Pelo menos 10 bandidos, em quadrilha, levaram terror e morte aos moradores de Cametá, na madrugada de hoje, 02, ao assaltarem uma agência do Banco do Brasil. Essa prática é conhecida como Vapor ou Novo Cangaço. Os moradores relataram através de fotos e vídeos, uma noite de pânico. O crime começou por volta de meia noite, os bandidos usaram os moradores da cidade como escudo humano e atacaram o 32º Batalhão da Polícia Militar. Um refém, de 25 anos, morreu e outro está no hospital, mas sem risco de morte.
A quadrilha usou armamento de grosso calibre e explosivos para invadir a agência bancária. A Segurança Pública da cidade ficou de mãos atadas, enfraquecida diante do poderio dos bandidos com armas potentes. Os bandidos, após assustarem e ameaçarem a população, encurralando todo mundo e andando de um lado para o outro na cidade, fugiram de carro e, depois, em barcos. Até agora ninguém foi preso.
Moradores foram feitos de reféns pela quadrilha |
Essa situação ocorrida em Cametá tem características semelhantes à registrada em Criciúma, nesta terça-feira, em que uma quadrilha também atacou o município para assaltar uma agência do Banco do Brasil.
“Os trabalhadores bancários e vigilantes não foram atingidos, graças à Deus, mas foi atingida toda uma população de um município e adjacências e isso é muito grave, gera comoção, revolta, intranquilidade, medo e solidariedade por quem passou por esse momento de horror. A Afbepa se entristece por todos nós, bancários e bancárias, que somos visados e vítimas, diretas e indiretas, dessa grande violência. Inclusive nesta modalidade, Novo Cangaço, é aterrorizante, pois envolve toda uma população. Isso precisa melhorar, o Estado e as empresas bancárias precisam investir em segurança”, afirmou Kátia Furtado, presidenta da Afbepa.
Repudiamos veementemente o fato de o Banpará ter permitido a abertura da agência hoje na cidade, sem se preocupar com o abalo emocional, o terror instaurado durante a madrugada, a pressão e medo dos funcionários que passaram uma parte da noite e a madrugada sem poder dormir, sem paz de espírito e com a integridade psicológica abalada. Lamentamos essa postura do Banco, pois parece que para ele esse fato não é nada, como se o cenário de caos e de abalo emocional fosse normal. Para nós, os funcionários, a Unidade de Trabalho em Cametá deveria estar fechada, pois foram horas, à noite e de madrugada, de trauma psicológico, justamente no momento de descanso de uma jornada para outra.
Um desrespeito e desumanidade com a Vida!
A Afbepa orienta que os bancários e bancárias procurem ajuda médica porque se entende que todos sofreram abalos que podem refletir posteriormente em suas Saúdes. Afinal, foi uma madrugada inteira de intranquilidade com tiros ecoando durante uma hora e meia de ação da quadrilha.
Pedimos também que a categoria solicite junto à área de segurança do Banco quais os procedimentos de segurança para tentar preservar e proteger as nossas Vidas diante de tantos crimes que vêm acontecendo neste fim de ano.
A Gerência de Saúde também tem um importante papel, de cuidar das Vidas dos funcionários. Hoje, por exemplo, a Gesat deveria orientar a administração do Banpará pela não abertura da agência em Cametá, pois não é normal que após uma noite sem descanso, abalados psicologicamente e exaustos os trabalhadores tenham condições de realizar uma jornada de trabalho. O correto seria amparar a todos e avaliar a saúde de cada um(a) como um todo.
Nossa Associação se solidariza com nossos colegas de Cametá e com a população em geral, pois essa é uma situação desoladora, triste e apavorante. Que esse desespero, após momentos de grande pânico possa passar o quanto antes.
E que quem tem o dever de agir aja em prol de segurança pública e privada, a fim de proteger a Vida e prevenir ações dessa natureza.
UNIDOS SOMOS FORTES
DIRETORIA DO BANPARÁ
ASSESSORIA DE IMPRENSA
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