sexta-feira, 27 de novembro de 2009

IN-SEGURANÇA PÚBLICA. TRAGÉDIA ANUNCIADA.

Duas tragédias que se desdobraram em mais tantas, abalaram hoje pela manhã o funcionalismo do Banpará e a sociedade paraense. A Coordenadora do PAB ALEPA teve sua filha e sua empregada sequestradas às 4h da madrugada, e de manhã um brutal assalto na Agência Maracanã deixou vários feridos, um bancário refém e morto um pai de estagiário.

SEQUESTRO DA FILHA E DA EMPREGADA DA COORDENADORA DO PAB ALEPA.

Às 4h desta madrugada, bandidos invadiram a casa da Coordenadora do Posto de Atendimento da Assembléia Legislativa do Estado e sequestraram sua filha e sua empregada. Seguindo o modus operandi das quadrilhas, enquanto alguns rumaram em destino incerto com as reféns, outros seguiram com a Coordenadora até o PAB e exigiram valores disponíveis no posto como resgate imediato. A filha e a empregada foram soltas, mas só agora pela manhã.

ASSALTO NA AGÊNCIA DO BANPARÁ EM MARACANÃ.
Hoje pela manhã, a agência do Banpará em Maracanã foi brutalmente assaltada. Vários bandidos chegaram na viatura da polícia atirando contra o prédio. Arrebentaram completamente e agência e espancaram o gerente e a coordenadora. Fizeram um caixa como refém e roubaram 700 mil reais. Na fuga, assassinaram o pai de um estagiário que, desesperado com a notícia, correu em defesa do filho e recebeu o tiro que lhe levou a vida.

ONDE ESTAVA A SEGURANÇA PÚBLICA?
Não é novidade para ninguém que em dia de pagamento dos salários do funcionalismo público, as agências do Banpará, que possui a conta única do Estado, são o alvo principal de assaltantes que ficam à espreita, nas redondezas do banco para roubar clientes, e das quadrilhas, mais bem equipadas e metodicamente planejadas para grandes roubos.

Se é assim praticamente todo mês, avaliem ao final do ano, quando é pago, além do salário, o 13º salário!

Todos sabemos que o volume de recursos nas agências é muito maior neste período, o que torna absolutamente previsível a ação das quadrilhas e dos assaltantes.

É incompreensível que o Governo do Estado, a Segurança Pública e a Direção do Banpará não efetivem um maior esquema de segurança preventiva para proteger os bancários e bancárias, seus familiares, os clientes e o patrimônio do banco, delegando apenas à empresa privada a segurança das agências e pabs.

Ao mesmo tempo, o setor de segurança do Banpará, que tem feito um excelente trabalho articulado com os setores de inteligência da segurança pública estadual, da polícia federal, da polícia rodoviária federal e dos bancos privados, precisa de maior apoio e investimento financeiro do banco para efetivar os projetos voltados à defesa da segurança, da vida e do patrimônio.

A AFBEPA está presente acompanhando o atendimento às vítimas defendendo a integridade física e psicológica dos bancários, bancárias e seus familiares, já completamente abalados pelos fatos.

Solicitaremos, ainda hoje e em caráter de urgência, uma reunião conjunta com as entidades de classe, a direção do Banpará e a Secretaria de Segurança Pública, com o objetivo de que se construa uma saída racional para o impasse da segurança bancária no Banpará, especialmente em período de pagamento do funcionalismo do Estado.

Uma das saídas é que sejam colocados efetivos da segurança pública fazendo a proteção da sociedade, dia e noite no entorno das agências bancárias e pabs do Banpará, nos períodos de pagamento dos funcionários públicos estaduais.

Outra medida importante é que a direção do Banpará pague os 30% sobre o salário base a título de adicional de periculosidade, haja vista o enorme grau de risco a que os bancários e bancárias são exposto atualmente.

Aos colegas em serviço, oremos e estejamos alertas, protegendo, sobretudo, nossa vida e as vidas de nossos familiares, o que é uma das funções precípuas do Estado.



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