sábado, 16 de julho de 2011

(IN)SEGURANÇA BANCÁRIA. BRAGANÇA - TRAUMA E DOR. CAPANEMA - O CAOS.


 
Kátia Furtado e Cristina Quadros diante da agência fechada em Capanema.

 
Solidariedade ativa aos colegas abalados.


EM BRAGANÇA, A DOR, O TRAUMA, A URGENTE NECESSIDADE DE CUIDADOS.

A AFBEPA esteve em Bragança no dia de ontem, representada por Cristina Quadros e Kátia Furtado, acompanhadas de assessora. Encontramos os colegas bancários e seus familiares bastante abalados. A agência, naturalmente, está fechada e deve reabrir na segunda-feira, 18/07. O assalto não chegou a ser consumado.

O bancário e seus familiares: esposa, filha e neto, além de uma sobrinha, ficaram durante toda a noite sob poder e tortura psíquica da quadrilha. Não foram fisicamente machucados. Os bandidos afirmaram que conheciam todos os detalhes da rotina e informações fundamentais sobre as vidas dos bancários da agência Capanema e seus familiares, como horários, locais que frequentam, telefones celulares e nomes completos.

O bancário e sua família foram feitos reféns na noite de quinta-feira, 14/07, por volta das 20h30. Após as 23h, os bandidos decidiram retirar a família de sua residência e por volta das 5h da manhã da sexta, 15/07, levaram o bancário à casa de um outro colega, o tesoureiro da agência, para consumar o assalto. O tesoureiro, que também recebeu ligações dos bandidos, da mesma forma, ameaçando sequestrar seu filho e esposa, acionou o gerente.

Enquanto isso, a família do bancário estava sendo levada para Capanema, ao local combinado para a troca dos reféns pelo dinheiro, onde o bancário chegou a encontrar um dos membros da quadrilha para entregar os valores, mas o bandido percebeu a movimentação da polícia e recuou. Felizmente, e por sorte, a família do bancário já havia sido libertada em um ramal próximo à Capanema. Segundo relatos, houve falha de comunicação entre os bandidos que, após a frustrada ação, ainda ameaçaram, por duas vezes, o bancário e sua família, prometendo vingança.

AFBEPA EM BRAGANÇA

Na agência, A AFBEPA encontrou o setor de segurança e saúde do Banco tomando as providências necessárias quanto ao preenchimento da CAT e ao atendimento médico às vítimas, assim como toda a apuração interna dentro da unidade. A equipe especializada de roubo a banco da DRCO também se encontrava em Bragança já colhendo os depoimentos das vítimas. Kátia Furtado e Cristina quadros pediram ao representante da área de saúde do Banco que também o gerente da Agência Bragança, bastante abalado, preenchesse a CAT, já que em meio aos fatos, o colega sofreu forte mal estar e queda de pressão. O representante do Banco pediu que a AFBEPA consulte diretamente a SUDEP. Isso será feito.

Na delegacia estava prestando depoimento uma das vítimas, quando a presidente licenciada da AFBEPA, Kátia Furtado, se apresentou como advogada da depoente. O mesmo ocorreu com os demais colegas bancários, assistidos diretamente por Kátia Furtado. Também chegou em Bragança a direção do Sindicato dos Bancários, representada por Rosalina Amorim, Érica Fabíola e Gilmar.

É DO BANCO A RESPONSABILIDADE COM OS CUIDADOS E A SEGURANÇA DOS BANCÁRIOS E SEUS FAMILIARES.

O trauma e o medo agora são parte das vidas destes colegas e suas famílias. Evidentemente estão, desde já, licenciados para tratamento de saúde, mas fica a responsabilidade do Banco em custear e garantir todo o tratamento médico e psíquico pelo tempo necessário, além da segurança dessas vidas, que estão sob ameaça expressa dos bandidos, uma vez que o assalto foi frustrado.

Também é decisivo remanejá-los para locais onde estejam mais seguros, uma vez que nenhum deles têm condições psíquicas de permanecer residindo e trabalhando na mesma casa e local onde sofreram o abalo.

Que fique bem claro: todo o dano foi sofrido em razão do ofício; a casa do bancário se tornou extensão do local de trabalho e seus familiares, foram vitimados como se bancários fossem, logo, a total responsabilidade em tratar dos danos e garantir a proteção dessas vidas é do Banpará.

A AFBEPA está prestando toda a solidariedade ativa aos colegas e familiares, e também atuando concretamente no sentido de ajudar na tomada das providências e para defender os direitos das vítimas. 



EM CAPANEMA O CAOS PERMANECE!

Um só colega no atendimento, quadro mais que reduzido...

  
Sobrecarga, desvios de função, danos que resultam em falhas que depois serão cobradas apenas dos funcionários. Kátia Furtado, dentro da agência, em contato direto com a direção do Banco.



A AFBEPA esteve também em Capanema para uma rápida visita à Agência do Banpará, aproveitando o percurso na ida à Bragança. O quadro ainda se encontra caótico. A solução apresentada pelo Banco é insuficiente e prejudica a atuação em outras unidades. O Banco quer deslocar um bancário do PAB Pirabas e um bancário do PAB Primavera. Cada um desses PABs possui apenas três funcionários, o que já é insuficiente, porque os PABs são as únicas unidades do Banpará naquelas localidades, ou seja, atuam como verdadeiras agências, mas sem o quantitativo necessário e o suporte para tanto. Ora, se o Banco cumprir sua proposta, cada PAB ficará apenas com dois bancários, inviabilizando completamente o trabalho das unidades.

Da mesma forma, em Capanema, a solução precisa ser mais efetiva e de longo prazo, ainda que seja necessária uma providência emergencial, mas sem "descobrir um santo para cobrir o outro". Portanto, as pendências continuam urgentes e esta AFBEPA, que novamente, acionou a direção do Banco de dentro da unidade, aguarda uma decisão à altura da necessidade real da Agência Capanema. Caso contrário, não restará alternativa a não ser paralisar a Agência para proteger os colegas dos danos da sobrecarga, desvios de função, assédio moral e irregularidades como tornar as horas extras regra, e não exceção, que é o que está ocorrendo em Capanema.









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4 comentários:

Anônimo disse...
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Anônimo disse...
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Anônimo disse...

Atenção, Ministério Público do Trabalho! Atenção, Delegacia Regional do Trabalho! O Banpará precisa de um severo "puxão de orelha" em certas agências do interior, principalmente Capanema, onde o "trabalho escravo" está se perpetuando e o banco não quer chamar pessoal de concursos para repor as enormes vagas. Senhor Governador, o Banpará não era assim até a chegada da administração indicada por V. Excia. Se pudesse voltar atrás, Senhor Jatene, juro que teria anulado o meu voto.

Anônimo disse...

Concordo o anonimo acima, eu também já me arrependi. Mas não tive opção como estava não dava pra continuar tb, porq naquele momento já estávamos órfão, governo banco e sindicato contra nós. Mas vamos pra cima deles SINDICATO agora, vamos exigir URGENCIA no ponto eletrônico, assim como indenização pelos anos de enrolação. Vamos AFBEPA pressiolá-los como pressionamos pelo PCS, não vamos deixar sermos enrolados em mais um acordo. ESSA É A HORA.
SE UNIDOS SOMOS FORTES VAMOS DAMOS AS MAÕS E GARANTIR O CUMPRIMENTO DO PONTO ELETRÔNICO AGORA.