança da AFBEPA, o problema foi resolvido.
No dia 23 de junho ocorreu o Encontro dos Bancários do Banpará, com a participação de mais de 50 bancários que, juntos, construímos uma importante Minuta de Reivindicações, contemplando todas as reais necessidades da categoria.
JULHO
No dia 18 de julho de 2012 publicamos trecho e link da Ata de reunião do Consad na qual o Banco afirmou ter provisionado 13% para reajuste das verbas salariais na Campanha Salarial de 2012. Por isso fomos contra o pedido da 14ª Conferência da Contraf de apenas 10,25% de reajuste, muito menor do que o que o Banco disse que poderia dar. Por isso o Sindicato aceitou quando o Banco impôs que iria negociar apenas as cláusulas sociais e, no financeiro, seria apenas o que viesse da Contraf. Absurdo!
A AFBEPA protestou: não aceitaremos o rebaixamento da nossa pauta! Nossa pauta, nossa realidade, nossa luta, que sempre nos conduziu e nos conduz, com independência e coragem.
AGOSTO
Em breve reunião, no dia 06 de agosto, o Banco recebeu nossa Minuta específica. Em uma demonstração de desprezo, a diretoria enviou um advogado para pegar a Minuta, mas as entidades não concordaram e pediram a presença de um diretor, já que, historicamente, sempre havia sido o presidente do Banco a receber o documento dos funcionários. O diretor Jorge Antunes, então, se apresentou para receber a Minuta. Após essa reunião, o Banco se fechou e foi preciso iniciarmos a greve para que nova reunião e negociação houvesse.
No dia 16 de agosto, 10 dias após a entrega da Minuta, não havia sinal de que o Banpará quisesse negociar. Nenhuma reunião marcada. Nada. Lembrando que em 31 de agosto nosso ACT perderia a vigência, a AFBEPA fez uma série de cobranças para que houvesse a negociação, mas o Banco não retornava nunca. Pra piorar, liberou o ponto e aumentou as comissões apenas para os assessores, como denunciamos aqui no Blog.
A AFBEPA deu início a uma série de postagens, atos, pedidos de assembleias, mobilizações nas unidades do Banco, visitas à ALEPA, sempre cobrando as negociações e preparando nossa luta que, saberíamos, seria duríssima. Leia aqui e aqui.
No dia 23 de agosto, publicamos nossa crítica ao Sindicato que, diante de todo o desrespeito do Banco para com nossa luta, decidiu apenas realizar pequenas paralisações e atos de 10 minutos nas unidades, estratégia que, sequer, preocupava a direção do Banco, ao contrário, lhe garantia tempo pra endurecer mais ainda em sua intransigência. Na verdade, como se confirmou depois, a direção do Sindicato concordava com o Banco na negociação apenas das cláusulas sociais. Quem exigia negociação das cláusulas econômicas era a AFBEPA e os funcionários que não se curvaram, não se renderam e decidiram, em assembléia, por ampla maioria, 51 a 34, pela greve imediata.
Até no TRT o Banco manteve seu endurecimento, porque sabia que contava com o apoio do Sindicato para isso, tanto assim que, diante da vice-presidente do TRT, percebemos que o único problema colocado na mesa entre o Banco e o Sindicato era a não negociação, mas não a recusa em negociar as cláusulas econômicas. Quem levou cópia do "Balanço do Banco" e da "Ata do Consad" para o TRT foi a AFBEPA. A vice-presidente do TRT nem sabia que aqueles documentos existiam, nem tinha sido colocada a par de que o Banco não queria negociar as cláusulas econômicas.
No Dia do Bancário, 28 de Agosto, em resposta à Minuta rebaixada da Contraf, os banqueiros da Fenaban deram um presente de grego à categoria: reajuste de 6%. A direção do Banpará teve o despropósito de nos homenagear com um cheque azul contendo um milhão de felicitações.
Sindicato e Banco, juntos, nos atacavam por conta da decisão da Assembléia de iniciar a greve imediatamente. A AFBEPA era a pedra no sapato que desvelou e desarmou a pre-negociação que interessava ao Banco, porque ficaria apenas com as cláusulas sociais do ACT, o que sairia mais barato, e também ao Sindicato que daria mais uma demonstração de obediência aos dirigentes nacionais da Contraf.
Mas a categoria entendia o momento delicado e difícil da luta. Publicamos no Blog e em panfletos a comparação das verbas da Convenção Nacional da Fenaban em tudo menores que as nossas, constantes no ACT. Mostramos o Balanço do primeiro semestre com o enorme crescimento do Banpará, mostramos, novamente, a Ata do Consad, na qual o Banco afirmou ter provisionado 13% para reajuste das verbas salariais.
Sabíamos que a greve da Contraf seria rápida, curta, como de fato foi, de apenas sete dias e sabíamos, também, que em tão pouco tempo não conseguiríamos quebrar o endurecimento da direção do Banpará. Não aceitamos, nunca, a balela de negociação apenas das cláusulas sociais. Exigimos a ratificação e renovação do nosso ACT. E conseguimos isso tudo, porque a greve no Banpará começou dia 4 de setembro de 2012, uma terça-feira e foi a mais longa e mais vitoriosa em todo o país.
SETEMBRO
Entramos em data base sem ACT vigente no Banpará. O quadro era grave. O Banco tentando desmobilizar a greve, alguns diretores do Sindicato, confusos, culpando a AFBEPA pela greve. E nós, lutando. O Blog pulou dos cerca de 600 acessos diários para mais de mil acessos diários. Durante todo o mês de setembro, eram de duas a três postagens diárias relatando a nossa greve poderosa que paralisou todas as unidades da capital, incluindo a Matriz e 99% das unidades do interior. Foram 23 dias de greve e se não fosse por essa luta, teríamos saído dessa Campanha Salarial reduzidos apenas às verbas mínimas da Fenaban.
Em assembléia, no dia 26 de setembro, após 23 dias de uma grande greve, os mais de 300 bancários e bancárias do Banpará presentes aprovaram a proposta defendida em mesa por todas as entidades: AFBEPA, Sindicato, Contraf e Fetec.
Nas cláusulas econômicas, tivemos o maior reajuste do país, somados o reajuste da Fenaban com repercussão em toda a tabela para os cargos de nível médio e fundamental, mais o retorno dos 2% na tabela do PCS, o aumento da quebra e da comissão de caixa, que será agora em janeiro; os 4% da regra adicional PLR e todos os aumentos considerando como base as verbas e valores do nosso ACT. Outras importantes conquistas políticas foram a retirada das metas do PCS e a não demissão sem PAD.
Infelizmente, saímos da Campanha Salarial com uma grande perda: nosso tíquete extra, que é um resto a pagar, a sobra que nos é devida, da nossa PLR.
OUTUBRO
Começamos outubro cobrando o texto do ACT que, quando veio, veio modificado pelo Banco (leia aqui, aqui e aqui). Havia cláusulas que não correspondiam ao que fora negociado e aprovado em assembléia pelos bancários. Foi nova luta em torno da redação do ACT 2012/2013 (leia aqui, aqui e aqui). Em protesto a tantos desrespeitos, AFBEPA não assinou o ACT.
No dia 20 de outubro, sábado, mostramos o cálculo da PLR que comprovou que o Banco nos sequestrou cerca de R$ 6 milhões de sobra, o que deveria nos ser pago em tíquete.
Comprovamos que o tíquete nunca foi uma benesse do Banco, mas o pagamento da nossa Participação nos Lucros e Resultados.
Fechamos outubro nos planejando para as várias lutas no Banpará e cobrando humanização no atendimento aos clientes e na relação com os funcionários.
NOVEMBRO
No dia 10 de novembro, sábado, ocorreu o Seminário sobre Ponto Eletrônico e Sétima e Oitava horas, com a maravilhosa participação da Juíza, Dra. Maria de Nazaré Medeiros Rocha, dentre outros convidados que muito contribuíram com os debates e acúmulos sobre os temas.
"Aos trabalhadores cabe abrir as brechas, forçar as mudanças, inclusive nas Leis, para que a realidade seja menos opressora e desigual e para que, um dia, a partir da luta dos trabalhadores, e dadas as condições objetivas e subjetivas, haja uma transformação radical desse modo de produção." enfatizou a Juíza, que apontou a tríade estudo, ação política e ação jurídica, como o caminho para as lutas nesse mundo globalizado e tecnologicamente desenvolvido.
Em novembro também demos as boas-vindas aos novos colegas, recém convocados pelo Banco após o último concurso público, sempre lembrando que a demanda é imensa e que a necessidade é de, pelo menos, 300 novas contratações, para fazer frente ao ritmo de trabalho no Banpará.
No dia 22 de novembro, uma importante denúncia e uma importante lembrança (esta em dezembro) levaram a direção do Sindicato dos Bancários a publicar constantes ataques à AFBEPA e sua Presidenta, Kátia Furtado. Reposições da verdade foram necessárias (leia aqui, aqui e aqui) e uma última carta da própria Kátia, recolocando, como se diz, os pingos nos is, encerrou a onda de leviandades e calúnias pelas quais a direção sindical responderá em juízo, tendo que comprovar cada uma das mentiras ditas contra a AFBEPA e sua Presidenta.
DEZEMBRO
Sempre atualizando e fortalecendo as lutas, a AFBEPA entrou em dezembro focada no tíquete, PCS e orientações quanto a processos disciplinares.
Parabenizamos os que fizeram 34 anos de Banpará e cobramos o compromisso do Banco com o que está claro no ACT: promoção por antiguidade em janeiro de 2013.
Comemoramos a importante vitória de uma luta encarada de frente pela AFBEPA que denunciou a mudança unilateral do Banco quanto ao encerramento do horário de atendimento nas unidades do interior. Vencemos mais essa, com nossa coragem e luta! Falta ainda ser revertida a mudança na SULOG.
Já estamos cobrando a participação dos funcionários no grupo que está fazendo mudanças no Código de Ética do Banco, e sempre, sempre, sempre, exigimos a imediata implantação do PONTO ELETRÔNICO nas agências, postos e caixas avançados da capital e interior, conforme consta no ACT que o Banco, pelo quinto ano consecutivo, está descumprindo.
Publicamos, recentemente, o texto com as contribuições da representante eleita pelos funcionários no GT/PCS, Kátia Furtado que defende, dentre outras questões, a garantia da promoção por antiguidade em 23 de janeiro de 2013 e a humanização do PCS.
Até hoje, 30 de dezembro, é mais ou menos isso. Claro que ainda há muito mais, mas está tudo aqui, registrado no Blog, e sempre à disposição dos bancários e bancárias do Banpará.
E como diz o poema, "se muito vale o já feito, mais vale o que será!"
E como dizemos sempre, FIRMES NA LUTA,
UNIDOS SOMOS FORTES!
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Foram muitas lutas , e sabemos que muitas estao por vir. Que sejamos vitoriosos.
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