sábado, 27 de novembro de 2010

PAGAMENTO DA QUEBRA DE CAIXA (OU DE CASH) AOS TESOUREIROS E GERENTES DE PAB



Com a reestruturação financeira e a entrada de novas tecnologias no âmbito do trabalho bancário, os funcionários passaram a operar novas máquinas e assumir novas funções, sem receber a mais por isso. É o caso dos cashs. Os tesoureiros e gerentes de Pab passaram a assumir a operacionalização das máquinas com todos os seus riscos, contudo, nada receberam pela nova responsabilidade que implica em lidar com mais e altos valores.
Após vários anos de exposição a esses riscos e assumindo diariamente os problemas oriundos, sem a devida remuneração, nada mais justo que o banco faça a necessária contraprestação por esse trabalho aos tesoureiros e gerentes de Pab's.

A AFBEPA ressalta que o custo social desse trabalho é alto, pois a rotina desses trabalhadores envolve tarefas como:


1) abastecer durante todo o dia vários cashs, com altas quantias em dinheiro e moeda;

2) conferir a máquina de depósitos em envelope;


3) tirar fitas com posições dos cashs;


4) liberar cartões retidos pelos cashs;


5) e realizar todas as outras atividades inerentes às suas funções.


6) Além de tudo isso, ainda há um agravante: em várias unidades, os tesoureiros e gerentes de Pab's pagam altas somas em dinheiro, além de autenticar documentos de pagamentos e recebimentos, atuando como se fossem caixas. Ressaltamos que em apenas um dia esses bancários podem perder pequenas ou altas somas em numerário. Por isso, não tem lógica o atual ACT disciplinar o pagamento da quebra de caixa, nestes casos, apenas no dia trabalhado. O correto seria pagar integralmente o trabalho, já que independente dos dias trabalhados, o bancário assume o risco total diante da movimentação de quantias.

O trabalhador bancário é um ser humano que enfrenta uma rotina pesada, alto nível de sobrecarga e stress, e a ameaça constante de assalto e sequestro em função de sua profissão; e ainda assume novas funções sem receber o justo pagamento a mais por isso
. Não está certo.

Em nosso entendimento, o banco deve pagar mais pelo trabalho a mais, pelo menos para que os bancários possam ter condições de
cuidar da saúde. Como está, não pode ficar. Vamos buscar tratar as questões acima mencionadas junto aos setores competentes do Banpará.

A DIREÇÃO DA AFBEPA



*

AGÊNCIAS LOTADAS, POUCOS FUNCIONÁRIOS: PROBLEMAS QUE PEDEM SOLUÇÕES URGENTES!

Agências lotadas...

... uma rotina stressante para clientes e bancários...

... que ficam sobrecarregados, quando a agência possui poucos funcionários.


As agências do Banpará possuem um grande número de clientes, entre funcionários públicos estaduais, usuários e funcionários de empresas com contas salários abertas pelo banco. É muito positivo que o banco da população paraense seja utilizado por essas pessoas, principalmente considerando a portabilidade, que em breve estará a bater em nossas portas.


Para que os clientes continuem escolhendo o Banpará como seu banco, é preciso melhorar as condições de atendimento, hoje ainda insuficientes em relação ao quadro de pessoal e a tecnologia, porque há um alto nível de sobrecarga dos bancários, que buscam fazer o melhor, mas não podem fazer milagres. Com as agências lotadas, sem pessoal suficiente para oferecer um melhor atendimento, os poucos funcionários existentes se esmeram em atender, mas, ao início da tarde, encontram-se visivelmente exauridos.

Nesta última sexta-feira, 26, a Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado, em seu giro diário pelas agências, deparou-se com um quadro desolador na agência Ananindeua, onde trabalhavam 3 estagiários de um total de cinco, apenas 2 funcionários atendentes e 6 caixas, sendo que a bateria de caixas comporta 7 funcionários.

Perguntas que não querem calar:

- Por que os estagiários continuam usando as senhas de funcionários para atender ao público? Os estagiários devem ter suas próprias senhas, já que realizam tarefas de atendimento, como abertura de contas correntes, liberação de empréstimos e outras atribuições típicas de um funcionário concursado.

- Por que há mais estagiários que funcionários no atendimento? Estagiários não têm e não podem ter a mesma responsabilidade que têm os funcionários concursados; são aprendizes e a legislação limita sua jornada de trabalho a 6hs diárias, no entanto têm feito horas extras sem o amparo da lei e sem adicional algum, assim como a maioria dos funcionários.

- Se a bateria de caixas comporta 7 caixas, o que justifica a unidade, que está sempre lotada, ter apenas 6 caixas no seu quadro funcional?

- Outro fator sempre destacado em todas as agências, problema antigo no banco, também chama a atenção na ag. Ananindeua: a lentidão da rede tecnológica. O cliente, com razão, se impacienta e o funcionário extrapola sua jornada, desgasta mais energia e perde muito em saúde.

PERIGO: ENTREGA DO NUMERÁRIO PELO CARRO FORTE APÓS O HORÁRIO

Uma rotina perigosa enfrentada atualmente não só na ag. BR Ananindeua mas, de um modo geral, em todas as agências do Banpará, é a entrega de numerário pelo carro forte, com grande atraso. O horário estabelecido, não tem sido respeitado, e os carros fortes só entregam o numerário 4, 5 ou até 7 horas após, o que causa aos tesoureiros um alto nível de stress diante da falta de dinheiro para os clientes e cashs, além de gerar encaixe alto, o que é totalmente desaconselhável nos normativos de segurança do Banco. A AFBEPA solicita que o Setor competente resolva, com a máxima urgência, essa perigosa situação.



*

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A CARTA DA AFBEPA PARA A EQUIPE DE TRANSIÇÃO DO GOVERNO ELEITO

A AFBEPA enviará a carta abaixo ao coordenador da equipe de transição do governo eleito, propondo resoluções de pendências e melhorias nas vidas dos bancários e bancárias, e demarcando, claramente, a defesa da manutenção e fortalecimento do Banpará. Leia, avalie e se desejar comente e contribua com sugestões que poderão ser incorporadas ao texto.
_____________________________________








Belém, Pará, 26 de novembro de 2010

Ao Coordenador da equipe de transição do governo eleito,

AS DEMANDAS DOS BANCÁRIOS E BANCÁRIAS DO BANPARÁ


Nós, bancários e bancárias do Banpará temos dado o melhor na defesa do banco, garantindo, com todo o nosso esforço e empenho, com toda nossa dedicação e competência, os melhores resultados e lucros para o Banpará, nos últimos anos.

Em 1998 tomamos uma decisão muito difícil para nossas vidas: doamos 20% de nossos salários, por onze meses, para ajudar a capitalizar o banco. Assim fizemos, por estarmos convencidos naquele momento de que não haveria outra saída: ou era isso, ou o banco quebrava e seria privatizado, como foram vários outros bancos estaduais, na esteira do funesto relatório “Bozz-Allen”.

Sofremos, por mais de 15 anos, com nosso PCS congelado, além da política de reajuste zero de toda a década de 90. Em 1999, fomos reduzidos a cerca de 700 funcionários. A extrapolação de jornada, sem os devidos pagamentos das horas extras, além dos adoecimentos, foram constantes. Hoje somos uma categoria endividada, nosso padrão de vida nem se compara ao de um bancário da década de 80.

A dívida moral e social do Banpará é grande para com seus funcionários. E essa dívida tem um custo real, financeiro, que precisa ser resgatado. Estamos no limite.

Em nossa última Campanha Salarial, a Minuta de Reivindicações trouxe alguns pontos fundamentais dessa agenda de dívidas que o banco tem para conosco, mas, por erros de conduta da atual direção do Sindicato dos Bancários, muito atrelada ao governo que finda, acabamos saindo da greve sem as principais cláusulas econômicas garantidas.

Pior, abrimos mão de continuar lutando por nossa pauta econômica porque acreditamos que o Sindicato havia conseguido, como informou em mensagens nos celulares, “3,3% acima da Fenaban”, ou seja, um reajuste salarial de 10,8%, independente do alinhamento ao novo piso da Fenaban. Na verdade, em relação ao piso da Fenaban, nosso piso decresceu. Antes dessa campanha salarial, nosso piso era 5% maior que o piso da Fenaban. O piso da Fenaban, para o Pessoal de Escritório, Tesoureiros, Caixas e outros empregados da Tesouraria, era de R$ 1.074,46. O nosso piso era de R$ 1.128,18. Ocorre que o piso da Fenaban foi reajustado em 16,33% passando a valer R$ 1.250,00. Então, o banco e o sindicato decidiram apenas alinhar o nosso piso ao novo piso da Fenaban e deu 3,3% de reajuste no PCS. Já não temos mais um piso acima da Fenaban, como era antes.

Neste momento, em que se realiza a transição em todo o governo estadual e também no Banpará, afirmamos que os novos gestores do banco precisam incluir em suas agendas de debates e urgentes providências, não apenas os números favoráveis ou desfavoráveis ao financeiro do banco, mas precisam tratar também dessas demandas reprimidas, desses históricos passivos morais e financeiros que o banco possui com relação aos seus bancários e bancárias.

Reivindicamos que o governador eleito e os novos dirigentes do Banpará tratem o banco como órgão público e que as decisões se construam também observando a dimensão política e os impactos nas vidas dos funcionários públicos bancários. Por isso, uma agenda deve ser criada para responder aos pontos principais, abaixo colocados:

1) ESTABELECIMENTO DE UM CRONOGRAMA DE REEMBOLSO AOS FUNCIONÁRIOS, DOS 20% DOADOS AO BANPARÁ EM 1998;

2) AUMENTO DE 5% NO PISO DO BANPARÁ, DE MODO A RECUPERAR O VALOR DO NOSSO PISO EM RELAÇÃO AO PISO DA FENABAN;

3) RESOLUÇÃO DAS PENDÊNCIAS DO NOVO PLANO DE SAÚDE UNIMED E DO PATRIMÔNIO REMANESCENTE DO PLANO CAFBEP/PAS:

3.1 - Devoluções de valores cobrados indevidamente;

3.2 - Utilização do saldo remanescente do plano CAFBEP/PAS para pagamento de quantas mensalidades dos participantes daquele plano comportem no novo plano de assistência à saúde UNIMED;

3.3 - Mudança na redação da cláusula 6ª do Regulamento do novo plano para: "os participantes do novo plano renunciam à prestação de assistência à saúde pelo plano CAFBEP/PAS";

3.4 - Mudança na redação da cláusula 7ª, onde os participantes somente autorizam o encerramento do plano CAFBEP/PAS, após ulterior prestação de contas da situação financeira e contábil, com a deliberação pelos mesmos, acerca do patrimônio remanescente;

3.5 - Responsabilização do banco por consultas, exames e internações, caso haja inadimplência da UNIMED com algum contratado, sem prejuízo das ações administrativas e judiciais cabíveis.

3.6 - Que o custeio do novo plano UNIMED incida apenas sobre as verbas fixas: salário, gratificação e anuênio.

4) PCS: EVOLUÇÃO POR MERECIMENTO EM 2011. Reativação do GT do PCS, com a participação independente da AFBEPA, e retomada do calendário uma vez que ainda não foi apresentada, em julho de 2010, à categoria a parte mais importante do plano, que trata da evolução funcional.

5) SOBREAVISO: RESOLUÇÃO DE TODAS AS PENDÊNCIAS.

6) PRESENÇA DA AFBEPA NAS MESAS DE NEGOCIAÇÃO DA CAMPANHA SALARIAL E DO GT PCS.

7) COMPENSAÇÃO FINANCEIRA PELA NÃO IMPLANTAÇÃO DO PONTO ELETRÔNICO, JÁ QUE OS BANCÁRIOS DAS AGÊNCIAS TÊM FEITO HORAS EXTRAS SEM O DEVIDO PAGAMENTO.

8) INDENIZAÇÃO DE TODOS OS BENS MÓVEIS SUBTRAÍDOS EM ASSALTOS E DE TODOS OS PREJUÍZOS MATERIAIS, ALÉM DA MAIS AMPLA ASSISTÊNCIA AOS BANCÁRIOS E SEUS FAMILIARES VITIMADOS NOS ASSALTOS.

9) PAGAMENTO DE TRATAMENTO PSICOTERÁPICO AOS BANCÁRIOS VITIMADOS EM ASSALTOS.

10) LICENÇA PRÊMIO PARA TODOS, INCLUSIVE PARA OS NOVOS CONTRATADOS E PARA OS EMPREGADOS COM MAIS DE 30 ANOS DE BANCO.

11) PAGAMENTO DE QUEBRA DE CAIXA AOS TESOUREIROS E COORDENADORES QUE MANUSEIAM NUMERÁRIO NOS CASHS.

12) REABERTURA DOS CANAIS DE COMUNICAÇÃO ENTRE A AFBEPA E OS FUNCIONÁRIOS, de modo que os bancários possam receber, em seus e-mails funcionais, os e-mails da AFBEPA, assim como possam ter acesso na página do banco na intranet, ao site e blog da AFBEPA.

Finalmente, queremos reafirmar que, para nós, funcionários e funcionárias do Banpará, o banco deve cumprir o seu compromisso fundamental enquanto agente do desenvolvimento com inclusão social e econômica levando à população paraense, trabalho e renda através de programas de crédito e micro crédito. Para tanto, é necessário:

1) Manter todos os recursos do Estado sob a gestão do Banpará;

2) Reativar a Diretoria de Recursos de Terceiros – DIRET, que foi extinta no governo que finda, e retornar com os fundos que foram transferidos para o Banco do Brasil, além de buscar outros recursos para subsidiar uma ampla política de crédito popular nos diversos municípios do Pará;

3) Reduzir as taxas de juros e aumentar o prazo para pagamento e a carência do atual programa de micro crédito “Banpará Comunidade”;

4) Ativar outros programas de crédito e micro crédito a serem desenvolvidos pelo Banpará.

Colocamo-nos à inteira disposição para contribuir no sentido de garantir o justo e o melhor para os bancários e bancárias e para a defesa e fortalecimento do Banpará, sempre mantendo a autonomia, a independência de classe e a força de luta dessa entidade de defesa dos funcionários.

Agradecemos a atenção dispensada e aguardamos breve e positivo retorno acerca dos pontos acima levantados.

Atenciosamente,

A Diretoria da AFBEPA.


AFBEPA.GESTÃO FIRME NA LUTA. Triênio 2010/2012. Rua 28 de Setembro, 1210, Sala 06. Reduto. 91) 32121457/1479. 91) 81111703, 91)81188679. e-mails: afbepa.ban@bol.com.br / afbepa@hotmail.com / afbepa.coragem@gmail.com /site: http://afbepacoragem.blogspot.com



*

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

JÁ ESTÁ NA HORA DE IR AOS CORREIOS




Os bancários e bancárias do Banpará já contribuem com essa linda campanha há muito tempo. Tá chegando a hora de ir aos Correios e escolher uma cartinha para doar um presente à uma criança. Convide os amigos e amigas para esse programa maravilhoso!



Da página oficial da Campanha:

"Papai Noel dos Correios 2010

Realizada há mais de 20 anos, o Papai Noel dos Correios é uma das maiores campanhas sociais natalinas do Brasil. Distribuir presentes não é meta institucional da campanha, a principal preocupação é responder aos remetentes das cartinhas endereçadas ao Papai Noel e promover a mobilização dos Correios e da sociedade em torno dos sonhos das crianças brasileiras. A disseminação, em todo o país, de valores natalinos como amor ao próximo, solidariedade e felicidade é o principal benefício conquistado graças à vontade dos mais de 108 mil empregados e à solidariedade da sociedade brasileira.

Em 2010, foram estabelecidas parcerias com escolas públicas, creches e/ou abrigos que atendem crianças em situação de vulnerabilidade social. Desta forma, a campanha alinha-se a um dos Objetivos do Milênio estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), denominado "Educação básica de qualidade para todos". A campanha terá por objetivo responder às cartinhas das crianças em situação de vulnerabilidade social que escrevem ao Papai Noel e também estimular a redação de cartas manuscritas, além do uso correto do Código de Endereçamento Postal (CEP) e do selo postal."

Clicando aqui você acessa a página oficial da Campanha. Agora é só ir à agência mais próxima dos Correios e escolher uma cartinha. Leia e desperte todo o seu amor. Doe um presente e deixe uma criança mais feliz. Você também experimentará uma felicidade sem igual. Doar é muito bom!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

AFBEPA DE CASA NOVA A PARTIR DE 30 DE NOVEMBRO


Atenção bancários e bancárias do Banpará, a partir do dia 30 de novembro de 2010, a AFBEPA estará de casa nova. A sede da Associação será na Trav. Manoel Evaristo, nº 717 A, entre Senador Lemos e Curuçá, no bairro do Umarizal, próximo a Igreja São Raimundo Nonato.

Em virtude da mudança e dos procedimentos necessários para as instalações na nova sede, a AFBEPA entrará em recesso no dia 29 de novembro, até que a direção da Associação informe à categoria a data da reabertura do atendimento já na nova sede. Os números de telefones continuarão os mesmos: 91)32121479 e 91)32121457.

Também continuaremos atendendo através dos telefones celulares 91)81111703 / 91)81188679 e do novo número: 91)92476774.

Ano novo, casa nova, boas e renovadas energias, estamos todas e todos muito animados com a mudança de casa e você, associado e associada, será, como sempre, muito bem vindo à nova sede da AFBEPA. Conte com a gente!

Um abraço,

A diretoria da AFBEPA.



*

sábado, 20 de novembro de 2010

CLIQUE AQUI E LEIA O ACT 2010/2011 DO BANPARÁ PUBLICADO PELA AFBEPA



RETROCESSO, AUTORITARISMO EXTREMO, RETALIAÇÃO. ISSO É O ACT PATROCINADO PELO SINDICATO. A CATEGORIA ESTÁ LESADA NESTE ACT 2010/2011.

Clicando aqui você poderá ler o Acordo Coletivo de Trabalho 2010/2011 do Banpará, assinado pelo banco, Sindicato dos Bancários, Fetec/cn e Contraf/Cut. O texto final do ACT foi muito modificado em relação a versão conhecida pela categoria. Lembramos que a AFBEPA foi excluída da mesa de negociação pela atual direção do Sindicato.


Abaixo de algumas imagens, que são as onze páginas do ACT, comentamos as cláusulas que estão em desacordo com a vontade da categoria. Há alguns problemas graves e isso explica o porquê da direção do Sindicato dos Bancários não ter ainda publicado, em seu site, o ACT para os funcionários do Banpará.

Tanto no Encontro que preparou a Minuta de Reivindicações (que todos lembram, ocorreu em um dia de trabalho, uma segunda-feira), como na última Assembléia da Campanha Salarial, os bancários e bancárias votaram pontos que não estão contemplados neste texto final. Outros pontos, simplesmente, foram acrescentados ou retirados pelo Sindicato, sem consulta prévia aos bancários e bancárias do Banpará.


Chama a atenção, inclusive, a retirada da AFBEPA de todas as cláusulas que tratam da comunicação entre os bancários e as entidades de classe. Uma clara e previsível retaliação à Associação de Funcionários do Banpará. Chama mais atenção, ainda, eles terem incluído no ACT que os funcionários elegerão apenas 1/3 dos seus representantes no Comitê Disciplinar. Por quê o medo da democracia? Por quê o medo da categoria exercer seu direito ao voto. Isso é sindicalismo ou ditadura?

No texto final do ACT 2010/2011 há problemas com relação ao índice de reajuste, que inclusive já denunciamos aqui em nosso blog, há problemas com relação ao pagamento das horas extras, o ponto eletrônico, o acesso à internet, a restituição dos valores e bens pessoais em caso de assaltos e sequestros, a eleição dos representantes dos funcionários no Comitê Disciplinar que, dos três membros, os funcionários apenas elegerão um, sendo que dois representantes serão impostos pelo Sindicato; há problemas também com relação ao Comitê Trabalhista que eles se recusam a eleger os representantes dos funcionários; vão querer manter os representantes biônicos que impuseram; há problemas com relação à segurança, ao plano de saúde e o patrimônio remanescente do plano CAFBEP/PAS; e há problemas na composição da Comissão de Segurança Bancária. Clique aqui, leia o ACT 2010/2011 do Banpará e veja você mesmo os problemas criados para a categoria.

A AFBEPA buscará formas de rediscutir, com os funcionários e o banco, os problemas constantes nesse ACT, naquilo que for desfavorável à categoria. Somos nós, trabalhadores bancários e bancárias, que garantimos o aumento dos lucros e resultados do Banpará a cada período, com nosso esforço e dedicação. Tenhamos fé e perseverança! Jamais deixemos de lutar pelo que é nosso direito, pelo que é justo e correto, pelo que é o melhor para nossas vidas!



*

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O FLANELINHA - 9 ANOS DE SINAL VERMELHO PARA JHONNY YGUISON

Jhonny Yguison tem 21 anos. Em 2001, quando trabalhava nas ruas de Belém,
limpando pára-brisa de automóveis, foi violentamente atingindo por uma bala
disparada por um policial militar, um bandido que até hoje continua impune.



Jhonny Yguison e Rubenita Justiniano, duas pessoas diferentes, mas com histórias semelhantes:
são vítimas da violência policial. Jhonny foi atingido por uma bala no dia 20 de novembro de 2001;
Rubenita também foi ferida em 17 de abril de 1997, no massacre de Eldorado do Carajás.
Os dois mostram suas história e suas dores.



O texto do advogado
Walmir Brelaz, que você lê abaixo, publicado no blog O Flanelinha, e também no blog Espaço Aberto, nos faz acender a chama na luta por todas as formas de consciência, por todas as formas de respeito à vida, na fé de que o dia que tarda, chegará, e a vida em todas as suas dimensões, raças, credos, classes, gêneros, reinos, enfim, a vida será amada e sagrada.

O blog O Flanelinha foi criado para contar a história de
Jhonny Yguison e de tantos seres que, como ele, foram e são vitimados pela violência, em um dia, e pela impunidade, a vida toda. Todos nós somos também vítimas dessa sociedade violenta e segregadora que estamos a construir a cada dia, com pequenos e grandes atos. Reflitamos, agindo em nome da paz e da justiça.


WALMIR BRELAZ

"Se o hoje não fosse essa estrada, se a noite não tivesse tanto atalho, o amanha não fosse tão distante, solidão seria nada pra você". (Bob Dylan).

Neste sábado, 20 de novembro de 2010, completam-se nove anos em que Jhonny Yguison passou pela pior experiência de sua vida. Ele era um "flanelinha", uma criança de apenas 12 anos desperdiçando sua infância como trabalhador de rua, ao lado das milhares de crianças que trabalham no Estado do Pará.

Jhonny esperava ansiosamente o sinal fechar, um sinal vermelho. E ele veio. E com ele um policial militar insano.

Aquela criança não poderia imaginar que estava diante de seu último sinal vermelho. Um momento em que, mesmo contra a vontade, guarda com detalhes em sua memória.

- Fui até a um carro vermelho no qual estavam dois homens e perguntei ao motorista se poderia limpar o pára-brisa.

- "Não, não precisa, eu não tenho dinheiro" - me respondeu.

- Tudo bem, tio, não se preocupe, eu limpo assim mesmo e outro dia o senhor me paga. O senhor vai me dar algum presente de Natal?

- E nesse instante o "passageiro" do carro, um policial militar, disse:
- "Ei, moleque, queres ganhar um presente de Natal?"

- Se o senhor quiser me dar, eu aceito.

- Então, ele puxou um revólver e disse: "Já viste uma dessa?" "Queres ganhar um presente?"

E eu, já desconfiado, respondi: não, tio, obrigado.

- E ele bateu o tambor, eu tava de frente mesmo, quando eu virei pra tentar escapar, ele deu ... Eu ouvi o barulho, gritei, senti o cheiro da pólvora e parecia que as minhas pernas voaram. Acho que nesse momento "ela" atingiu a medula.

- E aí eu caí. Começou a me dar falta de ar, as pessoas batiam na minha cara para eu não dormir. Tinha um bocado de gente, eu via as pessoas, mas pareciam de longe. Eu só pensava na minha mãe.

Jhonny caiu agonizando no asfalto quente, enquanto o criminoso fugia do local, avançando o sinal que ainda estava vermelho.

A bala lhe causou um enorme estrago. Entrou por um de seus braços, atravessando seu corpo, tirando-lhe um rim, o baço e um pedaço do fígado, sendo-lhe diagnosticada a paraplegia, ou seja, a incapacidade de movimentar os membros inferiores.

Portanto, de um dia para o outro, com apenas 12 anos de idade, Jhonny ficou paraplégico. E todo esforço para imaginarmos o que isso representa será sempre insuficiente diante da dor imensa que somente ele pode sentir.

- Eu me tornei uma pessoa revoltada. Fiquei um ano sem sair de casa. Durante a noite, no silêncio, tudo parecia um pesadelo. Eu pensava: por que eu não fui logo daqui? Ficar sofrendo assim. Eu tentei me matar com uma faca, mas a minha mãe veio por trás e segurou. Eu achava que não valia a pena viver.

Após nove anos de sua tragédia pessoal, o sofrimento parece não ter fim. Ainda hoje Jhonny sente dores que parecem eternizadas. Do Estado, recebe uma pensão no valor de pouco menos que dois salários mínimos. Em 2008, no processo judicial que ingressou contra o Poder Público, firmou-se um acordo de R$ 200 mil, a serem pagos em 2009. E toda assistência médica necessária lhe deveria ser fornecida.

A indenização foi bloqueada pelo próprio Tribunal de Justiça, o tratamento médico não ocorre de forma satisfatória. Jhonny está com pedras no seu único rim, correndo risco de perdê-lo e com ele, sua vida. E o policial que o mutilou continua em liberdade, agraciado por uma repugnante impunidade.

Jhonny Yguison permanece entrevado em uma cama no quarto frio e escuro de sua humilde casa. Sobrevivendo com a dor e os fantasmas que o assombram há nove anos, na companhia apenas de sua família.

Se alguém pretende ajudá-lo que seja breve, a morte ronda a vida de Jhonny. E se isso acontecer, todos nós, de alguma forma, conviveremos com nossa parcela de culpa.

WALMIR BRELAZ, advogado, defende Jhonny Yguison no Poder Judiciário



*

HORA EXTRA DEVE SER PAGA

O Artigo 61, que faz parte do Capítulo II – da duração do trabalho, da CLT, assim determina:

"Art. 61 – Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto.

§ 1º – O excesso, nos casos deste Art., poderá ser exigido independentemente de acordo ou contrato coletivo e deverá ser comunicado, dentro de 10 (dez) dias, à autoridade competente em matéria de trabalho, ou, antes desse prazo, justificado no momento da fiscalização sem prejuízo dessa comunicação.

§ 2º – Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste Art., a remuneração será, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) superior à da hora normal, e o trabalho não poderá exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei não fixe expressamente outro limite.

§ 3º – Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de força maior, que determinem a impossibilidade de sua realização, a duração do trabalho poderá ser prorrogada pelo tempo necessário até o máximo de 2 (duas) horas, durante o número de dias indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que não exceda de 10 (dez) horas diárias, em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa recuperação à prévia autorização da autoridade competente.

ATENÇÃO! ALGUNS COLEGAS GERENTES DO INTERIOR...

Não são todos, a maioria está cumprindo a legislação, mas temos recebido algumas denúncias de funcionários que estão fazendo horas extras sem o devido registro e pagamento.

Ressaltamos que essa é a pior escolha que os gerentes podem fazer, porque prejudicam a saúde dos funcionários, descumprem a legislação e podem colocar o banco diante de um passivo trabalhista grave. O melhor é agir dentro da lei e respeitar os direitos dos trabalhadores. Isso é o que a direção do banco espera de quem a representa no local de trabalho.


*

BANPARÁ CONFIRMA O PAGAMENTO DA 13ª CESTA ALIMENTAÇÃO ATÉ O DIA 30/11

A Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado, confirmou junto à direção do Banpará o pagamento da 13ª Cesta Alimentação até o dia 30 de novembro de 2010, como determina a Clausula 16ª da Convenção Coletiva de Trabalho 2010/2011, assinada entre a Contraf/CUT e a Fenaban, da qual o Banpará é signatário.

Esta é mais uma conquista da nossa luta, da nossa força, da nossa unidade em torno do que é o melhor e mais justo para nossas vidas, já que garantimos, com nosso maior empenho, os lucros do banco a cada período. Continuemos acreditando e lutando sempre para resgatar e conquistar tudo o que nos é direito e merecido.

Abaixo, a 16ª Cláusula da Convenção Coletiva 2010/2011, sobre a 13ª Cesta Alimentação.


CLÁUSULA DECIMA SEXTA - DÉCIMA TERCEIRA CESTA ALIMENTAÇÃO
Os bancos concederão, até o dia 30 do mês de novembro de 2010, aos empregados que, na data da sua concessão, estiverem no efetivo exercício de suas atividades, a Décima Terceira Cesta Alimentação, no valor de R$ 311,08 (trezentos e onze reais e oito centavos), através de crédito em cartão eletrônico ou sob a forma de 4 (quatro) tíquetes, no valor de de R$ 77,77 (setenta e sete reais e setenta e sete centavos), ressalvadas condições mais vantajosas.

Parágrafo Primeiro
O benefício previsto no caput desta cláusula é extensivo à empregada que se encontre em gozo de licençamaternidade na data da concessão.

Parágrafo Segundo
O empregado afastado por acidente do trabalho ou doença fará jus à 13ª Cesta Alimentação, desde que, na data da sua concessão, esteja afastado do trabalho há menos de 180 (cento e oitenta) dias.

Parágrafo Terceiro
A Cesta Alimentação concedida nos termos desta cláusula é desvinculada do salário e não tem natureza remuneratória.


Fonte: Contraf/CUT, com redação do blog da ABEPA.



*

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

URGENTE, URGENTÍSSIMO - AS DEMANDAS REAIS DOS BANCÁRIOS E BANCÁRIAS DO BANPARÁ

Nós, bancários e bancárias do Banpará temos dado o nosso melhor na defesa do banco, garantindo, com todo o nosso esforço e empenho, com toda nossa dedicação e competência, os melhores resultados e lucros para o Banpará, nos últimos anos.


Em 1998 tomamos uma decisão muito difícil para nossas vidas: doamos 20% de nossos salários, por onze meses, para ajudar a capitalizar o banco. Assim fizemos, por estarmos convencidos naquele momento de que não haveria outra saída: ou era isso, ou o banco quebrava e seria privatizado, como foram vários outros bancos estaduais, na esteira do funesto relatório “Bozz-Allen”.


Sofremos, por mais de 15 anos, com nossos salários congelados, além da política de reajuste zero da década de 90. Por tudo isso, hoje somos uma categoria endividada, nosso padrão de vida nem se compara ao de um bancário da década de 80. Para manter o mínimo de qualidade de vida para nossos filhos, estamos “com a corda no pescoço”.


Hoje, a dívida moral e ética do Banpará é grande para com seus funcionários. E essa dívida tem um custo real, financeiro, que precisa ser resgatado. Nós estamos no nosso limite.


Em nossa última Campanha Salarial, a Minuta de Reivindicações trouxe alguns pontos fundamentais dessa agenda de dívidas que o banco tem para conosco, mas, por erros de conduta da atual direção do Sindicato dos Bancários, muito atrelada ao governo que finda, acabamos saindo da greve sem as principais cláusulas econômicas garantidas.


Pior, abrimos mão de continuar lutando por nossa pauta econômica porque acreditamos que o Sindicato havia conseguido, como informou em mensagens nos celulares, “3,3% acima da Fenaban”, ou seja um reajuste de 10,8%, independente do alinhamento ao novo piso da Fenaban. Na verdade, em relação ao piso da Fenaban, nosso piso decresceu. Antes dessa campanha salarial, nosso piso era 5% maior que o piso da Fenaban. O piso da Fenaban, para o Pessoal de Escritório, Tesoureiros, Caixas e outros empregados da Tesouraria, era de R$ 1.074,46. O nosso piso era de R$ 1.128,18. Ocorre que o piso da Fenaban foi reajustado em 16,33% passando a valer R$ 1.250,00. Então, o banco decidiu apenas alinhar o nosso piso ao novo piso da Fenaban e deu 3,3% de reajuste no PCS. Já não temos mais um piso acima da Fenaban, como era antes.


Neste momento, em que se realiza a transição em todo o governo estadual e também no Banpará, afirmamos que os novos gestores do banco precisam incluir em suas agendas de debates e urgentes providências, não apenas os números favoráveis ou desfavoráveis ao financeiro do banco, mas precisam tratar também dessas demandas reprimidas, desses históricos passivos morais e financeiros que o banco possui com relação aos seus bancários e bancárias.


Reivindicamos que o governador eleito e os novos dirigentes do Banpará tratem o banco como órgão público e que as decisões se construam também observando a dimensão política e os impactos nas vidas dos funcionários públicos bancários. Por isso, uma agenda deve ser criada para responder aos pontos principais abaixo colocados:


ESTABELECIMENTO DE UM CRONOGRAMA DE REEMBOLSO DOS 20% DOADOS AO BANPARÁ EM 1998;


AUMENTO DE 5% NO PISO DO BANPARÁ, DE MODO A RECUPERAR O VALOR DO NOSSO PISO EM RELAÇÃO AO PISO DA FENABAN.


RESOLUÇÃO DAS PENDÊNCIAS DO NOVO PLANO DE SAÚDE E DO PATRIMÔNIO REMANESCENTE DO PLANO CAFBEP/PAS:

Devoluções de valores cobrados indevidamente;

Utilização do saldo remanescente do plano CAFBEP/PAS para pagamento de quantas mensalidades comportem no novo plano de assistência à saúde UNIMED;

Mudança da cláusula 6 do Regulamento do novo plano para:" os participantes do novo plano renunciam à prestação de assistência à saúde pelo plano CAFBEP/PAS";

Mudança na redação da cláusula 7, onde os participantes somente autorizam o encerramento do plano PAS/CAFBEP, após ulterior prestação de contas da situação financeira e contábil, com a deliberação pelos mesmos, acerca do patrimônio remanescente;

Responsabilização do banco por consultas, exames e internações, caso haja inadimplência da UNIMED com algum contratado, sem prejuízo das ações administrativas e judiciais cabíveis.


PCS: EVOLUÇÃO POR MERECIMENTO EM 2011.


SOBREAVISO: RESOLUÇÃO DE TODAS AS PENDÊNCIAS.


PRESENÇA DA AFBEPA NAS MESAS DE NEGOCIAÇÃO DA CAMPANHA SALARIAL E DO GT PCS.


COMPENSAÇÃO FINANCEIRA PELA NÃO IMPLANTAÇÃO DO PONTO ELETRÔNICO, JÁ QUE OS BANCÁRIOS TÊM FEITO HORAS EXTRAS SEM O DEVIDO PAGAMENTO.


INDENIZAÇÃO DE TODOS OS BENS MÓVEIS SUBTRAÍDOS E RESSARCIMENTO DE TODOS OS PREJUÍZOS MATERIAIS, ALÉM DE TODA ASSISTÊNCIA AOS BANCÁRIOS E SEUS FAMILIARES VITIMADOS NOS ASSALTOS.


LICENÇA PRÊMIO PARA TODOS.



*