terça-feira, 20 de julho de 2010

RELATIVAMENTE POSITIVA A REUNIÃO DA AFBEPA COM O SINDICATO

Foi relativamente positiva a reunião de última hora que aconteceu ontém, dia 19 de julho, entre a AFBEPA e o Sindicato dos Bancários. Como postamos aqui no blog, na segunda-feira passada, dia 12 de julho, a AFBEPA enviou uma Carta Aberta ao Sindicato dos Bancários, reconhecendo a importância da ação judicial em defesa do direito dos funcionários do Banpará na participação do leilão de imóveis. Na mesma carta, a AFBEPA solicitou o apoio do Sindicato para a efetivação de algumas questões importantes para os funcionários do Banpará.

Ontém, dia 19 de julho, uma semana após ter enviado a Carta Aberta, a presidenta da AFBEPA dirigiu-se ao Sindicato, para conversar pessoalmente e buscar resolver as questões de forma positiva para os bancários e bancárias.

Na primeira tentativa, por volta das 16h20, Kátia Furtado estava acompanhada de Wilson Leão, delegado sindical da Ag. S. Brás. Tentaram falar com Rosalina Amorim, porém, na recepção, foram avisados de que havia uma reunião de diretoria.

Por volta das 19h30, Kátia Furtado retornou ao Sindicato para tentar, novamente, conversar com Rosalina Amorim. Desta vez, além de Wilson Leão, também estava acompanhada de Izabel Cristina Lagos, delegada sindical da Ag. Telégrafo.

A reunião foi rápida e aconteceu em clima ameno e respeitoso, naturalmente. As questões foram tratadas da seguinte forma:

ASSEMBLÉIA DO PLANO DE SAÚDE - Kátia Furtado ressaltou a necessidade de uma assembléia, para que todas as questões relativas ao Plano de Saúde sejam esclarecidas pelo Banpará, Cafbep e Unimed, antes da adesão ao novo plano. Com muita ênfase, Kátia Furtado levantou a questão do patrimônio remanescente com a extinção do PAS/CAFBEP, que hoje, salvo engano, deve possuir um saldo em torno de 5 milhões de reais, segundo o balancete de maio de 2010, e que, conforme o Regulamento do PAS/CAFBEP, deve ser transferido aos patrocinadores e ser revertido em serviços assistenciais ao seus empregados. No entanto, o banco está solicitando que os funcionários façam a adesão ao novo Plano com a Unimed, mas renunciem ao PAS/CAFBEP, o que, pode ocasionar, ou não, perda de direitos. É necessário que tudo seja bem esclarecido para que os bancários e bancárias possam sentir-se seguros ao optar pelo novo plano com a Unimed.
Rosalina Amorim, escutou atentamente e se comprometeu em, na proxima reunião com o Banpará, tratar da questão do patrimônio remanescente. Sobre a assembléia de esclarecimento, Rosalina disse que será convocada, caso sinta a necessidade da categoria.

PCS - Kátia Furtado levantou a defesa do Regulamento original produzido pelo GT Paritário e juntado à Ação de Cumprimento, onde as cláusulas 15ª e 16ª definem como sendo de dois anos o interstício para promoção por antiguidade e por merecimento, sendo que neste tempo haverá duas promoções por merecimento, e uma promoção por antiguidade, desta forma garantindo a implantação efetiva da segunda etapa e a mobilidade necessária aos funcionários, que suportaram mais de 15 anos de salários congelados, além de terem doado 20% de seus salários para capitalizar o banco em 1998.
Rosalina Amorim afirmou que também defende este Regulamento, e que pautará com o banco os prazos para a implantação da segunda etapa do PCS no Banpará. Sobre a doação de 20% dos salários, Rosalina afirmou que também concorda que não se deve abrir mão disso, que deve ser renegociado com o banco.

ESTUDO E CALENDÁRIO DE REPOSIÇÃO DAS PERDAS - Kátia Furtado levantou a necessidade de ter um estudo técnico das perdas desde a década de 90, quando os diversos planos econômicos corroeram o poder de compra dos salários da categoria bancária. No caso do Banpará, ressaltou Kátia, ainda houve os já citados congelamento de salários e doação de 20%. É inegável que os salários estão achatados e a categoria completamente endividada. Pela proposta da AFBEPA, além do índice de reposição das perdas do período e de algum ganho chamado real, seria necessária a reposição das perdas desde a década de 90. O estudo técnico permitiria negociar com a direção do banco um calendário específico de reposição gradual ao longo de um período de cinco ou seis anos, por exemplo, de modo que os bancários e bancárias pudessem, neste prazo, recuperar sua qualidade de vida e desafogar do endividamento.
Rosalina Amorim disse que, neste caso, preferia discutir o piso salarial. Kátia Furtado afirmou que também concorda que a discussão do piso salarial é fundamental, mas que sempre há uma "desculpa" dos bancos para que o piso não seja alterado significativamente, deste modo, a direção do banco, que segue o acordo da Fenaban, não alteraria realmente o piso da categoria. Kátia ressaltou que seria importante retomar esse debate das perdas desde a década de 90.

CAMPANHA SALARIAL / CONGRESSO DO BANPARÁ - Kátia Furtado lembrou que na V Conferência Regional foi informado que haveria, em julho, um Congresso de funcionários do Banpará. Kátia reiterou a solitação para que este Congresso seja realizado no início de agosto, uma vez que em julho, período de férias escolares, os bancários e bancárias vivenciam o lazer nos finais de semana com seus familiares. Ressaltou também que é necessário um fórum maior que a reunião de delegados sindicais para aprovar a minuta de reivindicações da categoria e preparar a agenda de mobilizações da campanha salarial.
Rosalina Amorim disse que não há tradição de Congresso do Banpará e que a reunião de delegados sindicais é um bom fórum para aprovar a minuta de reivindicações. Que pensa em chamar um Congresso do Banpará para discutir a defesa do banco, envolvendo, inclusive, a sociedade, diante do que Kátia afirmou, com alegria, que isso será muito bom, e que esse é um desejo permanente da AFBEPA, mas que com relação à Campanha Salarial, seria importante envolver a categoria desde seu início, na construção e aprovação da minuta.
Ainda no tema Campanha Salarial, foi tratada a questão do ponto eletrônico que está no Acordo Coletivo cuja vigência finda em 31 de agosto, mas que já vem de 3 acordos anteriores sem nunca ter sido cumprido. Kátia Furtado ressaltou a importância do ponto eletrônico para a garantia dos direitos quanto à jornada de trabalho e questionou sobre o cumprimento deste ítem do ACT ainda na vigência deste Acordo e Wilson Leão ressaltou que a implantação do ponto eletrônico seria a única forma de resolver um dos grandes problemas ainda graves nos locais de trabalho: o apadrinhamento. Segundo Rosalina Amorim e Sandro Mattos, o Banpará já estava implantando um modelo de ponto eletrônico quando as normas técnicas, regulamentadas nacionalmente, foram alteradas para garantir maior segurança e defesa dos trabalhadores. É que o ponto eletrônico estava sendo burlado e por isso novas tecnologias estão sendo implantadas. Segundo Rosalina e Sandro, o Banpará garante que implanta o ponto eletrônico ainda na vigência deste ACT 2009/2010.

Wilson Leão levantou também questões importantes relativas à reestruturação que está acontecendo em algumas unidades como São Brás e Arterial, onde a estrutura vigente propicia descriminação e desvio de função, além da extrapolação da jornada. É preciso ouvir os funcionários e arrumar o que ainda é necessário como no pab Jucepa, ligado à São Brás, onde o volume de trabalho pede mais um caixa. A cada recebimento de DARF o caixa dá 54 toques, e há uma média de 380 DARF's por dia, o que compromete totalmente a saúde do bancário, que não tem o intervalo para descanso de 10' a cada 50' trabalhados e intervalo intrajornada de 15' para alimentação. Sandro disse que é possível tratar o pab Jucepa como exceção e solicitar mais um caixa.

Sobre todas as questões levantadas, Rosalina Amorim, se comprometeu a tratar com o Banpará e retornar à AFBEPA algumas respostas, dentro de uma semana. A AFBEPA solicitará nova reunião com o Sindicato para tratar destes temas e outros, além de também acessar a direção do banco. O importante é resolver as demandas de forma justa e correta para a categoria. É para isso que os dirigentes são eleitos e liberados e é assim que a AFBEPA trabalha.



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Um comentário:

  1. Muito bom.
    Excelente.
    Sair das briguinhas e entrar no trabalho e na discussão de propostas para melhorar o nosso banco e as nossas vidas.

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