segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

AFBEPA PARTICIPA DE SEMINÁRIO DE SEGURANÇA BANCÁRIA


A Associação dos Funcionários do Banpará (AFBEPA) gostaria inicialmente de registrar aqui a lamentável postura do Diretor do Banpará-DICOP, nada democrática, ao contrário, desrespeitosa com a nossa Associação, na abertura do Seminário de Segurança Bancária/2014, ocorrido na última sexta-feira (19), no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia, de não ter aberto espaço para fala da AFBEPA, mesmo a nossa Entidade tendo sido convidada formalmente para o evento, pela Diretoria Administrativa. Para expor as preocupações e dúvidas com a segurança dos colegas bancários do Banpará, a Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado, teve que fazê-las por meio de inscrição, como participante-ouvinte.

Convite Oficial


SEMINÁRIO


O evento, que teve por objetivo apresentar medidas de prevenção no combate aos crimes contra estabelecimentos bancários e funcionários do Banco, contou com as palestras do Delegado de Polícia Civil contra Crimes Tecnológicos Samuelson Igaki; do Delegado da Divisão de Repressão ao Crime Organizado, Ivanildo Santos e do Superintendente de Segurança Empresarial do Banpará, Sr. Sergio Fontoura.

Del. Samuelson Igaki
Durante a primeira palestra, sobre Crimes Tecnológicos, o delegado Samuelson Igaki, expôs os diversos artifícios que as quadrilhas possuem para roubar funcionários e clientes do banco por meio tecnológico. Falou sobre clonagem de cartão e como eles roubam as senhas e orientou aos funcionários do Banco como identificar e denunciar esses crimes.

Del. Ivanildo Santos
Já a segunda palestra, do delegado Ivanildo Santos, que abordou os roubos no “sapatinho”, contra os colegas bancários do Banpará, foi preocupante. Em sua fala, o Delegado demonstrou claramente o seu interesse em prender os criminosos, sem atentar para a situação do bancário, ou seja, pouco importando o risco à família sequestrada e o abalo do bancário e os colegas direta ou indiretamente envolvidos.

A missão desses trabalhadores, para ele, é ajudar a prender. Mas, prender, após o sinistro.

Para buscar fortalecer a sua tese, o Delegado informou que diversas quadrilhas foram presas e orientou como o bancário deve proceder em caso de “sapatinho”. Ressaltou que o bancário não deve ficar com medo de denunciar, em caso de assalto, pois não tem dados de retaliação com morte contra bancários que trocaram informações com a polícia.

No entanto, uma funcionária da agência da Ag. Telégrafo, na época funcionária da Vivenda, informou que após sofrer um assalto no sapatinho e ter ido à delegacia identificar os assaltantes, ela soube que a família do mandante do crime estava perseguindo ela e sua família, inclusive, tendo o banco que removê-la de agência a fim de proteger as suas vidas. A colega questionou também, quais as garantias de proteção à vítima que o Estado oferece, e o Delegado não respondeu à pergunta.

Retomando a palavra, o delegado ressaltou que para evitar esse tipo de assalto, é preciso trabalhar em tríade (Banco – Funcionário - Polícia) e disse que o funcionário tem que tentar manter a calma e não atender as exigências do assaltante. O bancário não deve entregar o dinheiro.

Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado
Preocupada com as colocações do Delegado, a Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado, tomou a palavra e ressaltou que nem “o banco e nem a polícia podem transferir as responsabilidades de segurança contra o crime de “sapatinho” para o funcionário (Fato que estava sendo exposto na fala do delegado, embora este falasse em tríade). O Banco não pode querer fazer o funcionário de escudo para proteger os seus bens, pois em caso de sapatinho, o bem mais precioso para o bancário não é o dinheiro, mas sim as vidas dos seus familiares que estão em perigo. A polícia e muito menos o Banpará, não podem querer que o bancário seja responsável pela repressão e nem jogar para os outros trabalhadores bancários tal procedimento, pois todos já estarão emocionalmente envolvidos. O que precisamos é que o Banco atue na Prevenção. O bancário assina um contrato de trabalho para laborar na atividade financeira do Banco, e não para enfrentar a bandidagem, até porque o bancário não tem o preparo para isso”.


INVESTIMENTOS EM SEGURANÇA

Sérgio Fontoura, Superintendente de Segurança do Banpará
Na última palestra, sobre segurança empresarial, Sergio Fontoura, apresentou dados do total de investimento na segurança do Banpará este ano, chegando a 934 milhões, aproximadamente, e desses números, mais de 17 milhões foram investidos em itens diferenciados, que são: vigilância armada 24h, custódia de chaves pelas Empresas de Segurança e não mais com os gerentes e tesoureiros.

A custódia de chaves é justamente uma forma de prevenir o sapatinho cometido contra os gerentes e tesoureiros, pois tira a responsabilidade dos funcionários e coloca a quem é devidamente treinado para isso. A AFBEPA vê isso como um avanço, mas ainda não é suficiente, já que outras medidas ainda devem ser viabilizadas.

A AFBEPA tem conhecimento que vários locais de trabalho estão sem câmeras funcionando e PGDMs que ainda não foram instaladas, por isso solicitamos que os colegas entrem em contato com a SUSEM, para sanar os problemas pendentes.

A Vida é o nosso maior Patrimônio! 

UNIDOS SOMOS FORTES!


A DIREÇÃO DA AFBEPA

Texto e fotos: Kamilla Santos, Assessora de Imprensa.

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