quarta-feira, 28 de outubro de 2009

PRESIDENTE LULA CRITICA JUROS ALTOS NO CHEQUE ESPECIAL E NO CARTÃO DE CRÉDITO

'Juros no cheque especial e no cartão são quase um assalto', critica Lula

TÂNIA MONTEIRO E LEONENCIO NOSSA - Agencia Estado

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar hoje os juros cobrados em operações de cheque especial e cartão de crédito. "Os juros do cartão de crédito são muito altos e do cheque especial também", disse o presidente, em entrevista após cerimônia de lançamento do Programa Aprendiz Banco do Brasil, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

Segundo Lula, quem vai cuidar do juro do cheque especial "são os detentores do cheque especial". "A primeira vez que eu ganhei um cheque especial, eu achei que era gente fina, que estava sendo tratado com certa deferência. Mas, quando no primeiro mês eu vi que não podia pagar na data correta, eu percebi que não era deferência coisa nenhuma", afirmou o presidente. "Eu estava sendo quase assaltado pela quantidade de juros que se pagava. Quem tem cartão de crédito é um setor médio da sociedade, que tem de entender que a gente só vai moralizar o cartão de crédito no dia que formos mais exigentes conosco mesmo."

Questionado sobre a taxa de juros básicos para o ano que vem e se conversou sobre o assunto ontem com o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, Lula respondeu: "Eu nem terminei de comemorar 2009 e vocês querem que eu pense em juros de 2010? Até 31 de dezembro, o Brasil já saiu da crise e o crescimento do próximo ano será muito bom".

Com relação ao índice de crescimento de 2010, o presidente não quis fazer previsões. "Não vou chutar um número", disse. Ao ser questionado sobre a previsão do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o País crescerá 5% no próximo ano, Lula se esquivou. "Tem gente que fala em 5%, 4%, 4,5%. Eu prefiro trabalhar para que seja o máximo possível. Eu vou trabalhar para vocês terem um bom Natal, um fim de ano infinitamente melhor do que o do ano passado e um 2010 melhor ainda", disse. "Não há nada que a gente olhe à distância que possa trazer qualquer problema ao crescimento em 2010".

Fonte: Agência Estado / Contraf/CUT





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