Crédito: Augusto Coelho/Seeb DF
"Os bancários acabam de dar mais uma grande demonstração de sua organização, de sua determinação de luta e de sua percepção de que sua força para conquistar direitos reside na capacidade de juntar todos esses atributos com a unidade de ação. Foi isso que permitiu aos bancários mais uma campanha vitoriosa, que serve de exemplo a todos os trabalhadores brasileiros. E por isso todos os bancários e bancárias estão de parabéns."
Assim o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, avalia o resultado da campanha nacional, que acrescentou novas conquistas à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2009/2010, assinada com a Fenaban no dia 19 de outubro. A greve continua no BNB e no Banese.
Com a maior greve da categoria em mais de duas décadas, que parou 7.200 agências de bancos públicos e privados nos 26 Estados e no Distrito Federal, os bancários obtiveram conquistas importantes na campanha nacional: aumento real pelo sexto ano consecutivo em todas as verbas salariais, a melhor PLR desde a sua implantação em 1995, a abertura de 15 mil novos postos de trabalho no Banco do Brasil e na Caixa, licença-maternidade de 180 dias em todos os bancos, inclusão pela primeira vez na Convenção Coletiva de programa de reabilitação profissional, instalação de comitês de ética para combater o assédio moral no BB e na Caixa, além de outros importantes avanços nas cláusulas sociais, como na igualdade de oportunidades, o reconhecimento dos direitos legais nas relações homoafetivas e a reativação das comissões para discutir saúde e segurança bancária.
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Os próximos desafios
É por causa da unidade nacional, do esforço permanente pelo fortalecimento da organização e do exercício da participação democrática que os bancários são a única categoria profissional com múltiplas empresas que possuem uma única Convenção Coletiva de Trabalho, que garante os mesmos direitos a todos os trabalhadores de todos os bancos, públicos e privados, em todo o país.
"Foi assim que a categoria bancária obteve todas as suas conquistas através da história", lembra o presidente da Contraf-CUT. "Mas apesar do êxito de mais uma campanha, restam ainda muitas coisas a conquistar, que passarão pelas negociações permanentes banco a banco, como o fim do assédio moral e das metas abusivas, a garantia de emprego nos processos de fusão, a contratação de mais bancários para diminuir a carga de trabalho e melhorar o atendimento à população, mais segurança contra assaltos, previdência complementar e igualdade de oportunidades para todos. O nosso desafio agora é mantermos a unidade, aperfeiçoarmos a organização e partirmos em busca de novas conquistas."
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