quarta-feira, 7 de novembro de 2018

TRAUMA PSICOLÓGICO MARCA A VIDA NO PÓS-ASSALTO



Logo após um momento de fé, no qual era realizada uma celebração à Nossa Senhora na agência Viseu, seus funcionários e clientes começaram a viver um momento de grande pavor que acabou aterrorizando todos os moradores da pequena cidade, dado a violência, principalmente, psicológica empregada durante o assalto ao Banpará.
Segundo informações de quem passou esse terror, os bandidos, todos vestidos de preto e usando máscaras, diziam ser os filhos do Diabo e, enquanto uns colegas que estavam na sala alegavam que era preciso esperar o retardo da hora, os criminosos ameaçavam suas vidas, dizendo que se não estivesse correto o tempo a ser esperado, eles iriam matar muita gente naquele local.
Apenas a imagem dos assaltantes vestidos dessa forma já era de causar medo. Eles levaram todo o dinheiro dos cashes e dos cofres da agência, amarraram um estagiário e um funcionário nos capôs dos carros, colocaram clientes no porta-malas, para que os policiais não atirassem durante a fuga. 

Por esses relatos já imaginamos a grande pressão e tensão psicológica que as vítimas sofreram. 
Uma quantidade absurda de cartuchos de armas calibres 12, 32 e 38 e de pistolas espalhadas pelo chão, assim como vidros estilhaçados era o rastro deixado pelos meliantes. Mas, a partir desse cenário e de alguns depoimentos dos colegas que se encontram extremamente abalados vimos que o maior dano é ao psicológico dessas pessoas.
A diretora da AFBEPA, Kátia Furtado, que viajou à Viseu ontem, na manhã dessa quarta-feira (07), se reuniu com os funcionários da agência, para ouvir os colegas, prestar solidariedade e apoio nesse momento tão difícil.

Kátia relata que, quando ela e a diretora de Saúde do Sindicato estavam a caminho da cidade já de noite, o carro em que elas estavam foi parado por cerca de 7 policiais fortemente armados que pediram para se identificarem, na sequência, pediram para revistar o carro com as armas em punhos que ficavam apontadas em suas direções. Esses afirmaram que as buscas estavam sendo feitas nas matas, relatando que os bandidos estavam escondidos nelas. 
A nossa presidenta afirmou que este foi um momento de grande medo, podendo imaginar o pânico ainda maior enfrentado pelas vítimas desse assalto e por toda a cidade que ficou aterrorizada com os barulhos de tiros e toda a ação violenta dos criminosos. 

Agora, pela parte da tarde, da ida de Viseu para a Bragança, a presidenta da Associação observou várias viaturas da Polícia procurando pelos assaltantes. Há informações que dois bandidos foram presos, mas, segundo fontes, o número de meliantes era bem maior: 15 a 20 criminosos fizeram parte de toda ação e mais outros que deram guarida para a fuga.
OUTRAS INFORMAÇÕES
Helicóptero sobrevoava a área a procura dos bandidos desde bem cedo. Também foi feita uma perícia inicial ontem, na qual foram levadas algumas amostras dos cartuchos de bala utilizados. Segundo informações, ainda hoje será feita uma perícia mais minuciosa na Unidade de Trabalho. 
O vigia baleado no abdômen passou por uma cirurgia no hospital de Viseu e encontra-se em recuperação.
É sabido que a agência estava em período de pagamento de servidores, então, toda a ação, os armamentos utilizados, os demais criminosos que esperavam fora da agência e na estrada para a fuga, tudo indica que houve um planejamento bem arquitetado para a realização desse assalto.
ENCAMINHAMENTOS DO BANCO
O Banpará enviou a GESPA (Gerência de Segurança Patrimonial) e a GESAT (Gerência de Saúde e Segurança do Trabalho) ao local para se ter uma noção dos prejuízos ao patrimônio predial e à integridade física e psicológica das vítimas.
Os trabalhadores, estagiários, funcionária da limpeza da agência foram encaminhados para avaliação médica pelo assistente social da GESAT, Denison Santos, que também vai emitir o Comunicado de Acidente de Trabalho e, amanhã, os funcionários devem fazer uma avaliação psicológica.
A AFBEPA entende que a agência não deve funcionar durante toda essa semana e a próxima dada as condições de trabalho inviáveis após este evento traumático: as estruturas da Unidade precisam de reparo e os funcionários precisam se recompor após esse trauma. E reitera que o sinal de alerta apenas não basta, é preciso que o Banco dialogue com as Polícias do Estado, procurando formas de Prevenção a esses tipos de crimes, é necessário reforçar a Segurança Pública e Privada nas Unidades de Trabalho, principalmente, se este sinal vermelho for emitido. É o mínimo de ação de prevenção esperado do Banpará que tem o poder de tomar essa atitude.
Afinal, após um crime como esse a perda é muito grande. Todos perdem: os funcionários que ficam abalados em voltar aos seus postos de trabalho, o que, com certeza, prejudica o atendimento à população que precisa dos serviços e o Banco que tem que suspender as atividades naquela Unidade por um tempo para se recompor dos prejuízos.
Políticas, estudos de Prevenção e até mesmo a remediação devem ser feitos pelo Banco para minimizar as consequências desses casos assustadores. 
Já era uma tragédia anunciada, o sinal já estava dado, inclusive os próprios funcionários já tinham ligado para a Gespa, mas nenhuma providência foi tomada. Dessa forma, a AFBEPA vai dialogar com o Sindicato dos Bancários, a partir do que ouviu dos colegas, para buscar Ações Preventivas junto ao Banco, que tem o poder de tomar as medidas necessárias para coibir essas ações terroristas dentro das Unidades Bancárias.
Apenas, o sinal de alerta não basta. É preciso reforçar a Segurança, principalmente, nesses municípios onde o efetivo policial é muito reduzido.

UNIDOS SOMOS FORTES
A DIREÇÃO DA AFBEPA
Assessoria de Imprensa

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