BANPARÁ SE TORNA O RECORDISTA EM ASSALTOS COM SEQUESTROS DE GERENTES E FAMILIARES. QUEM SERÁ A PRÓXIMA VÍTIMA? BASTA!
Só em 2010, até agora, oito agências e Pab’s do Banpará já foram assaltados. A maioria na modalidade “sapatinho” em que a violência inclui o seqüestro do gerente e de sua família. Houve também casos em que os bandidos usaram a modalidade "tora", em que a quadrilha entra a peso de bala nas agências bancárias. Seja qual for a modalidade, o fato é que os trabalhadores bancários vitimados adquirem fortes traumas e os que não passaram por essa violência se tornam reféns do medo de serem as próximas vítimas.
Abaixo, as cidades e as datas dos assaltos ao Banpará:
Garrafão do Norte – 10 de fevereiro de 2010 (o primeiro assalto, seis meses antes foi em 11 de setembro de 2009)
Sapucaia – 16 de julho
Santarém – 3 de agosto
Eldorado dos Carajás – 9 de agosto (junto com o Banco da Amazônia)
Santa Isabel – 4 de novembro
Floresta do Araguaia – 18 de novembro
Tracuateua – 20 de dezembro
Castanhal – 23 de dezembro
A AFBEPA tratará como prioridade em 2011 a questão da (in)segurança bancária que já vitimou dezenas de bancários e seus familiares. Basta! Não é possível que essa situação se mantenha. Enquanto as quadrilhas que articulam o tráfico e os assaltos a bancos atingem os bancários e suas famílias, fazendo-os reféns nesse verdadeiro estado de guerra que é o nosso Pará, as direções de bancos continuam comemorando os recordes de lucros.
CADÊ A CLÁUSULA NO ACT 2010/2011 QUE DETERMINARIA QUE AS CHAVES FICARIAM COM EMPRESAS DE SEGURANÇA, POUPANDO OS BANCÁRIOS DESSA RESPONSABILIDADE E DESSA VIOLÊNCIA?
Durante a Campanha Salarial, a direção do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá divulgou o tempo inteiro que uma das maiores conquistas seria a determinação, em ACT, de que não mais os bancários portariam as chaves das agências, mas uma empresa de segurança seria contratada pelo banco para assumir essa responsabilidade. Lamentavelmente, quando enfim tivemos acesso ao texto final do ACT, redigido ao bel prazer e de acordo com as conveniências dessa direção sindical, tudo o que se lê a esse respeito é um manifesto de intenções sem efeito algum prático para ajudar a proteger os bancários. A cláusula vigésima sétima, que diz tratar da SEGURANÇA BANCÁRIA determina que “O Banco se compromete a realizar estudo de viabilidade técnica visando a alteração do modelo de abertura e fechamento das unidades do interior.” É só.
Há muitos aspectos a serem tratados, desde a prevenção até os cuidados pós-assaltos e seqüestros. As autoridades públicas, as direções de bancos, os parlamentares e o judiciário, todos devem se comprometer e unificar esforços para combater este crime organizado e sanar os danos que as vítimas – os bancários e suas famílias – estão sofrendo.
NA PRIMEIRA QUINZENA DE 2011, A AFBEPA ENVIARÁ A PARLAMENTARES, AUTORIDADES PÚBLICAS, GOVERNOS, ENTIDADES E DIREÇÃO DO BANPARÁ, UM DOSSIÊ (IN)SEGURANÇA BANCÁRIA QUE SERÁ A BASE DE UM MOVIMENTO PARA SUPERAR O ATUAL ESTADO DE GUERRA QUE RONDA E ATINGE PERMANENTEMENTE A CATEGORIA BANCÁRIA.
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