segunda-feira, 24 de maio de 2021

NÃO AO RETORNO DO GRUPO DE RISCO. ACEITAR ESSE ACORDO É JOGAR VIDAS NUM AMBIENTE DE TRABALHO INSEGURO.


Mais uma semana se inicia em que o Banpará e Sindicato agem de comum acordo para colocarem em risco as vidas de centenas de colegas bancários (as), que são do grupo de risco e não tem mais saúde para enfrentar o coronavírus, caso sejam infectados. O Banpará e Sindicato querem o retorno desses empregados (as) para o trabalho presencial. 

A Afbepa vê que não há ainda condições para esse retorno, hoje, inclusive, tem casos de pessoas que fizeram as duas doses e estão infectadas e intubadas.

A Vacinação está em ritmo lento, e o afrouxamento das medidas de segurança e novas variantes sendo identificadas, como a indiana, que semana passada foi confirmada no Maranhão e já há dois casos suspeitos no município de Primavera, interior do Estado, são os principais fatores de alerta para a 3ª onda de covid que está se aproximando, segundo os especialistas.

Como um ente sindical que deveria zelar por essas Vidas CONCORDA COM O RETORNO DO GRUPO DE RISCO? Quais as bases desse AMBIENTE SEGURO? 


ATUALMENTE NO BANPARÁ O FUNCIONALISMO TRABALHA EM CONDIÇÕES PRECÁRIAS, FALTA MÁSCARAS E ATÉ ILUMINAÇÃO EM LOCAIS DE TRABALHO. O BANCO NÃO INVESTE EM SEU PESSOAL.

A AFBEPA continua repudiando esse retorno e defendendo o home office para esses trabalhadores(as).

Os bancários (as) não podem concordar com essa prática, que poderia estar vindo de um governo fascista. E isso nós não queremos do Sindicato.

Na Caixa Econômica Federal o funcionário (a) do grupo de risco só volta se AUTODECLARAR QUE QUER RETORNAR APÓS FAZER AS DUAS DOSES DE VACINA. O EMPREGADO SE RESPONSABILIZA POR SUA VIDA. A CAIXA NÃO.

ENTÃO POR QUE MOTIVO O SINDICATO QUER ESSE RETORNO E QUAIS AS BASES DE SEGURANÇA?

NO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO, MESMO COM A MUDANÇA DE BANDEIRAMENTO, O GRUPO DE RISCO NÃO RETORNA AO TRABALHO PRESENCIAL.

Como o Sindicato fala em retorno com condições "seguras"? Se todos sabemos que, essa pseudo segurança, é um álcool em gel na entrada e olhe lá... Não há nem sequer verificação de temperatura para quem entra nas unidades e, mais, as máscaras não chegam em certas Unidades, o funcionário que tem de adquiri-la. Para piorar a categoria do Banpará não foi vacinada, o Banco NÃO desinfecta o local contaminado e tampouco faz testes nos possíveis infectados.

QUE CONDIÇÕES SEGURAS SÃO ESSAS?? 

Não há segurança. Falar em retorno do grupo de risco diante de novas cepas e com a vacinação em ritmo lento com previsão para ser completa até 2023 é uma falácia. A Contraf deveria entrar na Justiça Federal para garantir os bancários no Plano Nacional de Imunização-PNI.

Se a justificativa é o bandeiramento, é importante lembrar aos colegas que esse mesmo bandeiramento oscila, todos os dias há mudanças. Em uma semana podemos estar com leitos em hospitais e na outra não, assim pode acontecer com UTIs e com Oxigênio disponível. TODO CUIDADO É POUCO DIANTE DESSE VÍRUS!!

O vírus é rápido e ágil. Nossa única segurança é a vacinação coletiva que propiciará a imunidade de rebanho, que se alcançará com 70% de pessoas imunizadas, de acordo com a ciência. 

Mas estamos longe disso ainda, até mesmo em nosso Estado, de acordo com a última atualização feita ontem, 23, somente 8,06% da população está vacinada com a segunda dose. 

No país inteiro, somente 9,76% da população está imunizada com a segunda dose.

A atitude irresponsável do Banpará está servindo de espelho para a Diretoria do Banco da Amazônia que também quer a volta do seus trabalhadores do grupo de risco, uma vez que o Sindicato e Banco estão negociando esse retorno. Um verdadeiro exemplo de insensatez com as Vidas dessas pessoas, que ainda reflete negativamente impactando mais vidas.

O home office pode e deve continuar sendo a forma de trabalho desses funcionários (as).

Não há cenário seguro nesse momento. Falar em retorno porque somente uns estão vacinados é ignorância, pois já sabemos que nada adianta uma pessoa imunizada exposta em um ambiente com 9 não imunizados. 

Cria-se mais riscos ainda de novas variantes. É preciso mais do que empatia, é preciso senso de responsabilidade coletiva!


UNIDOS SOMOS FORTES
DIREÇÃO DA AFBEPA
ASSESSORIA DE IMPRENSA

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