A MAIOR GREVE E A MENOR PLR DOS ÚLTIMOS ANOS
A greve em si já pode ser considerada uma grande vitória pelo poder de mobilização e pela demonstração de força que demos, apostando na união, na coragem e na independência, acreditando na nossa luta e na justeza das nossas propostas. Os bancários e bancárias do Banpará merecem parabéns pela greve em 2009 e na avaliação da AFBEPA, o não desconto dos dias parados foi uma das principais conquistas da nossa greve, justamente por resgatar, efetivamente, nosso direito legal e legítimo.
Quanto às cláusulas sociais, conseguimos alguns avanços importantes destinados às mulheres, mães e aos homo afetivos. No âmbito da política, a reativação do Comitê Trabalhista, sem dúvida, foi uma grande conquista. Lamentamos, apenas que o sindicato não tenha chamado eleições diretas para que os bancários e bancárias pudessem eleger seus representantes.
O resultado quanto às cláusulas econômicas, sempre mediado pelas circunstâncias políticas, foi aquém da poderosa mobilização que empreendemos, especialmente quanto à Participação nos Lucros e Resultados - PLR.
PLR EM 2009 FOI MENOR QUE NOS DOIS ÚLTIMOS ANOS
Ilusões e fantasias à parte, é muito simples fazer as contas e perceber que a PLR de 2009 foi bem menor que em 2008 e 2007. Vejamos uma comparação em números:
PLR 2007 e PLR 2008:
Regra básica - 15% sobre o lucro líquido.
Parcela adicional da Fenaban - 8% da variação do valor absoluto do crescimento do lucro líquido do exercício do ano anterior.
Regra básica mais parcela adicional - 23% do lucro líquido a ser distribuído entre os funcionários.
PLR 2009:
Regra básica – 13% sobre o lucro líquido.
Parcela adicional Fenaban - 2% desatrelado do crescimento do lucro líquido do exercício do ano anterior.
Parcela adicional Banpará - 2% desatrelado do crescimento do lucro líquido do exercício do ano anterior.
Regra básica mais parcelas adicionais Fenaban e Banpará – 17% do lucro líquido a ser distribuído entre os funcionários.
Pois é. Infelizmente o que alguns estão querendo nos empurrar como o melhor acordo em PLR de todos os tempos, é isso aí - um engodo. O fato é que em 2007 e 2008 o banco apartou 23% do lucro líquido para distribuir aos funcionários, mas em 2009, foram 17% do lucro líquido.
Concordamos que os 2% desatrelado do crescimento são um avanço importante. O que está errado é iludir a categoria dizendo, durante toda a campanha salarial, que a regra básica estava mantida, e que sempre foi 15%, quando, na verdade, os 2% saíram da regra básica e não em termos de parcela adicional. Infelizmente, diante da maior greve de bancários e bancárias, o resultado quanto à PLR foi pífio.
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