Extremamente autoritária. É essa a melhor descrição da
postura atrasada da administração do Banpará. Quem tem autoridade legítima,
além da legal, não precisa ser autoritário. Modernamente, todos preferimos o
diálogo e o respeito mútuo como meios de entendimento, principalmente quando se
há o fundamental em qualquer relação: confiança.
O caso mais recente de afronta aos direitos humanos e a
mostra escancarada de autoritarismo, é o ocorrido no PAB ALEPA, desde os idos
de 2005, até a última deliberação tomada pelo presidente, contrariando a decisão
unânime do Comitê Disciplinar que foi de perdão tácito aos bancários envolvidos. Vamos
aos fatos:
1) O bancário que atuava como coordenador do PAB ALEPA, naquele
momento, com o aval e aquiescência de seus superiores, realizava determinados
procedimentos que infringiam normativos internos;
2) Segundo o bancário, todos os procedimentos realizados
no PAB, eram informados à gerente, que o autorizava verbalmente a
operacionalizar o que a Assembléia Legislativa exigia, seja por meio de seus
funcionários de confiança, diretoria da Casa, seja pelo Presidente da ALEPA;
3) Esses procedimentos jamais foram questionados pelo
cliente: a ALEPA, e foram realizados, tendo o bancário a crença de que
as pessoas que o praticavam detinham fé pública;
4) Passados mais de sete anos, a administração do Banpará
determinou que fosse aberto Processo Administrativo Disciplinar, com o fim de
apurar individualmente as condutas funcionais;
5) No julgamento desse processo, as representações dos
trabalhadores e empregador, decidiram, por unanimidade, que devido o Banpará
não ter aberto o Processo Administrativo Disciplinar ao tempo das infrações, o
mesmo havia perdoado tacitamente todos os seus empregados que tinham, de uma
forma ou de outra, cometido alguma falha de procedimento;
6) Nesse julgamento também se firmou como entendimento
que o que foi apurado e decidido naqueles casos individuais, faria
jurisprudência para os demais;
7) No final do dia 10 de maio, o Presidente do Banpará seguiu
em sentido contrário ao que os representantes do Banco e os trabalhadores
decidiram no Comitê Disciplinar e demitiu, injustamente, o funcionário Jorge
Kleber. Esclareça-se que esse funcionário sempre foi muito dedicado, muito
querido entre os colegas de trabalho, pessoa simples e humilde, que somente teve
uma falha: obedeceu a ordens superiores contrariando o regulamento, sem
imaginar que estava dentro de um covil de lobos.
8) Um Relatório de Auditoria, foi fundamental para que as
representações dos empregados e empregador, chegassem ao entendimento que não
cabia mais nenhuma punição, porque o relatório mostra que quem tinha mais
poder que o Jorge Kleber, de coibir e modificar o que ocorria, nada fez, como,
por exemplo o Chefe da Auditoria e toda a diretoria do Banpará, naquele
momento, que tinham pleno conhecimento do que ocorria no PAB ALEPA;
9) Por que o Presidente do Banpará resolveu agir dessa
forma, sabendo que a sua decisão não foi a mais acertada, tendo em vista que o
tempo decorrido não permite mais qualquer punição?
Reina, nesse momento, a instabilidade, a insegurança
dentro da empresa. Esse clima retira principalmente a motivação e o estímulo que
os funcionários precisam ter para captar e buscar negócios, para que o Banpará
se mantenha forte, público e estadual.
Não interessa para o Banpará, o Banco patrimônio do povo
paraense, esse tipo de gestão. Os trabalhadores não se inclinam mais diante disso.
A época do medo já passou. O tempo, agora, é de respeito e diálogo, como
caminho para se alcançar metas comerciais e sociais, observando sempre o limite
humano e fixando regras que tenham por base, prioritariamente, a estrutura
oferecida dentro do ambiente do trabalho.
Para os funcionários do Banpará fica a lição: não façam
nada que não seja permitido, nada que contrarie o regulamento e as normas. O
Banpará, dentro da rotina do trabalho bancário, tem o dever de estabelecer
regras, e essas regras tem o condão de nortear a nossa prática de trabalho.
Continuamos, incansavelmente, na luta por justiça, ética,
respeito e direitos! E no combate à corrupção! O Jorge Kleber, assim como todos
os colegas injustiçados com as decisões arbitrárias da direção do Banpará, tem
a nossa total e ativa solidariedade! Não descansaremos até que toda a verdade
seja revelada e os verdadeiros culpados pelos desvios de dinheiro público da
ALEPA sejam punidos!
A assessoria jurídica da AFBEPA está à frente também
deste caso e avalia que as falhas do Banco serão consideradas em uma decisão
judicial, o que leva a crer que, a nível da Justiça, e pelos mesmos motivos, a decisão do Comitê Disciplinar deverá ser resgatada.
UNIDOS SOMOS FORTES!
Acontece que o "covil de lobos", à época, era comandado por lobos do atual partido político que comanda este estado, o PSDB do governador Jatene (administração Mário Couto), e ao seu maior aliado o PMDB (administração Domingos Juvenil), portanto...
ResponderExcluirRevoltante a entrevista mostrada hoje no Bom Dia Pará, dada pelo deputado do PSDB Megale, se eximindo da responsabilidade no pagamento dos cheques por êle assinados, e motivo de denuncias do MP do seu envolvimento, nos desvios de recursos públicos na ALEPA. Colocou toda a culpa no Banpará (funcionário).Sugiro que a AFBEPA possa levar essa reportagem ao Fórum sobre o fortalecimento do Banpará, para que seja mostrada aos participantes.
ResponderExcluirSempre eles acham um bode expiatório, uma pilha fraca, para justificar tanta bandalheira por parte dessa corja política. Detesto político e política. Por mim, isso seria extinto de um país. E ainda deve vir uma gigantesca pizza por aí.
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