Está em andamento um assalto na modalidade "sapatinho" na Ag. Banpará em Bragança. Nesta madrugada uma quadrilha fez refém a família do bancário que estava no sobreaviso.Esposa e filho ainda estão em poder dos bandidos. O assalto já foi consumado, mas ainda não sabemos os valores. Os setores de saúde e segurança do Banco ainda não sabem de nada, e ainda não se deslocaram à unidade. É a burocracia e a falta de visão da atual direção do Banco. A AFBEPA está se dirigindo à Bragança neste momento.
A retirada do Serra Freire da gerência de segurança do Banpará fragilizou ainda mais a área que já vinha sendo sucateada. Serra Freire, que possui conhecimentos adquiridos ao longo de anos à frente da área, foi o homem dos biombos, estratégia de segurança que projetou o Banpará positivamente a nível nacional, modelo que está sendo seguido em todos os demais bancos do país.
Hoje, faltam autonomia e independência a um dos mais importantes setores do Banco: saúde e segurança, para agir com tempestividade, eficiência e eficácia em um momento crucial como este. Por isso, no recente ofício ao Banco, assinado conjuntamente pelas entidades e na Minuta deste ano já está sendo reivindicado:
"Lamentamos o retrocesso do Banpará no que tange a área de segurança bancária, o que está na contramão das outras instituições financeiras que investem em tecnologia, capacitação de seus profissionais e adquirem cada vez mais visão estratégica minimizando a burocracia e disponibilizando suporte suficiente para que suas áreas atuem de forma eficiente e preventiva.
Desejamos que a presidência do BANPARÁ retome o tom da conversa inicial e permita que se possa construir conjuntamente as condições de trabalho e salário para que cheguem próximas ao ideal de respeito e consideração pela vida, como afirmou o Presidente na primeira audiência com as entidades.
Por fim, solicitamos, em caráter de urgência:
a) A revogação da portaria 072/2011, o que reconduzirá o funcionário Cláudio Maués da Serra Freire à função de gerente da área de segurança bancária, engenharia e medicina do trabalho;
b) Que a área de segurança retorne à condição de Núcleo, desta vez ligado diretamente à presidência, garantindo assim, efetivamente, celeridade nos necessários procedimentos do setor;
c) Que a área de segurança passe a atuar em local apropriado como por exemplo no 2º andar do prédio na Av. Nazaré, local central e onde há espaço suficiente para instalação dos equipamentos necessários para o bom desempenho da área;
d) Que sejam contratados e capacitados mais quatro agentes de área para o setor de segurança;
e) Que sejam feitos os investimentos em tecnologia da informação já solicitados pela equipe de segurança do Banco, como por exemplo, a central de monitoramento remoto;
f) Que a área de segurança tenha orçamento próprio para custeio e projetos como já ocorre em todos os Bancos que estão, de fato, preocupados com a segurança bancária, com a prevenção e com a proteção à vida e ao patrimônio público."
ATUALIZANDO O NOSSO BLOG DIRETAMENTE DE BRAGANÇA:
Cristina Quadros e Kátia Furtado, acompanhadas de assessora, dirigimo-nos à Bragança na manhã desta sexta, 15/07. Encontramos os colegas bancários bastante abalados. A agência, naturalmente, está fechada e deve reabrir na segunda-feira, 18/07. O assalto não chegou a ser consumado.
O bancário e seus familiares: esposa, filha e neto, além de uma sobrinha, ficaram durante toda a noite sob poder e tortura psíquica da quadrilha. Não foram fisicamente machucados. Os bandidos afirmaram que conheciam todos os detalhes da rotina e informações fundamentais sobre as vidas dos bancários da agência Capanema e seus familiares, como horários, locais que frequentam, telefones celulares e nomes completos.
O bancário e sua família foram feitos reféns ontem a noite, 14/07, por volta das 20h30. Após as 23h, os bandidos decidiram retirar a família de sua residência e por volta das 5h da manhã desta sexta, 15/07, levaram o bancário à casa de um outro colega, o tesoureiro da agência, para consumar o assalto. O tesoureiro, que também recebeu ligações dos bandidos, da mesma forma, ameaçando sequestrar seu filho e esposa, acionou o gerente que, para proteger as vidas do colega e de sua família, se rendeu à chantagem.
Enquanto isso, a família do bancário estava sendo levada para Capanema, ao local combinado para a troca dos reféns pelo dinheiro, onde o bancário chegou a encontrar um dos membros da quadrilha para entregar os valores, mas o bandido percebeu a movimentação da polícia e recuou. Felizmente, e por sorte, a família do bancário já havia sido libertada em um ramal próximo à Capanema. Segundo relatos, houve falha de comunicação entre os bandidos que, após a frustrada ação, ainda ameaçaram, por duas vezes, o bancário e sua família, prometendo vingança.
AFBEPA EM BRAGANÇA
Chegando em Bragança, fomos diretamente para a agência, onde encontramos o setor de segurança e saúde do Banco tomando as providências necessárias quanto ao preenchimento da CAT e ao atendimento médico às vítimas, assim como toda a apuração interna dentro da unidade. A equipe especializada de roubo a banco da DRCO também se encontra aqui em Bragança e está colhendo os depoimentos das vítimas.
Na delegacia, estava prestando depoimento uma das vítimas, quando a presidente licenciada da AFBEPA, Kátia Furtado, se apresentou como advogada da depoente. O mesmo está ocorrendo neste momento com os demais colegas bancários, assistidos diretamente por Kátia Furtado.
Também chegou em Bragança a direção do Sindicato dos Bancários.
É DO BANCO A RESPONSABILIDADE COM OS CUIDADOS E A SEGURANÇA DOS BANCÁRIOS E SEUS FAMILIARES.
Grande abalo e medo agora são parte das vidas destes colegas e suas famílias. Evidentemente estão, desde já, licenciados para tratamento de saúde, mas fica a responsabilidade do Banco em custear e garantir todo o tratamento médico e psíquico pelo tempo necessário, além da segurança dessas vidas, que estão sob ameaça expressa dos bandidos, uma vez que o assalto foi frustrado.
Também é decisivo remanejá-los para locais onde estejam mais seguros, uma vez que nenhum deles têm condições psíquicas de permanecer residindo e trabalhando na mesma casa e local onde sofreram o abalo.
Que fique bem claro: todo o dano foi sofrido em razão do ofício; a casa do bancário se tornou extensão do local de trabalho e seus familiares, vitimados foram como se bancários fossem, ou seja, a total responsabilidade de tratar e garantir a proteção dessas vidas é do Banpará.
A AFBEPA está prestando toda a solidariedade ativa aos colegas e familiares, e também atuando concretamente no sentido de ajudar na tomada das providências e para defender os direitos das vítimas. Logo mais faremos uma reunião com os bancários da agência Bragança e postaremos as informações aqui no Nosso Blog.
Obs: no caminho para Bragança entramos em Capanema. A situação continua caótica. Leiam nossa atualização na postagem abaixo.
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Ei, governador Jatene, votei e ajudei V. Excia. a se eleger e o senhor nos dá uma carta fora do baralho, indicando essa nova administração do nosso Banpará????? Governador, estamos andando para trás no banco. O Banpará é um retrocasso total. Será que V. Excia. tem conhecimento das mazelas que por lá ocorrem???? A vida é o maior bem que temos, Senhor Governador e a nova administração está pouco se importando com isso. Será que V. Excia. é mais sensível com uma vida humana, que vive sendo colocada em risco pelas agências do interior??? Será que o senhor se importa com a saúde daqueles que trabalham para o engrandecimento do seu governo???? Então, governador, queremos ações e atitudes em favor do nosso banco. Obrigada.
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