sexta-feira, 16 de outubro de 2009

PROFISSÃO: BANCÁRIO. COMO É QUE SÃO AS COISAS, NÉ?

Certo dia, há muito tempo atrás, certo vereador adentrou o PAB Câmara e apresentou como homem de sua inteira e total confiança um certo seu assessor, lotado em seu gabinete, apto, segundo determinação do próprio vereador, a usar, em seu nome e em sua conta corrente os serviços de entrega de extratos, saldos, cheques avulsos para saques e pagamento das verbas de gabinete, entre outros.

O CLIENTE SEMPRE SATISFEITO.
Orientados para que o cliente saia sempre satisfeito, especialmente se este cliente é um vereador, e primando pela confiança na boa fé, como princípio, os bancários do Banpará que o atenderam, cumpriram à risca sua determinação.

Tempo passando, tudo bem, tudo certo, tudo ok...

FRAUDE.
Outro certo dia, o certo vereador adentra novamente o mesmo PAB agora reclamando de um saque indevido, uma fraude em sua conta corrente, questionando a assinatura de um cheque avulso seu, que afirmava, não era a sua. O cheque foi apresentando e pago ao certo assessor, homem de sua inteira e total confiança, como sempre, desde aquela sua determinação, mas a assinatura não era a sua.


E DE QUEM É A CULPA?
Bingo!: dos bancários que pagaram o cheque. Os bancários que só quiseram atender à satisfação do cliente, vereador. Os bancários, sempre os primeiros suspeitos. Na sequência, os bancários são imediatamente acionados pelo comitê disciplinar do banco. Nervosos, sob intensa pressão, sem entender bem como pôde aquilo ter acontecido se a assinatura conferia com o cartão de autógrafos e o cheque foi apresentado e pago por certo assessor de gabinete, homem de inteira e total confiança de certo vereador. Além do mais, o cheque havia sido pago há um ano. Um ano se passou até que certo vereador conferisse seu extrato bancário e percebesse o "saque indevido".

Tempo passando, angústia, intensa pressão, incompreensão. Receio de injusta punição.


AMIGOS, AMIGOS...
Outro certo dia, certo vereador telefona, alegremente, para o PAB, pedindo que os bancários recebessem certo assessor, homem de sua inteira e total confiança e sua esposa, para que a "questão da fraude" fosse resolvida de forma "amigável". Detalhe: certo assessor afirmava que a assinatura era, sim senhor, de certo vereador.

Os bancários, sob intensa pressão, angustiados, temerosos de injusta punição, informaram, gentilmente, a certo vereador que não haveria forma de resolver amigavelmente a questão. Que tudo seria resolvido às claras e sob controle do banco.

Certo vereador tremeu nas bases e, mais ainda, certo assessor de gabinete, homem de sua inteira e total confiança, que, motivos não devem faltar, permanece até hoje no cargo comissionado.

Quanto aos bancários, sua honra, seu trabalho honesto, sua dedicação e o cumprimento da determinação do banco para que o cliente saia sempre satisfeito, bem... com a palavra, o comitê disciplinar.







10 comentários:

Anônimo disse...

Boa, AFBEPA! Sempre passamos esses apertos. Temos que agradar ao cliente, mas quando algo dá errado, de quem é a culpa? Nós é que pagamos o pato. Muito bom ter contado essa historinha aqui. Não sei se esta aconteceu de verdade, mas sempre acontece.

Anônimo disse...

Pra mim isso aí é caso de polícia! O vereador tem que pagar por manchar a honra dos colegas. Estamos cansados de sempre sermos os culpados.

Anônimo disse...

Aconteceu. É fato. Entendo que a AFBEPA não citou nomes, mas a história é com h sim. E tem mais gente que sabe no Banpará. Será que vão poupar o vereador e punir os bancários? Absurdo!

Anônimo disse...

O NOME, O NOME, O NOME DO VEREADOR???????????????????????????? QUEREMOS O NOME DO VEREADOR........................

Anônimo disse...

Pode ser vereador, deputado, prefeito, qualquer um. a gente sempre fica como o culpado. Querem que a gente deixe o cliente satisfeito, mas quando algo dá errado, é a gente quem fica na pior mesmo. Valeu afbepa de colocar essa história aí.

Direção da AFBEPA disse...

Anônimo de 16/10, 15:36h, no entendimento da Associação o que aconteceu é sim caso de polícia. Já foi solicitado junto ao banco, que seja realizada as perícias das grafias, e com certeza o registro de BO na Delegacia de Polícia.
Os fatos tem que ser esclarecidos, para que NÃO voltem a acontecer e vitimem outros empregados.
Um bom fim de semana.
A Direção da AFBEPA.

Anônimo disse...

Vai sobrar pros bancários! Ainda mais que o cara é vereador...... é claro como a luz de um dia ensolarado que a direção do Banpará vai botar panos quentes e tudo vai acabar em pizza, isso na melhor das hipóteses........... na pior, os bancários vão ser punidos. Mas o vereador, continuará alegre, alegre.
Na minha opinão, quem deveria procurar a polícia era a direção do Banpará.......

Anônimo disse...

Se no Banpará é assim, que é um banco público, imaginem num banco privado, colegas! Queria que tivesse alguém por nós que contasse também uma história assim de um banco privado. Há muitas. Passamos coisas bem piores. Agradamos ao cliente, mas quando a coisa aperta a corda sempre arrebenta do lado mais fraco.

Anônimo disse...

Gostaria de colocar uma sugestão aqui. Que a a AFBEPA conte as histórias de vários bancários que passam por esta mesma situação ou outras situações parecidas de outros bancos tb. Tô propondo isso porque pensei no que o anônimo de 18h45 falou aí. Realmente nos bancos privados a situação pode ser. No Basa também passamos por situações assim. Conte nossas histórias AFBEPA. Muito obrigado.

belenense indignado #%$@*& disse...

acho que deveriam ir protestar na frente da camara. esse vereador é um representante do povo. que moral tem para nos representar se prejudica assim os trabalhadores? uma vergonha como tantas outras nessa cidade sem lei e nesse estado sem direitos.