segunda-feira, 21 de setembro de 2009

ASSALTO AOS BANCOS - A VIDA VALE MAIS

A preocupação com a segurança dos bancários e bancárias deveria ser o ponto central quando se trata de assalto aos bancos. No entanto, vítimas que são, os bancários na maioria das vezes passam a ser tratados como suspeitos.

BANCÁRIO: PROFISSÃO DE RISCO.
É óbvio que em uma sociedade de desigualdades brutais, miséria e insegurança como a nossa, os que lidam, diariamente, com altos valores são diretamente visados e se tornam foco permanente de assaltos, sequestros e demais formas de violência. Os bancários e bancárias têm sua integridade física e moral ameaçadas e, às vezes, efetivamente lesadas.

A AFBEPA ENTENDE QUE A CASA SE TORNA EXTENSÃO DO LOCAL DE TRABALHO.
Quando os bandidos invadem a casa de um bancário com a intenção de levá-lo a uma agência para roubar os valores que estão no cofre do banco; a casa se torna, no entender da AFBEPA, uma extensão do local de trabalho, dado o motivo da invasão. Uma vez dentro da casa do bancário, ao se depararem com bens móveis que os atraem, os bandidos os roubam. Em alguns casos sequestram e/ou violentam moralmente o bancário e seus familiares.

DIREÇÃO DO BANCO E SEGURANÇA PÚBLICA PRECISAM DESENVOLVER ESTRATÉGIAS para proteger a vida dos bancários, bancárias, e seus familiares, que se tornam alvos fáceis das quadrilhas. Os bandidos mapeiam as vidas dos bancários e bancárias, sabem onde residem, onde estudam seus filhos, onde trabalham as esposas ou maridos. Tudo para usar como ameaça em caso de assalto. A AFBEPA tem encaminhado à SEGUP e à direção do Banpará documentos solicitando medidas mais efetivas de proteção aos bancários, bancárias e seus familiares e, nos casos em que o assalto se consumou, a justa reposição dos bens roubados do bancário por parte do banco.

NOSSA SOLIDARIEDADE E JUSTIÇA AOS COLEGAS VÍTIMAS DE ASSALTOS em D. Eliseu, Concórdia, Primavera, Setran e demais agências bancárias. Após uma violência como a de um assalto a banco, onde os bandidos, na maioria das vezes, estão para o "tudo ou nada", a vítima desenvolve pesados traumas, síndrome do pânico, depressão e um profundo medo de continuar em seu local trabalho. Também seus familiares são diretamente atingidos. A tudo isso é preciso um olhar humano, cuidadoso, capaz de restaurar à vida, a confiança e a paz perdidas.



8 comentários:

Kátia Furtado-Presidenta da AFBEPA disse...

A AFBEPA ao abordar a situação de exposição aos riscos advindos da extrema insegurança que o fato de ser trabalhador bancário gera, principalmente verificando os últimos assaltos ocorridos no âmbito do BANPARÁ contra os funcionários desse banco, em que os bandidos levaram pertences móveis desses trabalhadores, em alguns casos de valor sentimental inestimável como alianças de casamento, busca inserir também neste contexto como indenizar esses bens quando o bancário não tem como comprovar os valores e a atualização monetária desses.
Os bancos não querem assumir a responsabilidade de reparação sobre esses pertences e, quando querem, só mediante a apresentação da respectiva nota fiscal.
A AFBEPA defende que é preciso criar regras, definidas pelos empregados e empregadores acerca deste assunto, pois é inconcebível que os trabalhadores saiam também prejudicados em seu patrimônio pessoal.
Portanto, a AFBEPA estará solicitando uma reunião com a direção do banco para tratar deste assunto.

Anônimo disse...

Kátia, a afbepa tá certa nessa questão sim. Como vamos comprovar com nota fiscal um objeto que tem mais de 10, 20 anos?
Quando trabalhei no interior do Estado, várias vezes recebi ameaças e vi pessoas estranhas rondando a minha casa. Minha esposa não deixava minha filha um minuto sequer, preocupada com a possibilidade de sermos atacados por bandidos, ameaçados de sequestro. É muito difícil mesmo! Graças a Deus eu vim embora, mas tenho pena dos colegas que continuam naquela situação desesperadora e ninguém faz nada. E quando a agência é assaltada ainda acusam a gente.

Anônimo disse...

Até parece que a direção do Banco vai receber a AFBEPA.....sonha que eu gosto.....

Anônimo disse...

ENQUANTO ALGUNS PENSAM, DESEJAM, FALAM E TRABALHAM CONTRA, EU, QUE SOU BANCÁRIA DO BANPARÁ, PENSO, DESEJO, FALO E TRABALHO A FAVOR.
KÁTIA, ACREDITO NO SEU TRABALHO, COLEGA. VOCÊ ME SURPREENDEU PORQUE ANTES EU ACHAVA QUE VOCÊ NÃO TINHA POSTURA, MAS HOJE VEJO O QUANTO VOCÊ CRESCEU E NOS DEFENDE MUITO BEM.
KÁTIA, CONTINUE. ESSES QUE FALAM CONTRA O SEU TRABALHO E CONTRA A AFBEPA, NÃO SÃO DOS NOSSOS, NÃO SÃO DO BANPARÁ, PORQUE QUEM É DO BANPARÁ SABE A SUA LUTA EM DEFESA DA GENTE.
MUITO OBRIGADA E SIGA SEMPRE ASSIM. HONESTA E GUERREIRA.

Anônimo disse...

Eu sei que alguns colegas que sofreram assalto nas agências até tiveram que ficar cara a cara com os bandidos e na saída da delegacia, os familiares e comparsas dos bandidos diziam: a gente vai te pegar, a gente sabe onde tu moras, e por aí vai. Um horror!
Segurança pro bancário? Só em sonho.

Anônimo disse...

O BANCO É UMA EMPRESA PÚBLICA QUE LIDA COM DINHEIRO PÚBLICO E DEVE FAZÊ-LO DE FORMA RESPONSÁVEL E IMPESSOAL.
EVIDENTE QUE, COM BASE NESTA PREMISSA, QUALQUER FUNCIONÁRIO QUE ALEGUE TER SIDO ROUBADO PRECISA COMPROVAR A POSSE DO BEM. CASO CONTRÁRIO, O DINHEIRO PÚBLICO NÃO PODERÁ RESSARCIR O FUNCIONÁRIO. É O CORRETO, RESPONSÁVEL E IMPESSOAL.

Anônimo disse...

Mas nós que trabalhamos lá, senhora (não vou dizer quem é, mas tá na cara, né?) somos PESSOAS SABIA???????????????????????? e se eu sou assaltado na função, porque o banco não pode me ressarcir? eu que tenho que arcar com tudo além de sofrer a violência?????????

Anônimo disse...

Estou conhecendo este espaço hoje e estou muito feliz em ver que nossa associação vem tratando de temas importantes para nós, funcionalismo do banco.
Realmente, este ítem da segurança é polêmico e delicado e merece uma reflexão séria e responsável. Não creio que o banco possa arcar com custos que não consiga comprovar, mas ao mesmo tempo, também sei que possuímos bens tão antigos e preciosos para nós, e, muitas vezes, já não possuimos mais suas notas fiscais. É uma questão relevante esta levantada pela Afbepa. Merece adequado tratamento da empresa.