terça-feira, 13 de dezembro de 2011

AINDA SOBRE O ENCONTRO DE GERENTES

Quais são as medidas que serão tomadas, pela direção do Banpará, para garantir a realização das metas colocadas na última sexta-feira, 9, às agências e postos? Essa é a pergunta que finaliza nosso post de sexta-feira, e é com ela que queremos abrir este texto, porque temos a clareza de que é fundamental observar e estruturar as condições e recursos para o atingimento dessas metas. Essa é a base de todo planejamento.

Hoje, os gerentes das agências carregam um enorme fardo, cuidando de procedimentos operacionais, administrativos e cobrindo trabalhos de funcionários operativos, para garantir a realização dos serviços, porque não tem quem faça. O sufoco é tanto que, por exemplo, até quando se aproxima o fim de um contrato de estagiário, a preocupação é grande porque, na verdade, os estagiários estão assumindo os serviços dos bancários.

A realidade é que há uma enorme cobrança da direção do Banco sobre os gerentes das agências que, sem a contrapartida da necessária estrutura, acabam, por sua vez, também cobrando, muitas vezes de forma inadequada do ponto de vista da relação funcional, o que chega a configurar, em alguns casos, assédio moral. Essa é uma relação de poder em efeito dominó muito prejudicial ao ser humano, ao ambiente de trabalho, destrutiva das boas relações interpessoais e da estrutura organizacional.

"Hoje, quem maltrata, é melhor avaliado." Essa é uma fala de um bancário do Banpará que precisa servir de base a uma profunda reflexão para a direção do Banco. A imposição de metas, a urgência por crescimento e fortalecimento, da forma como estão sendo colocadas aos gerentes e aos demais colegas bancários do Banpará, sem um diagnóstico, sem um olhar realista sobre os problemas existentes nas unidades de trabalho, precisam ser superadas.

VIRAR AS COSTAS PARA O BANPARÁ?
É incoerente a fala da direção do Banco, no Encontro de Gerentes, sinalizando como objetivo o aumento do lucro para 1 bilhão, até 2015, mas ao mesmo tempo acompanhando uma linha de argumentos contrários ao Banco estadual, que quer desconcentrar os recursos do governo, retirando-os do Banpará. Qualquer medida, nesse sentido, é um ataque ao patrimônio público que é o Banpará e à soberania do povo paraense.

Há cerca de doze anos atrás, quando o Banco do Brasil atravessou uma fase difícil, o então presidente do Brasil decidiu injetar altas somas no BB, além desse Banco já operar com os recursos das secretarias e órgãos federais, fundações e autarquias etc, isso para garantir a manutenção e o fortalecimento desse tão importante banco público federal. Então, por quê com o nosso Banco estadual, o Banco do povo paraense, tem que ser diferente? Se o governo federal virasse as costas para os Bancos federais, eles quebrariam no dia seguinte, logo, se o governo do Estado sucatear e minguar o Banpará, estará, na prática, destruindo o Banco estadual.

URGÊNCIAS
É urgente capacitar e qualificar cada vez mais os funcionários; abrir mais canais de diálogo com as prefeituras, câmaras e as comunidades em cada município; receber cada vez melhor o povo paraense, os verdadeiros dono do Banpará, nas dependências do Banco; cobrar mais da PD CASE, que há tantos anos tem um contrato com o Banpará, sem corresponder com as necessárias soluções tecnológicas que o povo do Pará quer e que os bancários do Banpará precisam para melhor atuar.

É preciso valorizar os funcionários e sempre garantir os direitos desses dedicados trabalhadores que são os bancários do Banpará, que não estão e jamais estiveram acomodados, mas ao contrário, têm correspondido à altura às exigências do crescimento do Banco.



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2 comentários:

Anônimo disse...

Os bancários do Banpará precisam estar cientes de que a intensão existente por trás do Projeto de Lei 210/2011, do governo do PSDB e que se refere às PPPs (Pareceias Político Privadas), caso aprovada, levará à possibilidade de privatização do Banco. Os funcionários e a população em geral, precisam se manifestar. Hoje o projeto, submetido a toque de caixa pelo governador Jatene, era para ter sido votado na ALEPA. Não foi, graças à Deus!Mas, o governo deverá submetê-lo nas próximas possíveis sessões, ainda este ano. Precisamos nos manifestar firmemente! Essa administração será conivente e submissa. Ao que parece no encontro com os gerentes isto já ficou patente ou alguém tem dúvidas???? Precisamos nos organizar e defender este patrimônio que é do povo do Pará e de seus funcionários. Todo cuidado é pouco, é só ler o livro "A Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Jr, para saber do que os tucanos são capazes.Olho vivo e muita ação!

Anônimo disse...

Mas não privatizaram o banco no governo passado por falta de competência ou não deu tempo. Agora, minha gente, nada fará com que eles ajam da maneira que quiserem. Já não adianta mais espernear, gritar, fazer passeatas, levantar cartazes, que eles estão c...... e andando para nós. Agora paralisem as atividades e vejam se eles não endoidam. Se todo servidor público paralisasse o país por tempo indeterminado, talvez nos respeitassem mais. Mas...Porém...Todavia...