O Banpará voltou a ser o alvo das quadrilhas de assaltos a
Banco no Pará. Só em agosto de 2013, é a terceira unidade do Banco a sofrer
assalto. Nos dois primeiros casos, Concórdia do Pará, não divulgado pelo Banco
ou pela imprensa; e Viseu, mais recentemente, os bandidos usaram a modalidade “sapatinho”
na qual o assalto é precedido e acompanhado de sequestro do bancário e seus
familiares. O marido da gerente da agência de Concórdia do Pará foi brutalmente
espancado pelos sequestradores assaltantes; a esposa e filha do gerente de
Viseu foram levadas, sob armas, nos carros dos bandidos.
Hoje, 08/08, mais um caso de assalto abalou os bancários e
toda a comunidade, desta vez no Posto da UEPA, vinculado à Ag. São Brás, onde o
bandido adentrou com arma em punho, ameaçou o bancário e roubou pouco mais de
20 mil reais do Posto.
A Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado, esteve na Agência, mas
o bancário já tinha sido deslocado para atendimento no Sesmt, para onde Kátia
seguiu; porém, quando lá chegou, o bancário já tinha sido levado à Delegacia de
Polícia, acompanhado de uma pessoa da área de segurança do Banco. É um absurdo
que, sob total abalo, o bancário seja obrigado a depor em um ambiente denso
como é o de uma Delegacia. Além do mais, determina o ACT que não apenas uma
pessoa da área de segurança, mas um advogado também deveria ter acompanhado o
bancário durante o depoimento.
Kátia apurou que o Posto da UEPA recebe a demanda de uma
Agência Bancária, porém, funcionando com a mínima estrutura de Caixa Avançado.
Apenas um bancário trabalhava no local, na hora do assalto, quando deveria
haver, pelo menos, um coordenador, um caixa, um técnico bancário e um
vigilante. Provavelmente o assaltante já havia estudado o movimento do Posto, e
conhecia a situação de isolamento do único bancário que atendia no local. É
urgente que o Banco cumpra com seu dever de garantir estrutura de pessoal, de equipamentos
e de segurança nos locais de trabalho, pois a vida dos trabalhadores que lidam,
por dever de ofício, com dinheiro, não pode continuar a estar sob constante
risco, como hoje ocorre.
Basta de Insegurança no Banpará!
Ao mesmo tempo em que o Banpará, tragicamente, volta a disputar
o topo de uma terrível lista dos Bancos mais assaltados, a direção do Banco
fragiliza e esvazia cada vez mais a área de segurança, focando, visivelmente,
apenas na segurança do dinheiro, e esquecendo que o maior patrimônio do Banpará
somos nós, seus funcionários e funcionárias. O que se percebe, claramente, é
que a “pedra cantada” no passado pela AFBEPA se confirmou agora. Em recente
decisão, o Banco rebaixou de núcleo para gerência, a área de segurança,
retirando sua autonomia e agilidade, e como todos sabemos, na condição de
gerência, as áreas se focam na burocracia, ficando abaixo de todas as
estruturas de governança. Para piorar, a Gespa, atual área de segurança está,
neste momento, sem gerente.
Esta AFBEPA cobra autonomia para a Área de Segurança. A
Direção do Banpará pecou quando desmontou a Área, que contava com o experiente funcionário
Serra Freire e sua equipe, que já detinham toda uma capacitação e conhecimento junto
aos órgãos das Polícias, e estratégias para melhorar a segurança e que, foram, inclusive
pioneiros lançando uma proposta que serve de modelo no Brasil inteiro: os
biombos de proteção à frente da guicheria de Caixas. Repetindo o erro, hoje a
direção do Banco peca novamente quando passa por cima dos que ficaram.
Nós, bancários e bancárias, precisamos defender nossas vidas
e cobrar do Banpará e da Segurança Pública, soluções efetivas em segurança,
porque, como sempre temos afirmado, infelizmente, bancário é profissão de
risco, principalmente em um Estado onde a insegurança e a violência crescem
galopantemente, sem que se veja um sinal, ao menos, de resposta séria e consequente
por parte das autoridades que tem a obrigação de agir em defesa da vida dos
trabalhadores e da população em geral.
Nossa profunda e ativa solidariedade aos bancários de
Concórdia, Viseu e Posto UEPA, da Ag. São Brás, às vítimas diretas que são os
bancários e seus familiares e a todos os colegas das Unidades. Contem conosco! A
questão da Segurança Bancária volta com força à pauta, às vésperas da nossa
Campanha Salarial.
NA LUTA É QUE SE AVANÇA!
UNIDOS SOMOS FORTES!
Postado no blog do Zé Dudu:
ResponderExcluir“Banpará de Isopor” é a agência bancária mais vulnerável e menos acessível de Marabá
Por Paulo Costa – de Marabá
Construída no início da década de 1980, a agência do Banpará (Banco do Estado do Pará) na Folha 31, Nova Marabá, é a mais antiquada e vulnerável de Marabá. O prédio nunca passou por reforma para melhorar a segurança e, por isso, permanece com uma estrutura frágil, com as paredes cobertas apenas com um compensado que pode ser rasgado com um chute ou com uma simples faca de mesa.
O forro do prédio do Banpará também está em estado lastimável e alguns clientes da agência que notam o problema temem que ele possa desabar a qualquer momento. A aparência de moderno está mesmo só na fachada, coberta de vidros, mas que esconde a estrutura arcaica das paredes das laterais e do interior da agência.
Foi essa fragilidade da agência do Banpará que resultou no roubo de um revólver de um dos agentes de segurança do banco no ano passado, durante um final de semana. Até agora, a polícia não descobriu como a arma desapareceu e quem foi o responsável pelo sumiço. Tomou doril: ninguém sabe, ninguém viu.
O deficiente visual Nacélio Souza queixa-se da falta de acessibilidade à agência do Banpará, a única da cidade que não há indicações que possibilitem o acesso de cegos e há falta de informações aos consumidores em Braile. “Isso porque o Banpará é do governo do Estado. Já fizemos várias reclamações para a gerência da agência, mas até agora nenhuma atitude foi tomada”, alega Nacélio.
Exigências
Para serem considerados acessíveis, os estabelecimentos devem ser livres de barreiras e obstáculos – sem desníveis no percurso superiores a 1,5 cm. Também é indispensável divulgação, em lugar visível, do direito de atendimento prioritário, além de pessoal de apoio treinado para atendimento. Outra exigência é relação aos balcões de informação, que precisam ter altura adequada para pessoas em cadeira de rodas ou com nanismo (anão), por exemplo, e informativos em braile.
Os estabelecimentos devem ter telefones rebaixados do tipo Telecommunications Device for the Deaf (TDD), apropriado para surdos, pois possibilita a comunicação via Serviço de Intermediação Surdo Ouvinte, e devem ser sinalizados com piso de alerta. Já no estacionamento, 2% do total das vagas devem ser acessíveis, sinalizadas com símbolo internacional de acesso (horizontal/vertical) e com espaço adicional de circulação de, no mínimo, 1,20 m de largura, para deslocamento após a saída do veículo."