A modalidade de assalto conhecida como “sapatinho” vitimou o colega gerente da agência e companheiro de lutas coletivas. Os bandidos adentraram sua casa de madrugada e mantiveram sequestrados em cárcere privado os seus dois filhos, para terem acesso ao dinheiro do Banco.
Estima-se que foi levado cerca de R$ 300 mil em dinheiro, mas a auditoria ainda está trabalhando nesse levantamento. No entanto, a vida dos bancários e seus familiares não tem preço, e todos os dias eles estão expostos a uma rotina de insegurança, não importa se é na capital ou no interior. O investimento em segurança pública, especialmente focada nos serviços bancários, não vem acontecendo em nenhuma região do Pará.
A AFBEPA registra com profundo pesar e atitude de protesto pela insegurança e falta de investimentos nas agências do Banpará, tanto para quem está trabalhando e usando o serviço dentro das agências, quanto para as famílias dos companheiros que ocupam cargos estratégicos como as gerências e tesourarias. “Queremos respeito, valorização e investimentos no que é fundamental: A VIDA HUMANA”, afirma a presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado, imediatamente após ser informada da ocorrência no Banpará da BR-316.
O mais grave, ainda segundo Kátia Furtado, é a atitude do Banpará, tentando esconder da sociedade o assalto ocorrido na agência. “O Banpará tenta esconder da sociedade o que vivenciamos como trabalhadores bancários, já que no seu comunicado à população, em lugar de falar a verdade, afixou um aviso de que a agência encontra-se fechada por ‘falta de comunicação’, o que é uma inverdade. Queremos investimentos urgentes em segurança, o ser humano não pode continuar exposto desse jeito”, protesta Kátia Furtado, que também manifestou sua posição enquanto cidadã em sua página pessoal na rede Facebook.
O banco não está nem um pouco preocupado com seus funcionários. Emite alertas vermelhos, mas não toma nenhuma providência efetiva. Nós é que precisamos articular com a policia, que nem sempre colabora, além de buscar outras medidas de segurança (inclusive pagando empresas de segurança do próprio bolso) para salvaguardar nossas vidas e de nossos familiares. Somos obrigados a nos esconder em casa, abdicar do lazer tão necessário depois de dias estressantes de trabalho para tentar evitar os sequestros. Por isso mesmo deveríamos lutar por um adicional de periculosidade diferenciado, suficiente para amenizar tamanha preocupação e gastos com segurança.
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