sábado, 9 de julho de 2011

AUDIÊNCIA COM O MPE - REPERCUSSÃO NO LIBERAL


 
MP vai convocar bancários









Depoimentos

Promotor quer saber detalhes de saques fraudulentos na Assembleia

O Ministério Público do Estado do Pará (MPE) pretende chamar os funcionários que efetuaram, de maneira irregular, o pagamento de cheques da Assembleia Legislativa em favor de prestadores de serviço. "Eles serão ouvidos como testemunhas no processo que nós temos da Assembleia, porque eles podem nos apresentar valorosos esclarecimentos sobre o caminho pelo qual o pagamento era realizado, quem fazia pressão neles. E isso vai nos dar uma ideia geral da fraude. Então, nesse sentido, esses depoimentos serão importantes para a gente", declarou o promotor de Justiça Nelson Medrado, que participou, na manhã de ontem, de uma audiência com representantes de entidades sindicais ligadas à categoria dos bancários. De acordo com Medrado, o que mais chamou a atenção do MP durante a reunião foi a denúncia de participação do "escalão superior" no esquema. "Os pagamentos eram visivelmente irregulares, mas, segundo foi relatado pelos representantes do sindicato, foram feitos devido à pressão que era feita aos funcionários do banco", declarou.


As pessoas que atuavam no alto escalão também podem ser ouvidas. "A investigação, se você percebe, está indo de baixo para cima. Nós ouvimos empresas, vamos ouvir os funcionários e vamos subindo para ver até onde vai dar a fraude. Ou seja, de onde partiu, quem era o cabeça desse esquema criminoso. Esse é o sentido da investigação", enfatizou o promotor. Além de Medrado, a reunião de ontem contou também com a presença do promotor Arnaldo Azevedo. O procurador-chefe do MPE, Eduardo Barletta, não participou da reunião. Ele explicou que por ter uma pessoas da família (Rosana Barleta, que é prima) envolvida no esquema, prefere se manter afastado das investigações referentes ao caso Alepa.

Conforme o jornal O LIBERAL e a TV Liberal adiantaram ontem, funcionários do Banpará teriam sido pressionados por sevidores da Assembleia para que fossem efetuados pagamentos de cheques emitidos pela Casa, mesmo alguns documentos estando sem as assinaturas do então presidente e do primeiro secretário do Poder Legislativo, Mário Couto e José Megale, respectivamente. Entre os anos de 2005 e 2006, foram emitidos cerca de 80 cheques - no total de R$ 2 milhões - em favor de prestados de serviços. Os documentos eram endossados pela servidora Daura Hage, da Comissão de Licitação, e que também vem sendo investigada.

“O Banco fez auditoria, não reclamou o dinheiro e agora os servidores que têm que sofrer assédio. Viemos por dois motivos. Primeiro parabenizar o trabalho do MP e depois prestar apoio ao servidores do Banpará, que são trabalhadores humildes. Nós queremos que quem usufruiu desse dinheiro devolva esse valor ao Estado. O Banpará é uma estatal que deve estar à serviço do povo”, enfatizou a senadora Marinor Brito (Psol), que acompanhou os sindicalistas no encontro realizado no Ministério Público.

De acordo com Kátia Furtado, presidente da Associação dos Funcionário do Banpará, cerca de cinco funcionário da instituição bancária tiveram seus nomes envolvidos na fraude, por terem efetuado os pagamento, sob pressão. “O trabalhador é a ponta mais fraca nessa história toda. A gente pediu (aos promotores) que os funcionários sejam ouvidos anonimamente, porque eles são vítimas dessa história de
corrupção que avassala o Estado do Pará. Eles não têm culpa mesmo. Foram pressionados de alguma forma”, afirma.
 
Sérgio Duboc, ex-diretor financeiro da Assembleia, é apontado como a pessoa que pressionava os funcionários do Banpará. “O bancário não pode ser pregado na cruz como o grande vilão dessa corrupção que se instalou na Assembleia. Que o MP continue verificando com firmeza e chegue aos verdadeiros culpados”, concluiu Vera Paoloni, representante da Federação dos Bancários.



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Um comentário:

  1. Esse Duboc faz inveja a Al Capone. Bandido da pior estirpe. Deve estar fora do país com certeza e já poderiam por a Interpol na cola dele.

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