O que era extraoficial foi consumado pelo Banpará: nesta sexta-feira, 14 de fevereiro, o Banco divulgou a Portaria 021/2014 onde destitui e designa a transferência de funcionários que foram vítimas de sequestro/assalto para agências de outros municípios.
Desde o começo, a AFBEPA questiona o real motivo das transferências desses empregados vítimas, envolvidos direta ou indiretamente, nos assaltos e sequestros, que ocorreram em Castanhal e Ananindeua, entre final de 2013 e início de 2014.
A AFBEPA, assim como os funcionários que foram transferidos, está indignada com esta medida descabida do Banpará. De que forma essa atitude vai ajudar a combater a INSEGURANÇA instalada no Banco? Transferir o bancário vítima para outra agência e colocar outro no lugar irá resolver este grave problema que tira o sono dos funcionários que não sabem se serão ou não a próxima vítima de bandidos especializados em roubar bancos? Para a AFBEPA, o risco continua e desestabilizar mais ainda a vida desse trabalhador vitimado, NÃO resolve o problema.
Embora o Banpará afirme, na portaria, que a medida tem a "necessidade de resguardar a segurança e a integridade física dos funcionários envolvidos ou vítimas de assalto ou sequestro", tal atitude não zela por essa vida, que sempre busca dar o melhor de si, para desenvolver suas funções no seu local de trabalho, contribuindo com o crescimento e o nome da empresa.
Hoje, infelizmente, a Direção do Banco, desferiu sobre esses trabalhadores mais um duro golpe, as suas transferências compulsórias, o que só torna maior os seus sofrimentos. Por que impingir uma transformação tão penosa em suas rotinas? o que cada um fez para merecer isso? Como entender uma Portaria que transfere até o caixa, que por coleguismo e solidariedade ajudou a libertar dos bandidos, o gerente geral da agência sequestrado??? A AFBEPA afirma, sem medo de errar, essa atitude da Direção do Banpará não resolverá o problema dos assaltos e sequestros. Não é a mudança dos funcionários que vai frear a ação dos criminosos. O que o Banpará deve fazer para minimizar essa Insegurança, que ronda as suas Unidades, é dar autonomia e independência para a sua Área de Segurança, capacitar quem nela atua, investir nesse setor e combater os assaltos com ações preventivas em segurança.
No dia 7 de fevereiro, a AFBEPA protocolou o ofício nº 002-2014 no Banpará, solicitando à Direção do Banco respostas urgentes sobre a informação, que ainda era extraoficial,das transferências compulsórias, que diga-se, não têm o consentimento dos funcionários. Nesta sexta-feira, 14 de fevereiro, a AFBEPA, protocolou o ofício 004/2014 junto à Direção do Banpará, que em um dos trechos expressa:
"Para nós da AFBEPA, é
irrazoável fazer com que um bancário que reside em Castanhal, se desloque todos
os dias desse lugar para Belém e vice-versa, com esposa e filhos adolescentes,
estudantes, que precisam do seu convívio. No ponto de vista da saúde, isso
trará consequências nocivas para o biológico e psicológico desse trabalhador, e
do ponto de vista legal, o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) é claro quando disciplina que é uma faculdade
que pode ser exercida ou não pelo bancário, dependendo se houver
disponibilidade em outra Unidade. Portanto, a AFBEPA requer reunião urgente
para tratar desse assunto".
O ofício afirma ainda que é "imprescindível que o Banpará diga para os seus empregados e à sociedade, o que o leva a desconsiderar as solicitações de segurança requeridas pela AFBEPA, a exemplo da Central de Monitoramento Remoto, que desde julho de 2011, quando do 'sapatinho' em Bragança, esse foi um item tecnológico considerado relevante, pela então NUSEG, para combater esses assaltos.
Outro ponto que a AFBEPA cobra do Banpará é a necessidade de deixar bem claro qual a motivação que faz o
Banpará retirar a qualquer tempo, pessoas que detém preparo, qualificação, experiência e
treinamento na Área de Segurança, visto que isso tudo demanda tempo e gera despesa
para a empresa. Temos a plena convicção que esse coloca e retira, quebra todo o investimento feito em inteligência e capacitação.
Esta AFBEPA também questiona o porquê não são feitas ações preventivas contra a INSEGURANÇA no Banco, uma vez que é sabido pela Área de Segurança onde estão os alertas vermelhos, ou seja, os pontos mais críticos e iminentes onde podem ocorrer ações de criminosos.
Reiteramos: já basta o abalo psicológico que esses funcionários sofreram ao serem vítimas desses tipos de crimes. Era esperado do Banpará apoio e políticas mais severas contra a criminalidade. Os trabalhadores não podem pagar pela falta de políticas efetivas contra a INSEGURANÇA que se faz presente no Banpará. Não aceitamos essas transferências, não aceitamos esse desrespeito feito com a vida desses trabalhadores. Queremos DIGNIDADE, RESPEITO e SEGURANÇA!
A Direção da AFBEPA!
Aluta tem que ser também por Segurança Publica. Cadê o Governo Jatene????
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