Entramos no 23º dia de uma forte Greve que já é vitoriosa por sua capacidade de mobilização, de ampliação, de adesão totalmente espontânea dos Bancários e Bancárias do Banpará. E, por sermos já vitoriosos, devemos ter a certeza de que podemos VENCER! Temos condições de, com unidade e firmeza de propósitos, vencer a dureza, vencer o desprezo, vencer o esquecimento que nos fere na alma, quando vem daqueles que deveriam, nesse momento, reconhecer nosso valor e respeitar nosso direito humano a melhores condições de vida e de trabalho. Ao contrário, temos recebido não sobre não e imposição de propostas insuficientes que em nada nos contemplam. Mas não esmorecemos. Não desistimos e não desistiremos! Estamos muito firmes em nossa certeza de que unidos somos fortes, imbatíveis. Podemos vencer!
Na última mesa de negociação nesta quinta, 10, conquistada a peso de um grande ato na porta da Matriz, chegamos a escutar da direção do Banco que "a AFBEPA é quem ressuscita o que já está morto para os funcionários". Absolutamente não. O Tíquete Extra não está morto para nós! Muito pelo contrário! Afirmamos, sem medo de errar, que o Tíquete Extra está tão vivo, mas tão vivo, que não adiantou interdito proibitório, pressão, ameaças, telefonemas, nada faz a categoria sair da Greve sem o Tíquete Extra! Portanto esta AFBEPA continuará falando, defendendo, insistindo e lutando pelo retorno do nosso Tíquete Extra, a sobra da nossa PLR.
Mesmo assim, inacreditavelmente, a direção do Banpará prefere continuar perdendo cerca de R$ 6 milhões por dia, há 23 dias completados hoje, a nos devolver o que nos sequestrou e que somou, naquele momento, cerca de R$ 6 milhões. A direção do Banpará sabe que se tivesse sido razoável, negociando o retorno do Tíquete Extra, a garantia das nossas promoções no PCS, já acordadas anteriormente, a inclusão de ascendentes e descendentes maiores de idade no plano de saúde, a manutenção da ajuda aluguel durante todo o período de deslocamento a serviço do Banco e um reajuste acima da Fenaban, dentre outras reivindicações, provavelmente teria impedido a Greve no Banpará. Por quê não o fez? Por quê nos empurrou para o movimento paredista, sempre negando o debate de nossas cláusulas econômicas? Por quê tripudiou quando nos propôs apenas terapia holística e abono academia?
A FORÇA DA GREVE É NOSSA! A SAÍDA TEM QUE VIR DA DIREÇÃO DO BANCO E DO GOVERNO
A saída para a Greve continua onde sempre esteve, nas mãos da direção do Banco e do governo estadual, principalmente nas mãos de quem tem sido citado por fontes como o maior entrave para o fechamento de um acordo: o vice-governador e presidente do Conselho de Administração do Banpará, Helenilson Pontes, que jamais agiria em desalinho com o próprio governador Simão Jatene. Não nos surpreende que mãos tão endurecidas sejam capazes de se estender a um abraço com rosto sorridente na hora do pedido do voto, mas na hora de negociar direitos com os trabalhadores, não fala o candidato, revela-se o empresário frio, insensível e ultrapassado. Com a força da nossa Greve podemos desvelar e vencer essas máscaras!
Não queremos, com isso, poupar a direção e o presidente do Banpará, ao contrário. É visível que, nesse âmbito instalou-se, desde o ano passado e piorando este ano, uma incapacidade de negociação para buscar e encontrar saídas para os impasses colocados pela própria direção da empresa. Uma direção majoritariamente formada por funcionários que esqueceram que são funcionários e que, segundo fontes, se submetem, muito rapidamente a imposições, ditames e melindres do governo. Precisávamos de uma direção que nos defendesse, olhasse por nós, se mostrasse ativa e propositiva durante nossa Campanha Salarial!
O QUE FAZER?
Por tudo isso, nos últimos encaminhamentos no comando local de Greve, a AFBEPA tem defendido que, sem poupar a direção do Banco e continuando a agir no sentido de pressioná-los a negociar, nosso foco, agora, se volte para aqueles que, acima da direção do Banco, tem o poder de decidir e se preocupam em "proteger" sua imagem política, principalmente em ano pré-eleitoral: governador e vice. Lamentavelmente, o Sindicato, entidade que, legalmente, comanda o movimento e que detém a estrutura, paga com nosso dinheiro, entende que temos que continuar apenas a confrontar a direção do Banco que, após sete mesas de negociação, não acenou com nada.
Reflitamos, por exemplo, no que significa converter toda a força do Ato de quinta-feira, 10, para se contentar em apenas sentar com a direção do Banco, sem sequer contar com a presença do Presidente, e ainda sair sem nada que não uma próxima reunião. Isso, a nosso ver, é conduzir incorretamente e enfraquecer nosso movimento.
A hora é de crescer a Greve, criar fatos políticos que ampliem nossa voz e que repercutam na sociedade. A categoria já assumiu, tomou para si o movimento, o que é correto, porque são os Bancários e Bancárias que tem o poder real de decisão.
MESA DA FENABAN É POUCO PRA NÓS
Tem sido repetidamente colocado na mesa de negociação que, a exceção da AFBEPA, já haveria um acordo entre o Banco e as entidades para debater apenas as cláusulas sociais da Minuta de Reivindicações. A AFBEPA reafirma sempre: não aceitamos debater apenas cláusulas sociais. Queremos debater, prioritariamente, as cláusulas econômicas, como fizemos em 2011 e conquistamos o melhor acordo do Brasil, em apenas três dias de Greve.
Pedimos aos bancários que atentem para detalhes, muitas vezes reveladores, mas que estão nas entrelinhas. Cuidado e atenção. De nossa parte temos usado sempre de transparência, trazendo abertamente ao Blog e ao conhecimento da categoria, os impasses, os fatos, os nós e nossas propostas de solução. Acreditamos, de fato, na democracia ampla e participativa e os interesses que defendemos são apenas os dos bancários e bancárias do Banpará.
EM CASO DE PRESSÃO, AMEAÇAS E RETALIAÇÃO, REGISTREM O BO
Essa é a orientação da AFBEPA, caso o grevistas, que estão no pleno exercício do direito de Greve, venham a sofrer qualquer tipo de pressão, ameaça ou retaliação. Segundo fontes, há uma orientação superior para que superintendentes pressionem gerentes a ligarem para seus funcionários, indicando o retorno ao trabalho sob ameaça velada ou aberta de exoneração de cargos comissionados, etc.
Não se atemorizem. Registrem o Boletim de Ocorrência junto à delegacia mais próxima e encaminhem esse BO à AFBEPA, que tomaremos as medidas judiciais cabíveis, porque tais atitudes ferem de morte a liberdade de organização da categoria e o direito constitucional à Greve, que só termina quando a categoria assim decidir e não por pressão do Banco.
É assim, colegas, na luta incansável que a humanidade superou a escravidão, as antigas jornadas de 14h e todo tipo de abuso que sempre fez e ainda faz do dinheiro um valor maior que a vida. Para nós, a vida é infinitamente mais valiosa, e quando lutamos por mais salário, pela apropriação do que é nosso por direito, como a totalidade da PLR na forma de Tíquete Extra e outras conquistas mais, estamos valorizando nosso trabalho e, acima de tudo, nossa vida humana. Por isso, lutamos ontem, hoje e sempre!
PELO RETORNO DE TÍQUETE EXTRA NO VALOR DE R$ 5 MIL REAIS PARA CADA UM!
PELAS PROMOÇÕES NO PCS!
POR UM REAJUSTE MAIOR QUE O DA FENABAN!
PELA INCLUSÃO DE ASCENDENTES E DESCENDENTES MAIORES DE IDADE NO PLANO DE SAÚDE, dentre outras reivindicações!
NA LUTA É QUE SE AVANÇA!
UNIDOS SOMOS FORTES!
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Os outros banco já estão fugindo do dissídio. De minha parte digo que vou até o fim, e vocês?
ResponderExcluirSegunda a gente volta a trabalhar caladinho pra evitar o dissídio, né AFBEPA?
ResponderExcluirTodos os bancos estaduais apresentando propostas diferenciais em relação a Fenabam, e o Banpará nem sinaliza um único abono. Esse ano parece que nem a parcela adicional de 2% vai sair...
ResponderExcluirDevemos nos manter na greve, o Banco deixou claro que não nos respeita e nem quer acordo, quer enrolação! Na segunda-feira devemos ir para Assembleia no Sindicato e votar contra a proposta da Fenaban, continuando na greve até que o banco e seus diretores (com seus esquemas de viagens para ganhar diárias em seminários e treinamentos sem sentido e outros disparates), entreguem o que é nosso por direito! Não querem negociar, então não tem porque negociarmos também aceitando essa merreca da Fenaban!!!!!!!!! E o dissídio só vem se for declarada abusiva a greve, coisa que não ocorre nesse momento!! Estamos legalmente na greve! Greve e greve! Somos bancários e merecemos respeito!
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