sexta-feira, 6 de abril de 2012

PARALISAÇÃO DE DIA INTEIRO NA AGÊNCIA CIDADE NOVA


 Kátia Furtado falando aos clientes e funcionários da Ag. Cidade Nova.

 Cartaz usado na paralisação de protesto

Odinéa Gonçalves, Cris Aleixo, Sheila Melo e Kátia Furtado.

“É isso mesmo! Tem que defender o trabalhador!”
 “Eu tô a favor de vocês!”
“ Se a gente não lutar, quem vai lutar pela gente?!”
“Ah, agora o Jatene já tá até demitindo funcionário público?!”
“Esse Banco aqui é nosso, ninguém pense que vai fazer e acontecer aqui, não! Tem mais é que lutar mesmo!”

Foram essas algumas das dezenas de manifestações de apoio que recebemos por parte dos clientes do Banpará durante todo o dia 5 de abril, quinta-feira, quando a Agência Cidade Nova esteve paralisada em um vigoroso ato de repúdio das entidades de defesa dos bancários - AFBEPA, Sindicato, CONTRAF/CUT E FETEC/CN - diante da demissão ilegal de um funcionário. Muitos clientes fizeram questão de declarar, inclusive, que eram bem atendidos pelo bancário, que estava trabalhando naquela agência, quando foi ilegalmente demitido pela diretoria administrativa do Banpará.

A demissão deverá ser revertida na Justiça do Trabalho porque, no Banpará, todas as penalidades aplicadas aos funcionários passam por um rito interno assegurado em Acordo Coletivo. Há vinte e cinco anos que os funcionários do Banpará conquistaram, com muita luta, o Comitê Disciplinar que avalia quaisquer problemas funcionais relativos aos bancários, inclusive com a possibilidade de defesa e sustentação oral do trabalhador. As denúncias são encaminhadas ao Núcleo de Auditoria, onde é montado um processo, são juntadas as provas, e tudo é levado ao Comitê Disciplinar, que é composto por três representantes indicados pela direção do Banpará e três representantes diretamente eleitos pelos funcionários. No Comitê Disciplinar, há uma gradação das penalidades proporcional à gravidade da falha, quando há falha, sendo a demissão a mais extrema penalidade. Sempre cabe direito de recurso dos funcionários ao próprio Comitê Disciplinar, que encaminha a sugestão de penalidade ao Presidente do Banco, que toma a decisão final.

 Autoatendimento funcionando normalmente - não prejuízo aos clientes

 Cartaz e panfleto da AFBEPA na paralisação

Esta senhora, operada, chegou antes das 7h na Agência para ser atendida. O comando da paralisação 
permitiu a entrada e atendimento a ela, abrindo uma exceção, pela gravidade da situação.

Clientes no autoatendimento leram atentamente o panfleto da AFBEPA 
e manifestaram total solidariedade ao ato.

ARBITRARIEDADES ESTÃO SE TORNANDO MARCA DESSA DIRETORIA
Além dessa demissão ilegal, várias outras arbitrariedades estão sendo cometidas em detrimento dos direitos dos trabalhadores, e contra o mínimo bom senso, pela diretoria administrativa do Banpará, tais como descomissionamentos injustificados e sem nenhum planejamento ou sequer diálogo com as áreas e funcionários atingidos. Do dia para a noite pululam portarias incompreensíveis destituindo funcionários reconhecidamente competentes que atuam, há mais de dez anos, em suas funções como ocorreu no setor de logística, na área de segurança e na contabilidade do Banco recentemente. O clima é de total instabilidade organizacional. Ninguém sabe quem será a próxima vítima da diretoria administrativa do Banpará.

Kátia Furtado, Heládia Carvalho, Odinéa Gonçalves e Cris Aleixo na luta. 
Ao fundo, o autoatendimento funcionando normalmente.

ESPAÇO, ESTRUTURA E PESSOAL INSUFICIENTES NA AG. CIDADE NOVA – CLIENTES SENTAM ATÉ NO CHÃO
Para piorar a situação, diversos problemas foram percebidos na Ag. Cidade Nova, dentre os quais: a insuficiência de espaço e estrutura, o que faz com que a Agência, em dias de grande movimento, fique insuportavelmente lotada, a ponto de os clientes sentarem no chão, por falta de cadeiras; insuficiência de pessoal diante da enorme demanda, o que faz com que os gerentes tenham que ficar no atendimento ao invés de saírem ao mercado para captar; a extrapolação de jornada que já se tornou uma constante; o não pagamento das horas extras para uma parte dos funcionários que têm, efetivamente, trabalhado além da jornada; a imposição de metas inatingíveis; o não acesso a alguns documentos fundamentais de direito dos trabalhadores como o Regulamento de Pessoal do Banpará, que a ampla maioria dos funcionários do Banco não conhece.

INJUSTIÇAS NO PROGRAMA DE METAS
Na Ag. Cidade Nova emerge, ainda, um grave problema de método desse programa de metas do Banpará: como a Agência atende a muitos clientes que têm conta em outras Agências do Banco, embora o atendimento seja feito pelos bancários da Cidade Nova, as metas são computadas para as Agências de origem das contas, o que faz com que apenas cerca de 20% do atendimento real da Agência Cidade Nova seja computado na própria Agência, enquanto que cerca de 80% das metas são levadas para outras Agências.  Trata-se de uma injustiça de um programa de metas elaborado às pressas. E olha que a Agência Cidade Nova é uma das Agências do plano piloto desse programa!

"Basta de injustiças! Que prevaleçam a verdade, o bom senso 
e o respeito às vidas dos trabalhadores!" Katia Furtado.

PROTESTOS NÃO PARAM. AGENDA DE LUTAS AVANÇARÁ
Esta AFBEPA e as demais entidades não aceitarão, jamais, essas situações absurdas! A paralisação de dia inteiro na Ag. Cidade Nova foi mais uma ação de mobilização das entidades. No dia 29 de março ocorreu um ato na Matriz do Banpará, na Av. Presidente Vargas. Outras ações irão ocorrer, até que se coloque um freio nessa diretoria que se inviabiliza cada vez mais diante dos funcionários e das entidades, seja pela ausência de respostas e resultados efetivos às reais demandas dos bancários e do Banco, seja pelas atitudes equivocadas que revelam ausência de serenidade, de respeito e total falta de visão de processo na tomada de decisões. 

Lamentamos que o Presidente do Banpará esteja atuando em direção contrária ao discurso inicial, no qual prometeu, ainda no segundo dia de gestão, em reunião com esta AFBEPA, ser receptivo às entidades, estabelecer um diálogo com reuniões mensais, escutar e ser efetivo nas decisões e agir para mudar a péssima imagem construída no Banpará ao longo de anos como dirigente do Banco, quando suas atitudes foram marcadas pela arrogância. O Presidente do Banco e sua diretoria administrativa estão ganhando marcas cada vez mais difíceis de serem removidas de sua história no Banpará. Vale lembrar que quatro ou oito anos passam rápido, mas marcas, estas ficam, às vezes pra toda uma vida.

“Isso não vai ficar assim! Essas injustiças vão cair! O bom senso e a verdade irão prevalecer! Nós, funcionários e funcionárias do Banpará, estamos unidos, conscientes, firmes e fortes para lutar com independência e coragem! Na nossa cabeça e no nosso coração, nós temos conquistas e direitos que vamos garantir!” afirmou, emocionada, Kátia Furtado, Presidenta da AFBEPA, durante mais esse vitorioso ato em defesa dos bancários e bancárias do Banpará

UNIDOS SOMOS FORTES!





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3 comentários:

Anônimo disse...

O que está acontecendo desde o início da gestão dessa diretoria é a instalação de um clima de medo e insegurança entre os funcionários, como nunca antes visto na instituição.Esperar o que desse governo e de seus representantes? O marketing é o da PAZ, mas como diz a letra da música " paz sem voz não é paz é medo" Até quando?

Anônimo disse...

Já estão com saudades do Dr. Edilson, considerado com um dos melhores presidentes do Banpará dous últimos tempos. Um pessoa super competente, advindo de um elevadíssimo cargo no BC, que revolucionou o banco, cortando e aparando absurdos gastos supérfluos, que atingiam desde almoços diários pagos pelo banco para superintendentes e gerentes de setores, a fim de valorizar mais a nossa PLR. Senhor JATENE, V. Excia. com certeza tem participação nesses absurdos ocorridos internamente no Banpará. Lembre que V. Excia. não foi a reeleição por causa da ganância da ratazana Almir Gabriel e pode ficar novamente fora de ser reeleito, se continuar dando ordens ao seu comandado predidente para impor regimes nazistas e facistas no Banpará. À diretoria atual, toda oriunda do nosso banco, tudo isso passa e vcs voltarão a sentar numa mesa de alguma superintendência como funcionários normais daqui a 2 anos e 8 meses, ou até em menos tempo. Já imaginaram o clima que vcs causarão que voltarem a ser simples empregados do banco??? Vcs não ganham nada com isso. Só desagrados, inimizades e inimizades de Deus, prejudicando sem motivos, um pobre funcionário que já ganha pessimamente, pois, atualmente, o Banpará é o banco público que pior paga no país. Basta ver os salários e benefícios que oferecem BB e Caixa nos novos editais. Aliás, ficaram de divulgar edital para concurso agora em março e enganaram mais uma vez. Pobres coitados é o vcs são.

Anônimo disse...

Aliás, quero parabenizar o Sindicato dos Bancários pela união com a nossa AFBePa na defesa dos funcionários do Banpará, tão achincalhados atualmente por essa nazista diretoria, que não conhece o dia de amanhã. Assim, UNIDOS SEREMOS BEM MAIS FORTES.