Mais um crime na modalidade "sapatinho" ocorreu vitimando um bancário do Banpará, desta vez na Ag. Concórdia do Pará, que pela terceira vez, em dois anos, é atacada. Na noite do dia 30 de novembro, por volta das 19h, o funcionário que esteve no sobreaviso até esse dia, teve sua casa invadida pela quadrilha e foi aterrorizado e torturado. Os assaltantes revelaram detalhes das rotinas do funcionário, mostrando que estavam mapeando, há bastante tempo, a vida da vítima. Ainda a noite, o funcionário foi sequestrado e levado à agência sendo obrigado, pelos bandidos, a abrir a unidade, porém, como ele não mais estava respondendo pelo sobreaviso, o assalto não foi consumado. Os bandidos, então, levaram o bancário a um ramal e retiraram suas roupas no mesmo momento em que atiravam, mandando que ele corresse mato adentro sobre pedras na piçarra. O bancário ficou com os pés e as pernas bastante machucados, além dos graves traumas psicológicos. Ainda não foi aberta a CAT.
Na agência, todos estão trabalhando sob forte abalo emocional. Está instalado o pânico, porque todos sabem que podem ser a próxima vítima, uma vez que a quadrilha não consumou o assalto.
A AFBEPA estará se deslocando na próxima semana até Concórdia do Pará, para conversar com os colegas da Agência e, ainda hoje, tentará contato com o bancário diretamente vitimado e a direção do Banpará no sentido de fazer cumprir todos os direitos das vítimas.
Evidentemente que os procedimentos de urgência têm que ser garantidos: a imediata abertura da CAT, o devido tratamento médico e psicológico ao funcionário vitimado, à sua família e aos demais colegas da Agência, que também estão impactados, como não poderia ser diferente. A Agência não poderia estar funcionando desde o ocorrido, porque os bancários não têm condições de trabalhar sob o forte abalo, no entanto, como a Agência está funcionando, quaisquer falhas devem ser consideradas, pelo Banco, como repecussão desse impacto.
Outra questão urgente é verificar as condições de segurança do bancário vitimado e sua família, assim como dos colegas que estão atuando na agência e em localidades próximas.
Abaixo, leia o que diz o trecho do ACT que trata da segurança bancária, com os compromissos assumidos e assinados pelo Banpará. Clique na imagem para ler melhor ou clique aqui, para ler na íntegra o ACT 2011/2012:
Atualização às 16h: A Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado, esteve pessoalmente acompanhando todo o atendimento feito pelo Sesmt, Nuseg e Sudep, ao funcionário. A AFBEPA defendeu que o colega não tinha condições de prestar depoimento hoje na DRCO, uma vez que ele estava "destruído e desorientado" segundo suas próprias palavras. Kátia Furtado também defendeu a imediata abertura da CAT e o tratamento psicológico e atendimento médico para o bancário e sua família, o que foi garantido. Kátia também pediu que se o bancário desejar, ele deve ser transferido para Belém, para poupá-lo de ter que retornar ao local onde sofreu os danos, e reviver todo o abalo da violência.
Na segunda-feira, o bancário será ouvido na DRCO, com a presença de advogado do Banco, conforme consta no ACT 2011/2012, o que foi ressaltado pela Presidenta da AFBEPA.
Está mantida a viagem da AFBEPA até Concórdia do Pará na próxima semana.
"Essa situação de violência a que os bancários são submetidos se dá por falta do Banco em investir em segurança. O bancário não pode carregar a chave, se responsabilizar e correr o risco pelo patrimônio da empresa. O setor de segurança do Banco precisa ser fortalecido, ter autonomia e independência para agir estrategicamente na prevenção" afirma a Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado.
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Por isso que ninguém da cidade quer ir para o interior.
ResponderExcluirEmissão do Cat e o acompanhento psicologico são apenas paliativos usados pelo banco para encobrir o real problema: insegurança.
ResponderExcluirSou a favor de indenização e rescisão indireta com multa rescisória em dobro em caso como esse. O funcionário não pode continuar trabalhando numa empresa que o obriga a guardar chaves e fechar agência à noite. Tem que indenizar e caso o empregado opte pela rescisao indireta, que o banco pague em dobro a multa rescisória, pois contribuiu para elevar o risco de vida a qual o funcionário foi submetido. Que essa proposta seja a bandeira da campanha salarial 2012!
Que que isso????????????? O banco do Pará, a sua diretoria, precisam agir para resolver esta situação, não dá mais para se aceitar a nossa exposição a esse tipo de coisa.
ResponderExcluirIsso é um absurdo. Parece que o setor de segurança do Banco desmoronou. O banco precisa durgentemente dar maoir atençao ao setor de segurança. A final é a nossa vida e a vida da nossa familia que esta em risco. O banco precisa URGENTE tirar a chave das maos dos funcionários além de prestar mais segurança. O SETOR DE SEGURANÇA DO BANCO ESTÁ INDO DE MAL A PIOR!
ResponderExcluirÉ o que dá colocar pessoas descompromissadas, com total desconhecimento da área, sem a devida noção da realidade de nossa rede de pontos de atendimento, principalmente os do nosso interior.
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