sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

(IN)SEGURANÇA BANCÁRIA - "SAPATINHO" EM TAILÂNDIA

A Presidenta da AFBEPA postou em seu mural, no facebook, duas notícias acerca da tentativa, não consumada, de assalto ao Banpará de Tailândia, onde dois bancários foram vitimados. Houve invasão a domicílio, sequestro e as recorrentes ameaças. Leia, abaixo os posts no mural de Kátia Furtado, o primeiro à 00h57 e o segundo à 1h10 da madrugada desta sexta, ainda bastante impactada pelas notícias. 

"Soube por volta de 23h, de hoje, 19/1, que um colega bancário do Banpará, funcionário do Posto de Atendimento de Tailândia, havia sido vítima de mais um sapatinho. Os bandidos não levaram a sua esposa e filha, de 18 dias, porque as duas estavam na casa de sua sogra, no entanto, o levaram, nem sei por qual motivo, uma vez que o assalto ao Banco já não tinha como dar certo. Estou muito preocupada por ele, rezando muito para que ele esteja bem, assim como todos os outros colegas de Tailândia que estão com muito medo e preocupados. Tô aguardando uma notícia que diga que ele está bem, o pessoal do PAB está todo junto, rezando pelo companheiro de trabalho. É preciso urgência do Banco em criar mecanismos que retirem do trabalhador a responsabilidade pela guarda das chaves, os bancários não podem mais assumir o risco como se fosse seu o empreendimento e, ainda, amargar o prejuízo de ter a sua paz e tranquilidade perdida, dentre outras coisas."

"Neste instante, acabei de receber um telefonema de Tailândia que me deixou aliviada, o colega bancário, vítima do assalto no sapatinho, foi deixado pelos bandidos à 75 km de distância de Tailândia, sentido Belém, graças a Deus são e salvo. Meu Deus, obrigada! Os trabalhadores bancários precisam de segurança, assim como está, não dá! Vamos nos UNIR e lutar pelo direito de nos recusarmos a aceitar incumbências que coloquem as nossas vidas em risco, pois os únicos a sofrer somos nós, nossos familiares e as pessoas que nos amam."

DIREITO DE RECUSA DO EMPREGADO.
Como muito bem ressalta a Presidenta da AFBEPA, os bancários não podem mais continuar assumindo os riscos do negócio. O direito de recusa, levantado no ambiente bancário pelo saudoso advogado Dr. Castagna Maia, é uma ferramenta de segurança que assegura ao trabalhador a interrupção de uma atividade de trabalho por considerar que ela envolve grave e iminente risco para sua segurança, saúde e/ou de outras pessoas. 

Ou seja, o empregado que, não se sentindo seguro em iniciar ou continuar uma tarefa por julgar haver risco grave e iminente de acidente, comunica ao seu supervisor ou a chefia imediata para que haja a interrupção temporária da tarefa até que se elimine ou minimize os riscos no ambiente de trabalho.

Se for observado que é necessária medida corretiva/preventiva, esta deverá ser providenciada pela direção do Banpará antes de se iniciar ou recomeçar a tarefa. Não havendo concordância, o empregado deve interromper o trabalho e comunicar ao gerente de área para que sejam tomadas as medidas cabíveis.

É preciso da um basta a essa situação de medo e violência que sofrem permanentemente os bancários e bancárias! Está mais que evidente que bancário é profissão de risco e isso exige um tratamento à altura: investimento em proteção às vidas, estratégia e tecnologia em prevenção, fortalecimento, autonomia e articulação na área de segurança, repasse imediato da responsabilidade quanto às chaves das unidades e cofres a outros agentes que não os bancários, é o mínimo necessário para enfrentar e superar o atual estágio de (in)segurança em que estamos mergulhados.

O Banco deve enviar as equipes de segurança e saúde à Tailândia para abrir a CAT e cuidar dos dois colegas envolvidos, assim como também dos demais colegas da agência, todos emocionalmente bastante abalados. O correto é a agência não abrir hoje.

A AFBEPA está envidando todos os esforços para se deslocar ao município. Até fim do dia, traremos mais notícias.






ATUALIZAÇÕES 17h30:


A agência permaneceu fechada o dia inteiro. Os funcionários vitimados foram retirados do local. O Banco abrirá a CAT para os dois funcionários, que terão todo o atendimento médico necessário, segundo a área de segurança e saúde do Banpará.


A AFBEPA continua cobrando as devidas providências para o resgate da integridade dos funcionários e, sobretudo, para a proteção das vidas! Chaves de unidades e cofres e sobreaviso não podem continuar sendo responsabilidade dos bancários. O Banco, como o dono do negócio, é quem tem que assumir os riscos.





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4 comentários:

  1. o banco só vai tomar uma providencia, se é que vai, quando vidas forem perdidas. porque a nossa saúde, principalmente psicologica, a nossa tranquilidade e nossa paz estão sendo violentamente roubadas e o banco está assistindo de camarote e não toma nem uma atitude para acabar com esse crime. Aqui fica a sequinte pergunta: o banpará está acompanhando as investigaçães policiais? pois já aconteceu em 3 unidade do banpara o sapatinho, em menos de três meses. Um verdadeiro absurdo. onde está a falha? quem está falhando? o banco ou a policia?

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  2. o banco só vai tomar uma providencia, se é que vai, quando vidas forem perdidas. porque a nossa saúde, principalmente psicologica, a nossa tranquilidade e nossa paz estão sendo violentamente roubadas e o banco está assistindo de camarote e não toma nem uma atitude para acabar com esse crime. Aqui fica a sequinte pergunta: o banpará está acompanhando as investigaçães policiais? pois já aconteceu em 3 unidade do banpara o sapatinho, em menos de três meses. Um verdadeiro absurdo. onde está a falha? quem está falhando? o banco ou a policia?

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  3. Meu Deus até quando vamos viver dessa forma, com medo, sobressaltados, sem segurança e ninguém faz nada.

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  4. Colega, nem quando morrer algué, vão fazer alguma coisa. Só se o morto fosse ente querido deles. Só trabalhamos nos interiores por falta de opção e necessidade de vida. Hoje, neste Brasil cruel, ninguém mais se importa com vida de ninguém. O amor e a sensibilidade ao próximo ficaram há muito no passado. "Pimenta só arde no alheio".

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