O Banpará presta apoio financeiro à entidade beneficente Casa do Menino Jesus III há mais de sete anos.
Apenas 17 funcionários se dirigiram para o trabalho no prédio alugado, na rua 28 de setembro n.º 276, naquela manhã do dia 26 de outubro de 1961, quando o Banco do Estado do Pará iniciava sua caminhada sob a bandeira do estímulo ao fomento e do desenvolvimento socioeconômico do Pará. Certamente não poderiam imaginar, àquela altura, o que seria a estrada percorrida pelo Banco até os dias de hoje.
Em julho de 1964, o Banpará foi transferido para sua primeira sede própria, no edifício Dias Paes, na Avenida Presidente Vargas n.º 275. Em 18 de fevereiro de 1966, foi inaugurada a primeira agência no interior do Estado, em Santarém; e em 1967 a primeira agência fora do Estado, no Rio de Janeiro. Em 9 de setembro de 1971, a Matriz do Banpará passou a atuar na Travessa Padre Prudêncio n.º 154, e a agência Belém Centro no térreo do prédio da Associação Comercial do Pará. Hoje a agência Belém Centro ocupa o térreo do outrora Edifício Dias Paes, agora denominado Edifício Banpará. Até então o Banco do Estado do Pará possuía a sigla BEP. Em 12 de dezembro de 1979, foi aprovada a nova sigla Banpará, mais facilmente identificada com o nosso Estado.
A caminhada tem sido repleta de desafios, lutas e vitórias, sempre na defesa e em busca de um projeto maior, onde a atuação do banco público estadual se dê em consonância com uma política de desenvolvimento capaz de realmente garantir emprego, trabalho e renda ao povo paraense, especialmente para as parcelas ainda tão excluídas do acesso à formação e qualificação, e de equipamentos, produtos e serviços públicos.
Nas décadas de 80 e 90 o Banpará venceu duas grandes guerras, com a força dos seus funcionários que foram capazes de salvar o Banco. Foi assim quando a AFBEPA foi fundada em 1987. O Banpará estava sob intervenção do Banco Central e iria ser extinto, não fosse a coragem e a independência de um grupo de funcionários, que lutou com todas as armas e conseguiu livrar o Banco. Destacamos o querido Nazareno Tourinho, primeiro presidente da AFBEPA, em nome de quem saudamos a todas e todos aqueles valentes funcionários. Depois, em 1998, o Banpará estava novamente fadado a ser extinto na esteira de uma nefasta política de extinção dos bancos estaduais a partir do chamado Relatório Bozz-Allen, encomendado pelo governo federal. Mais uma vez os bancários e bancárias uniram forças, lutaram e chegaram ao ponto de decidir, em assembléia, o empréstimo por onze meses, de 20% dos seus salários para capitalizar o Banco, o que ainda não foi quitado.
Os dedicados funcionários do Banco amargam, hoje, a sobrecarga de trabalho que gera stress e adoecimentos, e sofrem o pânico de serem as potenciais vitimas da (in)segurança bancária. O Banpará está no topo da trágica lista de assaltos a bancos na modalidade “sapatinho” em que o assalto é precedido de seqüestro do bancário e seus familiares. Ao mesmo tempo, se tornam cada vez mais imprecisas as políticas de saúde e segurança do Banpará, se é que existem, de fato.
Os funcionários, em permanente luta por direitos, conquistaram, em recentes campanhas salariais e na Justiça do Trabalho, em 2010, a implantação do PCS, após 16 anos de salários congelados. A grande maioria foi reenquadrada nos primeiros níveis da tabela, prejuízo que refletirá diretamente na aposentadoria. Na última campanha salarial, a luta dos bancários e bancárias do Banpará conquistou o melhor acordo coletivo de trabalho em todo o país na categoria bancária, isso porque invertemos a pauta e começamos a negociar pelas cláusulas econômicas, o que levou a categoria a paralisar 98% das agências, postos e matriz no terceiro dia de greve.
Hoje são 1.304 funcionários distribuídos entre a Matriz do Banco e as 42 agências e postos de atendimento, na capital e interior do Estado. Hoje o Banpará se autodefine com “uma Sociedade de Economia Mista, organizada sob a forma de banco múltiplo, com a missão de ser um banco moderno, autossustentável, comprometido com a excelência no atendimento, com as políticas de fomento e desenvolvimento socioeconômico do Pará, atuando com ética e responsabilidade social.” Dentre seus objetivos, destacamos as grandes metas assim formuladas: “Ser o eficiente agente financeiro do governo do Estado do Pará”, e “Ser relevante instrumento de desenvolvimento econômico do Estado”, que são como luzes no fim de um túnel para o Banco que precisa voltar a realizar sua principal missão.
O Banpará que queremos nos próximos 50 anos será muito melhor que o Banco que temos hoje. A começar de agora, quando estamos reivindicando, dentre outros pontos, a contratação de mais 300 funcionários por concurso público; a resolução das pendências do PCS de modo a, efetivamente, valorizar os funcionários; a implantação do Ponto Eletrônico, cujo acordo está selado na Justiça do Trabalho; a implantação de uma política de saúde que cuide da prevenção e promova saúde, e de uma política de segurança que cuide da proteção às vidas e garanta, de fato, segurança aos funcionários e clientes do Banco. Queremos respeito, valorização e dignidade e por isso lutamos e trabalhamos muito!
Queremos o Banpará cada vez mais forte, cada vez maior, com melhor e potente tecnologia, com melhores e mais produtos acessíveis ao povo, menores taxas de juros, para cumprir, finalmente, sua missão primordial de levar a cada família necessitada do nosso Estado a possibilidade de inclusão econômica e social através da concessão do crédito e do microcrédito para gerar trabalho, emprego e renda, para alimentar sonhos que poderão fazer os paraenses crescerem e o Pará, mais unido e forte, crescer com seu povo, com seu Banco, com o nosso Banpará.
Parabéns a todos e todas que fizeram, fazem e farão do Banpará, cada vez mais, o Banco do Povo paraense!
Deu na Agência Pará de Notícias
Programação pelos 50 anos do Banpará - Missa e Palestra
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Banco misto, que opera tanto na área comercial, quanto na de fomento, nos últimos anos o Banpará apresentou um crescimento em torno 50% de aplicação de suas taxas, enquanto que a carteira de crédito já ultrapassa R$ 1,5 bilhão, para captações em torno de R$ 2 bilhões. Olhando para o futuro, o banco voltará a operar com o BNDES em 2012. Para tanto, adquiriu equipamentos e está treinando técnicos. O sucesso do Banpará fica ainda mais evidente pelo alto grau de autonomia, pois se mantém com recursos próprios, ou seja, não tem dotação orçamentária para custeio e ainda gera excedente para atuar no âmbito social. Atualmente é presidido pelo funcionário de carreira Augusto Costa.
Para celebrar essa trajetória de sucesso, além da missa, que será realizada nesta terça-feira, 25, às 19h, na Catedral Metropolitana de Belém, o Banpará convidou o Doutor em Economia Luiz Mendonça de Barros, que já foi ministro das Comunicações, presidente do BNDES e diretor do Banco Central para falar sobre as perspectivas e cenários econômicos do Brasil, nesta quarta-feira, 26, às 18h, no Centro de Convenções da Amazônia - Hangar.
Fonte: Ag. Pará de Notícias
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ResponderExcluirSinceras felicitações ao Jubileu de Ouro do nosso Banpará. Será que ainda tem funcionários na ativa dessa época????
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