segunda-feira, 25 de abril de 2011

SINAIS DA CRISE: CHANTAGEM DO MERCADO RENDE COPOM

Agora quem afirma não é a oposição, nem a de direita e nem a de esquerda, é a própria Contraf/Cut, é a Cut quem reconhece os sinais da crise. Leia abaixo matéria pinçada do site da Contraf/Cut. Clique aqui para ler a postagem na íntegra.

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Copom cede à chantagem do mercado e compromete crescimento e empregos

Apesar de contrariar parcialmente o mercado financeiro, que nas últimas semanas vinha exercendo forte pressão para uma elevação maior da taxa básica de juros, na opinião da Contraf-CUT a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar a Selic em 0,25% é um grave equívoco que comprometerá ainda mais o crescimento econômico deste ano, com implicações negativas na geração de emprego e na renda dos trabalhadores.

"O Banco Central mais uma vez cedeu à chantagem do mercado financeiro, que faz terrorismo com o risco inflacionário e com suposto descontrole das contas públicas, mesmo com a redução do ritmo de geração de empregos em março, o que indica desaceleração de importantes setores da economia, e do superávit fiscal de R$ 40 bilhões nos primeiros três meses do ano", critica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

A taxa Selic chega agora a 12% ao ano, a mais alta do mundo e três vezes superior à do segundo colocado, a Turquia. Projeções indicam que o Brasil deverá gastar R$ 230 bilhões com juros da dívida pública em 2011, o equivalente a 5,6% do Produto Interno Bruto (PIB), quase seis vezes os R$ 40,1 bilhões destinados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e 15 vezes os R$ 15,5 bilhões orçados para o Bolsa Família.

Somente o 1,25% de elevação da taxa Selic decretada este ano pelo Copom representa aproximadamente R$ 18,5 bilhões de aumento da dívida pública.

"Esse é o mais nefasto programa de transferência de renda da sociedade brasileira para os rentistas detentores de títulos da dívida pública. Por isso, o Brasil é a sétima economia mundial e um dos dez países com a pior distribuição de renda", afirma Carlos Cordeiro. "É uma negação absoluta dos compromissos assumidos pela presidenta Dilma Roussef de que pretende em seu governo acabar com a miséria e levar o Brasil a taxas de juros civilizadas, próximas dos países do Primeiro Mundo." 


Leia mais em Contraf/Cut.


2 comentários:

  1. Mas o que afbepa andou pregando por aqui, era que devido aos gastos do governo aproximava-se um tsuname inflacionário, em nenhum momento falou-se em terrorismo do mercado finananceiro, em relação a inflação, para forçar aumento de juros. Só fez reverberar o discurso da urubóloga miriam leitão.

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  2. Não só os gastos do governo, mas, sobretudo, a política econômica do governo caminha e avança nesta era petista para satisfazer TODAS as necessidades do capitalismo em sua fase atual, mais destruidor que nunca, dos ecossistemas, das vidas, das esperanças... é devastador que o PT tenha se submetido à essa perspectiva, enquanto partido que foi referência de luta dos trabalhadores e de todas os segmentos mais ou menos marginalizados pelo capital na América Latina. Hoje, companheiros, como nunca antes neste país, o PT é apenas um partido da ordem.

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