sábado, 9 de janeiro de 2010

DEBATE ENTRE OS CANDIDATOS NAS ELEIÇÕES PARA O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BANPARÁ

Entre os dias 18 e 22 de janeiro os bancários e bancárias do Banpará elegerão diretamente seu representante no Conselho de Administração do Banpará.

Não podemos deixar de lamentar a ausência das eleições para os representantes dos funcionários no Comitê Trabalhista, como sempre houve em gestões anteriores no sindicato e no banco. Infelizmente, o sindicato nunca respondeu aos ofícios da AFBEPA tratando do assunto e nunca explicou porque não convocou as eleições para representantes dos funcionários no Comitê Trabalhista.


Para a eleição do representante dos funcionários no Conselho de Administração do banco, 4 colegas se inscreveram. Duas candidaturas foram impugnadas e dois colegas estão em campanha, disputando a representação dos bancários e bancárias.

No intuito de incentivar o saudável debate e estimular o processo democrático, a AFBEPA formulou 7 perguntas iguais, além da identificação básica, para ambos os candidatos.

A primeira a ser procurada pela AFBEPA foi a candidata Érica Fabíola.


Na sexta-feira, dia 8 de janeiro, por volta das 15h30, telefonamos para o sindicato dos bancários e, em seguida, do telefone celular funcional da AFBEPA, telefonamos várias vezes para os telefones celulares da candidata. Por volta das 16h40 ela nos atendeu e informamos-lhe de nossa intenção em publicar uma entrevista em forma de debate entre os candidatos.


A pedido da candidata, que argumentou estar impossibilitada, naquele momento, de responder à entrevista, combinamos de voltar a telefonar às 17h.


Assim fizemos e, entre 17h e 18h, telefonamos inúmeras vezes para ambos os celulares da candidata, sem que fôssemos atendidos.


Enviamos-lhe, por duas vezes, uma mensagem registrando que estávamos procurando-a, conforme combinado para a entrevista. Não houve retorno.


Novamente, no sábado pela manhã, dia 9 de janeiro, voltamos a telefonar para ambos os celulares da candidata e, infelizmente, até o fechamento desta postagem não fomos atendidos pela candidata.


Ressaltamos que as chamadas e as mensagens estão registradas no telefone celular funcional da AFBEPA.

Tentaremos, portanto, reproduzir como respostas, nos ítens possíveis, os temas abordados no material de propaganda público da candidata que está em circulação no banco. Mas lamentamos o deselegante não retorno e o não atendimento da candidata para com o blog da Associação de Funcionários do Banpará.


O segundo a ser procurado foi o candidato Carlos Antônio. Por volta das 18h, fizemos uma ligação para o candidato e fomos atendidos. O candidato respondeu às perguntas da AFBEPA.

Abaixo as questões em forma de debate. Ao início uma identificação básica e depois as propostas e compromissos de cada candidato a Representante dos Funcionários no Conselho de Administração do Banpará.




Nome. Idade. Tempo de banco. Formação.


Carlos Antônio Nunes da Silva. 46 anos. 26 anos de Banpará. Ciências Econômicas e Ciências Contábeis.


Érica Fabíola M. Henrique. 6 anos de Banpará. Ciências Contábeis e Gestão Empresarial.



Funções e cargos exercidos no Banpará.


Carlos Antônio. Operativo, caixa, tesoureiro, coordenador de pagamento do governo, coordenador de posto, gerente de atendimento, gerente de serviços internos, gerente de negócios, gerente geral nas Agências Itaituba e Capanema. Trabalhou nas Agências Palácio, Senador Lemos, Ananindeua. É membro da Campanha pelo PCS. Atualmente lotado como gerente geral na Ag. Bragança.


Érica Fabíola. Caixa, coordenadora do posto de Santo Antônio do Tauá, coordenadora de atendimento na Agência Vigia, Sudep, coordenadora, como substituta da antiga Susab I, Geben, Gerente de Projetos, foi membro e presidente da Cipa, membro do GT paritário do PCS. Atualmente diretora de saúde e seguridade social do sindicato dos bancários.


Qual o papel do Conselho de Administração do Banpará?




Carlos Antônio. O Conselho de Administração é o órgão colegiado principal no organograma da empresa. Aprova ou desaprova o Planejamento Estratégico apresentado pela Diretoria do banco, propõe mudanças, ajustes, define as linhas mestras da gestão, além de vigiar os atos dos executivos do banco.



Érica Fabíola. O Conselho de Administração é um órgão de deliberação colegiada. É considerado um órgão administrativo superior. Tem por objetivo traçar a política econômica, social e financeira da sociedade, bem como exercer vigilância permanente sobre os executivos da entidade.




Por que você deseja representar os funcionários e funcionárias no Conselho de Administração do Banpará?




Carlos Antônio. Para defender o Banpará e seus funcionários é preciso conhecimento, que eu tenho, e compromisso com as justas e legítimas causas. Na política de pessoas, quero sempre avaliar e proteger os direitos do funcionalismo. Propor avanços na valorização. Estar atento a qualquer modificação no Estatuto do banco para zelar, sobretudo pelo parágrafo único do art. 4º do Banpará, que define que o Governo do Estado, acionista majoritário, mantenha o mínimo de 51% das ações. Como representante, quero ser os olhos e a voz dos funcionários e através de uma intervenção democrática, ser um canal de defesa dos interesses do funcionalismo no importante espaço de decisões que é o Conselho de Administração do Banpará.




Érica Fabíola. É muito importante que os trabalhadores tenham voz no Conselho de Administração do banco. Acreditar na importância do Conselho de Administração; aproximar o Conselho de Administração da categoria bancária; buscar, diretamente junto aos colegas os anseios que todos esperam da direção do Banpará e defendê-los nas reuniões do Conselho; fortalecer uma política permanente dos interesses dos trabalhadores e trabalhadoras.


Sobre sua campanha, quais os materiais previstos? Quanto custa e quem financia?




Carlos Antônio. Minha campanha é feita com recursos próprios. 3 panfletos feitos em xerox. Carro próprio e corpo a corpo. Creio que estou investindo cerca de R$ 800,00 entre gasolina, alimentação e cópias. Tirei férias exclusivamente para fazer campanha, e se pertencesse a alguma entidade tiraria licença, para ser ético no processo eleitoral.




Érica Fabíola. Não tratou do tema.




Quais os principais desafios para o Banpará nos próximos 2 ou 3 anos?




Carlos Antônio. A meu ver, o principal desafio é se manter em crescimento apesar da portabilidade. E para isso, é preciso planejamento. Primeiro: o banco deve aumentar e adequar o portfólio de produtos e serviços para responder a uma questão de mercado: o que os clientes estão necessitando? Segundo: é preciso avançar mais no trabalho com pessoas jurídicas, funcionários da iniciativa privada, prefeituras... Temos que ser mais agressivos e montar estratégias para ampliar o leque de clientes. A portabilidade deve ser favorável ao nosso crescimento, potencializando nossos diferenciais de mercado. E nosso principal diferencial de mercado é nosso funcionalismo. Nosso atendimento é considerado o melhor atendimento no Pará, porque conhecemos nossos clientes, falamos a mesma língua. Isso são nossos próprios clientes que afirmam.

Um outro desafio fundamental é o de avançar na garantia de direitos e conquistas do funcionalismo, sempre respeitando a lei. Há uma questão grave hoje no Banpará: a alteração do Regulamento do PCS elaborado pelo GT paritário, especialmente no art. 15°. Acredito que é justo manter o trabalho do GT paritário, melhor para crescimento dos funcionários, como tem defendido a AFBEPA.




Érica Fabíola. Não tratou do tema.




Como você vê a questão da manutenção e fortalecimento do Banpará como banco público estadual?




Carlos Antônio. Além do banco ser mais competitivo como banco comercial, ele precisa se fortalecer em seu papel social, como instrumento de inclusão e alavancagem na economia do estado. O banco possui um leque de convênios com o governo do estado em programas como o Banco do Produtor, o CredPará, microcrédito com as prefeituras, mas é preciso divulgar mais. No Banco do Produtor existem milhões em recursos que ainda não estão aplicados na base produtiva do estado. É preciso divulgar e facilitar o acesso a esses recursos.




Érica Fabíola. Não tratou do tema.



Você aceita debater abertamente suas propostas com o outro candidato, na presença do funcionalismo do banco?

Carlos Antônio. Sim. Acho fundamental o bom debate para o fortalecimento da democracia. O debate é uma prática eficaz, saudável e os colegas poderão avaliar melhor nosso desempenho. Até sugiro uma data: quarta-feira, dia 13 de janeiro, no melhor local para a participação do funcionalismo. Acho que o banco e o sindicato devem organizar o debate aberto. Participarei, com certeza.



Érica Fabíola. Não tratou do tema.




Resuma em duas frases sua plataforma de trabalho como representante dos funcionários no Conselho de Administração do Banpará.




Carlos Antônio. Acredito e defendo o Banpará cada vez mais fortalecido enquanto banco público estadual.

Acredito e defendo os interesses, direitos e conquistas dos funcionários e funcionárias.




Érica Fabíola. Não tratou do tema.




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PARTICIPAÇÃO DOS BANCÁRIOS E BANCÁRIAS

Naturalmente, este espaço continua aberto para que todos os colegas bancários e bancárias façam suas perguntas à candidata e ao candidato a Representante dos Funcionários no Conselho de Administração do Banpará.



A AFBEPA deseja que todos participem, avaliem com bastante precisão nesta última semana de campanha, e votem com segurança e consciência de acordo com o que é melhor para o funcionalismo, já que o/a colega a ser eleito, será o nosso representante, a nossa voz, dos bancários e bancárias do Banpará.



Um grande abraço e muito boa democracia!





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Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns AFBEPA pela iniciativa. Decidi meu voto ao ler este debate virtual. Parabéns, Carlos Antônio, por teres respondido à solicitação da AFBEPA. Não te conheço pessoalmente, mas gostei de tuas propostas e de tua visão acerca da valorização do funcionalismo e do BANPARÁ. Também gostei de saber dos custos de sua campanha e de que tirou férias. É ético. Lamento a ausência da outra candidata.