A Associação dos Funcionários do Banpará-AFBEPA esteve ontem, 21 de maio, na Ag. Capanema do Banpará, para dar o seu apoio aos colegas vítimas do assalto ocorrido no último dia 20, no PAB Primavera, e saber maiores informações sobre o que de fato ocorreu, bem como solicitar e verificar se os Direitos das vítimas foram cumpridos pelo Banco.
PAB Primavera |
Foi relatado à AFBEPA que 4 homens disfarçados de policiais civis entraram no PAB Primavera, arrancaram toda a fiação elétrica e telefônica, renderam todos os três funcionários e clientes que ali estavam. Alguns clientes, que chegaram ao PAB após o início do assalto, foram surpreendidos com a violência dos bandidos e também tiveram seu dinheiro e bens materiais tomados.
O assalto durou cerca de uma hora e, de acordo com informações, os criminosos já sabiam como o Posto Bancário funcionava e quem eram os funcionários e seus familiares, pois no momento em que o Coordenador do PAB recebeu a ordem dos assaltantes para abrir o cofre, que para abrir demora cerca de 45 minutos, um dos assaltantes o ameaçou dizendo para “ele não tentar fazer nenhuma gracinha de errar a senha, pois eles (os criminosos) sabiam que ele tinha dois filhos e que um estava na escola e o menor estava sozinho em casa com a babá”. Ao fim do assalto, os criminosos levaram o dinheiro do Banco e dos clientes que ali estavam, e a CPU de monitoramento, o CFTV, para não serem identificados por meio das câmeras filmadoras.
O PAB Primavera está interditado e sem previsão de retorno às atividades.
Segundo a Assistente Social do Banco, os funcionários foram atendidos por um médico emergencial e foram emitidos os Comunicados de Acidente de Trabalho (CATS) aos funcionários, vítimas dessa agressão, de 4 dias para o Caixa e 6 dias para o Coordenador e o Atendente do PAB, e a GESAT está fazendo o acompanhamento desses funcionários para verificar se vai haver necessidade de um tempo maior de afastamento. Informou, ainda, que eles iniciarão o tratamento psicológico já na próxima semana, após o término do período de licença, por escolha dos próprios funcionários, que preferiram passar esses dias afastados na companhia de seus familiares.
A AFBEPA, no entanto, entende que esse número de dias de licença é muito pouco para que essas vidas tornem a se recompor da violência sofrida e do estresse que fica, pois é praxe o Banpará conceder 15 dias de licença para os funcionários que são vítimas de assalto, seja dentro do Banco ou em sua casa, quando ocorre o "sapatinho".
Segundo Kátia Furtado, "é importante lembrar que o Coordenador do PAB Primavera, já sofreu, junto com sua família, dentro da sua casa, a violência de um assalto, na modalidade "sapatinho", por isso o Banco deve ter mais cuidado e zelo com essa vida. Deixar a escolha de quantos dias precisa ser afastado do trabalho, nas mãos de quem passou pela violência, não é a melhor forma de ajudar o seu funcionário, nesse momento, a AFBEPA entende que cabe ao médico do trabalho avaliar essa situação e com sua experiência recomendar qual o melhor tratamento".
Na agência o gerente geral, que acompanhou as vítimas após o assalto, falou à AFBEPA que se for necessário um maior tempo de recuperação dos colegas, ele solicitará à SUDEP a adição de funcionários, até perdurar a necessidade.
É preciso que o Banpará garanta a todos os seus funcionários do PAB Primavera, vitimados nesse crime, o devido tratamento médico e psicológico, para garantir que essas Vidas tenham o mínimo de paz possível para se recuperar desse grande abalo que sofreram.
Investir em Segurança é Fundamental! Essa é a grande cobrança que os funcionários e funcionárias fazem à Direção do Banpará. Precisamos de Proteção à Vida, de funcionários e clientes, para que esta situação não volte mais a acontecer. A Vida e a Paz de espírito do ser humano precisam ser valorizadas e respeitadas.
PONTO ELETRÔNICO
Ainda durante a visita da AFBEPA à Capanema, os funcionários e funcionárias aproveitaram para denunciar os problemas que estão enfrentando com o Sistema de Ponto Eletrônico, que continua não atendendo os fins para o qual foi criado.
De acordo com os relatos, o Sistema continua não marcando o horário correto de entrada e saída dos funcionários, liberando o Ponto para marcação apenas um ou dois minutos após o horário correto, ou seja, o funcionário, por dia, passa a dever de 4 a 8 minutos ao Banco, mesmo que, quem esteja atrasando, seja o Sistema. Além das vezes que os trabalhadores(as) têm que reiniciar a máquina em que trabalha, de 2 a 4 vezes, pois o balãozinho (REP Virtual) não aparece na tela de início, e quando ele resolve aparecer, já acusa atraso no horário dos funcionários(as), mesmo que esses já estejam a disposição do Banco no tempo correto. Quando questionado sobre o Link que o Banco também disponibiliza para essa função, o chamado Servidor, eles informaram que não têm acesso a ele e a única forma que possuem de registrar sua jornada de trabalho é o REP Virtual.
Gravíssima é a situação, até hoje não regularizada, do bancário continuar logado no SPA, mesmo que o Sistema de Ponto tenha registrado o fim da jornada britânica. Absurda Burla! Pois o bancário e bancária continuam trabalhando, mas sem o real registro de sua jornada, ou seja, por isso que o Banco diz que o pessoal não faz hora extra e quem faz está recebendo, mas, pelo visto, apenas o tanto que fica registrado na época de pagamento dos servidores públicos estaduais.
“Esse Ponto Eletrônico é trabalhoso e muito burocrático. Dá muito trabalho para as Gerências e para os Coordenadores. Se ele funcionasse como deveria, marcando a nossa real jornada, não tinha por que, nós, funcionários, termos todo esse trabalho diariamente. Pois, como ele atrasa sempre, todos os dias nós temos que fazer justificativas para o Banco, explicando a mesma coisa: estávamos aqui, mas o Ponto não funcionou no horário correto”, desabafou uma das funcionárias.
A AFBEPA quer saber até quando nós, funcionários e funcionárias, estaremos sujeitos a esse Sistema de Ponto Eletrônico que não funciona corretamente? Até hoje estamos aguardando a resposta do Banco e do Sindicato dos Bancários, para nos informar que Sistema é esse que foi implantado? Que não atende os nossos anseios para a garantia do nosso Direito ao real e efetivo registro da nossa jornada de trabalho.
RESPEITO!
UNIDOS SOMOS FORTES!
A DIREÇÃO DA AFBEPA
Texto: Kamilla Santos
Assessoria de Imprensa
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