segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

FELIZ ANO NOVO DE LUZ, AMOR E PAZ!

Imagem da Chama Violeta fotografada pela National Geographic, recentemente.


“Senhor Deus, dono do tempo e da eternidade, 
Teu é o hoje e o amanhã, o passado e o futuro. 
Ao encerrar e iniciar mais um ano, 
medito diante de Teu calendário, 
e Te apresento estes dias 
que somente Tu sabes 
como serão vividos. 
Hoje, agradeço-te e peço, 
para todos, amor, paz e alegria, 
fortaleza e prudência, 
lucidez e sabedoria, 
independência e coragem. 
Quero viver cada dia 
com otimismo e bondade, 
levando por toda parte 
um coração cheio de fé e paz. 
Que meu espírito seja repleto 
de Tuas bênçãos, 
para que as derrame 
por onde eu passar. 
Força e persistência, 
humildade e serenidade, 
ensina-me, cada vez mais, 
essas lições de Vida, Pai. 
Agradeço por cada dia 
que será vivido 
como cada etapa 
de um longo aprendizado 
nessa Escola da existência. 
Que venha o Novo Ano, 
essa síntese do que fui, 
do que sou e do que serei 
num só tempo: o agora. 
Gratidão. Assim seja.”

A AFBEPA deseja a todos os bancários e bancárias e seus familiares um Ano Novo pleno de fé e amor, saúde e prosperidade, crescimento em todos os sentidos e dimensões da vida. 

2013 será um ano de transmutações, portanto, que estejamos com os corações e mentes abertos, permitindo A Luz, A Vida, O Pai, O Filho, A Mãe, O Espírito Santo, fazerem e fortalecerem morada em nós. 

Que cada um de nós, na rotina da vida, possa ser a Chama intensa do Amor Divino, alastrando Paz e Luz a tudo e a todos.

FELIZ ANO NOVO!




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domingo, 30 de dezembro de 2012

BALANÇO 2012. FIRMES NA LUTA, UNIDOS SOMOS FORTES!

É uma tarefa trabalhosa, mas feliz, sintetizar os quase 365 dias de lutas da AFBEPA neste 2012. Optamos por, de modo geral, organizar esse Balanço de acordo com os meses respeitando, inclusive, a sequência dos fatos. 

Como são muitas ações, e postagens, o Balanço ficou longo, assim, é interessante que você leia calmamente, mês a mês, e nem precisa ser só de uma vez; até porque clicando nas palavras em vermelho, que são links, você pode ler as postagens originais aqui no Blog, que registraram os fatos quando eles estavam acontecendo.

O que estamos te propondo é uma rápida, mas nem tanto, viagem a este ano que ainda nem acabou, mas que deixou muitas marcas, positivas e negativas em nossas vidas, e muitas lutas futuras serão travadas por 2012.

Assim, lendo, lembrando, revisitando os fatos, vamos aprendendo mais e mais com eles e reconstruindo nosso futuro, com os erros e acertos do passado.

Boa leitura. Vá com calma, mas clique nos links e leia tudo, de quantas vezes você precisar.

BALANÇO 2012 AFBEPA

JANEIRO 


Começamos 2012 lutando pelos pontos que o Banco excluiu da redação do ACT 2011/2012, lembram? 
1) Reajuste de 12% aplicado em toda a tabela do PCS;
2) Reajuste das comissões dos tesoureiros na data base;
3) Reajuste, até novembro de 2011, de todas as comissões.

Logo nos primeiros dias, houve também a denúncia, feita por esta AFBEPA, da dispensa injustificada de grande parte dos nossos colegas ajudantes vinculados à APPD; e, ainda no comecinho de janeiro, intensos boatos sobre precificação do Banpará nos atiçaram nesse permanente rio de defesa do Banco público estadual: "Nenhum governo tem legitimidade suficiente pra privatizar um patrimônio público. Ter sido eleito pelo povo, não significa ter carta branca para vender o que é do povo." Assim iniciava nossa postagem de 16 de janeiro de 2012 - O Banpará é um patrimônio do Povo e soberania do Estado.

Os pedidos de contratações via concurso público e as denúncias desta AFBEPA relativas à sobrecarga de trabalho foram inúmeras, desde o início do ano. Leia aqui.


A primeira de várias tristes denúncias de assaltos ao Banpará, com trágicas repercussões nas vidas dos bancários e bancárias, ocorreu ainda em janeiro: sapatinho em Tailândia. E nós, da AFBEPA, intensificamos a defesa de um instrumento válido e fundamental para a garantia da vida: o direito de recusa. Em março, viriam a ser vitimados o colega Macildson e sua família, com o sapatinho no PAB Salinas. Em abril, o coordenador, e sua família, com o sapatinho do PAB Água Azul do Norte. No dia 1 de maio, foram dinamitadas as Agências do Banpará e do Basa de Eldorado dos Carajás.

Os dois primeiros ofícios, dentre outros vários, em seguida, cobraram irregularidades trabalhistas cometidas pelo Banco contra os bancários, e se posicionaram contrários à absurda obrigação do sobreaviso, que colocava sob risco as vidas dos funcionários. Leia aqui e aqui.

FEVEREIRO

No dia 10 de fevereiro, uma sexta-feira, ocorreram as eleições para representantes dos funcionários nos comitês internos do Banpará. Quem lembra de como era antes? Eram bionicamente indicados pelo Sindicato e foi preciso a AFBEPA e os funcionários realizarem uma intensa campanha de denúncia dessa conduta autoritária, para garantir nosso direito de escolher nossos representantes em todos os comitês. A mais votada, em toda a eleição, foi Kátia Furtado, que agradeceu a confiança aos bancários e bancárias.

Ainda em fevereiro de 2012, repercutimos, parabenizando os bancários e bancárias, a publicação do lucro do Banco referente a 2011: mais de R$124 milhões.

MARÇO



Em março, importantes denúncias de sobrecarga de trabalho e desrespeito às leis trabalhistas com o recrudescimento de uma política de corte de despesas na qual até o devido pagamento das horas extras foi ilegalmente negado. Essa foi uma das primeiras denúncias de tantas outras que vieram em seguida.

No dia 29 de março, uma quinta-feira, foi realizado um Ato de Repúdio às arbitrariedades e injustiças da direção do Banpará contra os funcionários. Um, demitido sem justa causa, vários exonerados de suas funções sem explicação alguma. Exigimos respeito!


ABRIL

No dia 5 de abril, quinta-feira, paralisamos pacificamente, o dia inteiro, a Agência Cidade Nova, protestando contra a demissão sem processo administrativo disciplinar feita pelo Banco contra um bancário daquela unidade. Logo em seguida, denunciamos a medida jurídica autoritária do Banco que entrou com ação de interdito proibitório ameaçando multar a AFBEPA, pelo caso.

Diante de todo esse quadro aterrador procuramos os líderes de bancadas na ALEPA, pedindo ajuda para que a diretoria do Banco recuasse nos tantos ataques à AFBEPA e demais entidades.

No dia 12 de abril, perguntamos, em postagem aqui no Blog, sobre o repasse de R$ 60 milhões do Banpará ao governo do Estado. "O repasse foi feito como? Verba carimbada para programas de inclusão social, verba selada para aplicação em saneamento básico, saúde, educação, melhoria dos serviços públicos? Onde está este dinheiro e em quê está sendo aplicado? O Banpará tem essa informação? O governo do Estado, de forma transparente, disponibiliza essa informação?" Até hoje, nenhuma resposta.

Isso é gestão? Com esse título e a imagem de um espelho quebrado, essa postagem aqui no Blog listava e criticava duramente todas as posturas ditatoriais da diretoria do Banpará, até abril de 2012. 

No dia 17 de abril, mais um vigoroso Ato público, desta vez em frente à Ag. Palácio, e nova visita à ALEPA, para conversa com parlamentares.

MAIO

No dia 11 de maio, outro grande Ato público na Matriz, cobrando as arbitrariedades, os desrespeitos diante de nova demissão sem justa causa e, dessa vez, contra a decisão do comitê disciplinar.

Uma importante vitória no jurídico: AFBEPA ganha ação de incorporação de comissão no caso de um bancário cujo pagamento da comissão sofreu um pequeno interregno, mas, mesmo assim, a justiça considerou e acatou o pedido de incorporação da comissão ao salário. Em segunda instância, o Tribunal confirmou a decisão da Vara.

Em 15 de maio, postamos denúncias de bancários que foram impedidos de votar para escolher os delegados sindicais de suas unidades de trabalho. Segundo as denúncias, encaminhadas em documentos elaborados pelos próprios bancários, houve manipulação de informação e mais estranhas ocorrências nas eleições coordenadas pelo Sindicato, que, pasmem, apresentou conduta antissindical.


No dia 19 de maio ocorreu o Seminário em Defesa do Fortalecimento do Banpará. Clicando aqui, você lê a Carta pelo Fortalecimento do Banpará.

Em 24 de maio, denunciamos, aqui no Blog, a conivência da direção sindical com a introdução das metas no PCS, durante o período em que Kátia Furtado foi afastada do GT/PCS, pelo Sindicato e pelo Banco.

No dia 28 de maio, a Assembléia dos Bancários do Banpará decidiu, por maioria, manter as conquistas do ACT 2011/2012 e cobrar judicialmente do Banco, em Ação de Cumprimento, a instalação do Ponto Eletrônico e outras cláusulas descumpridas, que a AFBEPA levantou e publicou aqui no Blog.

JUNHO


Junho abriu com a agenda de organização e decisões sobre nossa Campanha Salarial 2012. Aqui no Blog, criticamos a subordinação à lógica nacional dos dirigentes sindicais atrelados que fecham os olhos para nossa realidade local e se pautam, permanentemente, por decisões tomadas no centro sul do país que, normalmente, tendem a proteger seu partido político e a defender os governos.

Internamente, obtivemos, em junho, mais uma vitória com a correção do AC 164, que expunha as vidas de alguns colegas no interior. Após denúncia e cobrança da AFBEPA, o problema foi resolvido.

No dia 23 de junho ocorreu o Encontro dos Bancários do Banpará, com a participação de mais de 50 bancários que, juntos, construímos uma importante Minuta de Reivindicações, contemplando todas as reais necessidades da categoria.

JULHO



No dia 18 de julho de 2012 publicamos trecho e link da Ata de reunião do Consad na qual o Banco afirmou ter provisionado 13% para reajuste das verbas salariais na Campanha Salarial de 2012. Por isso fomos contra o pedido da 14ª Conferência da Contraf de apenas 10,25% de reajuste, muito menor do que o que o Banco disse que poderia dar. Por isso o Sindicato aceitou quando o Banco impôs que iria negociar apenas as cláusulas sociais e, no financeiro, seria apenas o que viesse da Contraf. Absurdo!

A AFBEPA protestou: não aceitaremos o rebaixamento da nossa pauta! Nossa pauta, nossa realidade, nossa luta, que sempre nos conduziu e nos conduz, com independência e coragem.

AGOSTO



Em breve reunião, no dia 06 de agosto, o Banco recebeu nossa Minuta específica. Em uma demonstração de desprezo, a diretoria enviou um advogado para pegar a Minuta, mas as entidades não concordaram e pediram a presença de um diretor, já que, historicamente, sempre havia sido o presidente do Banco a receber o documento dos funcionários. O diretor Jorge Antunes, então, se apresentou para receber a Minuta. Após essa reunião, o Banco se fechou e foi preciso iniciarmos a greve para que nova reunião e negociação houvesse.

No dia 16 de agosto, 10 dias após a entrega da Minuta, não havia sinal de que o Banpará quisesse negociar. Nenhuma reunião marcada. Nada. Lembrando que em 31 de agosto nosso ACT perderia a vigência, a AFBEPA fez uma série de cobranças para que houvesse a negociação, mas o Banco não retornava nunca. Pra piorar, liberou o ponto e aumentou as comissões apenas para os assessores, como denunciamos aqui no Blog.

A AFBEPA deu início a uma série de postagens, atos, pedidos de assembleias, mobilizações nas unidades do Banco, visitas à ALEPA, sempre cobrando as negociações e preparando nossa luta que, saberíamos, seria duríssima. Leia aqui e aqui.

No dia 23 de agosto, publicamos nossa crítica ao Sindicato que, diante de todo o desrespeito do Banco para com nossa luta, decidiu apenas realizar pequenas paralisações e atos de 10 minutos nas unidades, estratégia que, sequer, preocupava a direção do Banco, ao contrário, lhe garantia tempo pra endurecer mais ainda em sua intransigência. Na verdade, como se confirmou depois, a direção do Sindicato concordava com o Banco na negociação apenas das cláusulas sociais. Quem exigia negociação das cláusulas econômicas era a AFBEPA e os funcionários que não se curvaram, não se renderam e decidiram, em assembléia, por ampla maioria, 51 a 34, pela greve imediata.

Até no TRT o Banco manteve seu endurecimento, porque sabia que contava com o apoio do Sindicato para isso, tanto assim que, diante da vice-presidente do TRT, percebemos que o único problema colocado na mesa entre o Banco e o Sindicato era a não negociação, mas não a recusa em negociar as cláusulas econômicas. Quem levou cópia do "Balanço do Banco" e da "Ata do Consad" para o TRT foi a AFBEPA. A vice-presidente do TRT nem sabia que aqueles documentos existiam, nem tinha sido colocada a par de que o Banco não queria negociar as cláusulas econômicas.




No Dia do Bancário, 28 de Agosto, em resposta à Minuta rebaixada da Contraf, os banqueiros da Fenaban deram um presente de grego à categoria: reajuste de 6%. A direção do Banpará teve o despropósito de nos homenagear com um cheque azul contendo um milhão de felicitações.




Sindicato e Banco, juntos, nos atacavam por conta da decisão da Assembléia de iniciar a greve imediatamente. A AFBEPA era a pedra no sapato que desvelou e desarmou a pre-negociação que interessava ao Banco, porque ficaria apenas com as cláusulas sociais do ACT, o que sairia mais barato, e também ao Sindicato que daria mais uma demonstração de obediência aos dirigentes nacionais da Contraf.



Mas a categoria entendia o momento delicado e difícil da luta. Publicamos no Blog e em panfletos a comparação das verbas da Convenção Nacional da Fenaban em tudo menores que as nossas, constantes no ACT. Mostramos o Balanço do primeiro semestre com o enorme crescimento do Banpará, mostramos, novamente, a Ata do Consad, na qual o Banco afirmou ter provisionado 13% para reajuste das verbas salariais. 

Sabíamos que a greve da Contraf seria rápida, curta, como de fato foi, de apenas sete dias e sabíamos, também, que em tão pouco tempo não conseguiríamos quebrar o endurecimento da direção do Banpará. Não aceitamos, nunca, a balela de negociação apenas das cláusulas sociais. Exigimos a ratificação e renovação do nosso ACT. E conseguimos isso tudo, porque a greve no Banpará começou dia 4 de setembro de 2012, uma terça-feira e foi a mais longa e mais vitoriosa em todo o país.

SETEMBRO






Entramos em data base sem ACT vigente no Banpará. O quadro era grave. O Banco tentando desmobilizar a greve, alguns diretores do Sindicato, confusos, culpando a AFBEPA pela greve. E nós, lutando. O Blog pulou dos cerca de 600 acessos diários para mais de mil acessos diários. Durante todo o mês de setembro, eram de duas a três postagens diárias relatando a nossa greve poderosa que paralisou todas as unidades da capital, incluindo a Matriz e 99% das unidades do interior. Foram 23 dias de greve e se não fosse por essa luta, teríamos saído dessa Campanha Salarial reduzidos apenas às verbas mínimas da Fenaban.

Em assembléia, no dia 26 de setembro, após 23 dias de uma grande greve, os mais de 300 bancários e bancárias do Banpará presentes aprovaram a proposta defendida em mesa por todas as entidades: AFBEPA, Sindicato, Contraf e Fetec.

Nas cláusulas econômicas, tivemos o maior reajuste do país, somados o reajuste da Fenaban com repercussão em toda a tabela para os cargos de nível médio e fundamental, mais o retorno dos 2% na tabela do PCS, o aumento da quebra e da comissão de caixa, que será agora em janeiro; os 4% da regra adicional PLR e todos os aumentos considerando como base as verbas e valores do nosso ACT. Outras importantes conquistas políticas foram a retirada das metas do PCS e a não demissão sem PAD.

Infelizmente, saímos da Campanha Salarial com uma grande perda: nosso tíquete extra, que é um resto a pagar, a sobra que nos é devida, da nossa PLR. 

OUTUBRO

Começamos outubro cobrando o texto do ACT que, quando veio, veio modificado pelo Banco (leia aqui, aqui e aqui). Havia cláusulas que não correspondiam ao que fora negociado e aprovado em assembléia pelos bancários. Foi nova luta em torno da redação do ACT 2012/2013 (leia aqui, aqui e aqui). Em protesto a tantos desrespeitos, AFBEPA não assinou o ACT.



No dia 20 de outubro, sábado, mostramos o cálculo da PLR que comprovou que o Banco nos sequestrou cerca de R$ 6 milhões de sobra, o que deveria nos ser pago em tíquete. 
Comprovamos que o tíquete nunca foi uma benesse do Banco, mas o pagamento da nossa Participação nos Lucros e Resultados.

Fechamos outubro nos planejando para as várias lutas no Banpará e cobrando humanização no atendimento aos clientes e na relação com os funcionários.

NOVEMBRO




No dia 10 de novembro, sábado, ocorreu o Seminário sobre Ponto Eletrônico e Sétima e Oitava horas, com a  maravilhosa participação da Juíza, Dra. Maria de Nazaré Medeiros Rocha, dentre outros convidados que muito contribuíram com os debates e acúmulos sobre os temas.

"Aos trabalhadores cabe abrir as brechas, forçar as mudanças, inclusive nas Leis, para que a realidade seja menos opressora e desigual e para que, um dia, a partir da luta dos trabalhadores, e dadas as condições objetivas e subjetivas, haja uma transformação radical desse modo de produção." enfatizou a Juíza, que apontou a tríade estudo, ação política e ação jurídica, como o caminho para as lutas nesse mundo globalizado e tecnologicamente desenvolvido.

Em novembro também demos as boas-vindas aos novos colegas, recém convocados pelo Banco após o último concurso público, sempre lembrando que a demanda é imensa e que a necessidade é de, pelo menos, 300 novas contratações, para fazer frente ao ritmo de trabalho no Banpará.

No dia 22 de novembro, uma importante denúncia e uma importante lembrança (esta em dezembro) levaram a direção do Sindicato dos Bancários a publicar constantes ataques à AFBEPA e sua Presidenta, Kátia Furtado. Reposições da verdade foram necessárias (leia aqui, aqui e aqui) e uma última carta da própria Kátia, recolocando, como se diz, os pingos nos is, encerrou a onda de leviandades e calúnias pelas quais a direção sindical responderá em juízo, tendo que comprovar cada uma das mentiras ditas contra a AFBEPA e sua Presidenta.

DEZEMBRO

Sempre atualizando e fortalecendo as lutas, a AFBEPA entrou em dezembro focada no tíquete, PCS e orientações quanto a processos disciplinares.

Parabenizamos os que fizeram 34 anos de Banpará e cobramos o compromisso do Banco com o que está claro no ACT: promoção por antiguidade em janeiro de 2013.

Comemoramos a importante vitória de uma luta encarada de frente pela AFBEPA que denunciou a mudança unilateral do Banco quanto ao encerramento do horário de atendimento nas unidades do interior. Vencemos mais essa, com nossa coragem e luta! Falta ainda ser revertida a mudança na SULOG.

Já estamos cobrando a participação dos funcionários no grupo que está fazendo mudanças no Código de Ética do Banco, e sempre, sempre, sempre, exigimos a imediata implantação do PONTO ELETRÔNICO nas agências, postos e caixas avançados da capital e interior, conforme consta no ACT que o Banco, pelo quinto ano consecutivo, está descumprindo.

Publicamos, recentemente, o texto com as contribuições da representante eleita pelos funcionários no GT/PCS, Kátia Furtado que defende, dentre outras questões, a garantia da promoção por antiguidade em 23 de janeiro de 2013 e a humanização do PCS.

Até hoje, 30 de dezembro, é mais ou menos isso. Claro que ainda há muito mais, mas está tudo aqui, registrado no Blog, e sempre à disposição dos bancários e bancárias do Banpará.

E como diz o poema, "se muito vale o já feito, mais vale o que será!"

E como dizemos sempre, FIRMES NA LUTA,


UNIDOS SOMOS FORTES!





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NOTA DE FALECIMENTO E PESAR PELO COLEGA SIMEÃO


É com grande pesar que comunicamos o falecimento, ontem a tarde, 29, do querido Simeão, da Agência Bragança. Nosso colega participava de uma partida de futebol e foi vítima de um infarto. Simeão tinha em torno de 36 anos de Banpará e, com seu trabalho, muito contribuiu para o Banco alcançar seus objetivos e cumprir sua missão. Foi importante, também, na luta coletiva, atuando como delegado sindical e defendendo, com muita determinação, os nossos interesses, direitos e conquistas.

Ao Banco, especialmente ao setor de saúde, pedimos, novamente, os estudos, nunca apresentados, que relatam a situação geral de saúde e doenças dos bancários e bancárias do Banpará. A atividade bancária é altamente estressante por conta da sobrecarga, da insegurança e, mais ainda, agora, com a enorme pressão por metas abusivas que o Banco vem impondo aos colegas. 

Uma vida não tem preço.

Sentiremos muitas saudades suas, Simeão, pelo grande colega e pessoa humana que fostes.
 
Vá em paz querido colega!




"Prece de Cáritas

Deus nosso Pai, que sois todo poder e bondade, dai a força aquele que passa pela provação, dai a luz aquele que procura a verdade; ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.

Deus! Dai ao viajor a estrela-guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso. Pai! Dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, à criança o guia, ao órfão o pai. Senhor! Que a vossa bondade se estenda sobre tudo que criastes.

Piedade, Senhor, para aqueles que não Vos conhecem; esperança aqueles que sofrem. Que a vossa bondade permita sempre aos espíritos consoladores derramarem por toda parte a paz, a esperança e a fé.

Deus! Um raio, uma centelha do vosso amor pode abrasar a Terra! Deixai-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita, e todas as lágrimas secarão; todas as dores acalmar-se-ão. Um só coração, um só pensamento subirá até Vós, como um grito de reconhecimento e de amor.

Como Moisés sobre a montanha nós Vos esperamos com os braços abertos. Oh! Poder... Oh! Bondade... Oh! Beleza... Oh! Perfeição... E queremos de alguma sorte alcançar a Vossa misericórdia.

Deus! Dai-nos a força de ajudar o progresso, a fim de subirmos até Vós; dai-nos a caridade pura; dai-nos a fé e a razão; dai-nos a simplicidade, que fará de nossas almas o espelho onde se deve refletir a Vossa Pura e Santa imagem. Que assim seja."





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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A CARTA ABERTA DA VERDADE, POR KÁTIA FURTADO


Diante dos ataques que tem recebido, Kátia Furtado escreveu uma carta aberta para publicar sua resposta, sua última palavra sobre as calúnias que tem sido desferidas contra ela e a AFBEPA, pelo grupo partidário que dirige o Sindicato dos Bancários. Leia o documento abaixo, que relata fielmente uma importante parte da história recente do sindicalismo bancário no Pará. São fatos. Confira a carta aberta de Kátia Furtado.

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QUEREMOS RESPEITO, LUTA PELOS NOSSOS DIREITOS E INTERESSES E DEFESA DAS NOSSAS CONQUISTAS.

Nos últimos anos, é deprimente a postura da maioria das pessoas que compõem a direção do Sindicato dos Bancários; digo a maioria, porque algumas, pouquíssimas, se salvam, mas, infelizmente para a categoria bancária, essas não detêm estatutariamente poder para mudar o quadro que está posto hoje.

As minhas críticas têm sido feitas objetivamente, cobrando postura de proteção, defesa e luta diante de tudo o que os trabalhadores sofrem e querem, e precisam para viver. Faço isso, porque a minha alma, o meu ser, sente fortemente a indignação de quem chora ao ver tanta desigualdade e injustiça, mas, junto com as lágrimas, carrega dentro de si a vontade de buscar construir um mundo melhor.

Jamais me calei, mesmo no governo petista, quando fui tão atacada e perseguida, porque não aceitei a política de atrelamento e conchavos entre o Governo, a Direção do Banpará e o Sindicato dos Bancários.

OS FATOS QUE DEIXARAM CLARO O ATRELAMENTO
Ao início do ano de 2009, a AFBEPA tomou conhecimento que o Banpará não iria implantar o Plano de Cargos e Salários que, por força do Acordo Coletivo de Trabalho, tinha seu cumprimento fixado para 18/05/2009. Logo após, com a saída da integrante titular do GT, passei a compor o Grupo de Trabalho do PCS.

Certo dia, pouco antes de 18/05/2009, o Presidente do Banpará, em conjunto com a Diretoria Administrativa, me chamou até a sua sala, no edifício matriz da Presidente Vargas. Ele falou-me sobre uma reunião na qual as entidades já haviam aceitado um acordo para prorrogar a implantação do PCS. Mas, em momento algum, o Presidente do Banpará apresentou a mim motivos que justificassem seu desiderato. Após deixar bem claro que eu não havia participado dessa citada reunião, o que a então Dirad confirmou esclarecendo ao Presidente que a AFBEPA sequer havia sido convidada, imediatamente me posicionei contrária à decisão que traria muitos prejuízos às nossas vidas, enquanto bancárias e bancários do Banpará.

Não aceitei me dobrar àquela determinação, e fiquei totalmente decepcionada com a postura das entidades sindicais que, sem jamais consultar a categoria, sem respeitar os direitos conquistados nas lutas, se dobraram e entregaram as cabeças de mais de mil trabalhadores, pais e mães de família, que estavam, há quase 20 anos, com o Plano de Cargos e Salários congelado; muitos dos quais já beiravam a aposentadoria, suportaram, durante os 12 anos de governo tucano, uma nociva política de reajuste zero, e tiveram, por pressão do BACEN em 1998, que emprestar 20% dos seus salários para capitalizar o Banpará.

A AFBEPA, naquele momento sozinha, sem o apoio de qualquer entidade do movimento sindical, iniciou uma forte defesa da cláusula 18ª do ACT 2008/2009, que versava sobre a implantação do Plano de Cargos e Salários do funcionalismo do Banpará e, para tanto, chamou a unidade dos trabalhadores, para salvar o nosso Direito.

DA LUTA PELA IMPLANTAÇÃO DO PCS E A VITÓRIA NA JUSTIÇA CONTRA OS PELEGOS
Enquanto Presidenta da Associação informei a todos o que estava acontecendo, mobilizei, organizei, reuni e chamei à UNIDADE os trabalhadores do interior e da capital. NÃO PODÍAMOS NOS CURVAR À DIREÇÃO DO BANCO, AO GOVERNO E AO SINDICATO DOS BANCÁRIOS. 

Enfrentamos o sindicalismo pelego e atrelado e, com mérito, pois foi muito difícil lutar contra GOVERNO, BANCO E SINDICATO; eles estavam muito unidos, mas nós também estávamos e vencemos, em parte, um round dessa luta.
Entretanto, era latente, e para mim, muito forte o ódio que integrantes da direção do Sindicato dos Bancários, em sua grande maioria, passou a nutrir contra a minha pessoa. Até hoje percebo isso.

Na época, a coesa máquina formada pelos entes - Sindicato, Governo e Banpará, perseguiam, mentiam, caluniavam, enfim, utilizavam de todo tipo de medidas baixas e rasteiras para buscar uma impossível legitimidade, porém a categoria já sabia quem estava ao lado deles e de nossas lutas; já sabia separar o joio do trigo.

O grande responsável pela vitória do PSDB em 2010 foi o próprio desgoverno do PT. Eles, somente eles, com sua incompetência e desrespeito, entregaram tudo aos tucanos. Quem se esqueceu das nossas campanhas salariais, quando eles denunciavam os trabalhadores porque queriamos fazer greves para tentar modificar a postura patronal?! Os diretores do Sindicato iam contra a gente; fecharam os portões para os legítimos donos do Sindicato, impediram os bancários até de entrar e fazer assembleia; anularam eleição sem apresentar justificativas plausíveis, de tudo fizeram contra os bancários do Banpará. Até num jornal de grande circulação local, o Sindicato apunhalou a categoria quando publicou em nota paga, expressamente, que não apoiava a nossa greve, que quem era responsável pela greve era a AFBEPA. Daí a sua deslegitimação aos olhos da categoria; por isso, hoje, a AFBEPA, com apenas uma representante liberada tem que atuar como Sindicato e possui o reconhecimento dos bancários e bancárias do Banpará.

Seria cômico, se não fosse trágico, mas como explicar que, neste ano, 2012, a mesma postura de atrelamento foi adotada, só que agora o Estado não é governado pelo PT, e sim pelo PSDB, e por que, novamente, eles foram contra a nossa greve??!!

Justificavam que a categoria tinha que entrar junta na greve, contudo, esqueciam que, diferente dos banqueiros da FENABAN, a posição da direção do Banpará foi de não receber a nossa Minuta, na data da entrega desse documento, a direção do Banco mandou um advogado para recebê-lo e nós exigimos que viesse um diretor. A direção do Banco não quis, de forma alguma, ratificar o nosso ACT (a ratificação é o que garantiria, e garantiu pela nossa luta, a validade do ACT até a assinatura do novo Acordo). A direção do Banco comunicou, por diversas vezes aos funcionários e ao Sindicato, que não atenderia as nossas cláusulas econômicas, apenas discutiria as cláusulas sociais, assim como só acataria as cláusulas econômicas que viessem da FENABAN. Nossas perdas seriam imensas.

Diante da gravidade dessa situação, a direção do Sindicato apenas chamou algumas inexpressivas paralisações, apoiadas pela Direção do Banpará. Na Justiça do Trabalho, na frente da Desembargadora Federal do Trabalho, a direção do Banco manteve o que já havia externado pela intranet aos funcionários: não negociaria nada. Cláusulas econômicas seriam somente as da FENABAN. O Banco só negociaria as cláusulas sociais. Porque mesmo assim, com o tamanho endurecimento do Banco, a direção do Sindicato foi contra nossa greve?!

Isso tudo poderia significar perdas irreparáveis, ou de difícil reparação para nós, empregados; por isso, como entidade legítima de defesa e luta dos interesses, direitos e conquistas dos trabalhadores, novamente tínhamos que ir à luta, e fomos.

Puxamos a greve, numa tumultuada assembleia chamada pelo Sindicato, e ali, mais uma vez, os trabalhadores mostraram à direção sindical que não estavam satisfeitos com a política, no mínimo complacente da entidade, diante dos ataques que estávamos sofrendo por parte da direção do Banpará, agora de governo tucano, amarelo, se quisermos definir por bandeira. 

Naquela assembleia a direção do Sindicato defendeu a posição que mais agradava a direção do Banpará. A AFBEPA defendeu a greve imediata e a categoria, por ampla maioria, votou na greve imediata. Mas, agora, a direção do Banco e a direção do Sindicato, juntas, atacam uma decisão que foi dos bancários e bancárias reunidos em assembleia puxada pelo próprio Sindicato, dentro do ginásio do Sindicato.

A AFBEPA foi à luta. Muito cedo, às 5 horas da manhã, já estávamos na porta da Matriz, segurando a força da greve. Mas, em contrapartida, já não bastasse à luta contra a força da administração do Banco e do governo, o Sindicato ligava para todos os interiores falando contra a nossa greve. A cada dia tínhamos que nos esforçar para rebater a desagregação promovida pela direção do Sindicato dos Bancários.

2012 - O DESRESPEITO PROMOVIDO PELO BANCO E A CONSEQUENTE FRAGILIZAÇÃO DA MESA DE NEGOCIAÇÃO
Só após a deflagração da nossa Greve, o Banco abriu a mesa de negociação e ratificou o nosso ACT. Na abertura da mesa, a Direção do Banpará não quis consignar nada em Ata, e a única entidade que, na hora, questionou e se posicionou contrária à ausência de uma Ata foi a AFBEPA, cobrando, com veemência, pois aquilo era um desrespeito para com a categoria. Timidamente o Sindicato concordou, mas, nas futuras mesas, não exigiu a confecção das Atas, permitindo o desrespeito contra os trabalhadores, ali representados.

No dia da assinatura do ACT, novamente a postura sindical foi ridícula, pois a presidenta do Sindicato, calou, consentiu, anuiu com a imposição do presidente do Banco em deixar uma diretora do próprio Sindicato do lado de fora da sala. Cadê o respeito pela entidade, e, por conseguinte, aos trabalhadores?!

Cobrei, assim que adentrei o recinto, o porquê de haver uma dirigente sindical do lado de fora, na antessala, pois pra mim, mais uma vez, a descortesia, a deseducação e a arrogância estavam prevalecendo por parte da direção do Banpará, que punha para fora, sem o mínimo respeito, uma dirigente sindical. Mas quem devia defender e se levantar para mostrar que não aceitava aquilo, era a presidente do Sindicato, que nada fez, quedou inerte, aceitou calada a humilhação.

Recentemente, outra vergonha: a entrega do abaixo-assinado sobre o tíquete extra, quando o Sindicato chamou uma mobilização para a porta da Matriz, e não conseguiu, sequer, chegar à sala da presidência do Banco para entregar o resultado do esforço dos colegas, onde todos acreditaram e assinaram, e passaram o abaixo-assinado, mas a direção do Sindicato aceitou a determinação do presidente do Banco, que ordenou que uma secretária sua pegasse o abaixo-assinado das mãos da direção sindical, na recepção, na entrada da 28 de setembro.

A AFBEPA vem denunciando essa fraqueza e complacência da direção sindical, que sempre atende aos interesses da direção do Banco! Os trabalhadores vêem, é gritante, já há algum tempo, essa falta de política de enfrentamento, essa falta de coragem, de firmeza, de tempestividade para as lutas!

Até sugerimos, na luta do tíquete extra, a paralisação de todas as unidades do banco por 1 hora e, posteriormente, crescer com o movimento em defesa do retorno do nosso direito, do retorno do nosso dinheiro. Mas a direção sindical preferiu paralisar pelo motivo da ampliação do horário nas Unidades do Interior, mesmo sabendo que o Banco estava agindo ilegalmente nessa questão, uma vez que a regra do ACT é clara: cabe ao Comitê de Segurança dispor sobre o fechamento e abertura das unidades do Banco. Ou seja, o Sindicato foi envidar esforços, sobre algo que o Banco teria que rever a sua posição, pois estava agindo contra o que havia convencionado, a sua postura era ilegal e inadequada em relação à segurança. Quando vencemos e o Banco teve que retroceder e mudar os horários de encerramento do atendimento, ficou bem claro, pela própria área que a vitória tinha sido dos argumentos legais que a AFBEPA e os representantes dos funcionários no Comitê de Segurança defenderam.

NÃO TENTEM ME ENLAMEAR! TENHO ORGULHO DE SER O QUE SOU, DE LUTA! E TEREI SEMPRE MINHA CABEÇA ERGUIDA!
A própria Direção Sindical contribuiu e contribui para sua queda, pois não trata com compromisso e seriedade as questões dos trabalhadores.

Em relação a mim, Kátia Furtado, que tenho vivido esses anos sendo atacada por essa direção sindical, em ambos os governos, somente posso afirmar que JAMAIS farei conchavos, ou mesmo me aliarei a governos ou empregadores, pois não acredito em nenhum dos dois e nem que, da parte dessas instituições, sem lutas, saiam políticas positivas para a vida dos trabalhadores. Não acredito em empregador e em governo. Eles fazem o que é melhor para defender os seus interesses, mas erram quando nos retiram direitos. A gente tem que fazer a nossa parte, que é lutar pelo que queremos. A AFBEPA e a categoria têm feito a sua parte, que são as nossas lutas e as nossas vitórias.

Governantes e direções de Banco, como pessoas que representam interesses dos exploradores que querem, sempre, auferir lucros exorbitantes, vão ser boazinhas em algum momento e conceder a nós, os explorados os bens da vida que precisamos para viver?! Só acreditaria nisso, se ainda acreditasse em contos de fadas, e essa fase da minha vida já passou.

A história nos mostra que as conquistas e as mudanças nunca vieram por concessões, benesses, nunca foi assim; ao contrário, o que se conquistou por direito teve a força dos trabalhadores em duros embates contra o poder dos patrões; embates que custaram até vidas de centenas de trabalhadores de luta. A forma mais usada pelos trabalhadores, em oposição à opressão patronal é a recusa ao trabalho, que se dá de diferentes maneiras, dentre elas a greve, que é a mais utilizada, quando as portas do diálogo se fecham, o que tem acontecido muito no Banpará: portas fechadas e diálogos negados.

De minha parte, posso olhar e dizer com muita MORAL, diante do rosto de quem quer que seja, e afirmar que nunca fui de governo algum, nunca tive ninguém lá; e não tenho interesse de ser; nunca sentei sozinha com diretores do Banco, nunca pedi nada a nenhum deles que me favorecesse pessoalmente ou alguém de minha família, até porque não aceito e nem gosto ser cobrada; resido num apartamento na periferia que comprei com meu FGTS; tenho um Fiat Uno Mille Fire 2007/2008, básico. Vivo do meu salário e do que o meu marido ganha, e assim sustento e educo meus filhos que sempre terão orgulho de dizer que sua mãe é uma pessoa verdadeira, que jamais traiu ou enganou pessoas ou causas.

Estou fazendo esse relato, porque não admito que ninguém jogue na minha cara coisas que não sou e não tenho. O que tenho, e são inatingíveis, intangíveis e intocáveis, além dos meus filhos, que são os bens mais preciosos que tenho aqui na terra, são os meus princípios e valores de vida, que aprendi com a minha mãe e que repasso para os meus filhos. Sou uma pessoa simples e humilde, mas uma fera quando se trata de defender o que acredito. Conhecer, entender e defender a condição humana é fundamental, por isso também me defino como humanista; não aceito que as pessoas sejam tratadas como coisas, isso para mim é inadmissível.

Estou na vida sindical e pretendo terminá-la, um dia, COM A MINHA HONRA INTACTA. Jamais vou aceitar algo que ameace os interesses, direitos e conquistas da categoria bancária, ou mesmo os interesses sociais que defendo e acredito.

Basta! Que esses diretores do Sindicato se dêem o devido respeito, porque eu exijo, sempre, que me respeitem e que respeitem quem eu represento. Inclusive, como filiada do Sindicato, cuja direção tanto me ataca, devo buscar meus direitos legais, a reparação dos danos morais que vivem me imputando. Assim, penso que aprenderão a respeitar uma mulher de luta!

Busquem serem mais atuantes, verdadeiros, corretos; aí sim, vocês vão se livrar das justas críticas e, quem sabe um dia, terão o apoio da categoria. Enquanto isso, me deixem em paz e trabalhem, como eu faço.

Finalmente, nada me detém quando sei que estou no caminho certo. Como diz o ditado, não se joga pedra em árvore que não dá frutos. Se me jogam pedras, eu respondo com mais trabalho, com mais luta, com mais independência e coragem. Tudo passa nessa vida, mas a honra, e as sementes que plantamos ficam. E isso, ninguém me tira.
Que 2013 seja um ano abençoado a todos nós, de muitas lutas, conquistas e aprendizados.

KÁTIA FURTADO
BANCÁRIA DO BANPARÁ, ADVOGADA-OAB 14979
PRESIDENTA DA AFBEPA, REPRESENTANTE NOS EMPREGADOS DO BANPARÁ NO GT PCS.




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