ILEGALIDADE - DELEGADO SINDICAL, ESTANDO DE FÉRIAS, FOI DESCOMISSIONADO. PORTARIA JÁ FOI REVOGADA.
Na sexta-feira, 08/03, circulou na intranet do Banco portaria descomissionando da função de Coordenador de PAB, o funcionário Antônio Bechara, que é Delegado Sindical e está de férias, portanto, com o contrato interrompido. A esses dois fatos, se soma um terceiro: não há nenhuma reclamação de sua atuação na função, nenhum processo disciplinar contra o bancário, nada que desse ou dê motivo ao Banco para descomissioná-lo.
A questão é que Antônio Bechara, estando de férias e sendo membro de uma das chapas que disputam as eleições da AFBEPA, estava em campanha aberta nas unidades do Banco, de acordo com as determinações estatutárias. Provavelmente, a diretoria julgou e condenou o bancário, sem informar-se de sua situação por completo, e acabou cometendo uma ilegalidade.
A Presidenta da AFBEPA enviou SMS à diretoria tratando da questão e teve como resposta, ainda na sexta-feira, que o Banco iria adotar as medidas corretivas. Na segunda-feira a portaria que descomissionava o bancário foi revogada.
Para esta AFBEPA, ficou clara a tentativa de intimidação, constrangimento e impedimento de um direito assegurado legalmente, qual seja o direito de associação coletiva, de organização enquanto classe trabalhadora, o direito de uso do tempo livre da forma como bem entender o trabalhador, em acordo com as normas vigentes. Felizmente, o ataque ao amplo direito não prosperou e valeu a legalidade, com a portaria sendo revogada.
A direção do Banpará precisa aprender a respeitar a liberdade de associação e organização em seu sentido mais amplo, inclusive porque a própria Legislação vigente no País protege os direitos dos trabalhadores de se organizarem enquanto classe e categoria, de divergirem do patrão, e de lutarem com suas estratégias no jogo de forças do capitalismo, onde o conflito na relação capital x trabalho está reconhecido e regrado, de certa maneira.
A AFBEPA É DOS BANCÁRIOS!
Na segunda-feira, 11, nova troca de SMS entre AFBEPA e Banco. Dessa vez, partindo da Diretoria a proposta para que as eleições da AFBEPA ocorressem via intranet do Banpará. Estranhamos que a direção do Banco tenha se mostrado tão aberta a um pedido que nem foi feito por esta AFBEPA e muito menos pela Comissão Eleitoral, que já ultimou todos os procedimentos para que as eleições e apuração se deem de forma segura, transparente e democrática.
A Presidenta da AFBEPA retornou a mensagem, respondendo à diretoria que quem está conduzindo o processo eleitoral é a Comissão Eleitoral e que deposita a máxima confiança de que o processo, nas mãos dos funcionários, será realizado com toda transparência e lisura.
A Presidenta da AFBEPA fez questão de lembrar à diretoria que houve alguns problemas em recentes eleições ocorridas na intranet do Banco, conduzidas pelo Sindicato. Citou dois:
1) Quando ocorreram as eleições para os representantes dos funcionários dos Comitês, via intranet do Banco, não houve apuração feita por aquela comissão eleitoral, mas apenas um link onde os resultados apareceram finalizados, um pacote pronto e acabado. Foi necessário, inclusive, entrada de Ação na Justiça, para que os resultados fossem detalhados, mas o Banco já havia destruído os arquivos, conforme afirmou o advogado do Banco em juízo;
2) Na eleição para o Consad, na qual o colega Carlos Antônio foi candidato a representante dos funcionários, que também ocorreu via intranet do Banco, quando faltava apenas 10 minutos para o fim da eleição, o processo eleitoral foi anulado, segundo determinação daquela comissão eleitoral vinculada ao Sindicato, porque teria havido repasse de informações ao candidato, o que nunca ficou comprovado, mas os votos dos bancários e bancárias nunca foram revelados. Nunca se soube do resultado daquela eleição. A vontade da categoria foi negada, atropelada, destruída.
Portanto, esta AFBEPA apoia integralmente a decisão correta da Comissão Eleitoral, até porque está baseada nas determinações estatutárias da Associação, quanto à forma da eleição. A nosso ver, as eleições estão mais seguras nas mãos dos associados que são os mais interessados em que o processo se dê com toda transparência e lisura.
A AFBEPA não está nas mãos da direção do Banco, mas sim nas mãos dos bancários e assim será, também, quanto às eleições para escolha de sua diretoria: nas mãos dos bancários.
Gostaríamos que a Diretoria do Banpará fosse tão ágil para repor nossos direitos e dinheiro sequestrados, devolver nosso Tíquete Extra, realizar nossa Promoção por Antiguidade, pagar todas horas extras, implantar o Ponto Eletrônico, pagar a VPP aos descomissionados da forma mais benéfica, cumprir o Regulamento de Pessoal, na forma posta atualmente, revisar e reajustar as demais comissões que não foram, ainda reajustadas; reajustar dignamente a comissão dos Caixas, cumprir e manter as conquistas negociadas nos Acordos Coletivos, cuidar da saúde e segurança dos bancários e parar de cobrar metas abusivas, respeitar a integridade física e emocional dos bancários e bancárias. Para isso, que nos é direito, interesse e conquistas, a direção do Banco cala e nega.
Por isso, estamos firmes na luta!
SEMPRE FIRMES NA LUTA,
UNIDOS SOMOS FORTES!
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