sexta-feira, 9 de março de 2012

REUNIÃO COM O BANCO - SEM RESULTADOS EFETIVOS

Ocorreu, hoje, 9, entre 11h e 14h, a primeira mesa de negociação de 2012 entre as entidades representativas dos bancários e a direção do Banpará. Kátia Furtado, a Presidenta da AFBEPA, esteve internada durante o dia para fazer vários exames por conta de problemas de saúde manifestados ontem. Cristina Quadros, a vice-presidente, esteve em Salinas, acompanhada da advogada da Associação, Dra. Valéria Fidélis, prestando solidariedade ativa aos colegas no caso do assalto com sequestro. Por esses motivos, a AFBEPA se fez representar através da assessora política Ghyslaine Cunha. Pela Fetec/cn estava presente Vera Paoloni, Pelo Sindicato o vice-presidente, Sérgio Trindade e, pela Contraf, a presidente do Sindicato, Rosalina Amorim. O Banpará foi representado pela Diretora de Administração Márcia Maués, o assessor da Dirad, Edvaldo Caribé, e Thaís, assessora direta do Presidente.

Em sentido horário, aparecem na foto: Márcia Maués, 
Thaís, Ghyslaine Cunha, Vera Paoloni e Sérgio Trindade.

Desde novembro do ano passado a AFBEPA tem solicitado agenda com o Presidente do Banpará, considerando o compromisso do início de gestão do Presidente, que se comprometeu a conversar mensalmente com as entidades. No entanto, o mesmo não tem atendido as entidades em reunião.

A pauta solicitada foi cumprida, em parte, mas sem resultados efetivos na maioria das questões.


PONTO ELETRÔNICO - A Diretora administrativa informou que, ao contrário do que está acordado no ACT 2011/2012 (que já está acordado desde 2007, sem que o Banpará tenha cumprido esta cláusula), o Ponto Eletrônico não será implantado em todas as unidades do Banco até maio de 2012. Será implantado apenas na Matriz e em algumas agências. A Diretora não soube dizer quais agências. A AFBEPA e a Fetec/cn reivindicaram a necessidade imediata de implantação do Ponto Eletrônico primeiro em todas as agências da capital e interior, uma vez que são esses os locais mais problemáticos, inclusive com extrapolação da jornada de trabalho, muitas vezes sem o devido pagamento das horas extras. Mesmo assim, a Dirad manteve a posição de instalar o Ponto Eletrônico primeiro na Matriz.

As entidades solicitaram informações sobre os equipamentos, sistemas e cronograma de instalação, mas, adiantamos que, segundo o Acordo Coletivo de Trabalho, a implantação do Ponto Eletrônico deve ser feita em todas as unidades de trabalho e, a nosso ver, começando pelas agências e não pela Matriz.


HORAS EXTRAS NÃO PAGAS NAS AGÊNCIAS - A Diretora Administrativa do Banpará disse desconhecer esse desrespeito às Leis e à determinação direta e formal do Presidente em pagar todas as horas efetivamente trabalhadas. A AFBEPA relatou uma situação em que a folha de ponto foi rasgada e os colegas foram obrigados a assinar outra folha de ponto sem registro das horas extras. A Dirad ficou de avaliar essa situação e dar um retorno às entidades, deixando claro que não orientou nenhum gestor a cometer tal irregularidade.


GT/PCS - Imediata retomada dos trabalhos do GT/PCS com adequação do prazo de apresentação dos trabalhos para 120 dias, a contar da primeira reunião. Houve concordância do Banco.


SOBREAVISO -  As entidades colocaram as irregularidades quanto ao sobreaviso especialmente no que diz respeito à situação de insegurança a que os funcionários ficam expostos ao guardarem as chaves do Banco, e quanto ao não pagamento das horas extras efetivamente trabalhadas, quando há o deslocamento do funcionário para unidade do Banco. O Banco sugeriu que uma solução alternativa seja construída no Comitê de Segurança para a extinção do sobreaviso, e se comprometeu a atender os requerimentos de pagamentos de horas extras quando forem solicitadas pelos funcionários que se deslocarem ao local de trabalho, durante o sobreaviso.


COBRANÇA IRRAZOÁVEL DE VALORES DOS FUNCIONÁRIOS - A AFBEPA apresentou à Dirad pedido de reconsideração quanto a algumas decisões do comitê disciplinar que estão penalizando alguns funcionários do Banpará, de forma irrazoável, cobrando-lhes valores inadmissíveis tanto pela soma vultosa, quanto pelos motivos injustos, uma vez que esses funcionários não cometeram dolo, não há culpa e o risco do negócio é do Banco e não dos bancários em uma situação de falha ou má fé que não seja do funcionário. A Dirad sugeriu que se houve caso de decisão injusta, que se busque a justiça, uma vez que a direção do Banco não pode descumprir normativos.


Contratação de mais funcionários através de concurso público - A Diretora administrativa do Banpará reconheceu diante dos representantes dos funcionários que há unidades do Banco com deficiência de pessoal. Admitiu que há locais funcionando com estrutura insuficiente de pessoas e explicou que há dificuldades em remanejar funcionários para municípios mais longínquos. Disse, ainda, que nesses casos, há uma recontratação das metas nessas unidades e que eventuais falhas são consideradas em casos de julgamentos disciplinares.

Afirmou a Diretora que o Banpará fará concurso público para vagas estabelecidas e para cadastro de reserva. O edital deve ser publicado ainda em março, segundo a Diretora, que informou, ainda que o concurso não incluirá vaga para psicólogo, como foi acordado na mesa de negociação entre as entidades em outubro do ano passado.



AUMENTO DE TODAS AS COMISSÕES - A Dirad informou que foi concluído o estudo, mas não foi e nem será enviado às entidades. Informou ainda que se mostrou caro para o Banco. Este ponto consta da Ação Reclamatória apresentada na Justiça do Trabalho porque foi um dos três pontos acordados na mesa de negociação entre as entidades e o Banco, durante a Campanha Salarial 2011, que o Banco não cumpriu.



Plano Odontológico - O Banco informou que houve problemas técnicos na formulação do Termo de Referência que precisou ser adequado ao mercado local, considerando empresas que possam cobrir todo o território paraense na prestação do serviço. Informou, ainda, que o Termo de Referência já está em fase de conclusão. Segundo a Dirad, até o final de maio haverá um plano odontológico atendendo aos funcionários do Banpará. Pelo Acordo, o prazo já está estourado.


GED - A AFBEPA solicitou informações acerca do programa de gestão de desempenho que está sendo implantado no Banpará, inclusive com a possibilidade de integrar a equipe que monitora o GED, jamais para contratar as metas com os funcionários, mas para conhecer o programa por dentro, seus detalhes técnicos, suas avaliações, para melhor proteger os direitos e interesses dos bancários. A Dirad não aceitou de pronto a entrada das entidades na equipe do GED, mas sugeriu que fosse debatido por dentro do GT/PCS, o que a AFBEPA não aceita porque não queremos misturar o nosso PCS com o plano de metas do Banco.

Nova reunião ficou marcada para abril, com data ainda a ser definida.




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