POR FALTA DE ATITUDES DA DIRAD, BANCÁRIOS E CLIENTES ENFRENTAM CONDIÇÕES DESUMANAS EM UNIDADES DO BANPARÁ

Bancários tentam amenizar o calor com uso de ventiladores.

Os bancários do Banpará, principalmente das agências do interior do Estado, estão enfrentando situações desumanas e cruéis devido à falta de manutenção das centrais de ar-condicionado, telhados, consertos de estrutura física totalmente comprometida, entre outros.

Essas questões têm sido levantadas há algum tempo pela Afbepa, que cobra, incansavelmente, soluções para que os funcionários do Banco possam exercer suas funções de forma digna, salubre e segura, mas… até agora pouco ou nada foi feito!

No último dia 5 de fevereiro, um representante da Gerência de Manutenção (Geman) enviou uma mensagem em um grupo de WhatsApp informando que: “Lote 3 tá suspenso (sic) a manutenção corretiva [dos ar-condicionados]” e que o “saldo já está no limite”.

O Lote 3 inclui as cidades de Afuá, Anajás, Breves, Melgaço, Curralinho, Salvaterra, Muaná, Ponta de Pedras, Cachoeira do Arari e Soure. Os colegas informaram que, pelo que ficou entendido, os  bancários que atuam nessas agências terão que lidar com o calor sem ter acesso à refrigeração adequada por um longo período de tempo, uma vez que, a princípio, nada foi estipulado pela Geman.

Isso é um completo absurdo e o Banco age fora da Lei, no que tange à Proteção aos Trabalhadores(as)!

Nas unidades

Relatos dos funcionários que atuam em Afuá, por exemplo, resumem um pouco do problema das agências do Lote 3. “Estamos com uma central aqui no CPD danificada e desde o início do ano estamos solicitando o reparo, abrimos a Ordem de Serviço e, simplesmente, não estão autorizando a empresa terceirizada para fazer o trabalho no equipamento”, lamentou.

Na mesma agência, outro aparelho não funciona. “Na retaguarda estamos com uma central praticamente inoperante, pois está faltando gás, ou seja, está apenas ventilando e isto tem causado muito incômodo por causa da alta temperatura. Além de colocar um ventilador para aliviar a quentura, improvisamos papelões em uma abertura na parede para evitar a entrada do sol no local para não piorar”, frisou.

Funcionários improvisam como podem.

Em Soure, a situação é ainda pior, pois nenhum - isso mesmo caro leitor - equipamento funciona no atendimento. Daí os funcionários, mais uma vez, mesmo não sendo obrigação deles, improvisam como podem. “A nossa única alternativa e creio que da maioria das agências é colocar um ventilador, mas é insuficiente. Uma das cenas comuns é clientes e funcionários se abanando”, declarou o funcionário.

Infelizmente, o descaso da Diretoria Administrativa (Dirad) não para por aí, pois em Salvaterra, os colegas precisam, literalmente, suar a camisa para conseguir colocar a agência em funcionamento. “Todo dia é um dia difícil, mas não vamos deixar os nossos clientes na mão, até porque eles não têm culpa. Esperamos que esses problemas sejam resolvidos o mais breve possivel”, disse um dos bancários daquela agência.

Para as bandas de Cachoeira do Arari está assim. “Esperando por dias melhores”, afirmou um dos funcionários da agência daquele município. “Vamos nos adequando, pois precisamos trabalhar, mas sabemos que pode melhorar, até porque as metas precisam ser cumpridas”, enfatizou.

Esta é apenas uma amostragem das agências que passam por esse sofrimento todos os dias, pois o número pode ser bem maior. Infelizmente!

Grávidas em Risco

É lamentável que a Dirad do Banco “tape o sol com a peneira” para essa situação de evidente risco à saúde, à segurança e bem-estar dos funcionários(as), incluindo, infelizmente, mulheres grávidas, expostas a um ambiente altamente insalubre e penoso.

Há informações de que gestantes estão exercendo funções no Banpará sob forte calor, como é o caso da agência Afuá.

A Afbepa repudia que mulheres grávidas sejam submetidas a um calor insuportável, visto que essa condição de trabalho é cruel e penosa. Essa funcionária precisa ser afastada, urgentemente, até o problema se resolver. Para a Afbepa,  inclusive, as agências que apresentam problemas de refrigeração há tanto tempo precisariam ser fechadas por não apresentarem condições mínimas de trabalho, conforme prevê a Legislação Trabalhista.

A revolta, por parte desta Associação é grande, pois os bancários(as) têm o direito que o Banpará assegure os seus deveres, e o de ter um ambiente de trabalho saudável, seguro e higiênico, é uma previsão Constitucional.

A Afbepa vai lutar para que essa situação e onde mais tenha problema seja sanada.

GENTE É PARA SER RESPEITADA, EM SUA PLENITUDE!!

UNIDOS SOMOS FORTES

A DIREÇÃO DA AFBEPA