Fernando Pessoa
Quando é que passará esta noite interna, o universo,
E eu, a minha alma, terei o meu dia?
Quando é que eu despertarei de estar acordado?
Não sei. O sol brilha alto,
Impossível fitar.
As estrelas pestanejam frio,
Impossíveis de contar.
O coração pulsa alheio,
Impossível de escutar.
(...)
Sorri, dormindo minha alma!
Sorri, minha alma, será dia!
(trechos)
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