As providências para a Sessão Especial em defesa do fortalecimento do Banpará, ocorrida ontem, na ALEPA, nos tomaram todo o tempo disponível nas últimas quinta, sexta e segunda-feira e hoje, portanto, estamos publicando uma síntese da reunião ocorrida na última quinta-feira, dia 10 de março, entre a presidente em exercício da AFBEPA, Cristina Quadros e o presidente do Banpará, Augusto Sérgio Costa.
A reunião foi produtiva em alguns aspectos. A AFBEPA solicitou a organização de uma agenda prática e viável para o tratamento adequado de algumas urgências do Acordo Coletivo de Trabalho - ACT 2010/2011 e demandas reprimidas.
Quanto à Clausula 14a do ACT, que trata da implantação do PONTO ELETRÔNICO, a AFBEPA ressaltou que trata-se de medida urgente para resolver irregularidades como extrapolação de jornada sem o devido pagamento das horas extras, o que leva ao adoecimento, além de causar um passivo trabalhista para o banco. Lembrando sempre que o Ponto Eletrônico já está presente em acordos coletivos há três anos, sem nunca ter sido implantado, e que na última campanha salarial, o encontro que aprovou a Minuta de Reivindicações decidiu por aditar o acordo e cobrar, em valores, pela não implantação do Ponto Eletrônico. Infelizmente, a redação da Minuta desrespeitou a vontade dos funcionários e o aditamento e a cobrança dos valores sequer foram colocados em negociação.
Neste ponto, o presidente informou que as máquinas já estão compradas e que falta ainda adquirir o sistema. O presidente afirmou que o Ponto Eletrônico será instalado na vigência deste ACT 2010/2011.
Quanto à Cláusula 27a, que trata da SEGURANÇA BANCÁRIA, lamentavelmente a redação final da cláusula não corresponde a tudo o que foi divulgado durante a Campanha Salarial, quando o sindicato afirmava que o banco iria contratar uma empresa para guardar as chaves das agências e postos de atendimento; ao contrário, a cláusula apenas determina que o banco realizará estudos técnicos.
A AFBEPA ressaltou que a situação da (in)segurança é muito grave e que os colegas gerentes, tesoureiros e coordenadores, e seus familiares, estão expostos às ações das quadrilhas. A AFBEPA pediu que o Banpará inicie, em caráter de urgência, o processo licitatório para contratar empresa de segurança para guardar as chaves das agências e postos de atendimento.
A AFBEPA também pediu que, diante dos traumas pós-assaltos, muitos colegas precisam de tempo e tratamento adequado, além do ressarcimento dos bens móveis subtraídos durante os assaltos e sequestros, uma vez que, na modalidade "sapatinho", a casa se torna extensão do local de trabalho.
O presidente disse que há disposição para resolver essa questão da contratação de empresa para guardar as chaves das agências e postos, no entanto, há alguns municípios em que isso não é possível, porque não existem as empresas de segurança, e que, portanto, é preciso resolver caso a caso, por município, encontrando caminhos alternativos diante da realidade em cada local.
Quanto à questão do tempo e dos cuidados com os traumas pós-assaltos, assim como quanto à questão do ressarcimento dos bens móveis subtraídos durante assaltos e sequestros, o presidente afirmou que o banco será mais flexível e que também avaliará caso a caso, mas que o tratamento será mais humano e adequado nestas questões.
A AFBEPA solicitou, também, que seja feito um planejamento por local de trabalho para o levantamento das reais necessidades e que sejam, urgentemente, CONTRATADOS CONCURSADOS para resolver a sobrecarga de trabalho nas agências. O presidente disse que não pretende contratar agora, mas que irá fazer um planejamento e levantar as necessidades, por agência. A AFBEPA ressaltou a necessidade de serem resolvidas a sobrecarga de trabalho e os desvios de função, além da extrapolação da jornada.
A AFBEPA solicitou que seja efetivada a PROMOÇÃO POR MERECIMENTO EM 2011, de acordo com o Regulamento aprovado em assembléia e juntado à Ação de Cumprimento do PCS. O presidente disse que, segundo o ACT, o Banpará está obrigado a fazer a promoção em 2012, e que há alguns projetos pilotos para definição de critérios para promoção. Pediu que a AFBEPA trate desta questão com a Diretora Administrativa do Banpará. A AFBEPA afirmou que desconhece a determinação, em ACT, quanto à promoção em 2012, e solicitará, via ofício, à Diretora Administrativa, que informe a categoria quanto aos rumos do PCS, assim como o retorno da AFBEPA ao GT PCS, que foi um compromisso assumido pelo presidente na primeira reunião com a AFBEPA, ainda em janeiro.
Quanto ao REEMBOLSO DOS 20% doados em 1998 para capitalizar o Banpará, questão também levantada pela AFBEPA, o presidente pediu que esta discussão seja pautada em outro momento. A AFBEPA não abrirá mão de pautar sempre essa questão e cobrará o reembolso aos funcionários, devido desde 1998.
Quanto a abusividade no CUSTEIO do novo plano de saúde UNIMED, que incide sobre verbas variáveis, a AFBEPA pediu a correção dessa determinação e a devolução dos valores cobrados indevidamente. Foram relatados casos em que alguns funcionários chegaram a descontar mais de mil reais do pagamento atrasado do sobreaviso, desde quando nem havia ainda o contrato celebrado entre o banco e a UNIMED. O presidente concordou que há problemas e afirmou que solicitará uma análise desta questão.
Quanto à COMUNICAÇÃO entre a AFBEPA e os bancários e bancárias, o presidente reabriu o canal via NUMAC para comunicados, convites e boletins informativos e disse que vai pedir um estudo quanto a possibilidade de liberar o acesso ao blog da AFBEPA.
A AFBEPA solicitou, também, uma agenda específica para que os grupos abertos de trabalho, compostos por funcionários, possam apresentar as reflexões e propostas sobre PCS E SALÁRIO, SAÚDE E SEGURANÇA, e FORTALECIMENTO DO BANPARÁ E VALORIZAÇÃO DO FUNCIONALISMO ao presidente e à direção do Banpará. O presidente afirmou que tem todo interesse em escutar as propostas dos funcionários e que poderá organizar essa reunião já para o final de maio, conforme foi sugerido pela AFBEPA.
Em nossa avaliação a reunião foi relativamente produtiva porque algumas questões ficaram apontadas: estudos, análises e novas reuniões para o tratamento dos pontos pendentes.
A AFBEPA está solicitando reunião com a Diretora Administrativa para encaminhar as questões levantadas e esperamos que, brevemente, as pendências sejam resolvidas pela nova direção, que fará um mês de gestão no dia 23 de março.
A AFBEPA também está, novamente, solicitando reunião com a direção do Sindicato dos Bancários para tentar, mais uma vez, trabalhar em conjunto na defesa dos interesses, direitos e conquistas do funcionalismo.
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Desculpem, mas nunca vejo nas negociações com a diretoria, o assunto "PLR para os adoecidos em licença doença", doenças essas na maioria dos casos, causadas nos interiores devido aos inúmeros assaltos em que estamos sujeitos a passar, bem como as péssimas instalações físicas das agências e PAB's. Já que o relacionamento será mais humano, pediria a sensibilidade para que os adoecidos passem a receber tb a PLR, esses que mais e mais precisam desse benefício e que continuam com vínculo empregatício com a instituição.
ResponderExcluirFavor publicar.
Obrigado.
Quanto ao novo contato com o nosso maior inimigo de 4 anos atrás, o Sindicato da Ana, por mim os deixaria quietos. Agora qualquer menção de recomposição será aceita por eles, já que perderam a proteção da antiga diretoria e do governo estadual.
ResponderExcluirBoas Vindas ao novo presidente!
ResponderExcluirQue pelo visto tem se mostrado sensível e complacente com os funcionarios do Banco. Históricamente reabre um canal imediato de negocialçoes e debate quanto a melhorias para cada um de nós.
Boa Sorte Presidente!
Bons tempos surgem no horizonte dos bravos trabalhadores do Banpará!
Prezado anônimo das 17h10, temos pautado, recorrentemente, o problema da atenção aos adoecidos porque sabemos que a situação é grave. Os adoecidos têm toda nossa solidariedade e apoio nas justas reivindicações.
ResponderExcluirQuanto ao problema da PLR, o banco segue a convenção assinada com a Fenaban, o que não o impede de melhorar o convencionado para os funcionários do Banpará, a exemplo da parcela adicional que a nível nacional é de 2% e no Banpará foi de 4% nos dois últimos anos; o que significa dizer que há sim espaço para lutar o PLR aos adoecidos. O argumento do banco e dos que são contra, é de que a PLR deve ser distribuída entre os que ajudaram a dar o lucro do período, o nosso argumento é de que o lucro, mesmo o lucro do período, nunca é estático, ele sempre deriva de um trabalho feito ao longo de anos de acúmulo, para que se chegue aquele resultado do período.
De toda forma, os advogados da AFBEPA já estão estudando o caso e, em breve, teremos um caminho jurídico para fortalecer esta luta que é de todos nós, bancários e bancárias do Banpará.
Obrigado por seu comentário e apareça sempre.
Muito obrigada e fico mais calma com essa resposta. Vamos ficar na torcida que a nova diretoria se sensibilize e nos ajude nesse tempo em que ficamos à mercê das consultas médicas, medicamentos caríssimos, exames pela hora da morte, e outras despesas pesadas.
ResponderExcluirObrigada.