quinta-feira, 12 de novembro de 2009

50 MIL TRABALHADORES NA MARCHA POR REDUÇÃO DA JORNADA

Crédito: Agnaldo Azevedo
Agnaldo Azevedo A CUT e as demais centrais sindicais do país se uniram na manhã desta quarta-feira (11) para promover a tradicional Marcha Nacional da Classe Trabalhadora. A sexta edição da manifestação, fundamental para implementar uma política de valorização do salário mínimo no Brasil, contou com 50 mil trabalhadores.

Os participantes deixaram o estacionamento do estádio Mané Garrincha, na região central de Brasília, às 9h30, e caminharam rumo ao Congresso Nacional. Diversos diretores da Contraf-CUT estiveram presentes ao ato, bem como dirigentes de sindicatos e federações de bancários de todo o país.

Neste ano, as centrais definiram seis eixos unificados: votação do PL 01/07 que efetiva a política de valorização do salário mínimo; novo marco regulatório para o pré-sal, atualização dos índices de produtividade da terra e aprovação da PEC 438/01 contra o trabalho escravo; ratificação das Convenções 151 e 158 da OIT; aprovação do PL sobre a regulamentação da terceirização e combate à precarização nas relações de trabalho e, principalmente, redução da jornada sem redução do salário.

"A marcha foi um grande sucesso. O Congresso Nacional é um espaço de disputa e a presença de mais de 50 mil trabalhadores em Brasília cobrando que os parlamentares implementem a sua pauta é um fato importantíssimo e que dá esperança de perspectivas melhores para a vida", afirma Miguel Pereira, diretor da Contraf-CUT, que participou do ato.

"A pauta escolhida é também fundamental para o conjunto dos trabalhadores e para a categoria bancária, coma a redução da jornada, que pode gerar um impacto de 2 milhões de novos empregos e reforça também a discussão com a Fenaban para reduzir a nossa jornada", acrescenta.

Segundo Miguel, também são pontos importantes para os bancários a discussão do PL 1621, do deputado federal Vicentinho (PT-SP), que regulamenta a terceirização de forma a defender os trabalhadores, e a ratificação da Convenção 158 da OIT.

Além dos trabalhadores, a mobilização levou também outros movimentos sociais ao Distrito Federal, representados pela UNE (União Nacional dos Estudantes) e pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), que pela primeira vez participou da mobilização.

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